Sem saber o que fazer :( | De Mãe para Mãe

Sem saber o que fazer :(

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Nature83 -
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Desde 07 Set 2015

Bom dia meninas,

Nao sei o que fazer à minha vida...
Fui mãe há 5 meses e vivi até ao mês passado com os sogros. Entretanto mudamos de casa porque eu nao estava a aguentar viver assim. A minha sogra é de fugir! Ouvi tanta coisa que ia acabar por colocar um ponto final na minha relação se tivesse que continuar lá. O meu stress era tanto que tinha episódios de "perda de consciencia". Nem sei explicar bem mas era como se estivesse a desmaiar e com uma sensação estranha no peito.
Apesar de tudo e infelizmente, ela é uma pessoa muito doente e foi detectado mais um cancro. Ninguém está à espera que ela aguente muito mais. O meu namorado ontem disse-me que tinha dito ao pai que ele tinha duas opções, ou vinha viver connosco e ajudava-nos a pagar a renda numa casa maior ou mudava-se para uma casa perto da nossa. Eu fiquei sem reacção e temho estado a pensar nisto desde ontem.. estou a falar de um senhor que tem 65 anos e que é independente, conduz e faz a vida dele.
Eu nao quero perder a minha privacidade Triste ainda agora me mudei e ja estou a ver que vou ficar sem o nosso cantinho Triste

O que é que vocês fariam no meu lugar? Estou a ser egoísta?

Beijinhos a todaa

jujunho -
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Desde 18 Jan 2011

É uma situaçao dificil sem duvida, mas nao esta a ser egoista, esta a ser sincera. Fale com o seu marido, se ao menos fosse uma casa perto da vossa menos mal, ate poderia fazer as refeiçoes com voces e dp seguir c a vida dele e voces c a vossa. O seu marido nao tem mais irmaos?

Sonia TRS Machado -
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Desde 09 Ago 2012

Ola bomdia Sorriso pois essa é uma situacao complicada e mt pessoal....acho que devia conversar sobre isso com o seu marido.. eu pessoalmente n me vejo a morar com familiares .... uma situacao pontual,ferias uma temporada por necessidade ...mas para sempre nem pensar..... mas isso é mesmo uka questao vossa ..... mas acho que o seu marido n pode decidir isso sem falar consigo.....se calhar nem o seu sogro quer,ainda mais sendo uma pessoa autonoma e independente...claro que a hipotesse de viver mais pertto n é má e as vezes ate pode dar jeito numa ajuda que voces tb precisem
ou ate mesmo o sr..agora na mesma casa pode ser mais complicado.

STRSM

MariAndre -
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Desde 24 Jun 2014

Já diz o ditado, quem casa quer casa.
Eu n m imagino a viver sequer com os meus pais quanto mais com os meus sogros.
O teu sogri Ficar mais perto pra ter o vosso apoio é bom, mas viver na mesma casa não.

Sobre MariAndre

dps d perder os nossos meninos gémeos verdadeiros(17-09-2014 c 23s) fruto d gravidez espontânea mt deseja e planeada.Diag d IIC congénita em 01-2015 Temos 2 estrelinhas no céu a cuidar d nós e dos manos q logo virão
26-07-2015 positivo
07-02-2016 nasceu (37+4,vencemos a IIC)

AnaIndia -
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Desde 10 Nov 2015

Eu acho que nesta situação deve ir com calma. Afinal, o senhor corre o risco de ficar viúvo e sozinho. Não é correcto um filho abandonar um pai. Casos desses já há muitos em Portugal. Eu penso que se fosse eu também não me sentiria bem a deixar o meu pai sozinho e longe de mim.
Acho que a ideia de uma menina mais acima foi boa. Ele pode morar perto de vocês e fazer as refeições convosco.
Por vezes estas situações são difíceis... eu sei. Mas não podemos esquecer nos que um dia seremos nós. Gostaríamos que os nossos filhos simplesmente não nos quisessem por perto pra não incomodarmos as vidas deles?
É uma questão sobre a qual deve falar com o marido. Mas sem insistir nem ser demasiado assertiva. Afinal, ele também tem uma opinião e provavelmente está fragilizado com a doença da mãe.

