A tentar engravidar e conflitos com marido. | De Mãe para Mãe

A tentar engravidar e conflitos com marido.

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45 mensagens
smurffina -
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Desde 11 Set 2011

Estou a fazer esta publicação na esperança de alguém que tenha passado pelo mesmo me possa dar uma luz.
Estou há mais de um ano para tentar engravidar. Ainda não fizemos exames nenhuns, estamos na fase de tentar o Dufine. Mas obviamente já vou sendo atingida por alguma frustração.
Acontece que o meu marido é uma pessoa muito conflituosa. Cria uma guerra por tudo e o pior é que se manifesta com muita agressividade. Chega a ser doentio. Tenho em casa um ambiente hostil e de desarmonia. Tento pensar no que ele tem de bom, tento ter paciência para ver se ele se acalma quando vejo que se começa a exaltar, sempre a tentar não partir para a discussão que é sempre terrível, mas umas vezes consigo, outras não. Vou-me a baixo e choro, ele diz que me faço de vítima e que a culpa é minha porque eu é que o desespero. Mas a verdade é que ele desespera com coisas do dia-a-dia...
Só quando o vi a discutir com a mãe numa discussão bastante violenta é que percebi que era do mesmo modo que ele faz comigo e comecei a perceber o problema que tinha em mãos. A relação dele com a mãe é problemática. Têm discussões violentas. O passado dele foi esse e parece que ele tem esse registo gravado.
Claro que tentar engravidar e viver isto é terrível. Por vezes sinto que estou a tomar Dufine para nada porque chega a altura de tentar e ele foi agressivo a falar comigo e eu não consigo ter relações. Ao mesmo tempo, vou ficando cada vez com mais medo de não conseguir ser mãe. Ele também quer ser pai, mas não está tão empenhado em criar as condições para isso.

Realb -
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Desde 30 Set 2015

Smurfina, acho q deve pensar muito bem acerca do que quer para a sua vida, o seu marido n vai mudar porque tem um filho, muitas vezes acontece o contrário, com a frustração do cansaço e das maiores responsabilidades, muitos ainda ficam mais agressivos. Já pensou q está a ser vítima de violência doméstica sob a forma psicológica?? Leia acerca disso e veja se se identifica, se precisar eu sou técnica de apoio à vítima, pode enviar mensagem privada. Bj

sfpa -
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Desde 11 Jan 2016

Pois... Tambem nao acho la muito boa ideia tentar engravidar com um homem assim. Isso nao é normal e nao diga a si mesmo que é porque nao é. E apesar de nao a conhecer sou solidaria consigo mas honesta tambem e por isso digo: deixe esse homem. Procure alguem que a ame e que acima de tudo a respeite.

Beijinhos

Sobre sfpa

Adoro a Xana_magueti, um exemplo de mulher!

http://demaeparamae.pt/vendo/loja/sfpa

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Eu aconselharia também bem a pensar se quer mesmo engravidar de um homem assim. <=) Já pensou no ambiente em que vai crescer a criança? Com um pai que explode rapidamente e uma mãe infeliz? Acredito que ser mãe é um sonho seu é que quer muito uma criança, mas acha que ela terá um bom pai? E ele vai apoiá-la na gravidez e no pós-parto, alturas em que as hormonas nos pregam partidas e ficamos mais sensíveis?

MFA -
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Desde 03 Abr 2013

Também concordo com a Realb,
Smurfina, eu tb estou a tentar engravidar , e se o casal não é unido , se não estiverem em sintonia , não é fácil só este processo de não engravidar já mexe connosco, ter horas para ter relações por vezes que ne apetece , não por falta de interesse,o que quero dizer é que se vocês não estiverem a remar no mesmo sentido não é fácil, tem que estar tranquilos .
Um filho não salva casamentos........
Boa sorte ! bj

Sobre MFA

Treinante 02/2013!!
22/5/2013 teste a confirmar Positivo 31/5/2013 Positivo,+- 5 semanas
14 /6/ 2013 aborto retido
9/4/2015 gravida dia 8/5/2015 Aborto retido
30/12/2015 consulta ceti gonal +Pregrenly 25/1/2016 coito progra negativo
6/1/2016 IIU Ceti- negativo 7/3/2016 aguardar FIV posi

DanielaFilipa -
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Desde 22 Dez 2009

Alguma vez eu no meu perfeito juízo engravidaria e trazia uma criança ao mundo num ambiente desses? Não me leve a mal a franqueza. Um filho não salva relações, muito pelo contrário. Se a coisa já está "feia", com uma criança pior.

