Sou exagerada? | De Mãe para Mãe

Sou exagerada?

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mariasilva1994 -
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Desde 07 Set 2016

Alô mamãs!!

Bem, é o seguinte!!
A minha pimpolha ainda é uma bebé, mas, já percebe muita coisa, como é normal dos bebés!!
O meu namorado, nunca teve muita paciência para "aturar" a filha quando esta está mais chatinha, ou seja, sempre que está em casa, em público ou em qualquer outro lado, caso a filha chore, por algum motivo(que podem ser vários), ele "despacha-a" para mim, dizendo que eu tenho paciência, ou então, caso estejamos em público, temos que ir logo para casa, pois tem vergonha que a filha chore!!!
Ora bem, até aqui tudo bem, pois tenho muito mais paciência do que ele, mas ter vergonha que chore em público, acho que é demais!!

Nestas últimas 3 semanas, principalmente, ele tem exagerado bastante na sua linguagem e nos seus comportamentos para com a menina.
Caso, a menina comece chorar, e claro, esteja mesmo chatinha, ele fá-la de forma mais áspera. Hoje, ao início da tarde, e menina estava agoniada com cólicas e eu fartinha de o avisar que a menina tinha dorzinhas, mas ele não ligava nenhuma. Tive que agir, pois ele dizia somente que a menina estava a fazer birra.

Mais para o final da tarde, a menina estava mais aliviada, mas, de vez em quando, lá chorava um pouquinho. Houve uma altura em que ele começou a gritar com ela (estava a estender roupa e ouvi), dizendo: "Fo***, cala-te, já não te consigo aturar. Berra para aí, não quero saber!!" Eu mal ouvi isto, foi logo pegar na menina, levei-a para quarto e consegui adormecê-la.
Nem sabia o que pensar!

Agora á pouquinho, chamei-o á atenção, e ele disse que não suporta ouvir a menina chorar, que fica logo stressado.
Eu avisei-o de que a menina, neste momento chora quando vai para o colo dele, (daí eu afirmar que os bebés percebem muita coisa), e que não admito que volte a falar daquela forma para a filha, pois de futuro a menina poderá "desligar-se" dele. Ele diz que estou a exagerar, que a menina é muito pequena para perceber!

Será mamãs, que estarei a exagerar? Será que sou eu que só vejo o lado "mau"?

Não admito que volte a falar daquela forma para a filha.

Sorriso

SK. -
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Desde 14 Ago 2012

Olá!
Não sei se ajuda mas vou deixar uma opinião do lado da filha Piscar o olho

Quando eu nasci a minha mãe passou pelo mesmo, ou se calhar ainda pior! O meu pai é uma pessoa bastante stressada e com "pavio curto", ou seja, enerva-se muito facilmente. A minha mãe contou-me muita vez que quando nasci era um bebé extremamente irrequieto e muito, muito chorão, dava-lhes noites terríveis, sempre a berrar como se me estivessem a fazer mal. O meu pai enervava-se imenso e chegou a dizer-lhe várias vezes que se eu não me calasse me ia pôr no caixote do lixo Careta E conhecendo-o como conheço, sei que ele não dizia isto com tom de brincadeira. Eu não me lembro de nada dessas coisas, obviamente, mas claramente saíram muitos "f*****", como esse do seu namorado. No entanto, de todas as memórias que tenho de infância, o meu pai foi um dos melhores pais que eu poderia ter tido. É verdade que não tinha muita paciência para quando eu começava com birras, mandava-me logo um berro e eu calava-me porque me acagaçava toda! Mas nunca me bateu sequer, até ralhava com a minha mãe caso ela me desse uma palmada, e sempre foi um bom pai. Nunca tive dúvidas que me adorava e hoje em dia tenho uma relação tão próxima com ele como com a minha mãe (que sempre foi mais calma, carinhosa e paciente). Lembro-me que só passámos por uma fase mais delicada na minha adolescência, onde a falta de paciência dele aliada às minhas neuras da idade fizeram com que houvesse algum atrito e discussões mais acesas. Mas são coisas naturais penso eu. E agora que ele está mais velho também já está uma pessoa mais calma e já nem se enerva com miúdos a chorar, sejam netos, sobrinhos ou conhecidos. Até é o primeiro a tentar acalmá-los.

