Ser mulher profissional e grávida - opiniões e partilha de experiências e sentimentos | De Mãe para Mãe

Ser mulher profissional e grávida - opiniões e partilha de experiências e sentimentos

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18 mensagens
aries23 -
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Desde 18 Jul 2016

Olá mamãs, gostaria de aproveitar este fórum para falar convosco sobre o seguinte tópico que acho que não é muito falado - quais as vossas experiências e o que sentiram enquanto mulheres profissionais e grávidas?

Desde que engravidei que tenho andado a refletir sobre este tema. Antes pensava que estar grávida é apenas ter enjoos matinais e barriga pesada ao fim de alguns meses, no entanto agora que engravidei deparei-me com vários sintomas que não estava à espera.
Embora tenho tido sorte por não ter sintomas demasiado difíceis, alguns dos sintomas têm afetado a produtividade no trabalho e até tive que faltar um ou outro dia devido a fraqueza e mal estar (náuseas, enjoos, sensação de doente).

Por causa da diminuição da produtividade tenho andado a sentir algum peso de consciência, ao mesmo tempo tenho sentido medo e insegurança por recear a reação dos meus colegas e superiores. Por sorte têm sido compreensíveis (especialmente superiores que já foram grávidas), no entanto não deixo de ter esse receio e tento arranjar formas de minimizar esse impacto.

Por um lado é importante termos alguma compreensão por parte dos empregadores e da sociedade, por outro lado querer essa compreensão pode significar dar razão para a discriminação contra grávidas no trabalho. E por causa disso muitas vezes evitamos falar sobre as dificuldades com que deparamos como grávidas e profissionais, tentando lidar com as dificuldades sozinhas o máximo possível.
É verdade que a gravidez não é doença, no entanto cada gravidez é única e nem sempre é fácil conciliar os sintomas mais difíceis com a produtividade no trabalho.

Gostaria assim de falar convosco, mamãs profissionais e grávidas ou que já foram grávidas, sobre o que sentiram e experienciaram, e como é que lidaram com as dificuldades que surgiram. Espero também que este tópico possa servir de apoio a outras mamãs, pois nem sempre é fácil falar sobre esse tema na vida real.

FranciscaS -
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Desde 13 Jan 2008

Da minha experiência não tenho nada a apontar. Somos uma equipa grande, constituída por muitas mulheres e houve sempre muita compreensão.
Fiz questão de contar ao meu chefe logo que fiz a primeira ecografia e a reação não podia ter sido melhor.
Lá estão habituados a ter sempre mulheres grávidas (neste momentos somos 3) e não dificultam quando é necessário irmos a consultas, por exemplo, e se nos sentirmos mais em baixo ou mal dispostas podemos ir para casa e compensar as horas em falta quando nos sentirmos melhores.

Acredito que em ambientes de trabalho onde não haja este tipo de apoio deve ser mt complicado. Confuso

14/07/2016: POSITIVO!!! Sorriso DPP: 19/03/2017
29/07/2016: Vi o teu coração pela primeira vez.<3
02/11/2016: 20+1s - Vem aí um menino! Espertalhão
29/03/2017: o Duarte nasceu às 09:06 e o meu coração quase explodiu de felicidade! 💙
***
16/03/2019: Supresa! Vem aí mais um bebé! DPP 19/11/2019

Susanna11 -
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Desde 04 Jul 2015

Da minha 1ª gravidez adorei a experiência. Trabalhava nas limpezas da Sede de Lisboa da Saúde24. Quando assinei o meu contracto já tinham conhecimento da gravidez e os chefes que tinham eram 5*. Sempre que tinha dificuldade em fazer algo mais pesado colaboravam e também tinha uma colega impecável. Sempre que era necessário faltar não punham entravo nenhum. Quando o Fred nasceu, algumas enfermeiras que por acaso estavam lá no hospital onde eu estava chegaram a ir visitar-me. E quando terminei a licença também foi tudo impecável. Infelizmente a empresa foi a concurso público e perdeu. Logo apenas tivemos 1 ano de contracto e tudo tratado dentro da lei para que tivéssemos fundo de desemprego, carta de recomendação, etc... Ainda mantemos o contacto.
Neste momento... Foi certamente a pior experiência que tive...
Iniciei um estagio de emprego do IEFP. Ainda antes de assinar o contracto informei e dei uma declaração a dizer que estava grávida e de quantas semanas. Mas tinha uma coordenadora tão sem escrúpulos que tornou tudo ainda pior. Trabalhei o mês de Julho e no fim do mês informaram-me que não me iriam pagar porque a bolsa não teria chegado. Trabalhei até à semana passava e voltaram a dizer o mesmo em relação a este mês e eu justifiquei que se não me pagassem eu não teria como ir trabalhar no mês de Setembro. Então a coordenadora dirigiu-se ao IEFP quando voltou justificou que o projecto seria rescindindo derivado a faltar de condições por falta do IEFP. Pois bem minha gente... Recebi hoje em correio registado a minha carta de rescisão de contracto e com a justificação. E para a comédia comunicaram a minha rescisão devido a gravidez, por não puder realizar trabalhos que me estão incumbidos e por ausências constantes derivado á gravidez. Mas ausências essas que foram apenas 3 desde que me encontro a trabalhar para eles e que foram devidamente justificadas. Mas irei o mais breve resolver esta situação.
E pronto... É esta a minha experiência como grávida trabalhadora e mamã trabalhadora. Sorriso

