Trabalhar com bebe de dois meses | De Mãe para Mãe

Trabalhar com bebe de dois meses

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9 mensagens
Sara Ribeiro Lopes -
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Desde 14 Jun 2016

Olá mamas.
Estou desempregada e tenho esta semana uma entrevista de emprego, com uma oferta bastante boa. Mas tenho uma pequena de dois meses e estou cheia de duvidas se devo voltar já ao trabalho. Por um lado é uma oportunidade única , por outro irei perder bastantes momentos com a minha filhota e tenho receio de que ela ainda precise muito de mim.
Opiniões?

Barbara Lameirao -
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Desde 08 Nov 2016

Que situação difícil e complicada! No seu lugar eu aceitava o emprego pois sabemos que está difícil encontrar e com um emprego a sua filha terá uma vida melhor! MAS só o faria se tivesse alguém de confiança que fique com a menina.
Boa sorte mamã

Desde 13 Set 2012

Olá!

Receio de que ela precisa muito de si? Isso não é um receio, é uma certeza!

Mas olhe, isto dos empregos é de facto algo muito sensível porque não há muitos e menos ainda os que se podem considerar boas oportunidades.

Suponho que para estar a procurar emprego é porque não consegue suportar as despesas sem um vencimento; assim sendo, olhe, vá à entrevista e dê o seu melhor. Infelizmente não é garantido que fique com a vaga. Provavelmente vão-lhe perguntar se tem filhos e, tendo, que idade eles têm. Infelizmente ter um bebé de 2 meses não vai jogar a seu favor. Se, contra todas as expetativas, ficar com a vaga, a questão seguinte é encontrar alguém de sua total confiança que fique com a sua bebé. Que eu tenha conhecimento, os infantários não ficam com bebés tão pequenos e eu também não o recomendo. Tente encontrar alguém dentro ou fora da família que mereça a sua confiança.

Se ficar com a vaga é realmente porque o selecionador acredita no seu currículo e nas suas capacidades; todas as empresas tentam evitar contratar mulheres com filhos, principalmente filhos demasiado pequenos.

Tudo de bom!

SMSantos

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Mesmo com o coração apertado...eu iria à entrevista, sim. Conheço outras pessoas que (re)começaram a trabalhar quando os bebés tinham essa idade, geralmente trabalhadores independentes que não se podiam dar ao "luxo" de ficar mais tempo em casa. Não é o desejável, mas....na sua situação parece-me o mais razoável.
Será que o marido não pode ficar de licença de maternidade? Em caso negativo, procuraria uma ama de confiança, isto se não houver avós disponíveis.

Danb -
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Desde 11 Nov 2015

mamã penso que só a mamã pode decidir isso..
só a mamã sabe qual a sua situação financeira em casa e quais as suas necessidades..
mas pense mesmo se vale a pena..
eu comecei a trabalhar no início de fevereiro deste ano e tem me custado imenso estar longe do meu filho Triste passo o dia a pensar nele.. perdi a primeira vez que ele bateu palminhas.. se eu tivesse numa situação que não necessitasse, eu não teria começado a trabalhar tão cedo.. esperaria até ele começar a andar e a falar um pouquinho...

inesgarrote -
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Desde 03 Jan 2016

Páre, pense e pondere. Vai realmente perder muito da sua pequena, é uma decisão muito complicada, mas também muito pessoal.

O que tem de ser tem muita força, mas mensure bem se tem de ser...

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Eu conheço situações onde isso aconteceu, ou por terem empresa ou por serem TI. O que fizeram foi que o pai tirou a licença, a mãe só tirou aqueles 40 dias obrigatórios

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Ah espera mas tu não estás a trabalhar. OK esquece.

Krovsky -
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Desde 28 Nov 2015

Sara falo por experiência própria porque tive que fazer o mesmo e a minha filha ainda não tinha completado os dois meses e está agora com quase 10 meses.
A decisão é toda sua por isso o que lhe posso dizer é como é que foi comigo.
Eu fui à entrevista e fiquei logo admitida para substitui uma baixa. Eu expliquei que tinha uma bebê pequena e que era muito importante para mim continuar a dar-lhe leite materno, por isso só ficaria na empresa se pudesse fazer pausas parar tirar leite com bomba (nunca tinha feito isto antes mas teve que ser se quisesse manter o LM).
À hora de almoço ía a casa (que ficava perto) dava-lhe de mamar e continuava a dar-lhe peito à noite, acordava religiosamente de duas em duas horas para lhe dar de mamar. Assim fiz até aos 7 meses que, não sei se pelo stress, cansaço ou o que fosse ela deixou de pegar na mama e mesmo a estimular com a bomba isto já não saía grande coisa.
Posso dizer que é muito cansativo, especialmente quando se entra às 8 da manha e se sai às 8 da noite) Mas tive que pensar no futuro que queria dar à minha filha, as contas íam continuar a aparecer e se surgisse um imprevisto na sua saúde nós não tínhamos como suportar as despesas.
Agora a questão é quem ficou com a minha filha - o pai. Ele está efectivo na empresa e existe essa possibilidade de ser o pai a gozar os 4 meses de apoio parental, subsidiados tal como se fosse a mãe, sendo que a mãe tem que gozar obrigatoriamente 50 dias (salvo erro) logo ao seguir ao nascimento do filho. Que no seu caso já foram cumpridos.
O facto de ser o pai a ficar deixou-me hesitante e ao mesmo tempo mais descansada. Hesitante, apenas inicialmente, porque por norma os homens não são dados a estas coisas, mas sinceramente não tenho muito a dizer. Ele faz tudo para a minha filha tal como eu faço. Descansada porque quem melhor que o pai ou a mãe para ficar com os nossos filhos?
Não perdi nenhum momento importante da minha filha, pois estive em casa quando ela começou a experimentar a sopa pela primeira vez.
Dei-lhe a fruta, dei-lhe banho, as papas tudo isso e muito mais. Ajudo-a a aprender a andar, enfim tudo o que é suposto se fazer, mas confesso que é bastante cansativo. Especialmente pelos péssimas horas de sono. Porque havia noites, graças a Deus que não eram todas, em que as cólicas apertavam e que se tornava difícil acordar no dia seguinte, mas eu pensava sempre na minha filha e que estava a fazer isto por ela e tudo se resolvia.
E acima de tudo desligue-se do estigma de que a mulher é que tem que ficar em casa a tomar conta dos filhos. É o que acontece na maioria dos casos mas, infelizmente, para algumas mulheres não é bem assim.
Termino dizendo que a pediatra (sim privada, mais uma despesa que eu achei importante para a minha filha ter um acompanhamento mais próximo) da minha filha sempre nos deu os parabéns pela forma como estamos a criar a nossa filha, ainda agora na consulta dos 9 meses não apontou nada de errado, pelo contrário.
Desculpe o testamento, mas se quiser saber algo mais diga.