Vale a pena ter um filho num hospital privado???? | De Mãe para Mãe

Vale a pena ter um filho num hospital privado????

Responda
30 mensagens
lolapop -
Offline
Desde 17 Abr 2010

Olá a todas! Este ano penso engravidar, e como tal já pensei em fazer um seguro de saúde para todas as despesas médicas que se adivinham, e claro que tenho de fazer com alguns meses de antecedência por cauda dos períodos de carência. Tenho tido um debate comigo mesma, em relação a ter o parto num hospital privado, ou no publico. O hospital a que pertenço é o de Cascais, é novo com boas instalações, mas tenho ouvido horrores da ala de maternidade daquele hospital, e conheço algumas pessoas que trabalham lá, que infelizmente não desmentem de algumas situações escandalosas. Eu sei que coisas más acontecem em todos os hospitais, mas sei de pessoas que preferiram ir para a MAC do que ir para o de Cascais já por causa disso. No hospital privado tenho certas mordomias e em caso de ser necessaria uma cesariana, não me deixam a sofrer até o bebé estar em paragem (que é o que acontece imenso no de Cascais),mas também sei de casos que correram mal nos privados devido à falta de equipamentos. Estou mesmo confusa, valerá a pena ou não?? Triste

Sobre lolapop

* Sei que o melhor de mim está por chegar*
* 2016 é um óptimo ano para realizar sonhos*

mamã_xuana -
Offline
Desde 28 Out 2015

Sem sombra de dúvida e se ainda por cima tem plena noção do que acontece muitas vezes no público,para seu próprio bem e do seu filho não hesite em ter no privado. E as duvidas em relação à qualidade dos privados até já irritam sinceramente,para mim só fala mal dos privados quem não sabe do que fala ou tem inveja de quem vai para lá.enfim. atenção aos períodos de carência são de um ano no mínimo! Privado mamã,não hesite se puder! Tudo de bom.

Visitem a minha loja estou sempre a colocar novidades! Vendo tudo novo ou como novo super barato para desocupar!!
http://demaeparamae.pt/vendo/loja/mam%C3%A3_xuana

marisa_jacinto -
Offline
Desde 22 Jun 2011

Ola mama tive dois partos no hospital de cascais e cinco estrelas nao tenho nada apontar! Tambem sei de historias menos boas de la mas e como tudo... numa fui seguida no privado nem tive la parto nenhum... por isso nao sei bem como e o privado... e pode ver no meu contador tive o meu menino la a um mes beijinhos e felicidades

TâniaS Neves -
Offline
Desde 29 Mar 2014

Sem sombra de dúvida que se deve ser tratada de forma completamente diferente num privado. Experiência só tive este ano que fui operada a garganta num privado, claro que temos as atenções todas, então com um bebé nem se deve falar.. Tive o meu filho no público, o meu filho nasceu com um problema respiratório, por algo que engoliu durante o trabalho de parto, ficou internado uma semana, apesar de o meu parto não ter sido muito bom, não tenho qualquer dúvida que o meu filho teve o melhor atendimento e o melhor tratamento, que se o mesmo tivesse acontecido num privado, o protocolo e enviar o bebé para o público, aconteceu exactamente o mesmo com uma amiga que teve cesariana na cuf e mal a bebé nascer foi transferida para a maternidade. Tudo depende da sorte da equipa que se encontra, mas claro que ninguém tem nada que pensar que algo vai correr mal. Logo após o parto pensava que um dia que tivesse outro ia querer ter cesariana num privado, mas agora quero arranjar um obstetra privado que me faça a cesariana no público, não vá algo correr mal e quero que o meu bebé seja logo socorrido. "Gato escaldado de água fria tem medo"..

19.04.2013- começou o nosso sonho, apenas dois meses de tentativas
10.12.2013- nasce o nosso príncipe as 39+4 semanas
08.03.2017- começou mais um sonho, apenas dois meses de tentativas

Sara.rs.90 -
Offline
Desde 21 Ago 2015

Olá mamã, falando por experiência própria, tive a minhs bebé o mês passado no hospital de Cascais e não tenho nada a apontar. Tive uma situação ou outra mais "coise" nas urgências da maternidade com a besta dr uma médica (que infelizmente apanhei-a mais que uma vez) mas quanto a acompanhamento (fui acomoanhada desde as 13semanas lá por risco de pre eclampsia) como no parto fui muito bem tratada.

Paragem da pilula:fevereiro Concepção:março
Dpp:19 de Dezembro 2015
Primeira gravidez e é uma princesa linda.
Nasceu: 2:21h do dia 11/12/15 com 2.720gr e 46cm
Segunda gravidez é um principe guerreiro.
Dpp: 14 de Abril de 2018

KellyPT -
Offline
Desde 05 Abr 2011

Ui, esse é um tópico "quente" e presta-se sempre a discussões encaloradas. Começo por dizer que conheço alguma coisa do Hospital de Cascais, que tem excelentes instalações e a minha cunhada esteve lá internada há três anos, devido a risco de parto prematuro numa gravidez gemelar e diz maravilhas da forma como foi tratada. Fiquei com muito boa impressão do hospital.

Dito isto, não há para mim a mínima dúvida de que, em termos gerais, a qualidade do atendimento nos bons hospitais privados (porque estes não são todos iguais) é infinitamente superior à dos hospitais públicos. Infelizmente, estes funcionam em condições cada vez piores, com pessoal reduzido e insatisfeito, sem meios e equipamento obsoleto. Os profissionais de saúde são cada vez menos e estão sujeitos a instruções de serviço que lhes exigem que tentem de tudo para evitar recorrer à cesariana, independentemente do sofrimento causado à mãe. Basicamente, só seguem para cesariana se estiver alguém em risco de morte e o pior é que às vezes só se apercebem tarde de mais (conheço pessoalmente 2 casos de crianças que ficaram com lesões cerebrais graves e irreversíveis por causa disso e dezenas de casos de partos dolorosíssimos que teriam certamente sido evitados em unidades privadas).