Uma boa mãe começa-o a ser mesmo antes de engravidar com as escolhas que faz.

A minha menina veio ao mundo no dia 23/01/2011 - 2,930 kg e 48 cm
A minha segunda princesa nasceu no dia 19/11/2013 - 3,920 kg e 51 cm
Rainha Isabel - 31/05/2016 - 4,080 kg e 51 cm

flor_de_rosa -
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Desde 18 Mar 2010

fazendo umas questões simples as quais não é preciso responderes-me a mim mas sim a ti.
se tivesses uma filha, querias que ela tivesse um homem assim ao lado dela?
se tivesses um filho gostarias que te trata-se como ele trata a mãe ou que o teu filho trata-se assim a mulher dele?
então porque suportas tu um homem assim? achas saudável uma criança nesse ambiente?

25 de Outubro de 2005 nasceu o joao pedro começa o encanto e a felicidade bateu a porta outra vez a 5 de outobro 2010 quando nasceu a rozinha....
sou a afilhada mais babada do mundo, Celokinha é uma madrinha linda
tenho as afilhadas mais fofa do mundo... sofia.miguel e a marisa1989

smurffina -
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Desde 11 Set 2011

O problema é que noutros aspectos ele é espectacular, preocupa-se em fazer as coisas em casa, faz o jantar porque chego tarde, mima-me com pequenas coisas como comprar a minha fruta favorita, mas isto quando tudo corre como ele quer. Quando alguma coisa o perturba, ou irrita, ou contraria, passa do impecável ao bruto/agressivo, a falar aos berros, com linguagem agressiva, seja a que horas for, não interessa se os vizinhos ouvem... enfim. Hoje estragou o fim-de-semana logo pela manhã Triste
Não quero deixa-lo porque gosto dele e não sinto que ele faça estas coisas para me atingir ou porque não gosta de mim. Sinto que ele gosta. O problema é que na cabeça dele ele tem o registo de agressividade como normal e não percebe o quanto isso é errado. Estou a pensar procurar a ajuda dum psicólogo para nos ajudar; sozinha não estou a conseguir resolver a situação.

Ssanina -
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Desde 11 Jul 2013

Concordo com os comentários deixados pelas meninas.
Mas se gosta...já pensou que antes de gostar de quem quer que seja, tem de gostar 1º de si?
Tente a ajuda do psicólogo...
Boa sorte

Sobre Ssanina

Nov/2006 - Início da caminhada (infertilidade inexplicada);
Fev/2009 - Miomectomia; Jun/2009 - IUU (-) Triste
Out/2009 - gravidez expontânea; Jun/2010 - chega a prenda: Henrique!
De novo na luta para a mana ou mano do Henrique

Realb -
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Desde 30 Set 2015

Acredite q a compreendo, lido com isso todos os dias. Só n caia no erro de ter um filho com ele se ele n consegue pensar no outro, isso aí já é definitivo. Acredite que em 7 anos de profissão n houve 1 agressor q se tivesse regenerado sem entrar num programa de controle sob os impulsos. Se precisar de informações diga. Boa sorte

smurffina -
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Desde 11 Set 2011

Obrigada pelas respostas.

Apesar de tudo, não consigo classifica-lo como um agressor. Até porque sempre recusei o papel da vítima. Cresci a ver a minha mãe com uma atitude submissa e sempre disse que comigo não ia ser assim. De início eu própria contribuí para as discussões serem feias porque lhe fazia frente e também o ofendia. Depois vi que isso não nos ia levar a nada de bom e mudei, passei a tentar não irritá-lo, a tentar ver o lado dele, a dar-lhe razão para ele se calar, a conversar com ele com calma, a ignorá-lo, sei lá. No entanto, nem assim consigo evitar a agressividade dele. E também sou humana, em dias maus ele fala mal comigo e eu repondo à letra Triste

MFA -
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Desde 03 Abr 2013

Smurffina, como diz o outro quem AMA CUIDA,
mudar , tem que mudar ?????? por quanto tempo... não o irritar, e ele tem o direito de o fazer ??? ignora lo , para isso não esta com ele , que concertante irá ser mais feliz
Muito honestamente acho que precisava de ajuda técnica.....