Tudo isto para dizer que em relação à vossa filha, se as atitudes dele forem "apenas" esses saltar de tampa, provavelmente isso não quererá dizer que vão ter uma má relação ou que ela será marcada por isso. Se tudo o resto for bom, ela não vai deixar de gostar dele por essas coisas Piscar o olho Pus o apenas entre aspas porque para si é uma situação bastante chata e se fosse comigo eu também não ia gostar, tal como a minha mãe não gostava. Aliás, acho que esta falta de paciência sempre afectou e deixou mais marcas na minha mãe do que em mim e consequentemente afectou a relação deles... mas isso agora também depende do resto da vossa relação e da relação dele com a filha. Se não houver mais nenhum sinal de atitudes menos positivas penso que seja só mesmo uma questão de personalidade.

Apaixonado

mamagemelar -
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Desde 29 Ago 2011

Ola... A minha opinião é que ele possa sentir se frustrado por não conseguir acalmar a menina. Na minha opinião e de forma a acalmares a situação para que isso nao vos prejudique na relação perguntaria directamente se ele se sente frustrado por isso e explicaria lhe que é normal ela chorar, e que vai chorar muito durante toda a vida dela! reforçaria que isso não faz dele um pai incapaz(por se sentir mal por nao gostar de a ouvir chorar) e que é importante que ele se sinta capaz de a acalmar porque se tu faltares ele tem de assumir as redeas.. uma coisa que eu nao faria se ele repetisse a situacao seria levar a menina para outro quarto... sentar me ia com ele e juntos tinhamos de resolver a situacao ate a bebe acalmar... nos mulheres temos um pouco a tendencia de tomarmos as redeas da situação, o que lhes facilita imenso o facto de se sentirem uns incapazes e que as maes é que teem paciencia e jeito! basta imaginares a situacao... tu estas numa situacao em que nao acalmas a tua filha e te enervas(chegaras la um dia de certeza) e o pai chegava ao pe de ti e levava a menina para outro quarto e acalmava a e adormecia a! como te sentirias??? isso cria uma barreira imensa entre o casal! acredita! beijinhos e calma... isso e uma fase de adaptacao para todos.

Fez se luz no meu coracao a 22\11\2010... Rafaela as 00h10m e Fábio as 00h13m..Minhas vidas!!! Amo vos mto mto Afilhada e Madrinha babada da mnh kerida TWINMUMMY!!!mais uma madrinha e afilhada 5* SUSANA CORVOS mais uma afilhada linda. Sara78_98 . madrinha e afilhada da APIPAS querida!!!

Mama do Martim -
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Desde 29 Mar 2010

Sério que vocês acham isso normal??? Eu não...
Primeiro tem vergonha que a menina chore em público... Nesse caso vergonha teria eu de a minha filha ter um pai assim.
Depois trata mal verbalmente a bebé, e sim não me venham com tretas é tratar mal mesmo que ela não perceba.
Pode não ter jeito,estar a adaptar se e blablabla mas não é jeito de se dirigir à filha,para mais bebé.

O pai dos meus filhos com o primeiro nunca teve atitudes dessas,com o segundo uma vez ele estava a chorar(coisa rara que em bebe se chorou 3X foi muito)e ouvi o dizer "F***** cala te, se soubesse o que sei hoje não me tinha metido noutra",eu só cheguei ao pé dele e disse "estas a ver a porta? A próxima vez que falares assim para algum dos miudos,sais por aquela porta e não entras mais". Nunca mais repetiu.

Eu compreendo os pais que ficam nervosos,que "despacham" o bebé para a mae... mas agora conversas dessas não compreendo nem admito.

mamagemelar -
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Desde 29 Ago 2011

Mama do Martim escreveu:
Sério que vocês acham isso normal??? Eu não...
Primeiro tem vergonha que a menina chore em público... Nesse caso vergonha teria eu de a minha filha ter um pai assim.
Depois trata mal verbalmente a bebé, e sim não me venham com tretas é tratar mal mesmo que ela não perceba.
Pode não ter jeito,estar a adaptar se e blablabla mas não é jeito de se dirigir à filha,para mais bebé.
O pai dos meus filhos com o primeiro nunca teve atitudes dessas,com o segundo uma vez ele estava a chorar(coisa rara que em bebe se chorou 3X foi muito)e ouvi o dizer "F***** cala te, se soubesse o que sei hoje não me tinha metido noutra",eu só cheguei ao pé dele e disse "estas a ver a porta? A próxima vez que falares assim para algum dos miudos,sais por aquela porta e não entras mais". Nunca mais repetiu.
Eu compreendo os pais que ficam nervosos,que "despacham" o bebé para a mae... mas agora conversas dessas não compreendo nem admito.