Sobre AnaIndia

www.omundodaindia.blogspot.com

A minha filha é a minha vida.

Celitass -
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Desde 06 Fev 2013

Não acho que esteja a ser egoísta. Todos gostamos de ter o nosso cantinho e a nossa privacidade.
Penso que a melhor opção é arranjar uma casa perto da vossa. provavelmente o Sr. tb deve quer ter a privacidade dele.
Eu não me imagino a viver com familiares. Nem pais nem sogros.
Fale com o seu marido e vejam o que e melhor para todos.
Bjs

Láu9 -
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Desde 26 Nov 2012

Bom dia,

Eu acho que não devem "abandonar" o senhor e acho que o devem incentivar a viver perto de vocês e fazerem as refeições com ele. Eu falo por mim: o meu Pai morreu há pouco tempo e todos os dias vou a casa da minha mãe almoçar, e o meu namorado também vai. Todos os domingos a trago para minha casa. Eu tenho um irmão mas ele não fala para a minha mãe, e a nossa família mais chegada está longe, pelo que temos de nos apoiar uma à outra. O meu namorado já sugeriu que ela viesse viver connosco mas a não ser que ela fique doente e incapacitada, não será necessário! Mas se for preciso vem viver connosco. E quando digo isto em relação à minha Mãe, digo também em relação aos meus sogros.

Boa sorte e coragem!

Mama do Martim -
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Desde 29 Mar 2010

É complicado,mas sendo o senhor ainda "jovem ",saudável e independente não vejo o porquê de ir viver convosco ou até fazer as refeições com vocês...

O meu pai tem 62 anos, vive sozinho (não é viúvo, mas é separado) e faz a vida dele feliz. Trabalha, cozinha trata da casa, até me ajuda com os miúdos quando preciso. E não sinto que esteja abandonado nem nada do género, é jovem,não é nenhum incapacitado ou coitadinho

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Há uma terceira opção, não? O senhor não quererá ficar na casa dele, mesmo que isso seja mais longe de vocês? É que se, como dizes, o senhor é independente e tem a vida dele, se calhar ele não quer largar tudo para ir viver convosco ou perto de vocês. O meu avô fiou recentemente viúvo e mantém-se na casinha dele, na terra dele, onde já tem as suas rotinas, amigos e afazeres. Se viesse para a cidade dos meus pais não ia ter como ocupar os dias. A família visita-o, ele também vai passar uns dias a casa de uns e de outros sabendo sempre que tem a sua casinha à espera quando quer voltar. Sorriso

Desde 13 Set 2012

Olá Nature!

Bom, eu li mal, compreendi mal ou o seu marido é que precisa de ser colocado no devido lugar?

por acaso, e só para começar, ele perguntou ao pai qual era a ideia dele? Sim, porque, suponho eu, aos 65 anos e sem problemas de saúde que lhe roubem a autonomia, dono da sua vida e capaz de prover o seu próprio sustento, o senhor tenha uma palavra a dizer sobre o que pretende fazer da sua vida. Quem o filho pensa que é para impor ao pai decisões do tipo: ou fazes isto ou aquilo? ó pá, eu ás vezes acho que os homens são sempre é putos com barba e rugas. Credoo!

Depois, por acaso o seu marido falou consigo para saber qual a sua opinião sobre esse assunto? é que, que eu saiba, o seu querido marido vive consigo e com a sua filha; tendo em conta que a filhota é um bebé ainda, era a si que ele deveria ter consultado primeiro antes de colocar essas condições ao pai. É que partilhar a nossa casa com terceiros quando não é essa a nossa vontade, acredite no que lhe digo, é algo que se torna num verdadeiro inferno.

Não me vou pronunciar sobre o que é certo ou errado a fazer quando os nossos pais ou sogros se tornam incapazes de tomar conta de si próprios, até porque isso varia muito de contexto familiar para contexto familiar, mas uma coisa é certa: nós casamos com o filho e não com os pais dele; sendo a ressíproca igualmente verdadeira. Ou seja, eles não nos podem impor a presença constante dos pais, da mesma forma que nós também não temos esse direito.