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Realb -
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Desde 30 Set 2015

Recusar o papel não significa que não o tem, significa q está em negação, continuo a dizer, se precisar estou aqui Sorriso

Asuos -
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Desde 01 Out 2015

smurffina escreveu:
Obrigada pelas respostas.
Apesar de tudo, não consigo classifica-lo como um agressor. Até porque sempre recusei o papel da vítima

smurffina escreveu:

Tento pensar no que ele tem de bom, tento ter paciência para ver se ele se acalma quando vejo que se começa a exaltar, sempre a tentar não partir para a discussão que é sempre terrível, mas umas vezes consigo, outras não. Vou-me a baixo e choro, ele diz que me faço de vítima e que a culpa é minha porque eu é que o desespero. Mas a verdade é que ele desespera com coisas do dia-a-dia...
Só quando o vi a discutir com a mãe numa discussão bastante violenta é que percebi que era do mesmo modo que ele faz comigo e comecei a perceber o problema que tinha em mãos. A relação dele com a mãe é problemática. Têm discussões violenta

Eu diria que o pior cego é aquele que não quer ver. Desculpe dizê-lo assim mas leia bem estes 2 paragrafos que escreveu como alguém de fora e veja aquilo que nós lemos. O que eu vejo é uma mulher carente que não quer ficar sozinha e que prefere ficar numa relação abusiva e que recusa terminantemente a reconhecer o tipo de relação que tem.

O que eu vejo é a smurffina a minorizar e a desculpar todas as atitudes hostis e inaceitáveis do seu marido. E parece que também já começou a evitar ter algum comportamento para ver se ele não parte para uma discussão mais violenta (o que é isto de mais violento se já chega ao ponto de ter medo ou receio? Não é violência doméstica?).
Sabe que isto são tudo indicios de que está a ser vitima de violência doméstica?
Não despreze os sinais antes que seja tarde demais. Se perguntar a qualquer mulher sobre como era o abusador inicialmente nenhuma lhe vai dizer que era somente um crápula, hão-de dizer coisas muito boas do inicio da relação e verá no discurso de todas elas que as coisas boas diminuiram ao longo dos anos só ficando as más. Não se esqueça é que há muitas que já não lhe podem responder a essas perguntas porque entretanto morreram, ou melhor, foram mortas.

Eu no seu lugar não tentava ter filhos com ele. Antes de o amar a ele ame-se a si e ao vosso possível futuro filho. Que futuro, que vida, que infância vai ter uma criança que irá crescer num ambiente onde terá sempre de andar com "pezinhos de lã" para que o pai não se passe, não se torne agressivo? Que exemplo de pai é este que mostrará ao filho que os problemas se resolvem a bater e a ser agressivo?
O que é que o seu marido faria ao vosso filho caso as coisas não corressem como ele queria? Se o miudo chorar a noite toda? Se ele tiver cólicas? Se tiver um problema? Se, se, se... Para mim seriam demasiados "ses" para colocar uma criança nesse ambiente.

Se essa violência escalar para uma bofetada, um empurrãozinho já irá considerar violência doméstica ou é só mesmo quando ele a mandar para o hospital ou pior?
Se quiser ficar com um homem violento é consigo, para mim o que relata são os chamados sinais de alerta e é por muitas mulheres os ignorarem que acabam mortas.
O facto dele ser bom "de vez em quando" não desculpa o resto. Ou desculpa? Se ele lhe der uma tareia vai ficar com ele só porque ele é atencioso, de vez em quando? É que eu acho que a smurfina está numa relação que tem tudo para correr mal.

