Bom dia,
Este meu tópico é um desabafo com todas vocês. Tenho um menino com 8 anos, diagnosticado com hiperatividade. Ele pede muito um irmão/a (aliás ele até diz que quer 7 irmãos, lol) e eu e o meu marido começamos a pensar no assunto; pois eu ainda hoje tenho tristeza de ser filha única e não queria que o meu menino fosse filho único.
Fui sempre protelando, pois tinha um implanon no braço e agora acabou o prazo. Agora tem de sair a decisão final ( embora, não esteja a tomar nada, nem a ter cuidados). O meu marido diz que sim, que devemos avançar, mas eu tenho tantos medos. Medo de doenças, más formações, como a todas deve passar pela cabeça. Outro medo que me assola é se tenho outro filho hiperativo, pois não tem sido nada fácil com um, imaginemos dois.
Tenho uma casa pequenina, mas que neste momento não tenho hipótese de mudar, pois também não consigo vender o meu apartamento.
Não sei mesmo o que faça, mas gostaria de ler as vossas opiniões e/ou experiências. Beijinhos.
Olá Cláudia. Não sou mãe há muito tempo nem sei exactamente o que é lidar com hiperatividade, mas só posso dar-lhe a minha opinião. Eu sempre ponderei ter dois filhos, e quando o meu nasceu só dizia a mim mesma nunca mais porque sempre foi exigente, e se eu for ler os sintomas de hiperatividade até podiam encaixar no meu bebé 80% mas acho que ele é apenas um bebé de alta demanda, como já foi discutido aqui no fórum esse conceito. O facto é que dizem-me que o segundo será mais calmo, mas quem nos garante ou adivinha.
Isto para lhe dizer que compreendo os seus medos, também eu os tenho ainda que diferentes, mas está só baseada na sua experiência anterior como eu . Como lhe digo não sei o que tem de aguentar, imagino que seja exaustivo mas só a Cláudia e o marido sabem se têm capacidade emocional para o novo bebé. Para lhe ser sincera não acho que vá adiar o sonho de dar um irmão ao seu filho, pelos motivos que diz. Infelizmente ninguém pode adivinhar que complicações virão com o bebé ou se as há, mas isso é válido em qq gravidez e assim nenhuma de nós era mãe. Acho mesmo que dentro de si quer esse bebé, seja agora ou depois, e só está a convencer-se a si mesma do que já nem é preciso. Um dia sentir-se-ia mal por ter abdicado pelos medos. O medo é parte do ser humano. Em tudo. Se são jovens não me parece que deixem a vida em stand by por medos.
Acho que a casa também não será o maior impeditivo sendo que há muitas familias numerosas em casas que não são enormes. Acho que a Cláudia vai procurar argumentos para esconder o real medo. O meu bebé ainda dá algum trabalho mas não me vejo a deixar o desejo de ter um irmao/a para ele só porque ele foi/é exigente e medo que a experiência seja 'pior' . Até acharia descabido um dia lembrar-me que foi essa a razão e não outras que sejam decisivas e críticas . Tem de pesar os dois lados mas pelo seu texto acho que dentro de si já decidiu, ainda que esteja afectada plo medo. Boa sorte
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Muito obrigada pela sua opinião. Tem muita razão eu sou muito medrosa, mas em tudo na vida, penso muito e tenho medo de tudo.
Sim o meu problema também é esse, o meu menino já tem 8 anos e eu 34, por isso mesmo tem de ser agora ou então acho que não será mais e depois posso me arrepender por agora não ter tomado a decisão certa.
Às vezes pergunto-me se valerá a pena, pois o Guilherme já é autónomo e valerá a pena voltar a passar por tudo novamente.
O Guilherme é um menino meigo, muito extrovertido e o problema dele é mesmo o facto de não parar. É só queixas do comportamento dele, porque ele está sempre a falar e tudo serve para se entreter. Ele é muito infantil para os 8 anos dele e também isso tem sido bastante esgotante.
Tal como referiu, as pessoas varias vezes comentam " fazia-lhe bem um irmão, de certeza acalmava..." e eu só respondo que a minha decisão de ter outro filho não é com a intenção de "curar" o primeiro, pois isso pode até ser o contrário.
Isso que as pessoas dizem é sempre cliché elas dizem isso quer o 1 filho seja ou não inquieto, seja ou não calmo, seja rapaz para vir a rapariga, e vice versa, seja porque são novos e assim há energia pros dois , seja por estarmos a ficar velhos e depois não há tempo, ou plos anos de diferença dos irmãos. Eu tenho quase 8 anos de diferença da minha irmã, e será o mesmo com o seu filho se for em frente e tenho duas coisas para lhe dizer. A primeira é que apesar de ter amadurecido cedo, a minha irmã veio ajudar-me ainda mais pois precisei ser mais atenta e responsável quando ela chegou. Foi uma grande companhia e ainda hoje o é, acho que nos ajudamos mutuamente. Mas a outra coisa que tenho para dizer é que acho esse limite de diferença o máximo, houve um choque grande com ela na sua infantilidade e eu na adolescência, só quando o irmão mais novo atinge uma etapa mais madura os irmãos passam a falar a mesma língua. É uma opinião pessoal até porque já disse somos companheiras, mas se a diferença fosse menor talvez a evolução tivesse sido melhor partilhada. É só uma opinião de como acho que talvez seja o timing que os 3 necessitam
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Sim mas para mim senti necessidade deste espaço, pois o Guilherme é muito dependente, agora é que ele começa a ser mais autónomo. Claro que sei que tenho culpa, mas ele é muito distraído, despistado e nunca tem pressa para nada e primeiro que se despache a fazer seja o que for.... Por isso precisei msm deste espaço. Obrigada mais uma vez.