AnaIndia -
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Desde 10 Nov 2015

Olá. Sou workaholic e a fase da gravidez mostrou-me que as vezes é necessário parar. Trabalhei até às 35 semanas apesar do cansaço, horas extra, falta de compreensão dos chefes, uma infeção no rim e hipoglicemia. Cheguei a levar 2 injeções por dia e continuar a trabalhar cera de 10 horas por dia.
Se valeu a pena? Não. No meu caso as pessoas não deram qualquer valor e não foram compreensivas quando precisei.
O meu conselho é: faz até onde podes e consegues e não toleres abusos. Não te sintas mal pela tua produtividade ter caído. Isso é normal e só quem não é humano é que não entende.

Sobre AnaIndia

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A minha filha é a minha vida.

amostrinha -
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Desde 04 Jan 2014

Já no meu caso, senti apoio na 1ª gravidez, nesta 2ª já não tanto mas também porque estou num sítio novo e ainda não tenho muitas raízes. Mas onde senti mesmo muitas dificuldades foi no regresso após a licença de maternidade. O meu filho mais velho até hoje não dorme a noite inteira, resultado, há 22 meses que eu não sei o que é dormir uma noite inteira, e isso tem uma factura gigante em termos de produtividade, concentração, memória, etc., por outro lado, quando por algum motivo a criança adoece é uma treta, primeiro porque o teu trabalho atrasa, segundo porque ganha-se uma miséria de baixa de apoio à família...
Para mim, a mulher ganhou o "direito" ao trabalho, mas também manteve os outros direitos anteriores, a maior parte das responsabilidades familiares, o cuidar e gerir da casa, a alimentação familiar, e depois quando pedes uma redução de horário no trabalho para conseguires atender a todas as tuas obrigações ainda és rotulada de preguiçosa... Felizmente há famílias onde ambos os pais participam mais, ou porque faz parte da maneira de ser de ambos os membros do casal, ou porque as circunstâncias da vida permitem que o homem tenha um emprego com horários e salário dignos (o meu marido chega a casa nunca antes das 20, ou seja até aí é tudo por minha conta, não posso estar cansada, doente, não me apetecer).
Se vale a pena? Então não vale? Chegar ao fim do dia de trabalho e ir buscar o meu filhote à creche e ser brindada com um sorriso e um pimpolho de 80 cm a correr na minha direcção e dizer mamã <3

amostrinha -
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Desde 04 Jan 2014

Só acrescentar que aquele ditado que diz "no leito de morte nunca de vais arrepender das horas que não trabalhaste" também se aplica aqui... Todas as horas passadas com um filho nos braços!

Ninean -
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Desde 07 Ago 2014

Infelizmente mesmo tendo uma entidade patronal compreensiva em relação à gravidez, a sociedade em geral não é. E uma mãe que pode decidir ficar em casa é logo de inicio etiquetada de preguiçosa, assim como todas as que não podem mas manifestam esse desejo.
Tanto da minha primeira gravidez como desta tenho tido chefes muito compreensivos, e não põem entraves para consultas ou más disposições, dores e afins. Mas as leis não nos protegem como deveriam, e os patrões por muito compreensivos que sejam, aproveitam as lacunas e buracos das leis. Na minha primeira gravidez fiquei desempregada 11 dias depois do meu menino nascer por "extinção de posto de trabalho" trabalhava numa ETT para um organismo publico (ironicamente da segurança social), o dito organismo cessou contrato com a ETT e esta aproveitou a minha licença para me despedir sem consequências para eles. Onde estou agora tenho um contrato que vai terminar também na minha licença, e tenho sérias duvidas que o mesmo seja renovado, especialmente porque tenho intenção de pedir a licença alargada, nenhum contrato ou trabalho compensa o desgosto de deixar um recém-nascido de 5 meses numa creche (não tenho ninguem que fique com ele), prefiro pedir os 3 extra da licença alargada, e receber menos de 200 euros por mês, mas ficar com o meu bebé até aos 8.
São decisões complicadas, mas como disse a Amostrinha, no leito de morte o que conta é o que dei aos meus filhos e não à minha entidade patronal.