Ssanina -
Offline
Desde 11 Jul 2013

Desculpe a minha frontalidade, mas esse é o discurso típico da vítima.
Sou enfermeira de profissão e durante cerca de 2 anos trabalhei com mulheres "compreensivas"...
"O marido só se irrita porque eu fui a culpada"...
"eu deixei de enfrentá-lo"...
"Eu pedi-lhe desculpas, pois se eu não tivesse feito X e Y ele não se teria enervado"...
Amiga, todas queremos ter um ou mais filhos, mas é preciso estarmos bem connosco "mente sã"...e desculpa que lhe diga, nesse momento não está em condições psicológicas para ser mãe (desculpe a dureza das minhas letras).
A ajuda psicológica que pretende pedir, deverá ser mais para si...o seu marido, será afectado de forma mínima. Se dizes que é agressivo com a própria mãe!o que estás a espera?
Pense bem, não tente trazer uma criança ao mundo para fazê-la sofrer.
Ou acreditas que com um bebé, o marido melhore?pior será tê-lo aos berros quando o bebé precisa de paz e tranquilidade e quando estás com as hormonas em "ebulição".
Ao longo desta caminhada aprendi coisas interessantes e uma delas:
"têm de remar ambos na mesma direcção"...quando um está cansado, o outro carrega-o ao colo...pelo menos é a minha experiência, pois já teria desistido da luta. E o meu marido tem 2 filhos (26 e 19 anos), mas é ele que me dá a mão quando demonstro fragilidade.
Peço desculpas se fui indelicada, mas pense e reaja...a infertilidade e o tempo são rivais...

Sobre Ssanina

Nov/2006 - Início da caminhada (infertilidade inexplicada);
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Out/2009 - gravidez expontânea; Jun/2010 - chega a prenda: Henrique!
De novo na luta para a mana ou mano do Henrique

smurffina -
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Desde 11 Set 2011

Obrigada pelas respostas e pela disponibilidade, Realb.
Julgo que tenho mesmo de tomar a decisão que tenho adiado de ir a um psicólogo. Pelo menos isso ele aceita. Espero que nos ajude. Pelo menos quero tentar tudo. Gosto muito dele. Apesar de ser agressivo e descontrolado quando se chateia, é uma pessoa excelente. Nunca fui mãe. Estou há mais de um ano a tentar. Estou quase a fazer 32 anos. Vou separar-me agora? A verdade é que ele não tem consciência do que nos faz porque na casa dele era normal discutir com violência. Quero ajudá-lo.

MFA -
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Desde 03 Abr 2013

nem que tivesse 80 ano !!!!!!!!!!!!!!!

Sobre MFA

Treinante 02/2013!!
22/5/2013 teste a confirmar Positivo 31/5/2013 Positivo,+- 5 semanas
14 /6/ 2013 aborto retido
9/4/2015 gravida dia 8/5/2015 Aborto retido
30/12/2015 consulta ceti gonal +Pregrenly 25/1/2016 coito progra negativo
6/1/2016 IIU Ceti- negativo 7/3/2016 aguardar FIV posi

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Vou-lhe dar um ponto de vista um bocadinho diferente. O meu marido tem um feitio complicado, muito explosivo, e nos primeiros anos de casamento tive que lidar com muitas situações semelhantes à que relata. Irritava-se por coisas de nada, amuava e inevitavelmente acabávamos em discussões violentas. Não foi fácil e vendo à distância não sei como não nos separámos. Esteve iminente várias vezes.
Mas ele mudou, aliás, foi mudando. Agora é raro haver crises e quando acontecem ele recua mais rapidamente, não leva as discussões aos extremos. E eu tb estou mais calma, mais racional, e lido com os conflitos doutra maneira.
Pelo meio, tb eu tive dificuldades em engravidar e acabei por ter de recorrer a vários tratamentos de fertilidade. Ele apoiou-me incondicionalmente e fomos realmente companheiros nesta luta. Acabámos por conseguir engravidar e ele é um pai excelente. Uma delas foi um bebé muito difícil e era ele que tinha paciência para os choros intermináveis. Aliás, esta filha tem o feitio explosivo do pai...
Se o seu marido aceita ir a um psicólogo, isso é excelente. Significa que reconhece que o seu comportamento não é desejável e não é "normal" - um verdadeiro agressor não tem essa consciência, julgo eu. Lute por ele, por vós, e se nada mudar então separe-se. Eu entendo a sua posição. E tb tinha 30 quando comecei a tentar, fui mºae aos 34 e valeu cada dia de luta para hoje ter as minhas meninas.
Agora à margem do seu problema conjugal...quem lhe receitou o dufine foi algum ginecologista? Com um ano de tentativas e 32 anos está na altura de fazer os primeiros exames de fertilidade - espermograma, análises hormonais, histerosalpingografia. Não adie muito mais, pode ser algo muito simples mas pode tb estar a perder tempo precioso.