No seu caso é ainda mais ridículo porque, aparentemente e pelo que escreve, o seu sogro não precisa de sair da casa dele.

Acredite que falo por experiência própria , pois há 3 anos que vivo num verdadeiro inferno emocional. Aparentemente tudo parece bem, mas eu, física e emocionalmente, estou irreconhecível. O meu sogro tem 74 anos e é totalmente incapaz de tomar conta de si próprio. O meu cunhado não quer saber de nada e o meu marido então achou que tinha que saber de tudo... esqueceu-se é que eu não defendo nem uma posição nem outra. Ou seja, não acho nada que o senhor deva ser abandonado à sua sorte, pois isso não se faz nem a um cahchorro, mas também não acho que tenha que assumir, eu mesma e na 1ª pessoa, determinado tipo de tarefas e cuidados de que ele necessita, até porque o senhor nem tem problemas financeiros.

Ele acabou por ir parar a nossa casa, pois legalmente a casa até é dele; eu aceitei porque não tinha outra opção, embora ele nos tivesse dado aquela casa há 20 anos. De qualquer modo, a casa é dele legalmente e, por isso, não pude opor-me à ida dele lá para casa; só que, antes mesmo dele entrar e logo que o meu marido me falou nessa possibilidade, eu respondi claramente e sem margem para negociação: ele entra e nós saímos. Se não saires tu, saio eu e os meninos. e assim será. Durante este tempo procurei e comprei casa, foi feita remodelação e este verão, com ele ou sem ele, eu mudo-me com as minhas duas crianças para a casa nova.

Apresentei várias opções, desde o lar a contratação de uma pessoa para tomar conta dele; não querem nada. Pois bem, eu também não quero continuar a ser quem eles gostaríam que eu fosse. Farto-me de trabalhar, dentro e fora de casa, e há 3 anos que deixei de ter casa. Tenho um sítio onde moro, mas não vivo em lado nenhum. é horrível. Tinha um T3 e agora tenho um T0 mal medido. O Senhor suja demais, não posso receber amigos e a minha filha não pode levar os colegas lá para casa pois nunca sei como encontro tudo ao final do dia. O meu filho com quase 3 anos nem quarto tem porque o senhor ocupa o que seria dele e, por isso, está no meu quarto ainda. Para além da sujeira, ainda há a comida e roupa que é mais do que muita.

brrr! Acreditem, é impensável quando não é o que queremos!

Querida, se não é isso que pretendes para a tua vida, diz ao marido claramente. Depois que o senhor entrar para a tua casa, não vai sair nunca mais. Se há pessoas para quem essa ealidade familiar não é incomodativa, para outras, eu incluída, foi o pior que me podia ter acontecido.

Depois há ainda outra coisa: não sei se o seu sogro tem uma reforma grande ou pequena, mas, seja lá como for, uma vez vivendo com vocês, fará parte do agregado e os rendimentos dele vão entrar para o bolo total. Se recebes abono, por exemplo, é bem possível que o percas. Não sei se a tua menina vai para o infantário mas, se for para um daqueles em que a mensalidade é calculada com base no valor global dos rendimentos, ficarás a pagar mais porque os rendimentos do sogro vão entrar para o bolo. Estas e outras questões devem sempre ser tidas em conta. Isso só já não me aconteceu porque a minha morada fiscal já é a da casa nova. Se não fosse, para os senhores das finanças e da segurança social eu já era rica.

Para quem vive bem e se adapta bem a viver com outras pessoas em casa, tudo bem, todos são felizes; agora, quem não consegue gostar da ideia, é algo a não iniciar sequer. O trabalho aumenta, as despesas também e, acima de tudo, a privacidade perde-se total ou parcialmente.

E pronto, é o meu testemunho; espero que te ajude a refletir...

Beijinhos e tudo de bom

SMSantos

Danb -
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Desde 11 Nov 2015

A minha situação é diferente e diferente de muitas que tenho lido aqui..
Eu e o meu namorido vivemos com a minha mãe..