Sobre Ninean

Orgulhosa mãe de um anjinho e uma fada!
Madrinha da Catiaribeiro10
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aries23 -
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Desde 18 Jul 2016

Obrigada pela partilha das vossas experiências. Sorriso Infelizmente a lei não nos protege completamente e estamos de uma certa forma dependentes da compreensão por parte dos nossos empregadores.

O que acontece é que como as dificuldades da gravidez não é muito falada (especialmente no primeiro trimestre pois muitas mamãs preferem não revelar a gravidez antes disso), muitas pessoas não compreendem o quão difícil pode ser. E podem achar que somos preguiçosas por necessitar de alguns ajustes ou ausências. E nem sempre o local de trabalho apresenta condições (falta de ar condicionado, entre outros).

No entanto falar com o empregador pode ser arriscado, por motivos que algumas das mamãs já referiu. Às vezes também tenho receio se a minha menor produtividade mais algumas ausências dariam razão suficiente para um despedimento por justa causa, embora felizmente encontro-me numa área onde empregabilidade não falta. Agora imagino o que é para outras mamãs com menos sorte, deve ser muito difícil lidar com empregadores menos compreensivos.

No entanto o dilema é que se não falarmos desse tema, as pessoas continuariam a não compreender "qual o drama" das grávidas, pois a sociedade muitas vezes não tem noção das dificuldades que a gravidez pode trazer. Falar desse tema pode parecer que estamos a dar razão para a discriminação contra grávidas no trabalho, no entanto não é justo querermos construir as nossas famílias e por causa das características biológicas (só nós mulheres é que engravidamos) estarem em conflito com o trabalho durante alguns meses, estarmos a lidar com maior dificuldade com pouca proteção e compreensão. Porque a não ser que tivéssemos boas condições financeiras que nos permite sustentar durante algum tempo sem trabalhar, teremos todas que passar por esta fase de trabalho e gravidez ao mesmo tempo. É verdade que engravidar é decisão individual mas a sociedade como está também não nos permite alternativas a não ser para quem tem uma boa capacidade financeira.

Por essas razões, torna-se importante falarmos mais abertamente sobre este tema de forma a sensibilizar mais pessoas.

AnaIndia -
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Desde 10 Nov 2015

Aries eu levei muitas vezes bocas da minha chefe, do génerp "ai eu trabalhei até à ultima semana de gravidez!". Parece que nós, mulheres, estamos em competição. Competimos para ver quem aguenta mais tempo a trabalhar, para ver quem teve menos tempo em casa após ter o bebé, etc etc. Chega de bullying! Este tópico é muito apropriado, eu sinto exactamente o mesmo! Concordo igualmente com o que a Amostrinha disse... Nós ganhámos o direito ao trabalho mas ficámos sobrecarregadas com tudo o resto que já tínhamos (casa, família...).

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Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

A amostrinha tem razão, o verdadeiro desafio vem depois do nascimento..conciliar trabalho com um filho pequenos é simplesmente extenuante.....concentrar-nos no trabalho quando estamos a pensar se está constipado, se está a chorar, se temos sopa suficiente para essa noite, etc......

Susanna11 -
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Desde 04 Jul 2015

Realmente também ouvi muitas vezes a boquinha do "eu trabalhei até X dia antes de parir". Detesto a forma de desprezo de como tratar as mães que realmente possam vir a ter dificuldades durante a gravidez. Cada mulher é uma mulher. Não somos de ferro. Eu pelo menos não o consigo ser.