smurffina -
Offline
Desde 11 Set 2011

Nenhuma relação é perfeita. Se calhar transmiti mal a ideia da pessoa que ele é. Regra geral ele faz tudo para me ver bem, cuida melhor de mim que dele próprio. Faz tudo para me agradar. Põe o meu bem-estar à frente do dele. E nunca me bateu nem ameaçou. Ele é agressivo quando se chateia no sentido de falar alto, com linguagem agressiva, e de o iniciar com coisas simples. Mas não faz para me atingir.

smurffina -
Offline
Desde 11 Set 2011

guialmi escreveu:
Vou-lhe dar um ponto de vista um bocadinho diferente. O meu marido tem um feitio complicado, muito explosivo, e nos primeiros anos de casamento tive que lidar com muitas situações semelhantes à que relata. Irritava-se por coisas de nada, amuava e inevitavelmente acabávamos em discussões violentas. Não foi fácil e vendo à distância não sei como não nos separámos. Esteve iminente várias vezes.
Mas ele mudou, aliás, foi mudando. Agora é raro haver crises e quando acontecem ele recua mais rapidamente, não leva as discussões aos extremos. E eu tb estou mais calma, mais racional, e lido com os conflitos doutra maneira.
Pelo meio, tb eu tive dificuldades em engravidar e acabei por ter de recorrer a vários tratamentos de fertilidade. Ele apoiou-me incondicionalmente e fomos realmente companheiros nesta luta. Acabámos por conseguir engravidar e ele é um pai excelente. Uma delas foi um bebé muito difícil e era ele que tinha paciência para os choros intermináveis. Aliás, esta filha tem o feitio explosivo do pai...
Se o seu marido aceita ir a um psicólogo, isso é excelente. Significa que reconhece que o seu comportamento não é desejável e não é "normal" - um verdadeiro agressor não tem essa consciência, julgo eu. Lute por ele, por vós, e se nada mudar então separe-se. Eu entendo a sua posição. E tb tinha 30 quando comecei a tentar, fui mºae aos 34 e valeu cada dia de luta para hoje ter as minhas meninas.
Agora à margem do seu problema conjugal...quem lhe receitou o dufine foi algum ginecologista? Com um ano de tentativas e 32 anos está na altura de fazer os primeiros exames de fertilidade - espermograma, análises hormonais, histerosalpingografia. Não adie muito mais, pode ser algo muito simples mas pode tb estar a perder tempo precioso.

Obrigada.
Posso perguntar como conseguiu que ele mudasse?
Sim, foi o ginecologista que me passou o Dufine. Com 50mg não tive estimulação, só com 100. Disse para tentar uns meses agora que fiz a estimulação e se não resulta partir para fazer exames. Nesta questão das consultas o meu marido apoia-me muito, vai sempre comigo e dá-me força porque normalmente eu stresso mais com o tema que ele.
Por vezes falo com ele, pergunto se é a separação que ele quer, e ele melhora por uns tempos, mas depois volta ao mesmo.

Asuos -
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Desde 01 Out 2015

guialmi escreveu:

Se o seu marido aceita ir a um psicólogo, isso é excelente. Significa que reconhece que o seu comportamento não é desejável e não é "normal" - um verdadeiro agressor não tem essa consciência, julgo eu.