Mas voces sou eu tambem??? é que eu nao disse em nenhuma altura do meu coment que era uma situação normal... o que devia dizer??? que ponha o homem JÁ fora de casa??? que ele vai falar SEMPRE assim para a filha e que em 2 meses ja devia estar completamente habituado ao choro de um bebe e que nao pode ter um momento ou outro em que se passa? quem nunca se passou com o choro de uma crianca??? eu ja! muitas vezes!

Fez se luz no meu coracao a 22\11\2010... Rafaela as 00h10m e Fábio as 00h13m..Minhas vidas!!! Amo vos mto mto Afilhada e Madrinha babada da mnh kerida TWINMUMMY!!!mais uma madrinha e afilhada 5* SUSANA CORVOS mais uma afilhada linda. Sara78_98 . madrinha e afilhada da APIPAS querida!!!

Kat-Kat -
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Desde 08 Abr 2013

Mamã... o seu tópico assustou-me.

Só digo uma coisa: muito cuidado... muito, muito cuidado...
Temperamentos violentos nem sempre se ficam pelas palavras, e muitas vezes agravam.

Muito cuidado...

shicat -
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Desde 25 Set 2013

Não está a exagerar de todo. Eu teria uma conversa muito séria com ele. Se eles nos conseguem irritar a ponto de perder a paciência? Conseguem, pois! Mas somos pais e somos adultos... há que respirar fundo e reagir.
É que ainda a procissão vai no adro! Quando chegar aos 2/3 anos e fizer birras daquelas a sério? Porque sim? Ui! E se agora a bebé pode não perceber bem (o que duvido), mais tarde pode ser algo bem grave.

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Quando comecei a ler achei que se falava de uma criança de 2-3 anos porque eu mesma admito que terei uma vergonha imensa quando a minha filha tiver essa idade e começar a fazer birras em público. E muito provavelmente a primeira coisa que me vai apetecer é ir imediatamente com ela para casa.
Mas depois percebi que estamos a falar de uma bebé de 2 meses...Ela tem apenas 2 meses! Como é que ele acha que ela já faz birras?
Eu entendo que o choro de um bebé seja algo que nos tira do sério mas também não exageremos...Perder a paciência mal ela começa a chorar é não ter simplesmente qualquer noção do que é ser pai. É um bebé, é normal que chore, não sabe exprimir-se de outra maneira. E gritar com ela ou ser agressivo verbalmente muito menos ajudará pois ela sente o stress daquela pessoa.

Eu acho que ele não tem qualquer paciência para este papel de pai e a verdade é que descartando para si sempre que ela chora, não ajuda a que ele ganhe confiança em que consegue acalmá-la, não o fará perceber que não é birra mas sim que algo se passa, para além de que mesmo você habituando-o a isso, sentirá mais tarde que cabe a si a responsabilidade de a acalmar sempre e que não pode contar com ele. E acredite, eu sei que o choro de um bebé consegue ser stressante e nestas alturas é muito bom podermos contar com a pessoa com quem estamos. Quantas e quantas vezes nos primeiros meses de vida da minha filha, eu a passava ao pai para ir respirar fundo 2 minutos longe daquele berreiro. Aliás, ainda hoje nos revezamos quando ela está mais difícil. Para que cada um possa ter um pouco de tempo para se acalmar daquele stress.

Acho que devia conversar com ele, explicar-lhe que ele é tanto pai quanto você é mãe e que cabe a ele acalmá-la tanto quando cabe a si. E que se tem pouca paciência, que a ganhe, porque já é adulto e já tem idade para perceber que um bebé chora. Ele que leia, que pesquise, que tente entender porque chora ela e em vez de ser bruto tente ajudá-la a acalmar-se. É capaz de ser mais rápido....

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Eu não admitia esse tipo de linguagem em relação a mim quanto mais aos meus filhos.

mariasilva1994 -
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Desde 07 Set 2016

Obrigada pelos vossos comentários!! Li e reli inúmeras vezes...

Ele faz aqueles comentários menos bons, mas depois, quando as coisas estão mais calmas, ele simplesmente tem outra postura, ou seja, brinca com a menina, faz o que qualquer pai faz.....
Por vezes, penso que sou eu que estou a exagerar, como diz o tópico, que estou a fazer "filmes" a mais, que sou realmente doida da cabeça!

Hoje, ainda não falei melhor com ele, pois, a postura foi completamente diferente da de ontem....Está muito mais calmo, a menina durante o dia andou bem calminha....

Confesso, que ainda estou com um "nó" no estômago, devido á situação de ontem. Penso que exagerou bastante nas palavras....

Mas, vamos ver daqui para a frente mamãs. Pode ser que não se repita.