Ninean -
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Desde 07 Ago 2014

aries23 escreveu:

Apesar de a protecção às grávidas não ser grande coisa, e como já disse existirem lacunas na lei, que permitem o despedimento, no caso do despedimento por justa causa a uma grávida tem que ser mesmo MUITO BEM justificado, como por exemplo faltar mais de uma semana seguida sem qualquer justificação. O meu despedimento após o nascimento do meu anjinho não foi por justa causa e tiveram que me pagar tudo o que a lei exige (que mesmo assim é uma miséria). Felizmente a lei (pelo menos) protege no caso de despedimentos por justa causa a grávidas "menor productividade mais algumas ausências" não são motivo para despedimento por justa causa, mas são motivo para bullying.

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amostrinha -
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Desde 04 Jan 2014

Até não acho que a legislação esteja mal feita, antes pelo contrário (apesar de ainda faltar a redução de horário para mãe ou pai até 3 anos da criança...), o problema é que a lei não muda mentalidades... Vê-se tantos empregadores a obrigarem mães a irem contra a lei... É um absurdo! Com tão poucas crianças que há no país! E o pior ainda é que as mulheres são péssimas umas para as outras, muitas vezes até mulheres que já foram mães... E também é impossível comparar gravidezes santas com gravidezes cheias de precalços... Assim como os filhos também são todos diferentes... Por exemplo uma mãe cuja criança tinha tantos problemas de saúde que nos primeiros anos ela e o marido esgotavam todos os dias de férias e assistência à família a cuidar da criança... Eu no 1º ano de vida do meu filho só pus 3 dias de assistência à família porque apanhou 1 virose na creche. Era eu melhor mãe e profissional? Não!
Nunca nos encontramos em escrutínio como quando nos tornamos mães... Convém lançar as mãos à consciência e reflectir muito antes de criticar as opções de outras mulheres e mães.

aries23 -
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Desde 18 Jul 2016

Pois é verdade, às vezes até mulheres que já foram grávidas têm falta de empatia... E quem teve gravidez santa pode não perceber o que custa para gravidezes mais chatos. Triste

E sim, muitos empregadores simplesmente não querem saber e pensam apenas no próprio lucro, tratando os seus trabalhadores como meros recursos! Isto até acontece em outras situações e é de lamentar porque muitas pessoas acabam por levar com condições horríveis. Por exemplo há uns dias atrás saiu nas notícias que algumas empresas até obrigaram estagiários do IEFP a pagarem o TSU (Taxa Social Única paga pela empresa sobre o salário do trabalhador), pelo que os estagiários recebiam menos de 300€ por mês. Triste E as pessoas por medo sujeitam-se a essas condições...

Hoje em dia torna-se mais complicado para manter uma família. A mulher também trabalha, sendo as tarefas domésticas trabalho extra fora do horário de trabalho para o casal (ainda por cima em alguns casos é a mulher que continua a fazer tudo em casa) tornando a vida mais cansativa já para não falar da dificuldade em cuidar dos filhos por causa do trabalho.
Afinal de contas, como é que uma pessoa tem tempo em deixar os filhos na creche de manhazinha, perder 9 horas no trabalho (1h de almoço) mais quase 2 horas de transportes (para quem não trabalha perto da casa), e depois ter tempo de ir buscar os filhos a tempo (não sei até que horas as creches funcionam)?

E depois fala-se da baixa natalidade, é óbvio que com todos esses factores torna-se mais difícil conseguirmos conciliar com tudo.

Ninean -
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Desde 07 Ago 2014

Obviamente que a baixa natalidade é consequência dessas condicionantes, agravada recentemente pela crise, claro.
No meu caso por exemplo, foram todas essas condicionantes que me levaram a esperar (e continuava a esperar se não tivesse cometido um deslize) para ter um segundo filho. Do meu ponto de vista o dinheiro é muito importantes, mas não tanto, como o tempo (ou a falta dele), a falta de compreensão de parte da sociedade para com as grávidas e mães, o trabalho extra que como mulheres trabalhadoras somos "obrigadas" a fazer, porque "este é o século 21 e onde é que já se viu uma mulher grávida/mãe recente que não tem condições físicas e/ou mentais para trabalhar", "deve é ser uma preguiçosa que não quer fazer nada".
Já nem avós para cuidar das crianças temos, pois ainda trabalham.
E as leis não são feitas para nós, são para os empregadores, senão vejam o exemplo: a licença de maternidade permite apenas uns míseros 4 meses (um bebé de 4 meses nem sequer devia comer outra coisa que não o leite materno segundo a OMS) pagos a 100%, recentemente foi feita uma tentativa de aumentar esse tempo para 6 meses (que do meu ponto de vista continua a ser pouco) mas já era um avanço, e foi chumbado na Assembleia porque o tempo actual é mais do que suficiente, e tem uma mãe que andar a trabalhar e a "espremer as mamas" no trabalho, para conseguir amamentar a LM até aos 6 meses da criança! Isto não são leis que protejam a maternidade, são leis que protegem as empresas.
Desculpem o desabafo.