Eu já vi vários a ir porque acham que as mulheres precisam de mudar, não eles, nunca eles. E caso o psicólogo fale com a mulher e ela comece a achar que realmente o marido tem de mudar e que não está bem naquela relação é ele o primeiro a fazê-la desistir e a dizer que os psicólogos não servem para nada. Vi isso a acontecer muitas vezes.

Em relação ao ser agressivo, ser agressivo não é só bater. A violência doméstica começa muito antes da primeira bofetada.

Asuos -
Offline
Desde 01 Out 2015

smurffina escreveu:
Nenhuma relação é perfeita. Se calhar transmiti mal a ideia da pessoa que ele é. Regra geral ele faz tudo para me ver bem, cuida melhor de mim que dele próprio. Faz tudo para me agradar. Põe o meu bem-estar à frente do dele. E nunca me bateu nem ameaçou. Ele é agressivo quando se chateia no sentido de falar alto, com linguagem agressiva, e de o iniciar com coisas simples. Mas não faz para me atingir.

Não foi essa a ideia com que tinha ficado. Ainda assim a smurffina diz que evita tocar em certos assuntos porque ele explode. Ora a partir do momento em que começa a evitar falar disto ou daquilo ou começa a ter receio de fazer algo "que não lhe agrade" acho que está a entrar no ciclo.

Além disso, um bebé a crescer num ambiente em que tudo é motivos para explodir continua a não ser um bom ambiente, tendo 32 ou 20 ou 50 anos. Acho que se decidir ficar com ele pela sua idade, por ter receio de não encontrar outro a tempo de ter filhos, etc está a colocar-se "a jeito" para ele mandar em si e para ele a manipular como bem entender. E uma pessoa que tenha tendências para ser agressiva, para explodir, etc tem que perceber que o seu comportamento é inaceitável e intolerável, não que o vai aceitar e que o ama incondicionalmente. Deve haver condições, uma delas é o respeito por si, para seu próprio bem.

kki -
Offline
Desde 09 Jan 2014

Smurffina, Só você é que conhece o seu marido e sabe o que sentem um pelo outro.
O meu marido, tem um feitio nem sei se será tb um distúrbio complicado...E bem sei o que é nesses dias dificeis e depois os outros menos maus...
Só lhe digo para seguir o que acha melhor para si, e futuros filhos. Imagine todos os cenários e pondere. Conte sempre com o meu apoio.

Felicidades Grande abraço

Sobre kki

kiki Piscar o olho

guialmi -
Offline
Desde 13 Jul 2013

Eu sei que isto não vai ser entendido, mas é diferente ser manipulador e possessivo e ter um temperamento explosivo. E sim, as pessoas podem mudar. Mas também podemos ir logo pelo caminho da separação. É uma opção. Mas não me parece que tenhamos elementos para concluir de forma tão linear que esta relação não tem salvação possível.
O que é que eu fiz para ele mudar? não sei, smurffina. Acho que foi ele mesmo que se apercebeu do que ia perder. Acho que ajudou eu deixar de alimentar as fúrias - eu reagia violentamente, gritava (mais do que ele), dizia tudo o que me vinha à cabeça, cheguei a bater-lhe. E tb eu aprendi que isso era um erro, passei a tentar acalmar-me e perceber como o podia acalmar. No caso dele acalmá-lo passava por tocar-lhe, abraçá-lo, o que me custava horrores...mas punha fim ao conflito.
Algumas situações que antes eram motivo de grandes irritações agora não causam nenhum efeito...outras continuam a enervá-lo e evito-as. Isto é submissão ou simplesmente um ajustamento mútuo?
O meu marido já tinha filhos e nunca o vi ser agressivo com os filhos do 1º casamento, muito pelo contrário. E foi o pai mais paciente do mundo, como já disse. Manteve a calma em situações em que eu perdi a cabeça. Falo de um casamento de 18 anos.

smurffina -
Offline
Desde 11 Set 2011

Ele admite que é agressivo. E aceita ir ao psicólogo se eu for com ele. Ele teve uma infância complicada. O pai morreu cedo e a mãe ensinou-lhe que ser forte era ser bruto, agressivo, reactivo, falar alto, que era bom que tivessem medo de nós, enfim, só coisas erradas. Apesar de ele ter este problema de comportamento que não consegue controlar e que me magoa imenso, é ao mesmo tempo o melhor homem que já conheci, que mais me respeitou como mulher desde o namoro, sempre generoso, para ele as tarefas domésticas são dos dois.

