Trabalhar até ao Fim da Gravidez | De Mãe para Mãe

Trabalhar até ao Fim da Gravidez

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46 mensagens
Desde 14 Jun 2017

Olá mamãs!!
A minha questão é a seguinte: Eu sempre planeei trabalhar até ao final da gravidez, esta era uma ideia fixa que tinha sobre este assunto. Só que agora com 22 semanas, começo a pensar se deveria mudar de ideias! Triste
Eu tenho um trabalho que envolve muita responsabilidade e apesar de fisicamente não ser muito exigente, é um bocado cansativo e chato, até porque passo maior parte do dia sozinha num escritorio sem uma única janela, sem ver ninguém passar.
Estive o mês de Agosto de férias e não consegui estar em casa então fui ajudar uma amiga para o salão de cabeleireiro dela (ganhei um extra e estava ocupada!), via gente entrar e sair todos os dias e pensava: "Quando regressar ao trabalho vou conseguir trabalhar até ao fim". Só que já estou de volta há 3 semanas e estou farta porque apesar de não ser cansativo é muito esgotante porque estou muito tempo sozinha e muitas vezes não tenho nada para fazer!
Por isso agora pergunto, entre estar a trabalhar e estar em casa o que será melhor? Sei que se for para casa vou-me fartar depressa porque o tempo não vai passar e vai ser complicado, mas estando no trabalho, muito tempo (muitas vezes o dia todo) sozinha, é muito parecido com estar em casa só que no trabalho não posso dormir uma bela sesta depois do almoço.:) Só que o meu patrão é um santo, e precisa de mim, porque se eu não estiver ele não tem quem atenda o telefone, faça as marcações, quem pague as contas e também não o quero deixar "pendurado", porque ele é mesmo muito bom patrão. Sei que quando for para casa de licença ele vai meter outra pessoa no meu lugar, e até já conversamos sobre essa pessoa vir umas duas semanas antes para eu lhe dar uma pequena "formação" sobre o funcionamento das coisas. Mas, quando lhe disse que tava grávida disse-lhe que ia trabalhar até ao fim só que agora não sei se consigo... Sinto-me tão mas tão cansada psicologicamente que às vezes acho que não vou aguentar, mas lá vai passando um dia de cada vez.
Por favor partilhem comigo como fizeram ou como pensam fazer...
Obrigada e beijinhos a todas.

LSL -
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Desde 28 Out 2010

Olha eu estava como tu. Cismei que ia porque ia trabalhar até ao fim. O meu marido fartou-se de me picar a dizer que eu ia acabar por não conseguir... e tinha razão. Chegou a um ponto onde ao levantar da cama de manhã cedo era um martirio. E depois tinha de andar quase 1km entre o parque de estacionamento e o escritório e como tive muitas contrações não havia magnésio que ajudasse. Demorava imenso. Depois tinha de estar muito tempo sentada e acabava por prejudicar as costas. Acabei por vir para casa. Eu aborreço-me muito rápido tal como tu mas por acaso não me tenho aborrecido. Tenho sempre alguma coisa para fazer. Vou fazendo coisas por casa, acabar de organizar as coisas do bebé, idas ao médico, início da escola da miúda e ir buscá-la... resumindo acabei por não me aborrecer e quando há um dia como hoje em que não tenho nada marcado até gosto! Vim para casa às 34 semanas por causa de uma gastroenterite e acabei por não voltar. No meu caso não ficou ninguém a substituir-me pelo que foi um pouco mais pacifico. Só tive de passar os meus pendentes às minhas colegas mas foi fácil.

Mãedesegunda -
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Desde 24 Maio 2017

Isso é uma questão que tens de resolver entre ti e o teu marido...
Eu mal sei que estou grávida não posso trabalhar por causa do meu sistema e do meu corpo...
Ao princípio digo que é complicado mas depois tu habituas-te...
Esse cansaço psicológico que tens pode ser das nossas hormonas que na gravidez andam mil a hora...
Já pensaste em falares com o médico, pode parecer disparatado mas pode dar conselhos que te podem ajudar...