Além disso, num privado tens a teu lado, em todos os momentos, um médico da tua escolha e confiança. Num hospital público, calha quem calhar e, se for preciso, muda a equipa a meio. Isto é uma tremenda diferença num momento de parto. Num privado, podes ter o teu marido ao teu lado quase sempre (mesmo em caso de cesariana), no público não. Terás um quarto só para ti, onde podem ficar os 2 a gozar o bebé e ele te poderá ajudar (estas são das memórias mais preciosas que guardo do nascimento do meu filho). Num público, estarás com várias desconhecidas e seus bebés, e respectivas visitas, num quarto ou enfermaria, dificilmente conseguirás descansar o que quer que seja enquanto lá estiveres.

Enfim, as diferenças são tantas que nem dá para dizê-las todas. É verdade que, em caso de necessidade de cuidados neonatais, é frequente que os recém-nascidos sejam transportados para hospitais públicos. Mas isto, ao contrário do que por vezes se pensa, não se deve ao facto de não haver meios para os tratar nos bons hospitais privados, mas sim à circunstância de os cuidados neonatais nestas unidades serem caríssimos (chega a atingir milhares de euros por dia). Por isso, é natural e compreensível que sejam os próprios pais a solicitar a transferência, à qual de resto tu poderás sempre recorrer, porque o facto de recorreres a uma unidade privada não te retira o direito de seres assistida no SNS.

Se tens hipótese de ter a criança num privado, não hesites

meninavanessa -
Offline
Desde 20 Jan 2014

Na minha humilde opinião nunca iria para um privado só por dois motivos:
1 - Mais facilmente fazem cesarianas desnecessárias.
2 - Se algo acontece e o bebé necessita de internamento longo/incubadora/outros, e não puder ser transportado para o público, os custos são enormes.

Como tudo, são opções.
Eu prefiro ter um bom obstetra que trabalhe no hospital onde vou ter o bebé, ou então de preferência o chefe de obstetrícia para quem tem essa opção.
Mas não vejo porque discutem sobre isto, nem fazia ideia de que havia discussões por causa deste assunto, afinal, somos todas livres de ter uma opinião, e claro que serão sempre diferentes.

Beijinhos Sorriso

lolapop -
Offline
Desde 17 Abr 2010

Obrigada a todas pelas vossas opiniões e experiências. Estou a ponderar muito ir para o privado, sempre fui insegura em relação à hora "H". Sei que as pessoas contam-nos sempre as histórias mais horríveis dos públicos, e que realmente precisamos de ter muita sorte nas equipas que calham, mas e se não tenho? Tenho a ideia de que no privado, somos nós que escolhemos como e quando queremos as coisas, e no publico é mais quando der e quando eles quiserem, e não poder decidir as coisas num momento tão importante da minha vida é assustador. Uma familiar minha teve a bebé no privado e no caso dela, ela só precisou de pedir a epidural e eles deram, e como a dilatação não estavam a ser fácil eles próprios disseram a ela que se ela sentisse que já não estava a ser capaz, era só ela dizer que iam para uma cesariana. Acho que deve ser uma sensação de segurança enorme ter uma equipa assim. O parto dela teve mesmo de ser a cesariana, mas ela diz me que a equipa foi fantástica e estavam sempre disponíveis para ela. Com isto não estou a desvalorizar as equipas dos hospitais publicos, sei bem que o serviço deles só não é melhor derivado às exessivas horas de trabalho, falta de equipamento, e exesso de utentes.

Sobre lolapop

* Sei que o melhor de mim está por chegar*
* 2016 é um óptimo ano para realizar sonhos*

KellyPT -
Offline
Desde 05 Abr 2011

meninavanessa escreveu:
Na minha humilde opinião nunca iria para um privado só por dois motivos:
1 - Mais facilmente fazem cesarianas desnecessárias.
2 - Se algo acontece e o bebé necessita de internamento longo/incubadora/outros, e não puder ser transportado para o público, os custos são enormes.
Como tudo, são opções.
Eu prefiro ter um bom obstetra que trabalhe no hospital onde vou ter o bebé, ou então de preferência o chefe de obstetrícia para quem tem essa opção.
Mas não vejo porque discutem sobre isto, nem fazia ideia de que havia discussões por causa deste assunto, afinal, somos todas livres de ter uma opinião, e claro que serão sempre diferentes.
Beijinhos

Certamente que as cesarianas desnecessárias são mais frequentes nos hospitais privados. Nos públicos, são inexistentes. O problema é que nestes últimos também é muito mais provável que não se façam atempadamente cesarianas que são mesmo necessárias. E as consequências destes últimos casos são muitíssimo mais graves do que as dos primeiros.

Além disso, eu não estou nada de acordo com o conceito de "necessidade" aplicado pelos hospitais públicos, que se restringe aos casos de risco de morte ou dano físico grave e permanente. Para mim, uma cesariana é necessária quando a mãe acha que é necessária, ou pelo menos a sua opinião deve ter um peso decisivo na opção médica pelo recurso à cesariana. Não me parece humano sujeitar uma mulher a um sofrimento perfeitamente desnecessário, quando existem soluções alternativas. Esta é uma das principais razões pelas quais optaria sempre por uma unidade de saúde que me desse, a mim, o direito e a liberdade de opção.