Realb -
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Desde 30 Set 2015

O agressor n tem só um perfil, fosse isso e n eram precisos tantos estudos, estas pessoas têm tanto medo de ser abandonadas que tudo irão fazer para q n aconteça, principalmente fazer com q o outro ache q a culpa é dele. Mas independentemente da severidade da agressão e da forma como ela é exercida, o seu marido (tendo em conta aquilo q relata) é uma pessoa agressiva. Por isso deixe me dizer lhe uma coisa, da minha experiência, a maioria das mulheres ainda sabendo q são vítimas, saem de casa não por elas mas pelos filhos mas também o maior arrependimento delas é ter submetido as crianças as isto.
Eu estou consigo, seja qual for a sua decisão mas coloque todos os pratos na mesa Piscar o olho
Beijinhos

Cat-st -
Offline
Desde 31 Jul 2012

Olá! Estou aqui a ver vários problemas: um é o facto de realmente parecer que gosta do seu marido mas que este tem atitudes mesmo muito agressivas perante dificuldades que a vida lhe apresente. Para mim o que disse é mesmo violência doméstica. Atenção que esta por vezes nem chega a ser física, ficando-se pelo abuso verbal e violência psicológica. Não creio que por si própria seja capaz de alterar o tipo de pessoa que é. Contudo o facto de ele aceitar ir a um psicólogo é um passo muito bom! Eu na realidade metia os treinos em pausa (atenção que você nem é muito velha, eu sei é o cliché de "ainda é nova tem tempo") mas é mesmo preferivel ter certezas absolutas que é com ele que quer trazer uma criança para o mundo, se quer que o seu filho cresça com este exemplo de pai que está ali a roçar o bipolar (tanto é amoroso como extremamente agressivo).

A segunda coisa é: há quantos ciclos já tenta o dufine? E só fez uma fez ecos de monitorização ou faz sempre? É que o dufine como tratamento hormonal já faz parte do cantinho da infertilidade, é o primeiro passo!

Sobre Cat-st

- Última pílula em Março 2014, SOP, Clomid + IIU
- Positivo a 6/4/2015 - AR 18/5/2015
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- 1o FIV (+)
- Nasceu o meu piolho em 2016

smurffina -
Offline
Desde 11 Set 2011

guialmi escreveu:
Eu sei que isto não vai ser entendido, mas é diferente ser manipulador e possessivo e ter um temperamento explosivo. E sim, as pessoas podem mudar. Mas também podemos ir logo pelo caminho da separação. É uma opção. Mas não me parece que tenhamos elementos para concluir de forma tão linear que esta relação não tem salvação possível.
O que é que eu fiz para ele mudar? não sei, smurffina. Acho que foi ele mesmo que se apercebeu do que ia perder. Acho que ajudou eu deixar de alimentar as fúrias - eu reagia violentamente, gritava (mais do que ele), dizia tudo o que me vinha à cabeça, cheguei a bater-lhe. E tb eu aprendi que isso era um erro, passei a tentar acalmar-me e perceber como o podia acalmar. No caso dele acalmá-lo passava por tocar-lhe, abraçá-lo, o que me custava horrores...mas punha fim ao conflito.
Algumas situações que antes eram motivo de grandes irritações agora não causam nenhum efeito...outras continuam a enervá-lo e evito-as. Isto é submissão ou simplesmente um ajustamento mútuo?
O meu marido já tinha filhos e nunca o vi ser agressivo com os filhos do 1º casamento, muito pelo contrário. E foi o pai mais paciente do mundo, como já disse. Manteve a calma em situações em que eu perdi a cabeça. Falo de um casamento de 18 anos.

Eu não quero separar-me nem ele quer. Gosto muito dele e já nem é só como homem, gosto dele como gosto de alguém que é a minha família. Também já tentei essa técnica do abraço, resulta, mas nem sempre a consigo colocar em prática. Quando estou bem emocionalmente, consigo, em dias menos bons como hoje desmorono e não consigo. Mas penso que um psicólogo nos ajudará.

