É uma das maiores preocupações das mães: que o filho (ou filha) não esteja a comer o suficiente. Por via das dúvidas, a mãe quer sempre dar mais comida porém, a sobrealimentação é tão perigosa como o contrário. Na verdade, alimentar o bebé com a quantidade adequada à sua idade é bastante fácil - nem nos deveríamos preocupar tanto com esta questão uma vez que o apetite é regulado pelo nosso organismo de forma natural e se um bebé comer pior num dia, irá compensar no dia seguinte, comendo mais.
O bebé lactente
As primeiras horas depois do parto são críticas: o bebé deve comer a cada 3 / 4 horas por correr o risco de ter hipoglicemia – uma quebra dos níveis de açúcar no sangue. Na maternidade, irão vigiar constantemente os níveis de glucose para prevenir complicações e podem indicar suplementos de leite se notarem que existe algum risco de hipoglicemia.
Para que o processo da amamentação seja especial desde o início é fundamental o contacto pele com pele e dar de mamar pouco tempo após o parto.
Quando o bebé está em casa e está a ser alimentado com leite materno, basta amamentar consoante o pedido da criança. O bebé pede leite, protesta, agita as mãos e fica irritado quando tem fome – basta corresponder. O corpo da mãe produz o leite que o bebé necessita, uma vez que a sucção do bebé faz com que a quantidade adequada suba. Assim, podemos dizer a produção de leite se ajusta às necessidades do bebé. Durante as crises da amamentação, esse ajuste pode demorar entre dois a três dias, mas as mamãs devem estar sossegadas pois não há nada de errado com o leite.
As consultas com o pediatra já vigiam e controlam o peso do bebé - as primeiras consultas são muito frequentes e permitem fazer correções atempadas na alimentação do bebé se for necessário, caso este não esteja a crescer conforme deveria.
Preparação dos biberões
Mesmo que se utilizem biberões, a alimentação também deve ser segundo a vontade do bebé. Ainda que nas embalagens de leite de fórmula haja indicações relativamente à quantidade de biberões e aos mililitros que o bebé deve ingerir consoante a sua idade, estas indicações são meramente indicativas. Os bebés que nasceram grandes e com percentis altos terão mais fome, enquanto que os bebés prematuros ou com baixo peso provavelmente necessitarão de quantidades menores. A mãe deve, porém, estar muito atenta às proporções de água/leite de fórmula durante a preparação do biberão.
Se as proporções não estiverem corretas, o bebé pode sofrer de desidratação ou, por outro lado, poderá não receber a quantidade de alimento que o seu organismo requer. Isto é tudo o que devemos saber sobre a preparação dos biberões.
As mães devem seguir as indicações do pediatra em cada caso e também vigiar o filho e os tamanhos de biberão que ele geralmente pede, assim como os hábitos. Talvez precise de comer mais durante a manhã e, à noite, apenas acorde para mamar uma vez; ou, pelo contrário, talvez durma durante o dia e precise de uma maior quantidade de leite durante a noite. O importante é não ser rígido e saber que o bebé se está a alimentar bem ao longo dos dias.
Quando começam a alimentação complementar
O leite materno cobre quase todas as necessidades nutricionais do bebé até ao primeiro ano de vida e a introdução à alimentação complementar deve ser natural, acompanhando o ritmo da criança, pouco a pouco e sem forçar. Se a mãe continua a dar de mamar e o bebé recebe tudo aquilo que o seu organismo precisa, não se deve preocupar: começar a comer papas ou sopa ou mastigar os primeiros alimentos pode ser mais complicado para umas crianças do que para outras. Isto é, a alimentação baseia-se no leite materno ou de fórmula, enquanto que a fruta, os legumas, a carne e o peixe são extras complementares à dieta do seu bebé, que se deverá ir familarizando com os diferentes sabores e texturas dos alimentos. O ideal é começar com o leite materno e, se o pequenino ficar com fome, dar-lhe uma papa. As frutas podem ser um bom substituto caso a mãe esteja fora e o bebé não posso amamentar.