Quanto aos custos da neonatologia, são de facto elevadíssimos, mas é muitíssimo pouco provável que o bebé não possa ser transportado. Teria de ser uma conjugação de factores verdadeiramente terrível e não vou ter um parto certamente pior (na minha opinião) para evitar um risco tão improvável.

Mas é como dizes: cada cabeça sua sentença e o que importa é que cada uma de nós tenha os seus filhos no local onde se sente mais segura. E o local não é o mesmo para todas

anitas.paula -
Offline
Desde 17 Jan 2011

Existem opiniões para todos os gostos Sorriso Não posso falar do hospital em questão mas, posso falar da minha experiência.
A minha 1ª gravidez foi seguida no privado e, tive-a no público: comecei por ter a minha obstetra comigo mas, depois foi o descalabro. Apesar disso, correu tudo bem.
Nesta 2ª gravidez, segui na mesma na minha obstetra no privado e, penso ter o menino... num hospital público mas, outro muito diferente do 1º.
Sei que me podem achar masoquista mas, acho que não tem a ver com ser público ou privado mas, com a equipa que me calha naquela hora.
Não digo que é a melhor opção mas, honestamente, sinto-me mais confiante assim pois, queria evitar procedimentos desnecessários.
Medo? Esse não tenho, apenas quero o que qualquer mãe quer: o melhor e, isso não se pode saber se é no público ou privado.

A princesa nasceu a 5/8/12 (40s+3d), com 3760 kg e 51 cm Amamos-te princesa
O príncipe nasceu a 21/1/16 (41s+1d), com 3990 kg e 51.5 cm. Amamos-te príncipe
Esposa e mãe babada Sorriso

KellyPT -
Offline
Desde 05 Abr 2011

anitas.paula escreveu:
acho que não tem a ver com ser público ou privado mas, com a equipa que me calha naquela hora.
Não digo que é a melhor opção mas, honestamente, sinto-me mais confiante assim pois, queria evitar procedimentos desnecessários.
Medo? Esse não tenho, apenas quero o que qualquer mãe quer: o melhor e, isso não se pode saber se é no público ou privado.

Mas, justamente, o único sítio onde se pode escolher a equipa médica é nas unidades privadas. Longe de mim dizer que os médicos são melhores porque estão no privado (pelo contrário, às vezes até são os mesmos e muitas vezes trabalham nos hospitais públicos em condições verdadeiramente heróicas). O meu ponto é que as condições oferecidas pelas unidades privadas (as boas) são objectivamente melhores, para os médicos e para nós. Começando pela fundamental questão de poder escolher quem nos vai assistir.

Não estou com isto a pretender que ninguém mude de opinião - como eu disse, cada uma de nós tem confiança em pessoas/locais diferentes. Só estou é a dizer que o argumento segundo o qual o que conta é a equipa médica só reforça precisamente aquilo que eu disse.

Lana2015 -
Offline
Desde 14 Dez 2015

Acabei agora saber da linha Saude24 que os certos procedimentos que a partida são mais seguras para a mãe, estão a ser evitadas por questão dos custos associados.

Digo-vos já que nunca mais vou considerar um hospital público.

Tive o meu filho no público, com o meu GO a acompanhar, ele fez tudo para evitar a cesariana (e eu não estava nada contra ela) e passando 13 horas de sofrimento do trabalho de parto, o meu filho teve que sair com a ventosa e o outro médico a carregar na minha barriga. E saiu todo roxo e tinha que ser reanimado.

Agora já consegui fazer o puzzle porque isto tudo aconteceu, antes desta conversa de hoje não podia mesmo imaginar que isto era tudo por questões financeiros

Sobre Lana2015

13.06.2008 - positivo!
01.02.2009 - nasceu o meu Alexandre
30.11.2015 - positivo / AR 30.12.2015 (9 semanas, ausência de batimentos cardíacos)

TâniaS Neves -
Offline
Desde 29 Mar 2014

No público tens mesmo que ter muita sorte com a equipa médica, só para veres eu estive 10h em trabalho de parto com epidural, disso não me posso queixar pois mal cheguei lá puseram me logo na sala de partos e deram me logo epidural, foi sorte acho eu. Mas a certa altura tinha 9 dedos de dilatação e a médica ao fim da força queria que o meu filho saísse porque já tinha espaço suficiente, andou ali num sai e entra, 2 enfermeiras em cima de mim a carregar me na barriga, a certa altura resolveram por a ventosa mas praticamente nem tiveram que puxar pois quando rasgaram abriu o espaço que precisava para sair, e não saia porque? Porque apesar de já ter a dilatação toda o meu bebé estava com a mão na cara, ninguém viu isso, puxaram no é chamaram logo a pediatra porque pensavam que lhe tinha partido um braço, felizmente isso não aconteceu mas durante o sai e entra, acabou por engolir algo que não devia que se alojou nos pulmões e ficou internado 7 dias. Podia acontecer num privado? Podia nas acho muito mais difícil. Se tivesse feito uma eco tinham visto isso, uma coisa tão simples como uma eco, ou um médico mais esperto também teria visto que algo não está bem. Com o sns só podemos contar com a sorte.