Muito obrigado

Sorriso Sorriso Sorriso Sorriso

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Eu acho que é fácil ser-se mãe/pai quando as crianças estão calmas e bem-dispostas. Mas é como em tudo na vida: é fácil não ter preocupações quando se tem dinheiro, saúde, amigos, família e nada a discutir. Só que na vida real nem sempre há dinheiro para tudo, nem sempre concordamos com a pessoa com quem vivemos, nem sempre gostamos das atitudes dos amigos, nem sempre gostamos do nosso emprego, e temos de gerir isso. E ser mãe/pai é saber sê-lo também nos momentos mais difíceis, quando temos menos paciência e quando os nossos filhos estão insuportáveis. Imagine que você fazia o mesmo que ele: óptima mãe quando a bebé está bem mas mal está chora perde a paciência e não quer cuidar dela. Sentir-se-ia uma boa mãe se fosse assim? Então se você não poderia ser assim, porque pode ele?

Se não quer conversar agora, é consigo, mas eu aproveitaria o próximo choro para lhe dar a bebé para os braços e fazê-lo ver que ele tem de a conseguir acalmar também porque ele é o pai e ser pai é isso.

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Avaliando apenas o comentário dele que citou, tirando o palavrão (que não digo nem ninguém diz cá em casa), quando as minhas filhas eram bebés aconteceu dizer coisas parecidas, mais que uma vez. Lamento chocar-vos, mas sim, em situações de enorme stress, muitas vezes sozinha com as duas, em privação grave de sono, disse para se calarem, que estava farta de as aturar, que não queria saber delas, etc. Não sou uma pessoa paciente, o choro de bebés mexe imenso com o meu sistema nervoso e, de resto, não gosto nada desses meses iniciais nem tenho saudades nenhumas dessa fase. Por mim, os bebés nasciam com 6 meses!
Uma das minhas gémeas era calma, mas a outra não, chorava imenso, estava sempre a pedir atenção, queria colo a toda a hora, etc. Durante vários meses quem se ocupava mais dela era o pai, muito mais paciente que eu e mais capaz de a acalmar no meio daquela berraria. Sim, eu preferia cuidar da calminha.
É assim que sou e sei que não sou uma má mãe, pelo contrário. Hoje as minhas filhas são adolescentes, muito equilibradas (com as toleiras próprias da idade...) e tenho uma relação excelente com ambas.
Portanto, e repito, só a avaliar pelo comentário citado, acho que é um exagero classificar como abuso verbal (embora deteste o palavrão) ou dizer que é o início de violência doméstica. Outra coisa é saber como é vosso dia a dia e a vossa relação, mas sobre isso não tenho elementos.

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

Nos momentos de maior stress é normal dizermos ou fazermos coisas que nos arrependemos. Na minha opinião faz parte da aprendizagem de sermos pais. Esta é a minha opinião porque desde cedo que tive uma bebé de temperamento difícil e era eu que estava com ela 24 sob 24. Sei o que custa e sei que ninguém tem paciência ilimitada. Vergonhas em público, passei por muitas, mas nunca em 5 anos me fechei em casa por isso. É normal, porque ninguém gosta de ter os olhos postos em nós, a criticarem-nos em silêncio, a passarem-nos atestados de incapacidade.
Não estou de todo a desculpar a atitude do seu marido, ele próprio é que terá de reconhecer que errou e tentar melhorar a paciência dele. O bebé só tem 2 meses e outras fases mais stressantes virão. Terá de aprender a lidar com isso.

Kat-Kat -
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Desde 08 Abr 2013

Todos já perdemos, certamente, a paciência quando estamos exaustos e os bebés choram mas, para mim, este comportamento do seu companheiro é inaceitável e demonstra que, para além de não saber o que é um bebé, também não tem noção do que deve exigir dele próprio enquanto pai.

Infelizmente, este comportamento que descreve é abuso verbal, é violento, é agressivo, demonstra falta de auto-controlo e pode ser percursor de comportamentos mais graves.

Hoje grita...amanhã, baterá? É isso que me assusta...

Sabe que o síndrome do bebé sacudido, por exemplo, costuma estar associado a pessoas que perdem a paciência com bebés que choram muito... a mim assusta-me ouvir relatos de alguém que se impacienta tanto com um recém-nascido...

Atenção que não estou a dizer que seja esse o caso, mas que me preocuparia, esta falta de paciência e controlo, sem dúvida que preocuparia.