Ana Svensson -
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Desde 23 Abr 2017

Eu trabalhei sempre até ao fim, por opção. Sinceramente, não vejo motivo para deixar de trabalhar desde que esteja tudo bem com o bebé. Eu não dava para ficar em casa...

Nadia Ridgway -
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Desde 22 Ago 2017

Outra questão é se o médico passa baixa para tal. Pois 22 semanas muito cedo para licença. Á baixa so é passada se existir risco para ti ou o bebê o que não me parece o caso . Pois agora as baixas de risco são inspecionados e o relatório médico nessas condições não serão fortes para continuares na baixa.
Eu infelizmente estou de baixa desde as 20 semanas por um problema de saúde já existente antes da gravidez que pode dificultar a gestação e já fui 2 vezes a segurança social apresentar o relatório como deve estar na baixa.

Desde 14 Jun 2017

O meu médico diz que é só eu dizer que passa logo a baixa para eu ficar em casa. Mas também acho cedo, e acho que devem ser as hormonas a dar cabo de mim! Mas a realidade é que comecei a "detestar" vir trabalhar. O pior nem é o levantar porque apesar de custar (sempre me custou mas nunca foi impedimento para trabalhar, porque gosto de trabalhar, e como digo não tenho um trabalho e sim um emprego), é mesmo o estar aqui no escritório, todo o dia fechada sem que me apareça uma alma viva. Trabalho num 2 andar, sem elevador, ou seja são 30 escadas que subo e desço sempre que tenho algo para ir fazer "à rua", mas aí está, adoro quando tenho algo mais mexido para fazer porque o tempo passa mais rápido, o que eu menos gosto são aqueles dias (como os desta semana e da semana passada) em que o patrão não vem e tenho que estar 7 horas e meia enfiada neste cubículo (literalmente), sem uma única janela (literalmente!), e a única coisa que tenho é uma ventoinha que acaba por não servir de nada porque o ar que circula é quente. Fico um bocado frustrada. Por isso às vezes penso que devia ficar mesmo em casa, mas também sei que em casa vou acabar por ficar da mesma forma! Estou ansiosa que chegue ao inverno, porque o escritorio de verão é um forno e de inverno é um gelo, mas ao menos sei que de inverno não vou precisar da ventoinha a fazer barulho! Careta

Skillerific -
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Desde 20 Out 2015

O seu médico passa-lhe baixa sem que haja motivo para tal?

Daniela Soares2 -
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Desde 02 Mar 2017

mamã eu também sempre disse que ia trabalhar até ao fim, também trabalho num escritório e estive o mês de agosto de férias e cansei-me, foi a única vez que inchei e estava morta por vir trabalhar, é verdade que agora com 37+4 sinto-me muito cansada, até porque saio às 19h e ainda tenho a lida da casa pra fazer, sempre muita roupa pra passar a ferro, por causa do emprego do meu marido, jantar pra fazer e almoço pra orientar pro dia seguinte. Confesso que me faz falta dormir uma sesta, mas por outro lado estando ativa, sinto-me muito bem e ninguém diz que estou com quase 38 semanas, ficam todos admirados

Desde 14 Jun 2017

Sim, ele diz que sim. Diz que se me começar a sentir muito cansada que lhe diga que passa a baixa. No inicio da gravidez tive algumas complicações, não sei se será por isso. Agora está tudo ótimo, mas quando fui à ultima consulta não era ele e sim uma estagiária e ele disse-me isso foi na primeira consulta, a quando do susto que passamos. Se calhar para a semana até diz diferente mas na altura disse-me que passava logo a baixa. Até estranhei!