19.04.2013- começou o nosso sonho, apenas dois meses de tentativas
10.12.2013- nasce o nosso príncipe as 39+4 semanas
08.03.2017- começou mais um sonho, apenas dois meses de tentativas

meninavanessa -
Offline
Desde 20 Jan 2014

KellyPT escreveu:

meninavanessa escreveu:Na minha humilde opinião nunca iria para um privado só por dois motivos:
1 - Mais facilmente fazem cesarianas desnecessárias.
2 - Se algo acontece e o bebé necessita de internamento longo/incubadora/outros, e não puder ser transportado para o público, os custos são enormes.
Como tudo, são opções.
Eu prefiro ter um bom obstetra que trabalhe no hospital onde vou ter o bebé, ou então de preferência o chefe de obstetrícia para quem tem essa opção.
Mas não vejo porque discutem sobre isto, nem fazia ideia de que havia discussões por causa deste assunto, afinal, somos todas livres de ter uma opinião, e claro que serão sempre diferentes.
Beijinhos

Certamente que as cesarianas desnecessárias são mais frequentes nos hospitais privados. Nos públicos, são inexistentes. O problema é que nestes últimos também é muito mais provável que não se façam atempadamente cesarianas que são mesmo necessárias. E as consequências destes últimos casos são muitíssimo mais graves do que as dos primeiros.
Além disso, eu não estou nada de acordo com o conceito de "necessidade" aplicado pelos hospitais públicos, que se restringe aos casos de risco de morte ou dano físico grave e permanente. Para mim, uma cesariana é necessária quando a mãe acha que é necessária, ou pelo menos a sua opinião deve ter um peso decisivo na opção médica pelo recurso à cesariana. Não me parece humano sujeitar uma mulher a um sofrimento perfeitamente desnecessário, quando existem soluções alternativas. Esta é uma das principais razões pelas quais optaria sempre por uma unidade de saúde que me desse, a mim, o direito e a liberdade de opção.
Quanto aos custos da neonatologia, são de facto elevadíssimos, mas é muitíssimo pouco provável que o bebé não possa ser transportado. Teria de ser uma conjugação de factores verdadeiramente terrível e não vou ter um parto certamente pior (na minha opinião) para evitar um risco tão improvável.
Mas é como dizes: cada cabeça sua sentença e o que importa é que cada uma de nós tenha os seus filhos no local onde se sente mais segura. E o local não é o mesmo para todas

No público existem sim cesarianas desnecessárias, sem dúvida alguma que existem, conheço vários casos, ando neste "meio" de partos há algum tempo que procuro saber cada vez mais, desta vez tenho uma Doula comigo e sei com certezas absolutas que no público também existem cesarianas desnecessárias, muitas até, mais do que se imagina. Nunca disse que uma mulher não deveria ter opção de escolha, mas há muitas que gostavam de ter um parto normal e por motivos desnecessários tiveram uma cesariana, isto é como tudo, depende sempre da equipa que se apanha.

meninavanessa -
Offline
Desde 20 Jan 2014

Lana2015 escreveu:
Acabei agora saber da linha Saude24 que os certos procedimentos que a partida são mais seguras para a mãe, estão a ser evitadas por questão dos custos associados.
Digo-vos já que nunca mais vou considerar um hospital público.
Tive o meu filho no público, com o meu GO a acompanhar, ele fez tudo para evitar a cesariana (e eu não estava nada contra ela) e passando 13 horas de sofrimento do trabalho de parto, o meu filho teve que sair com a ventosa e o outro médico a carregar na minha barriga. E saiu todo roxo e tinha que ser reanimado.
Agora já consegui fazer o puzzle porque isto tudo aconteceu, antes desta conversa de hoje não podia mesmo imaginar que isto era tudo por questões financeiros

Isso acontece a imensas mulheres (infelizmente) e não tem nada a ver com estar 13 horas em trabalho de parto, até porque 13 horas não é muito para um parto normal.

Podias não ter autorizado a ventosa, e podias também não ter autorizado a Manobra de Kristeller, que foi o que te fizeram quando carregaram na tua barriga, que é altamente prejudicial e pode ter danos, sofreste de violência obstétrica como imensas mulheres sofrem e para mim, é falta de informação da nossa parte, aconselho todas as mulheres a informarem-se sobre os seus direitos no parto (que são muitos!) e a se imporem na altura, muda o cenário todo. Ter uma Doula é meio caminho andado Sorriso

lolapop -
Offline
Desde 17 Abr 2010

Bem decidi fazer um plano de saúde da multicare que inclui o parto. Assim sinto-me mais segura, e se na altura decidir ir para o publico poderei ir à mesma, mas assim tenho uma opção de escolha. Quero informar-me direitinho de todos os direitos que tenho enquanto grávida e na hora do parto! Sou muito meticulosa e gosto de estar preparada para os possíveis cenários que me aparecerem (ou pelo menos tentar!).

Sobre lolapop

* Sei que o melhor de mim está por chegar*
* 2016 é um óptimo ano para realizar sonhos*

KellyPT -
Offline
Desde 05 Abr 2011

lolapop escreveu:
Bem decidi fazer um plano de saúde da multicare que inclui o parto. Assim sinto-me mais segura, e se na altura decidir ir para o publico poderei ir à mesma, mas assim tenho uma opção de escolha. Quero informar-me direitinho de todos os direitos que tenho enquanto grávida e na hora do parto! Sou muito meticulosa e gosto de estar preparada para os possíveis cenários que me aparecerem (ou pelo menos tentar!).