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Kate Kate, respeito a sua opinião mas acho que vai uma grande distância entre o comentário feito e um ato da gravidade de sacudir um bebé. Eu nunca passei a fronteira. Nunca agredi as minhas filhas. E sim, gritei lhes algumas vezes. É um grande tabu, mas tive vontade de lhes fazer mal em noites de desespero.

Kat-Kat -
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Desde 08 Abr 2013

guialmi escreveu:
Kate Kate, respeito a sua opinião mas acho que vai uma grande distância entre o comentário feito e um ato da gravidade de sacudir um bebé. Eu nunca passei a fronteira. Nunca agredi as minhas filhas. E sim, gritei lhes algumas vezes. É um grande tabu, mas tive vontade de lhes fazer mal em noites de desespero.

Guialmi, também respeito a sua opinião, mas eu não posso encarar o que este pai disse como um simples comentário... são palavras cheias de raiva e descontrolo, acho perigoso.

E se passou pela situação de pensar em fazer mal às suas filhas, certamente sabe que se fosse uma pessoa com menos auto-controlo, mais desesperada ou com menos apoio, se calhar podia ter acontecido algo grave...

Não se assusta ao pensar no que lhe passou pela cabeça nesses momentos? Nem quero imaginar o seu sofrimento ao pensar nisso...

É que eu assustaria, porque o cansaço e privação de sono, aliados a crianças difíceis de acalmar podem acabar em tragédia, e infelizmente , por vezes, acabam mesmo.

Ainda bem que não foi o seu caso e que recuperou bem e com um bom vínculo emocional às bebés... mas acho que é necessário alertar esta mãe para o facto de, se o companheiro se sente assoberbado ao ponto de falar desta forma, algo pode correr mal se ele não começar a controlar-se e ter ajuda para entender como deve agir.

O que é descrito, para mim, são sinais de alerta... e penso que não devem ser encarados de ânimo leve, principalmente ao falarmos de um recém-nascido... sinceramente, assusta-me e choca-me.

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Não me parece que este pai, até pela conversa que teve depois com a Maria Silva, esteja descontrolado ou seja de algum modo perigoso para a filha. O que ele disse, tirando o palavrão, eu também disse algumas vezes e precisamente nesses primeiros meses, que para mim são os piores de todos. E eu não recuperei uma boa vinculação com as minhas filhas , eu tive sempre uma boa vinculação com as minhas filhas. Não eram aqueles momentos que me definiram, mas todas as outras 23horas e 58minutos do dia.
De qualquer modo, o que sugere? Que a Marie mande o marido embora?

Suse Marlene -
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Desde 01 Dez 2012

Na minha opinião quem nunca teve um ataque mais impulsivo de palavra então é claramente alguém muito especial.
A vida infelizmente não é só o bebê. Temos mil factores externos que influenciam a nossa maneira de estar na rua, trabalho, casa.. há coisas que não devem ser tão levadas a peito. Até mesmo como casal quantas vezes dizemos numa altura mais alarmista o que não queremos? Com toda a certeza foi só um momento menos bom e acredito pois caso contrário ele seria também agressivo para a autora e não seria só de agora. Por isso partilhe os momentos mais complicados da bebê com ele e faça o sentir ser capaz. Vejo muito principalmente por casais que a paciência de um ou outro é de pavio curto mas depois se a criança está com uma gripe que seja é o primeiro a correr pro hospital.. isso também é amor.sao personalidades. Força

Diana Lima -
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Desde 12 Dez 2015

Acho que não há dados suficientes para concluir coisas como 'violência domestica' ... Focando apenas nesse comentário, parece-me apenas um desabafo momentâneo num momento stressante... Não significa que não goste, nem que vá fazer mal à menina....

E sinceramente acho que há muito pouca tolerância para os pais. Há que lembrar que eles não andaram com o bebé 9 meses na barriga, que muitas vezes não têm intrínseco como as mulheres o valor da paternidade,... e penso que também têm direito aos 'baby blues' tal como a mãe... É uma mudança drástica, sendo o primeiro filho e por muito que se planeie e se ache que se está preparado, é sempre um choque.... Não significa que nunca serão capazes de ser bons pais, mas uns mais que outros, precisam de tempo para se adaptarem...

Vou ser mãe em breve e espero do meu companheiro muita compreensão e apoio, físico e mental, nos primeiros meses... mas devo-lhe a ele o mesmo! Ele tem direito a sentir-se incapaz, a sentir-se assustado da mesma maneira que eu ... O importante é em conjunto terem abertura para o diálogo.