Quando eu e a minha irmã ainda eramos miúdas, os meus pais compraram um T3 grande com quintal (mas é mesmo grande o apartamento, mais parece uma casa térrea quando se cá entra do que apartamento).. entretanto a minha irmã fez a vida dela e saiu do país, ah e é de mencionar que o meu pai não vive em Portugal, trabalha no estrangeiro, vem uma vez por mês visitar e é quando consegue..
Durante uns bons anos éramos só as duas aqui em casa.. no último ano do meu curso conheci o meu namorido (estamos já juntos há 4 anos). Ele vivia noutra cidade a +/- 30km da minha casa, e eu passava metade da semana lá e metade cá.. passado um ano, ele deixou de ter o emprego que ele tinha lá, e enquanto andou na procura, já passavamos alguns dias na casa dele e outros na casa da minha mãe.. a decisão final de virmos para a casa dela viver e não termos ficado na casa dele (ele ainda tem a casa dele onde vive uma familiar) foi quando a minha mãe ligou me aflita uma madrugada as 6 da manhã pq tentaram assaltar a casa.. viemos logo a correr, o quintal estava um caco, partiram vasos que tínhamos, e o alarme acordou a vizinhança toda (foi só por isso que não conseguiram mesmo assaltar).. Decidimos ali que ela não podia continuar a viver sozinha numa casa destas (por ser R/C e tem muitos sítios por onde um assaltante experiente possa tentar entrar) e entre todos decidimos que era o melhor para todos e vivemos juntos os 3.. escusado será dizer que os meus pais ficaram radiantes, a minha mãe por não estar "abandonada" num apartamento gigante e o meu pai por já não ter de se preocupar com a minha mãe pq tinha o nosso apoio, ajuda e companhia..

Mas somos uma excepção à regra, eu sou suspeita a falar pq a mãe é minha, mas ela e ele dão se lindamente, e, claro, há dias que se irritam um ao outro, mas já ganharam uma confiança tal um com o outro que mais parecem mãe e filho e não sogra e genro.. Quando há alguma coisa a falar, ele próprio sente à vontade para conversar com ela sobre alguma atitude ou situação menos agradável e vice versa..
Ele diz que se algum dia sairmos desta casa que nem há questão, a minha mãe vem conosco e pronto Sorriso somos 3 feitios que conseguem conviver em harmonia (a grande maioria do tempo) e cada um tem a sua independência e as tarefas são todas divididas.. O meu pai já é outro assunto, um fim de semana com ele vale mais do que um mês com um sogro infernal LOL nem eu o consigo aguentar muito tempo, coitado, é boa pessoa com um excelente coração, mas um feitio daqueles de fugir a sete pés..

Mas é sempre difícil viver com mais pessoas.. dou te outro exemplo, uma familiar do meu namorido que tem a minha idade, veio aqui para casa, era só durante 2 meses por causa do trabalho dela pq tinha ficado sem carro e da nossa casa até podia ir a pé quando nós não a podíamos levar.. Dissemos lhe do início que ela não tinha de se preocupar com coisas como contas (água, gás edp) mas que de vez em quando ajudasse no que pudesse com a comida e as tarefas de casa, pq todos sujam e todos têm de limpar... Querem saber que não durou cá mais de 2 semanas?? nos primeiros dias ajudava com a loiça e não fazia mais nada.. depois começou a encostar-se mais, e para a comida teve de ser o namorido a falar com ela e dizer-lhe que tinha de dar algum € para irmos às compras.. até que um dia tudo rebentou, eu tentei falar com ela sobre as tarefas, que ela tinha de ajudar mais, pq nós também trabalhamos e também nos cansamos, que aqui em casa não é só dormir, comer e tomar banho.. Ela levou a mal e discutimos, e foi uma coisa que durou 2 ou 3 horas em que ela faltou ao respeito à minha mãe e tudo, e eu só não me passei e só não lhe dei um par de estalos pq é família do namorido.. ele não estava em casa na altura (estava a trabalhar), mas no dia a seguir quando esteve com ela, ele próprio é que a pôs fora de casa (teve de ir para a casa dela e desenrascar-se com a distância ao trabalho) e disse-lhe que nunca mais ela iria faltar ao respeito às pessoas que estavam a tentar ajudar, muito menos a uma mulher que tinha idade para ser a mãe dela...