E podes também pensar em incluir o teu filho no seguro, antes de ele nascer, para prevenir possíveis despesas imprevistas, da parte dele, no momento do parto. Mas não te esqueças dos períodos de carência. Boa sorte

KellyPT -
Offline
Desde 05 Abr 2011

meninavanessa escreveu:

KellyPT escreveu:
meninavanessa escreveu:Na minha humilde opinião nunca iria para um privado só por dois motivos:
1 - Mais facilmente fazem cesarianas desnecessárias.
2 - Se algo acontece e o bebé necessita de internamento longo/incubadora/outros, e não puder ser transportado para o público, os custos são enormes.
Como tudo, são opções.
Eu prefiro ter um bom obstetra que trabalhe no hospital onde vou ter o bebé, ou então de preferência o chefe de obstetrícia para quem tem essa opção.
Mas não vejo porque discutem sobre isto, nem fazia ideia de que havia discussões por causa deste assunto, afinal, somos todas livres de ter uma opinião, e claro que serão sempre diferentes.
Beijinhos

Certamente que as cesarianas desnecessárias são mais frequentes nos hospitais privados. Nos públicos, são inexistentes. O problema é que nestes últimos também é muito mais provável que não se façam atempadamente cesarianas que são mesmo necessárias. E as consequências destes últimos casos são muitíssimo mais graves do que as dos primeiros.
Além disso, eu não estou nada de acordo com o conceito de "necessidade" aplicado pelos hospitais públicos, que se restringe aos casos de risco de morte ou dano físico grave e permanente. Para mim, uma cesariana é necessária quando a mãe acha que é necessária, ou pelo menos a sua opinião deve ter um peso decisivo na opção médica pelo recurso à cesariana. Não me parece humano sujeitar uma mulher a um sofrimento perfeitamente desnecessário, quando existem soluções alternativas. Esta é uma das principais razões pelas quais optaria sempre por uma unidade de saúde que me desse, a mim, o direito e a liberdade de opção.
Quanto aos custos da neonatologia, são de facto elevadíssimos, mas é muitíssimo pouco provável que o bebé não possa ser transportado. Teria de ser uma conjugação de factores verdadeiramente terrível e não vou ter um parto certamente pior (na minha opinião) para evitar um risco tão improvável.
Mas é como dizes: cada cabeça sua sentença e o que importa é que cada uma de nós tenha os seus filhos no local onde se sente mais segura. E o local não é o mesmo para todas

No público existem sim cesarianas desnecessárias, sem dúvida alguma que existem, conheço vários casos, ando neste "meio" de partos há algum tempo que procuro saber cada vez mais, desta vez tenho uma Doula comigo e sei com certezas absolutas que no público também existem cesarianas desnecessárias, muitas até, mais do que se imagina. Nunca disse que uma mulher não deveria ter opção de escolha, mas há muitas que gostavam de ter um parto normal e por motivos desnecessários tiveram uma cesariana, isto é como tudo, depende sempre da equipa que se apanha.

Sim, sim, e eu acho muito bem que quem quer evitar uma cesariana a todo o custo, o faça. O meu problema é, que se eu não quiser, se estiver há horas que considere demais em trabalho de parto e pedir uma cesariana, não ma fazem num hospital público. Às vezes, nem sequer a fazem antes que seja tarde demais (conheço pessoalmente 2 casos de bebés que ficaram com paralisia cerebral por causa disto e ouvi falar de muitos mais). É que a opção de escolha tem de dar para os dois lados e, no sistema público, a escolha é só uma...

A-A-A -
Offline
Desde 18 Nov 2009

tive o meu filho num privado e, num segundo filho, se puder, irei igualmente optar pelo privado.
apenas quero fazer uma correcção: num privado nem sempre escolhes a equipa. à partida consegues escolhê-la, mas como tudo na vida nada é garantido. no dia em que o meu filho resolveu nascer, a minha go estava no estrangeiro e eu tive, no privado, uma equipa que nunca tinha visto na vida! apesar disso, senti-me uma princesa, pois éramos apenas duas grávidas em trabalho de parto e todos nos trataram muito, muito, muito bem e com muito cuidado. a minha go ligou-me do estrangeiro para me tranquilizar sobre a equipa de serviço e não tenho absolutamente nada a apontar. a epidural foi dada sem problemas, o reforço idem, a enfermeira sentou-se na minha cama a explicar-me como tudo se iria processar...
não faço ideia de como será num hospital público para fazer a comparação, apenas posso destacar a minha experiência.

Margarida123 -
Offline
Desde 25 Set 2014

Caras mamãs, Deus nos livre das mamãs terem a decisão de escolher se "querem" ou não cesariana... A decisão de cesariana é médica (razão clínica e não pessoal). Dito isto, também não posso dizer que o privado é superior ao público ou vice-versa. Existem serviços de obstetrícia melhores e outros piores, bem como os profissionais que lá trabalham. A opção de poder ir para o público ou para o privado é dos futuros pais e como tal, apenas deveriam ter noção das consequências dessa escolha. Há apenas um único ponto em que a maioria dos privados nunca é superior ao público: as verdadeiras EQUIPAS de neonatologia (e não me refiro apenas aos médicos), com mais experiência e equipamentos, encontram-se no público, ponto final.

KellyPT -
Offline
Desde 05 Abr 2011

Margarida123 escreveu:
Caras mamãs, Deus nos livre das mamãs terem a decisão de escolher se "querem" ou não cesariana... A decisão de cesariana é médica (razão clínica e não pessoal). Dito isto, também não posso dizer que o privado é superior ao público ou vice-versa. Existem serviços de obstetrícia melhores e outros piores, bem como os profissionais que lá trabalham. A opção de poder ir para o público ou para o privado é dos futuros pais e como tal, apenas deveriam ter noção das consequências dessa escolha. Há apenas um único ponto em que a maioria dos privados nunca é superior ao público: as verdadeiras EQUIPAS de neonatologia (e não me refiro apenas aos médicos), com mais experiência e equipamentos, encontram-se no público, ponto final.