Desde 14 Jun 2017

Pois, eu saio as 18h (que são as vossas 19h) lol, moro nos Açores, e também chego a casa e tenho sempre horrores para fazer! Confuso A unica vantagem é que não passo roupa, porque o meu marido trabalha na manutenção de um hotel e a farda dele é lavada e passada lá e a minha roupa desde que estou grávida desceu drasticamente de estatuto Careta Antes era à executiva agora é o mais confortável possível (só não vou de pijama nem fato de treino) assim quase nunca tenho que passar a roupa, sai da máquina para a linha e fica impecável. Também gosto de me manter activa mas uma sesta de vez em quando fazia milagres. Acho que me vou aguentar no trabalho o máximo que conseguir, o tempo agora vai começar a ficar mais fresco (Espero eu!!) e vai ser mais suportável estar no trabalho!

Desde 14 Jun 2017

Como moro numa ilha onde apenas temos centro de saúde, tenho que ir um mês antes da DPP para outra ilha para ter a minha menina, acho que vou tentar trabalhar até lá, vamos lá ver!

Skillerific -
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Desde 20 Out 2015

Bebiana Mota Ribeiro escreveu:
Sim, ele diz que sim. Diz que se me começar a sentir muito cansada que lhe diga que passa a baixa. No inicio da gravidez tive algumas complicações, não sei se será por isso. Agora está tudo ótimo, mas quando fui à ultima consulta não era ele e sim uma estagiária e ele disse-me isso foi na primeira consulta, a quando do susto que passamos. Se calhar para a semana até diz diferente mas na altura disse-me que passava logo a baixa. Até estranhei!

Sabe que passar baixa sem que exista motivo é crime?

Desde 14 Jun 2017

Sei sim senhora, pois no meu trabalho o que mais lido é com crimes lol. Na altura em que ele me disse isso havia um motivo. Tava com perdas de sangue e com risco de aborto. Já não falo com o meu médico há imenso tempo, precisamente depois desse susto, pois ele não tem estado ao serviço (por motivo de férias, não está de baixa esteja descansada) nem foi ele quem me atendeu na consulta para saber que estava tudo ótimo. Na altura ele disse-me que passava a baixa pois estava com perdas de sangue e disse que se continuassem e que se tivesse muito cansada que lhe dissesse que ia de baixa para casa. Graças a Deus que foi só um susto, mas como lhe volto a dizer nem falei com ele depois disso porque entretanto está ao serviço é uma estagiária. Mas tenho noção que se calhar se lhe pedisse para ir de baixa agora ele dizia que não ma passava.

Ofélia Esteves -
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Desde 24 Ago 2017

Cara Bebiana,
não querendo ser fria, mas isso soa-me a desculpas de mau pagador.

Eu tive um descolamento as 3,5 semanas e tive de ficar 2semanas em casa, sem poder fazer nada. Senti me uma invalida e estava a chegar ao desespero, pois eu queria vir trabalhar, sentir me util.

Felizmente voltei ao trabalho passadas essas duas semanas, mas nem sempre foi facil. Tive de aceitar que não podia fazer tantos esforços como antes, tive de lidar com a sonolencia e cansaço que sentia nos primeiros 3 tres meses, tive de aceitar o meu corpo a mudar, tive (e ainda tenho) de organizar os meus horarios de trabalho para poder ir as consultas, mas nunca arranjei desculpas para ficar em casa.

Eu também trabalho num escritorio (sem janelas) e não me cai nada ao chão! Se precisar saio do escritorio e vou a rua apanhar ar, nem que seja por 2 minutos! Sim, tambem tenho alturas em que é cansativo estar no trabalho, mas ao menos não estou em casa a fazer nada!

Eu pretendo trabalhar até ao fim da gravidez, a não ser que venha a ter algo que comprometa a minha saude e/ou a do meu filho. Isso sim, e uma razao mais do que valida para ficar em casa!