De qualquer forma, acho que tirar-lhe a responsabilidade de cuidar ou acalmar a bebé não é a solução. Falem sobre isso, arranjem estratagemas em conjunto e vai ver que com o tempo, as coisas começam a fluir melhor.

mariasilva1994 -
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Desde 07 Set 2016

De momento, e como todas as recém-mamãs, estou de licença de maternidade.
O meu dia é passado basicamente a cuidar da minha filhota e tentar cuidar da casa. A minha Maria, é uma bebé que gosta de atenção, gosta de estar ao colo, chora quando tem de chorar, considero-a uma bebé "normal".
Dorme uma noite completa desde que fez um mês, sensivelmente. Raras são as noites em que acorda para mamar, e quase sempre sou eu quem lhe dá o biberão.Poucas vezes são o pai. Porquê? Porque do ponto de vista dele, ele trabalha, eu não!! Irónico né???? Enfim....

Ele quando chega do trabalho, normalmente coincide com o horário de dar o biberão, por iniciativa própria, faz questão de o dar e estar um pouquinho com a menina até o jantar estar feito, quer seja, uma hora, duas, conforme!!

Nunca teve uma atitude violenta para comigo, ao longo dos 7 anos de namoro (6 e meio de união) e para com a menina, apesar de ter "dito" o que disse!!

Faço sempre questão de dividir as tarefas relativas á menina, sempre que ele está por casa, mas, por vezes é complicado. Ele tem sempre algo a fazer....

Por vezes, estou exausta, mas mesmo assim, tenho que ser eu a cuidar de tudo, pois como disse anteriormente, "ele trabalha, eu não"!!!

Este tópico, foi escrito em jeito de desabafo e essencialmente tentar perceber se eu estou a falhar em alguma coisa, se estou de alguma forma a ser egoísta, quais serão as alternativas para tentar solucionar o que estou a fazer de errado?!!

Obrigada

Sorriso

Vanessa R -
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Desde 01 Set 2015

Mamã do tópico os primeiros meses, para a maioria das famílias não são nada fáceis. A mudança de rotinas e a privação do sono entre outras coisas é um verdadeiro teste às relações e a nós próprias.
Tal como para a mamã Guialmi eu também achei os primeiros meses horríveis, sobretudo os 3 primeiros. tive alturas em que me arrependia de ter tido o meu filho. Pode chocar algumas, mas é verdade. só queria voltar à minha vida anterior. Andava absolutamente esgotada e não foi de todo um mar de rosas. Cada um de nós manifesta a sua frustração, exaustão de forma diferente. Desconheço se o seu marido sempre teve tendência para ser assim ou se também ele andará esgotado e frustrado por não saber lidar com a bebé. A mãe não está a exagerar compreendo que o comportamento dele não seja o que desejaria, mas dê-lhe tempo. No limite esteja atenta para ver se é um comportamento passageiro ou nem por isso.

VioletaImpura -
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Desde 26 Set 2016

Não acho que esteja a ser nada exagerada.

Os primeiros meses de um bebe são complicados mas também o serão todos os outros. Cada idade tem o seu desafio.

Quanto à conversa do "eu trabalho, tu estás em casa" é tudo uma grande treta. Custa muito mais ficar um dia inteiro com um bebe em casa do que ir trabalhar, já viu o luxo que é poder ter uma conversa com outros adultos, poder ir a casa de banho quando quer e ficar lá o tempo que quiser, ter uma hora de almoço só para si?! Esse tipo de comentários é típico de quem não faz a mínima ideia do que implica cuidar de um bebe. O seu namorado vai ter hipotese de ficar com a filha de licença?! Se sim, desafio o a vir com a mesma conversa quando a licença terminar.

Eu sugeria que quanto às responsabilidades da menina, educação, forma de cuidar dela etc, fosse logo tudo bem conversado e definido agora que é para não haver mal entendidos depois. A falta de comunicação só servirá para ressentimento e discussões no futuro.

Cat Chloé -
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Desde 30 Mar 2011

As outras mamãs já disseram muito em relação ao pai. A mim o que me saltou à vista foi o facto dele dizer que ele trabalha e você não. Mamã deixe a bebé com ele umas horas valentes para ele entender o quão difícil é tratar de um bebé e se sobrar tempo cuidar da casa e de si. Detesto estes senhores que acham que tratar de uma criança não dá trabalho!! Não têm noção do que dizem. A mamã está de licença pois agora o seu trabalho é cuidar da filha e não ser empregada doméstica. A bebé em primeiro lugar, a mãe a seguir e no final a casa e afins. Todos os maridos têm de compreender isto e se não compreenderem é porque são estúpidos. Desculpe mas isto tira-me do sério.