"Deus nos livre"?! Eu sinto-me perfeitamente capaz de fazer as minhas próprias escolhas, aliás não abdico deste direito. A opção pela cesariana é médica, sim, mas todas as boas práticas médicas - em todas as áreas - indicam que a opinião do paciente deve ser um factor crucial na determinação da opção médica. Isto não quer dizer que não deve ser o médico a decidir, mas quer dizer que este deve tentar respeitar a vontade do paciente, desde que não existam razões imperiosas que o impeçam. Todos os progressos médicos (incluindo, naturalmente, a cesariana) existem para adiar a morte e evitar o sofrimento. Não entendo por que é que a parte do evitar o sofrimento deve ser excluída no momento do parto, caso a mãe entenda que este está a ser demasiado doloroso. Não entendo nem admito que me digam que eu tenho de sofrer desnecessariamente, se existem opções que o evitam. Que as outras mulheres o queiram fazer, estão no seu direito (a lógica é a mesma). Mas a minha opção é outra e tenho igualmente o direito a que seja respeitada

ouricinhos -
Offline
Desde 10 Abr 2014

A discussão entre público versus privado é sempre controversa e leva muitas vezes a argumentos mais ou menos emotivos sem grande fundamento. E depois há sempre os mitos. ..

Eu tive a minha baby na cruz vermelha em Lisboa e não trocava essa escolha por nada.

Sendo claramente suspeita, deixo vos com a minha perspetiva:
#Mito n.o 1 - há muito mais cesarianas no privado do que no público: confere, mas em se calhar 60% dos casos é porque são as mães que escolhem ser de cesariana (escolha essa que não existe no público). Ora, se uma mãe quer escolher e só o pode fazer no privado, é normal que logo por aqui as estatisticas de cesarianas disparem (e não faço aqui qualquer juízo de valor acerca das cesarianas desnecessárias que há muitas que o são de facto). O restante... bom, no público recorre se a cesarianas em risco de vida apenas, o que leva a trabalhos de parto dolorosos, longos e com sofrimento para o bebé, o que também não acontece no privado. No meu caso, fui para um privado com indução marcada, convencida que iria ter um parto normal. Após 6 horas de trabalho de parto, tinha 2 dedos de dilatação e a bebé estava a entrar em sofrimento. Conclusão, acabei em cesariana. Se fosse no público, não tinha a menor dúvida que teria estado mais 10 ou 12 horas em sofrimento e agonia, até eventualmente decidirem por cesariana ou ter a pequenina em muito sofrimento

#Mito n.o 2 - o privado é tudo muito bonito, mas se correr alguma coisa mal com o bebé não há serviço de neonatologia capaz e o bebé tem de ser transferido para o público: os privados têm um serviço de neonatologia tão bom como qualquer público, o que acontece é precisamente o facto de muitos seguros de saúde para recém nascidos terem períodos de carência e os custos de internamento no privado serem incomportáveis. Uma vez mais, no meu caso, o meu seguro de saúde permitia incluir o recém nascido sem período de carência desde o 1.o dia, pelo que não se aplicava esta questão.

Quanto à opção pelo público ou pelo privado, sinceramente, acho que é apenas e só uma questão de conforto e acompanhamento. As vantagens do privado:

* um quarto só para nos, onde o pai pode inclusive pernoitar e permite muito mais descanso do que no público, onde se divide quarto com mais 2 ou 3 mães
* as refeiçoes, que eram ótimas comparativamente a típica comida de hospital
* a certeza de sermos acompanhados pela nossa medica
* a permanente disponibilidade da equipa de enfermagem, atenciosas, sem poupar a meios para nos deixar confortáveis
* o apoio na amamentação

meninavanessa -
Offline
Desde 20 Jan 2014

KellyPT escreveu:

meninavanessa escreveu:
KellyPT escreveu:
meninavanessa escreveu:Na minha humilde opinião nunca iria para um privado só por dois motivos:
1 - Mais facilmente fazem cesarianas desnecessárias.
2 - Se algo acontece e o bebé necessita de internamento longo/incubadora/outros, e não puder ser transportado para o público, os custos são enormes.
Como tudo, são opções.
Eu prefiro ter um bom obstetra que trabalhe no hospital onde vou ter o bebé, ou então de preferência o chefe de obstetrícia para quem tem essa opção.
Mas não vejo porque discutem sobre isto, nem fazia ideia de que havia discussões por causa deste assunto, afinal, somos todas livres de ter uma opinião, e claro que serão sempre diferentes.
Beijinhos

Certamente que as cesarianas desnecessárias são mais frequentes nos hospitais privados. Nos públicos, são inexistentes. O problema é que nestes últimos também é muito mais provável que não se façam atempadamente cesarianas que são mesmo necessárias. E as consequências destes últimos casos são muitíssimo mais graves do que as dos primeiros.
Além disso, eu não estou nada de acordo com o conceito de "necessidade" aplicado pelos hospitais públicos, que se restringe aos casos de risco de morte ou dano físico grave e permanente. Para mim, uma cesariana é necessária quando a mãe acha que é necessária, ou pelo menos a sua opinião deve ter um peso decisivo na opção médica pelo recurso à cesariana. Não me parece humano sujeitar uma mulher a um sofrimento perfeitamente desnecessário, quando existem soluções alternativas. Esta é uma das principais razões pelas quais optaria sempre por uma unidade de saúde que me desse, a mim, o direito e a liberdade de opção.
Quanto aos custos da neonatologia, são de facto elevadíssimos, mas é muitíssimo pouco provável que o bebé não possa ser transportado. Teria de ser uma conjugação de factores verdadeiramente terrível e não vou ter um parto certamente pior (na minha opinião) para evitar um risco tão improvável.
Mas é como dizes: cada cabeça sua sentença e o que importa é que cada uma de nós tenha os seus filhos no local onde se sente mais segura. E o local não é o mesmo para todas

No público existem sim cesarianas desnecessárias, sem dúvida alguma que existem, conheço vários casos, ando neste "meio" de partos há algum tempo que procuro saber cada vez mais, desta vez tenho uma Doula comigo e sei com certezas absolutas que no público também existem cesarianas desnecessárias, muitas até, mais do que se imagina. Nunca disse que uma mulher não deveria ter opção de escolha, mas há muitas que gostavam de ter um parto normal e por motivos desnecessários tiveram uma cesariana, isto é como tudo, depende sempre da equipa que se apanha.