Sobre Ninean

Orgulhosa mãe de um anjinho e uma fada!
Madrinha da Catiaribeiro10
http://possoteraminhaopiniao.blogspot.pt/

amostrinha -
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Desde 04 Jan 2014

Concordo, Ninean... No meu primeiro filho pus um mês de férias para conseguir estar os 6 meses com o meu bebé... Desta vez vou ter que meter a licença alargada (com todas as consequências financeiras que daí advém...) porque além de tudo a creche fecha em Agosto e já que tinha que arranjar uma solução para o "mais velho", o pequenino também beneficia e fica em casa até aos 8 meses. Não sei se vou juntar as férias também ou não, porque 3 meses de licença alargada serão um impacto gigante de mais numa família de 4 com 2 creches para pagar...

PS "espremi" as mamas até aos 18 meses e o meu mais velho ainda mama Piscar o olho Tudo se faz, mas é muito sacrifício, é verdade. Ninguém nos facilita, nem em termos logísticos nem em termos de compreensão/apoio...

Cristina Sousa ... -
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Desde 05 Ago 2016

Olá Aries. No meu caso a gravidez foi muito tranquila do ponto de vista fisico, pois felizmente nunca tive qualquer problema (diabetes, anemias ...). No meu caso foi a ansiedade que senti apoderar-se de mim depois da 30ª semana. Aí sim, senti que a minha produtividade baixou um pouco. Dormia mal de noite, acordava muitas vezes para ir à casa de banho e tinha a cabeça a mil. Sonhava imenso com o meu filho, e estava com uma vontade enorme de o conhecer, de o ter cá fora comigo. Julgo que cada caso é um caso, e estar grávida reestabelece novas prioridades na nossa cabeça. O trabalho passa segundo plano, e isso na nossa cabeça funciona como se estivessemos em falta com alguma coisa. Eu também senti um pouco isso. Julgo que hoje em dia já restabeleci o meu equilibrio, e não sinto qualquer problema de consciencia se tiver que sair a horas de ir buscar o meu filho. Sei também que quando é necessário, consigo trabalhar a partir de casa, mas já não estou naturalmente tão disponivel como antes de ter o meu filho.
Hás-de encontrar também o teu equilibrio.
Não te equeças de aproveitar ao máximo a tua gravidez e a tua licença. É uma experiência única.

Beijinhos!

Cristina Oliveira
Mãe de primeira viagem.
http://www.facebook.com/pequenasmemorias/

Dani1890 -
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Desde 14 Fev 2016

Ola meninas, no meu caso não me posso queixar dos meus superiores, bem pelo contrario.
Decidi contar sobre a minha gravidez ao meu superior direto ainda no 1o trimestre, pois tinha-me sido proposta uma possivel promoçao de cargo e eu queria que tudo fosse claro e não pensassem que me estava a aproveitar da situaçao. A reaçao não poderia ser a melhor.
Acabei por mudar de funçoes, tal como me tinham prometido, ter o meu contrato renovado este mes e trabalhei até a semana passada (35s) sempre com o apoio dos colegas de trabalho.
Nunca tive problema para ir as consultas e as aulas de preparaçao para o parto. Apresentei sempre as justificaçoes de tudo.
Muito sinceramente sinto-me uma sortuda neste aspecto.
Na semana passada a MF passou-me baixa por precauçao pois ja ando com contraçoes, colo do utero mole e o cansaço ja é notavel. Ao ir entregar o papel da baixa à empresa ainda me congratularam por ter aguentado até ali e para eu gozar o que tinha direito quando a minha menina nascesse e que esperavam que eu voltasse em Janeiro para continuar o bom trabalho.

Sei que nem todas podemos dizer o mesmo dos nossos patroes. Ha de tudo em todo o lado, tambem ja estive em lugares que faziam 30 por uma linha para prejudicarem as pessoas de todas as formas.
Somos mulheres lutadoras, mas nao somos de ferro!
Bjinhos

Sobre Dani1890

Inicio de treinos: Jul 2015 // Positivo: 30 Jan 2016

Inicio de treinos: Fev 2021 // Na luta para o 2º positivo Sorriso