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Sou sincera: não consigo ver o comentário do pai e toda a sua atitude como algo tão simples. Sim, claro que o choro do bebé nos consegue tirar do sério, claro que todos preferimos tomar conta de um bebé mais calmo, e também eu cheguei a pedir à minha filha que se calasse mesmo sabendo que ela não me entenderia. Mas para mim há uma diferença entre um pai/mãe que já desesperado e cansado com o choro faz um comentário destes e um pai/mãe que não tem qualquer paciência para um choro de um bebé, que fica incomodado mal este comece a chorar, que sente vergonha e quer ir para casa.

Quanto à divisão de tarefas é muito simples: quando ele está a trabalhar, a mamã está a trabalhar também tomando conta da casa e da bebé, calhando-lhe a si essa tarefa a 100%. Quando ele chega a casa, passam a estar os dois igualmente responsáveis pela filha e pela casa.

ClaraMiguel -
Offline
Desde 03 Nov 2013

Cat Chloé escreveu:
As outras mamãs já disseram muito em relação ao pai. A mim o que me saltou à vista foi o facto dele dizer que ele trabalha e você não. Mamã deixe a bebé com ele umas horas valentes para ele entender o quão difícil é tratar de um bebé e se sobrar tempo cuidar da casa e de si. Detesto estes senhores que acham que tratar de uma criança não dá trabalho!! Não têm noção do que dizem. A mamã está de licença pois agora o seu trabalho é cuidar da filha e não ser empregada doméstica. A bebé em primeiro lugar, a mãe a seguir e no final a casa e afins. Todos os maridos têm de compreender isto e se não compreenderem é porque são estúpidos. Desculpe mas isto tira-me do sério.

Fiz isso com o meu marido quando tive de me ausentar 3 dias de casa. Sorriso Não que ele não soubesse o trabalho que um bebé dá (chegou muitas vezes a ir trabalhar sem dormir para comigo acalmar a nossa filha durante a noite), mas ainda não assim não entendeu toda a logística pois durante aquelas 3 dias tomou sobretudo conta da bebé. Sorriso A casa ficou mais ou menos como eu a tinha deixado. Careta Mas nisso eu não me queixo: a partir do momento em que entra em casa, é tanto pai quanto eu mãe. Já quanto à casa, tem tendência para fazer menos mas também não me exige nada e só me diz para descansar porque tratar da nossa filha já é cansativo que chegue.

mariasilva1994 -
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Desde 07 Set 2016

Optamos por ser eu a ficar em casa, ou seja, a licença não é partilhada.

Como disse antes, ele tem sempre algo a fazer, quer seja trabalho, ou mesmo lazer!!!

Houve um dia, em que ele queixou-se que eu já não fazia o jantar à 3 dias( andava muito cansada e a menina andava com muitas dorzitas) e que já não sabia o que era um jantar em condições. Eu, de seguida, disse-lhe para começar a ir jantar a casa da mãe, pois ele ainda tinha a sorte de tomar o pequeno almoço, de almoçar e de lanchar, já eu, nem tempo para isso tenho. Se como alguma coisa, é algo rápido, por vezes só como bolachas, iogurtes.... Ficou ofendido!!!
Disse-me também que quando a menina dorme, também tenho de dormir. Como se fosse assim tão fácil, pois a casa não se limpa sozinha, é necessário cuidar das roupas etc....

Eu neste momento nem me chateio muito.
Já lhe disse que não preciso de homem nenhum, pois se não me ajuda, também não está a fazer nada!!

Eu não exijo muito mamãs. Eu nem sequer reclamo com ele quando me diz que vai andar de mota, ou tomar café com os amigos....para quê? Para posteriormente me atirar à cara que dá em maluco ao estar em casa!!

Enfim...

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Mas estas questões que agora está a colocar já são diferentes das do primeiro post... sobre isso, tem que falar com ele e têm de chegar a um acordo sobre a divisão de tarefas, não só as relacionadas com a bebé mas também com a casa. Se ele reclama sobre o jantar é simples...porque não o faz ele ou traz de fora? Quando lhe disse para dormir durante o dia (e tem razão), não lhe observou que para poder fazer isso ele tinha de colaborar nas tarefas domésticas? Quando ele fica impaciente com a bebé, se a Maria vai cuidar dela (e até posso entender que assuma essa tarefa em dias mais chatinhos, no meu caso era o meu marido, muito mais paciente que eu), ele tem de ir fazer outra coisa qualquer que precise de ser feita.
Quanto ao sair para ir para atividades de lazer, muito bem, desde que ambos o façam. Um dia vai ele ao café, outro dia vai a Maria, um dia vai andar de mota, outro vai a Maria ao ginásio ou outro sítio qualquer.
Vocês são muito novos e é complicado gerir a chegada de um bebé, mas ambos precisam de espairecer um bocadinho. E descomplique, se a casa não andar melhor anda pior, arranje táticas para tornar as refeições mais simples (por ex. cozinhe um kg de carne picada que dá logo para bolonhesa, empadão, legumes recheados, etc) e façam por sair os 3 de vez em quando, não para centros comerciais, mas para o ar livre, que faz muito bem à cabeça dos três!