Sim, sim, e eu acho muito bem que quem quer evitar uma cesariana a todo o custo, o faça. O meu problema é, que se eu não quiser, se estiver há horas que considere demais em trabalho de parto e pedir uma cesariana, não ma fazem num hospital público. Às vezes, nem sequer a fazem antes que seja tarde demais (conheço pessoalmente 2 casos de bebés que ficaram com paralisia cerebral por causa disto e ouvi falar de muitos mais). É que a opção de escolha tem de dar para os dois lados e, no sistema público, a escolha é só uma...

Isso concordo, a mulher deveria ter opção de escolha fosse onde fosse, público ou privado.

meninavanessa -
Offline
Desde 20 Jan 2014

Desculpem lá mamãs, mas há muitas cesarianas desnecessárias no público também sim? Não não é só quando há risco de vida, há mesmo cesarianas desnecessárias (entenda-se, quando a mãe não a pede, e quando a mãe e bebé não precisam), isto é um facto, portanto isso também é MITO, dizerem que no público só se fazem cesarianas em risco de vida - na verdade, alegam que há risco de vida mais de metade das vezes quando não há. A maior parte dos médicos evita cesarianas? SIM, mas continuam a existir muitas cesarianas desnecessárias porque como tudo na vida, todos os médicos são diferentes.
Apoio na amamentação no hospital da minha zona há a 100% (hospital público) seja que equipa for, existe um grupo de mães daqui da zona e em relação à amamentação é mesmo um espetáculo.

Como tudo, é ÓBVIO que somos tratadas como rainhas, mas também, paga-se para isso Piscar o olho se não fossem.. é que era de estranhar!

baby_star -
Offline
Desde 20 Fev 2015

Eu tive o meu baby num hospital público e só tenho a dizer bem...
E atenção, eu tive um quarto só para mim e o meu namorado (neste caso foi a minha mãe que assistiu) poderia dormir lá caso quisesse... A equipa de enfermagem foi 1000* acreditem, eu atrofiei (ataque de pânico) na hora da expulsão do baby e elas foram muito atenciosas, a dar me força para continuar a puxar a cada contracção. Tinha 10mulheres à minha volta e não tenho queixa de nenhuma.
Na ala do internamento também Zero queixas. Apanhei duas equipas e ambas foram sensacionais.
Mas lá está...podia não ser assim... Mas na minha experiência não trocaria o hospital público por nada deste mundo...

underthewater -
Offline
Desde 14 Mar 2014

Não li todas as opiniões, mas vou só dizer o que a minha ginecologista me disse. Eu tive risco de ter de fazer um parto prematuro, a minha ginecologista foi muito clara....se for prematuro vai para o publico! Por uma questão de segurança para o bebé. Eu acabei por decidir voltar para o país onde vivo e nao passei pelo parto em Portugal.

O privado tem outras condições. Felizmente no país onde vivo tive direito a essas condições no publico. Em Portugal sei que ainda há situações pouco felizes. Mas conheço muitas pessoas que tiveram parto no publico sem nenhum problema.
Existem níveis diferentes de cuidados neonatais. Um grande prematuro precisa de cuidados difereciados, por exemplo. Por muito bom que seja o serviço de neonatologia no privado, ele pode nao ter os cuidados diferenciados que o bebe precisa.
Aconselho a que perguntem isso na visita a maternidade. Perguntem se aceitam todos os prematuros com todos os problemas de saúde.
Tudo a correr bem ...e votos de um bom parto

KellyPT -
Offline
Desde 05 Abr 2011

CR31 escreveu:
Não li todas as opiniões, mas vou só dizer o que a minha ginecologista me disse. Eu tive risco de ter de fazer um parto prematuro, a minha ginecologista foi muito clara....se for prematuro vai para o publico! Por uma questão de segurança para o bebé. Eu acabei por decidir voltar para o país onde vivo e nao passei pelo parto em Portugal.
O privado tem outras condições. Felizmente no país onde vivo tive direito a essas condições no publico. Em Portugal sei que ainda há situações pouco felizes. Mas conheço muitas pessoas que tiveram parto no publico sem nenhum problema.
Existem níveis diferentes de cuidados neonatais. Um grande prematuro precisa de cuidados difereciados, por exemplo. Por muito bom que seja o serviço de neonatologia no privado, ele pode nao ter os cuidados diferenciados que o bebe precisa.
Aconselho a que perguntem isso na visita a maternidade. Perguntem se aceitam todos os prematuros com todos os problemas de saúde.
Tudo a correr bem ...e votos de um bom parto

É verdade que nem todos os hospitais (privados ou públicos) aceitam todos os níveis de prematuridade. Já dei aqui o exemplo da minha cunhada: esteve internada no hospital de Cascais por risco de parto prematuro numa gravidez gemelar, mas a indicação que tínhamos era que, caso o parto se desencadeasse até à semana x (não me lembro qual) seria transferida de urgência para a MAC, que era a única unidade pública capaz de dar resposta a tal nível de prematuridade.