Acho que devia dar-se por feliz por nao ter um trabalho cansativo a nivel fisico, pois ja vi muita gravida a trabalhar em cafes e em serviços onde o esforço fisico é relativamente exigente!

Não se esqueça que ao ficar de baixa (sem justa causa), os impostos dos que trabalham vao servir para pagar a sua estadia em casa, quando pode ir para quem realmente precisa!

Gravidez nao é doença! Apesar dos efeitos secundarios que uma mulher tem na gravidez, esta deve ser vivida com positivismo e alegria! Pode e deve fazer a sua vida com a maior das normalidades!

Cumprimentos,
Ofelia Esteves Sorriso

Ofélia Esteves

Desde 14 Jun 2017

Não queria de todo parecer que não quero trabalhar, porque quero e gosto do meu trabalho. E sim, sei que existem muitas gravidas a trabalhar em cafés e afins e trabalham toda a gravidez, pois muito bem, eu também estou a trabalhar e sempre me recusei a querer ir para casa quando até o meu patrão já insistiu para eu o fazer por ver como ando... No entanto estou a trabalhar e muito grata por isso, o meu emprego é muito bom só que como qualquer cidadã penso que tenho direito a me queixar e o que quis com este post era saber como outras grávidas tinham feito, partilhar experiências acima de tudo, para saber se era a única a passar por esta situação. Gravidez não é doença e eu sou a primeira a dizer isso, porque não o é. No entanto (e graças a Deus não é o meu caso) há pessoas que suportam melhor uma doença do que o facto de estarem grávidas pois tudo isto muda. Eu estou a ter uma santa gravidez (tirando um susto inicial) e a única coisa que tenho são os pés todos os dias inchados devido ao facto de estar sentada muito tempo. Mas se conseguir irei continuar a trabalhar e se não conseguir vou para casa. Cada corpo é um corpo e cada pessoa é uma pessoa. Não pretendo ir para casa, pelo menos não já. Um mês antes da DPP vou ter que ir para casa, disso tenho eu a certeza, pois tenho que mudar de "poiso" devido a viver numa ilha onde não há condições para fazer partos, o normal é irmos um mês antes. Ontem quando escrevi este post, sabia que ia dar que falar mas escrevi-o porque foi um dia "Não", porque estava mais em baixo, hoje sinto-me bem melhor e vejo que de facto não se justifica estar a ir para casa porque ao estar em casa ia fartar-me muito muito rápido mas vou esperar para ver o que o Outono nos traz ao nível de temperaturas (porque este calor tem dado cabo de mim, e acho que é o que tem sido pior) e ai logo decido o que fazer, quer receba baixa quer não receba, porque para mim o fundamental é o meu bem estar e do meu bebé. Sorriso

FilipaPBC -
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Desde 17 Abr 2016

Lá vêm as polícias das baixas...
Eu estou em casa de baixa desde as 27 semanas e não há um único dia aborrecido, é importante dedicares um tempo antes do parto ao teu bebé, a fazer exercício de puderes, caminhar, fazer exercícios específicos para preparar o parto... a ideia de que as mulheres têm de aguentar até ao fim do tempo, na minha opinião, é muito centrada no nosso polo masculino e racional, mas cada mulher é uma mulher, e o nosso lado feminino e emocional reconhece melhor isso. Eu também achava que ia ficar até ao fim, mas a minha cabeça já não estava ali, estava a pedir-me para me recolher, para me centrar em mim e no bebé. O problema é que depois o próprio corpo começa a dar sinais desesperados de querer este recolhimento. Por isso, faz o que sentes que é melhor para ti.