Obrigada pela sua resposta.

smurffina -
Offline
Desde 11 Set 2011

A segunda coisa é: há quantos ciclos já tenta o dufine? E só fez uma fez ecos de monitorização ou faz sempre? É que o dufine como tratamento hormonal já faz parte do cantinho da infertilidade, é o primeiro passo![/quote]

Obrigada pela resposta. Fiz 3 ciclos com 50mg sem resposta e um ciclo com 100mg com resposta/estimulação. Infelizmente neste ciclo que foi o ultimo nem tentei porque estive doente, só fui ao GO fazer ecografia de controlo. O GO disse para fazer a monitorização de 2 em 2 meses.

Asuos -
Offline
Desde 01 Out 2015

guialmi escreveu:
Mas também podemos ir logo pelo caminho da separação

Para mim nestes casos, na sua grande maioria, a separação é o único caminho que não leva à morgue (e mesmo assim...).

Eu percebo, aceito e respeito todas as mulheres que ficam com alguém dificil mas eu não ficava. Provavelmente por já ter visto isto demasiadas vezes e posso concordar com a Realb que há violência doméstica de várias formas e feitios mas também há coisas que me fazem "ver vermelho". Há coisas que gritam "violência doméstica" a olhos vistos e isto para mim é uma delas. Eu acho que a smurffina já é vitima. Se vão mudar algo, se ele vai aceitar tratar-se etc? Pois pode e pode correr tudo lindamente mas o que ela relatou para mim já é violência e eu não aceitava.

Já vi muitas mulheres como a smurffina a dizerem coisas muito semelhantes e a darem-se muito mal. Ainda não conheci ninguém como a Guialmi refere que ele mudou sem intervenção alheia. Mas também refere que ele mudou porque viu que a ia perder. E é a isto que eu me refiro, se ele achasse que a Guialmi ficava com ele mesmo que ele não mudasse, mesmo que fosse sempre agressivo, se continuasse a explodir e a fazer as coisas à maneira dele que isso era aceitável para si, será que mudava? A minha experiência (que vale o que vale pois é aquilo que eu vi a acontecer em alguns casais e não um estudo cientifico e válido) diz-me que não.
Por outro lado, a Guialmi acha que não foi vitima de violência doméstica? Acha que o facto de ter de confortar o seu agressor como se fosse a Guialmi a culpada e não ele não é violência?
Para mim seria tremendamente dificil ir abraçar o meu marido depois dele ser agressivo comigo sem eu ter feito nada. Não dá para mim. Para mim é submissão e estar a ser manipulada, sim.

Essa demonstração constante que "se passa", explode, que nada pode ser contrariado senão o "menino" faz birra era daquelas coisas para eu imediatamente sair de casa e dar um ponto final.
Já vi mulheres a acabar em hospitais completamente maltratadas e a mentir com quantos dentes tinham que tinha sido um acidente ou a inventar desculpas (tais quais as apresentadas pela smurffina) para o comportamento dele.
Existem muitos homens com uma vida madrasta, onde tudo correu mal e no entanto sabem ser pessoas e agir como pessoas. Se estão dispostos a mudar e a ser tratados pois que o façam mas usar isso constantemente para os desculpar? E ter filhos com um homem assim? Imaginam uma filha vossa a passar por isso? O que lhe diriam? Eu diria a uma filha minha para fugir a 7 pés de um homem assim, de preferência para fugir ainda no namoro quando eles mostram pela primeira vez que são agressivos.

Eu amo o meu marido mas há coisas que para mim são sagradas e eu não aceito: uma delas a agressão física ou verbal e a traição. Se eu respeito exijo respeito e para mim ambas essas coisas são o desrespeito total pela pessoa com quem estamos.

Mpmm -
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Olá! Peço desculpa mas vou ser curta e grossa: está a ser vítima sim. Por favor não crie um bebe nesse ambiente. Procure ajuda. Para si e para ele. Se ele recusar então esse é um amor muito estranho.