A minha GO - em quem confio absolutamente e já me tem encaminhado para unidades públicas ou privadas diferentes daquelas em que trabalha, por várias razões - o que me disse foi: se o parto se desencadear até às 32 semanas, vá para a MAC; não porque o Hospital da Luz (onde pensava ter e tive o meu filho) não consiga dar resposta, mas porque os custos dos cuidados neonatais nessa fase são incomportáveis. A partir daqui, já se pode presumir que a criança não necessitará de nada de extraordinário e pode vir descansada para o Hospital da Luz. Foi o que fiz e pretendo voltar a fazer.

Por isso é que também é um bocado simplista estarmos a falar de hospitais públicos e privados como se fossem dois grandes grupos homogéneos, porque não são. Nem uns nem outros.

severina -
Offline
Desde 26 Nov 2007

A minha nasceu à 7 anos no privado da Trofa.
Só tenho a dizer bem.
Foi opção nossa sim. O meu obstetra estava também no público de Guimarães. Mas a decisão recaiu sob o privado.
Como a Matilde nasceu antes do tempo, ele arranjou a equipa, marcou o bloco e fez tudo o que era necessário (e nem consultas dá na Trofa).
São opções....
Ah e foi cesariana. Por opção? Não....mas posso dizer ( e crucifiquem-me se quiserem) que nunca tive desejo de ter um parto normal!!!
Para não me alongar...sublinho cada palavra da mamã Kelly PT.
Ah e para a mamã do tópico um conselho...faça o seguro que mal não faz independentemente de o usar para o parto ou ano (e depois até pode incluir o bebé), mas tem tanto tempo para estas decisões....treine muito primeiro, engravide, aproveite a gravidez e depois....pense nestas questões.

Beijinhos

DMRS -
Offline
Desde 24 Ago 2009

KellyPT escreveu:

Por isso é que também é um bocado simplista estarmos a falar de hospitais públicos e privados como se fossem dois grandes grupos homogéneos, porque não são. Nem uns nem outros.

Concordo a 100%. Assim como a equipa médica que está presente e as condições em que estão a trabalhar (deles). Por exemplo, por muito bons que sejam existem médicos que vão trabalhar para o privado imediatamente a seguir a fazer turnos no público. Há médicos que passam imensas horas seguidas a trabalhar e alguns saem do público e entram no privado logo a seguir sem parar para descansar...por isso, tudo depende de muita coisa.

Acho que o ideal mesmo é as pessoas inteirarem-se dos procedimentos e condições de cada local onde pretendem ter os filhos, ver as condições existentes e as suas e tentarem perceber o que é o melhor para si.
No final, além dos equipamentos e da equipa também é preciso ter sorte: a posição do bebé, as reacções do nosso corpo, a forma como o nosso corpo reage ao parto, etc etc etc. Há coisas que correm mal nos publicos mas também há partos que correm mal no privado.
É pena não existir uma estatística isenta que nos mostre as percentagens de partos e as consequências dos mesmos entre os diversos hospitais públicos e privados. Porque é natural existirem mais relatos negativos do publico do que do privado, uma vez que a grande maioria dos partos ocorre no publico. Se existisse uma estatística isenta provavelmente seria mais fácil tomar decisões.
Por outro lado, cada caso é um caso e todas nós sabemos que a vida de um filho é muito mais que uma estatística, o local onde temos um parto é só mais um ponto numa lista extensa de decisões que tomamos enquanto mães.

Em relação a cesarianas "desnecessárias", creio que não faltam indícios que ocorrem tanto em públicos como em privados. No entanto, quem quer mesmo uma cesariana e não consegue pelo público é natural que siga para o privado e só por isso os números das cesarianas são muito superiores no privado.
Por outro lado, também se pode ir para o privado para ter parto normal ou determinadas condições especificas ou até fazer pedidos concretos ou exigências, adaptações e personalizações que um hospital público não se pode dar ao luxo de facultar - e aí quem pode pagar e quer, porque não fazê-lo?

Há vantagens e desvantagens em cada um dos locais e cada um sabe de si.
Eu tenho um seguro de saúde mas neste momento não pretendo usá-lo para o parto. Gostei muito do meu parto, gostei da equipa que me seguiu na gravidez e da forma como fui tratada. Mas também não descarto a possibilidade de mudar de ideias.

Ps: A médica que me seguiu ao longo de toda a gravidez trabalha na CUF do Porto. Não duvido que a competência dela seja a mesma lá como o é no hospital publico onde trabalha.

TâniaS Neves -
Offline
Desde 29 Mar 2014

Já comentei neste tópico e contei a minha experiência, só para dizer que os cuidados neonatais podem em alguma circunstância estar "lotados". Pois é quem passa por este serviço sabe que existem os cuidados especiais e os cuidados intensivos, felizmente o meu bebé esteve sempre nos cuidados intermédios, mas chegou uma altura que os cuidados intensivos estavam tão cheios que tiveram que tirar o bebé que estava "melhor" era um prematuro com 1.100 e pó lo nos cuidados intermédios, ainda ouvi 2 telefonemas a pedir para enviarem um bebé de Guimarães e outro de Braga e recusaram. Quando o meu teve alta, foi no dia que estavam a pedir para enviarem um dos bebés e a enfermeira disse "este vai sair já há uma vaga" e a médica respondeu "estão para nascer mais 2 prematuros aqui onde é que vou pô los? Temos sempre que ter vagas para os que nascem aqui" eu fiquei de boca aberta nem sabia que era possível recusarem a ida para lá dos bebés.. Pensei "meu deus se fosse o meu sem vagas o que é que eu fazia?"

19.04.2013- começou o nosso sonho, apenas dois meses de tentativas
10.12.2013- nasce o nosso príncipe as 39+4 semanas
08.03.2017- começou mais um sonho, apenas dois meses de tentativas