Desde 14 Jun 2017

"Policias das baixas"... Adorei! Careta O que vou fazer é tentar trabalhar e quando vir que já não dá vou para casa e pronto! Obrigada pelo seu comentário Sorriso

janew -
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Desde 18 Jun 2016

Olá,
Apesar de ter tido a médica a "melgar-me" com a baixa, recusei sempre (fui a primeira grávida da obstetra a recusar). Se me sentia melhor a trabalhar, parar para quê? Além disso levaria um corte brutal no rendimento. Ah... e tenho isenção de horário, posso ficar a trabalhar em casa ou tirar um dia qdo der jeito.
Foi a melhor coisa que fiz. Adiantei muito trabalho, subi muitas escadas (ajudou na dilatação), sentia-me útil e feliz. Chegava a casa e ainda tinha forças para tratar do miúdo e da casa, não sei onde fui buscar tanta energia Acho que era do trauma do primeiro parto, fiz tudo para que ele nascesse o mais cedo possível, mas aguentou até às 39 (compensou-em com um parto fácil).
Estar em casa não é para mim.
Cada caso é um caso, o importante é sentirem-se bem.
Felicidades!

Pat3 -
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Desde 09 Jun 2015

Cada gravidez é diferente... na 1a fui para casa 15 dias antes dela nascer mas apenas porque era época de natal e trabalhava numa loja de brinquedos (apesar de até aos 7 meses vomitar todos os dias); do 2o fui para casa 1 mês e meio antes pois comecei com contracções; do 3o foi com quase 5 meses pois vomitava tanto e tinha a tensão tão baixa que desmaiava por tudo e por nada. Agora deste vim para casa às 10 semanas com perdas de sangue e depois por causa dos vómitos que até hoje (7 meses) se mantêm. Vir ou não para casa depende muito do que se passa na gravidez. Eu sempre disse que não ia aguentar ficar muito tempo em casa, que ia dar em doida mas entre dar em doida ou pôr a minha saude e a do meu bebé em risco antes a doidice.
Uma das minhas chefes (tem a minha idade) trabalhou até ao dia anterior ao parto mas a gravidez dela foi santa e sei que me criticam por ter vindo para casa mas não quero saber. Sim sinto a falta de trabalhar mas acho que a minha produtividade seria nula se estivesse lá à conta de tantos enjoos e vómitos.
Faça o que achar que é melhor para si e para o seu bebé e não se preocupe com o que os outros dizem.

Sobre Pat3

A B. nasceu em janeiro de 2000.
O R. nasceu em outubro de 2004.
O T. nasceu em abril de 2016.
O D. nasceu em dezembro de 2017.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Olá,
Eu estou de 27 semanas e confesso que já me custa um bocado, estou a ver até onde consigo aguentar. Trabalho em escritório mas faço muito serviço externo, juntado o facto de sair tarde e ter a lida da casa há dias que me arrasto. Sou da opinião da mamã Pat3, faça o que for melhor para si e para a sua bebé e não se preocupe com o que dizem.

Desde 14 Jun 2017

Obrigada pela sua resposta!! De facto é assim que vou fazer, o melhor para mim e para a minha bebé e o resto são cantigas Sorriso Vou continuar a trabalhar até onde achar que consigo Sorriso

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Se vier para casa, há muito que fazer. Acabar de preparar o enchoval da bebé, aulas de preparação para o parto e descansar Espertalhão

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Eu trabalhei até ao fim. Gravidez com quarenta anos, estava tudo normal e ninguém me perguntou qual a minha atividade profissional, nem no cs nem no hospital onde fui seguida.

Ofélia Esteves -
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Desde 24 Ago 2017

De acordo com o seu comentario, ja deu para perceber que lhe serviu a carapuça e que esta em casa sem justa causa (Afirma que nao tem nenhum dia aborrecido desde que esta de baixa, ou seja, esta a afirmar que esta capaz de fazer coisas no seu dia a dia e que tem energia para tal!)

Felizmente ainda existem as “Policias das baixas”, e eu sou uma delas; dispenso ser comparada com as mulheres que arranjam qualquer desculpa para ficarem em casa!

A custa disso somos vistas por igual perante a maioria dos medicos, que somos umas preguicosas e que nao queremos trabalhar. E não percebi porque é que o feminismo foi para aqui chamado...