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

Pois também me parece que o seu desabafo vai para além da pouca paciência do seu marido para com a filha. Descartar-se de cuidar da filha, não participar nas tarefas de casa e ainda reclamar.. Há por aí muito pouca compreensão da parte dele, e claramente ainda não se adaptou às novas rotinas.
O meu único conselho é que deve tomar as rédeas agora, e incubi-lo de participar nas rotinas da filha, mostrar-lhe que ele também é capaz e é dever de pai também cuidar da cria. Há mulheres que assumem todas as tarefas e acham que os maridos não sabem e não tem jeito e depois queixam-se. Não estou a dizer que é o seu caso, mas acontece muitas vezes.

JoanaRMG -
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Desde 19 Abr 2017

Olá! É assim, a parte do comentário dele quando a menina estava a chorar nem me parece grave, porque eu própria tive esses desabafos nos primeiros meses do meu bebé.como já algumas mamãs escreveram aqui foi uma fase muito difícil mesmo e dei por mim a pensar se tinha tomado a decisão correcta ao ter um bebé, mas depois tudo melhorou.
Quanto ao resto é que me parece que ele falha um pouco pois não tem a mínima compreensão para consigo e não está a conseguir lidar com as mudanças na vossa vida... Provavelmente ele não tinha noção que as mudanças iriam ser tantas...
Deviam conversar os dois e meter os pontos nos i's

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Estou parva, é assim que um homem deve tratar a mulher na vossa opinião? Para mim marido e mulher são iguais, e devem apoiar se um ao outro, especialmente quando nasce um bebé e há tanto trabalho. Um homem assim para mim é zero. Mais vale viver sozinha

Videl86 -
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Desde 18 Jul 2014

Eu também acho que não é possível julgar uma pessoa por um dito uma vez. Mas tenho de concordar com a ClaraMiguel que perder a cabeça ao fim de algum tempo e dizer coisas menos próprias todos fazemos, o que é muito diferente de perder a cabeça mal o bebé começa a chorar ou ter vergonha de um bebé de 2 meses chorar em público.
E Guialmi,respeito muito o que escreve aqui pelo fórum, mas pensar em fazer mal aos bebés não é uma coisa normal e não deve ser encarada como uma coisa normal. Se uma pessoa com um bebé entrar em desespero a esse ponto, tem de procurar ajuda, A Guialmi não procurou e correu bem mas isso foi sorte, podia não ter corrido. Por favor não vamos banalizar isso porque não é banal. Perder a paciência? Sim. Dizer coisas menos próprias? Por vezes. Acontecer mal o bebé chora? Não... Ter pensamentos de fazer coisas más? Não, de todo.
Eu percebo que as pessoas são todas diferentes, mas quando o meu filho tinha essa idade quando ele chorava eu só desesperava por um motivo: porque não conseguia ajudá-lo e tinha muita pena dele, principalmente quando ele chorava de cólicas e não parava. Essa irritação com o choro surgiu bem mais tarde, se bem me recordo. E sinceramente nunca tive grande irritação. Aconteceu algumas vezes, mas foram pontuais e geralmente aconteciam quando estava sem dormir há muito tempo e ele interrompia o meu sono muitas vezes (lá está, a pessoa tem limites).
Isso de "eu é que trabalho"...bem eu fui estúpida o suficiente para durante mais de um ano, porque eu supostamente "não trabalhava", ser a única responsável pelas noites do bebé e acordava ás horas que ele acordasse, tivesse eu ido dormir a que hora fosse. Ao fim de mais de um ano disse "chega, a partir de agora eu fico com as noites mas quando ele acordar tu ficas com ele e eu durmo até ter de me levantar" e foi o melhor que fiz.

Sobre Videl86

08 de dezembro de 2014 <3 49,5 cm e 2,920 de amor e doçura <3
13 de dezembro de 2017 <3 47 cm e 2,815 de fofurice e amor <3