Apenas constatei um facto para a Bebiana: de acordo com o que ela sente, nao e motivo para ficar de baixa tão cedo!

Cumprimentos e tudo de bom! Sorriso

Ofélia Esteves

FilipaPBC -
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Desde 17 Abr 2016

Sabe o que faço muito e que adoro? Tricot. Também leio livros, faço exercícios para mobilizar a pélvis, vou às 1001 consultas de gravidez de alto risco (esta parte não adoro)...etc
De resto, tenho 2 perdas gestacionais anteriores e diabetes gestacional.
Não tenho é essa facilidade em julgar as pessoas por aquilo que eu acho que elas sentem ou que acho que é a realidade delas. E mesmo em assuntos com os quais eu não concorde, dificilmente respondo com essa amargura. Só se estiver mesmo muito chateada e será mais culpa minha do que aquilo que a pessoa possa ter dito.
A parte do feminismo tem a ver apenas com uma coisa: a nossa economia de trabalho é naturalmente centrada à volta do masculino, é difícil para nós imaginarmos uma economia em que não é tão pesado para as empresas e para o estado uma mulher tirar tempo para si durante a gravidez. Pensar fora da caixa. Se fossem os homens a engravidar, o nosso contexto seria seguramente completamente diferente.
PS: estou-me marimbando para como os médicos me vêem. Interessa-me mais como eu me vejo e estou perfeitamente em paz com isto.
Tudo de bom também.

Skillerific -
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Desde 20 Out 2015

FilipaPBC escreveu:
Sabe o que faço muito e que adoro? Tricot. Também leio livros, faço exercícios para mobilizar a pélvis, vou às 1001 consultas de gravidez de alto risco (esta parte não adoro)...etc
De resto, tenho 2 perdas gestacionais anteriores e diabetes gestacional.
Não tenho é essa facilidade em julgar as pessoas por aquilo que eu acho que elas sentem ou que acho que é a realidade delas. E mesmo em assuntos com os quais eu não concorde, dificilmente respondo com essa amargura. Só se estiver mesmo muito chateada e será mais culpa minha do que aquilo que a pessoa possa ter dito.
A parte do feminismo tem a ver apenas com uma coisa: a nossa economia de trabalho é naturalmente centrada à volta do masculino, é difícil para nós imaginarmos uma economia em que não é tão pesado para as empresas e para o estado uma mulher tirar tempo para si durante a gravidez. Pensar fora da caixa. Se fossem os homens a engravidar, o nosso contexto seria seguramente completamente diferente.
PS: estou-me marimbando para como os médicos me vêem. Interessa-me mais como eu me vejo e estou perfeitamente em paz com isto.
Tudo de bom também.

FilipaPBC, acho que ninguém precisou de assumir nada pois a Bebiana explicou muito bem que não tem qualquer problema a não ser não querer ir trabalhar. Por mim, que todos façam o que os faz mais feliz. Existem muitas formas da Bebiana ir para casa antes do parto. Agora, não é correcto é falar em pedir baixa quando não há nada que o justifique. E podem chamar-me polícia da baixa à vontade. É pena que quem não vá pelos chico-espertismos e trafulhices seja apontado, como se estivessem a "gozar" (é até triste isto acontecer entre pessoas que se dizem adultas).

Também acho muito interessante quando se fala em julgamentos. Nós, na construção da nossa pessoa, adquirimos percepções de certo ou errado (algumas são impostas pela sociedade e até estão legisladas). O que para uma pessoa é certo, para outra pode ser errado. Na maioria dos tópicos que existem é necessário julgar para que se possam partilhar outras perspectivas. Por exemplo: em TODOS os tópicos em que uma mulher vem pedir ajuda porque está a pensar em abortar existem sempre pessoas a crucificarem e existem, naturalmente, outras a tentar ajudar (tendo em conta aquilo que julgam ser o correcto). Um dia que apareça aqui alguém a dizer que cometeu um homicídio será que também vai dizer para não julgar?!

FilipaPBC -
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Desde 17 Abr 2016

Eu compreendo o seu ponto de vista, mas mesmo um homicídio é julgado no local certo. Isto é um fórum, às vezes acho que por ser pela internet é mais fácil dizer as coisas de determinadas maneiras às pessoas (não estou a dizer que é o seu caso). Mas, se eu der a minha opinião de uma forma menos antagonizante, mesmo que ela seja contrária, provavelmente a mensagem chega mais facilmente ao outro lado.
Há coisas que se dizem aqui, não só nesta conversa, mas em muitas outras, que se se dissesse a uma pessoa com quem não se tenha assim tanta confiança mas frente a frente, provavelmente a pessoa iria virar costas e achar que era uma falta de sensibilidade. Resume-se a isso, sensibilidade.
E não foi bem isso que a Bebiana disse, disse que até gosta do trabalho e do patrão mas que se sentia psicologicamente cansada. Eu também senti e conheço muitas pessoas que sentiram a necessidade de se virar mais para dentro e, por isso, empatizo com este sentimento. Só tenho pena que por vezes seja o corpo a ter de dar os sinais que a mente já anda a dar há muito tempo. Mas só a própria pessoa pode julgar o que isto significa para si.

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Psicologia à parte, as baixas não se pedem, são atribuídas pelos médicos por razões médicas. Ou assim deveria ser.

Skillerific -
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Desde 20 Out 2015

FilipaPBC escreveu:
Eu compreendo o seu ponto de vista, mas mesmo um homicídio é julgado no local certo. Isto é um fórum, às vezes acho que por ser pela internet é mais fácil dizer as coisas de determinadas maneiras às pessoas (não estou a dizer que é o seu caso). Mas, se eu der a minha opinião de uma forma menos antagonizante, mesmo que ela seja contrária, provavelmente a mensagem chega mais facilmente ao outro lado.
Há coisas que se dizem aqui, não só nesta conversa, mas em muitas outras, que se se dissesse a uma pessoa com quem não se tenha assim tanta confiança mas frente a frente, provavelmente a pessoa iria virar costas e achar que era uma falta de sensibilidade. Resume-se a isso, sensibilidade.
E não foi bem isso que a Bebiana disse, disse que até gosta do trabalho e do patrão mas que se sentia psicologicamente cansada. Eu também senti e conheço muitas pessoas que sentiram a necessidade de se virar mais para dentro e, por isso, empatizo com este sentimento. Só tenho pena que por vezes seja o corpo a ter de dar os sinais que a mente já anda a dar há muito tempo. Mas só a própria pessoa pode julgar o que isto significa para si.

Um homicídio teria um local apropriado para ter uma sentença, não para ser julgado. Toda a gente faz julgamentos acerca de tudo, senão ninguém teria opinião acerca de nada. Até mesmo a FilipaPBC fez o seu próprio julgamento acerca deste tópico.
É sabido que as pessoas na Internet têm mais à-vontade. Não sei se o que escreveu era para me incluir ou não, mas calha-me algumas vezes as pessoas sentirem-se ofendidas sem que nada do que eu tenha escrito tenha tido essa intenção ou contenha algo passível de o fazer. O que me parece que acontece é que as pessoas não conseguem ler um texto inócuo (sem smiles ou outro tipo de adereços) sem que lhes pareça ofensa. Ora, se escrever desta forma é algo intrínseco à minha pessoa (diria que defeito dae profissão), a liberdade que as pessoas têm em interpretar algo que não existe não é culpa minha. É uma escolha delas.
Quando manifesto a minha opinião, nunca digo nada que não dissesse a alguém que está à minha frente. Aliás, dizer que baixas fraudulentas são crime e um pretexto para não ir trabalhar parece-me até senso-comum.

FilipaPBC -
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Desde 17 Abr 2016

Mas a questão é mesmo essa, quem julga se há razões ou não é o médico. Nós estamos aqui para dar uma opinião sobre ficar em casa nestas condições e o que isso poderá ter significado para cada uma de nós que se poderá ter sentido assim em determinada altura, que tenha vindo para casa com esse sentimento ou que tenha ficado a trabalhar até ao fim com esse sentimento, etc.
Não é pelo que disse, que é um facto, mas porque escolheu dirigir-se à atitude que pudesse estar errada por parte do médico, sem acrescentar nada acerca de tudo o resto que a Bebiana disse (partilhar a sua experiência, etc). Não considero ofensivo, poderá ser é desagradável.
E também por esta diferença essencial:
"O médico deu-lhe algum motivo para passar a baixa?"
"O seu médico passa-lhe baixa sem que haja motivo para tal?"
No primeiro eu faço uma pergunta, no segundo assumo logo que não há motivo nenhum. Eu tento normalmente seguir pela primeira (para mim é mais fácil fazer isto pela net, porque tenho tempo para pensar no que estou a escrever, do que, às vezes, frente a frente - mas tento, é um processo). Não é preciso smiles, é só a maneira como se dizem as coisas.
Mas pronto, nós já tivemos uma conversa em particular acerca de outro assunto parecido com este, acho que ambas entendemos o que a outra quer dizer. Não quero açambarcar mais o tópico da Bebiana, já falei demais.

Skillerific -
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Desde 20 Out 2015

FilipaPBC escreveu:
Mas a questão é mesmo essa, quem julga se há razões ou não é o médico. Nós estamos aqui para dar uma opinião sobre ficar em casa nestas condições e o que isso poderá ter significado para cada uma de nós que se poderá ter sentido assim em determinada altura, que tenha vindo para casa com esse sentimento ou que tenha ficado a trabalhar até ao fim com esse sentimento, etc.
Não é pelo que disse, que é um facto, mas porque escolheu dirigir-se à atitude que pudesse estar errada por parte do médico, sem acrescentar nada acerca de tudo o resto que a Bebiana disse (partilhar a sua experiência, etc). Não considero ofensivo, poderá ser é desagradável.
E também por esta diferença essencial:
"O médico deu-lhe algum motivo para passar a baixa?"
"O seu médico passa-lhe baixa sem que haja motivo para tal?"
No primeiro eu faço uma pergunta, no segundo assumo logo que não há motivo nenhum. Eu tento normalmente seguir pela primeira (para mim é mais fácil fazer isto pela net, porque tenho tempo para pensar no que estou a escrever, do que, às vezes, frente a frente - mas tento, é um processo). Não é preciso smiles, é só a maneira como se dizem as coisas.
Mas pronto, nós já tivemos uma conversa em particular acerca de outro assunto parecido com este, acho que ambas entendemos o que a outra quer dizer. Não quero açambarcar mais o tópico da Bebiana, já falei demais.

A minha pergunta, que no seu ponto de vista foi desagradável, só foi de encontro ao que a Bebiana escreveu. Eu não assumi nada pois li o que foi escrito. Se for ler com atenção verá que a Bebiana até respondeu positivamente. Portanto, antes sequer de ir ao médico (que será quem ditará se será ou não necessário existir uma baixa), já existia segurança em como tinha acesso à baixa. Para mim (e para o estado) é crime que as baixas sejam passadas porque sim. Se existir motivo para haver baixa é claro que isto tudo nem se mete em causa. E se não existir qualquer problema e a Bebiana quiser parar de trabalhar, é algo que ela terá de ver com a sua entidade patronal (e ninguém tem nada que dizer). Ao contrário daquilo que você quer fazer ver, eu não tenho qualquer problema em que grávidas parem de trabalhar. As pessoas que façam aquilo que as deixem mais felizes. Mas dentro da legalidade.