Portanto isso é uma situação que terá de falar com o seu marido e esclarecerem as coisas pq muito depressa as coisas podem correr mal e a "má da fita" será sempre você..

Boa sorte Sorriso

Nature83 -
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Desde 07 Set 2015

Obrigada pelas respostas Sorriso

O meu sogro tem uma boa reforma e tal como esta a pagar uma renda da casa para eles pode muito bem pagar uma renda numa casa que fique perto de nós e até seria bem mais acessivel pq seria uma casa mais pequena.
Que fique bem claro que eu nao me oponho a que ele venha viver para perto de nós pq eu tb quis vir morar para perto dos meus pais (4km). Ate acho mt bem que ele queira vir pq nao ha necessidade de ficar sem ninguém por perto. Se ele quisesse até podia comer cá em casa e nao havia problema nenhum. O problema é a falta de privacidade que temos no caso de ele se mudar mesmo para nossa casa. Aliás, teria de ser outra casa pq nesta nao temos condições. O meu filho tem o quartinho dele e nós o nosso.

Ele tem uma irmã mas é o mesmo que nao ter, nao dá para fazer contas com ela Triste

É uma situação muito complicada. Ponho-me no lugar dele e consigo entende-lo mas tb tem que pensar que nao vive sozinho e que eu vou sentir-me incomodada.

Nature83 -
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Desde 07 Set 2015

Lá está, tudo depende dos feitios. Eu ja passei pela experiência de viver com os sogros e vi-me obrigada a sair de lá. Nao por causa dele mas sim por causa dela. Tem um feitio muito dificil, mete-se em tudo, fala mal de tudo e de todos. Sempre me senti a mais naquela casa e so descansei qd me vim embora.

Asuos -
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Desde 01 Out 2015

Sónia Maria Santos escreveu:
Olá Nature!
Bom, eu li mal, compreendi mal ou o seu marido é que precisa de ser colocado no devido lugar?
por acaso, e só para começar, ele perguntou ao pai qual era a ideia dele? Sim, porque, suponho eu, aos 65 anos e sem problemas de saúde que lhe roubem a autonomia, dono da sua vida e capaz de prover o seu próprio sustento, o senhor tenha uma palavra a dizer sobre o que pretende fazer da sua vida. Quem o filho pensa que é para impor ao pai decisões do tipo: ou fazes isto ou aquilo? ó pá, eu ás vezes acho que os homens são sempre é putos com barba e rugas. Credoo!
Depois, por acaso o seu marido falou consigo para saber qual a sua opinião sobre esse assunto? é que, que eu saiba, o seu querido marido vive consigo e com a sua filha; tendo em conta que a filhota é um bebé ainda, era a si que ele deveria ter consultado primeiro antes de colocar essas condições ao pai. É que partilhar a nossa casa com terceiros quando não é essa a nossa vontade, acredite no que lhe digo, é algo que se torna num verdadeiro inferno.
Não me vou pronunciar sobre o que é certo ou errado a fazer quando os nossos pais ou sogros se tornam incapazes de tomar conta de si próprios, até porque isso varia muito de contexto familiar para contexto familiar, mas uma coisa é certa: nós casamos com o filho e não com os pais dele; sendo a ressíproca igualmente verdadeira. Ou seja, eles não nos podem impor a presença constante dos pais, da mesma forma que nós também não temos esse direito.
No seu caso é ainda mais ridículo porque, aparentemente e pelo que escreve, o seu sogro não precisa de sair da casa dele.
Acredite que falo por experiência própria , pois há 3 anos que vivo num verdadeiro inferno emocional. Aparentemente tudo parece bem, mas eu, física e emocionalmente, estou irreconhecível. O meu sogro tem 74 anos e é totalmente incapaz de tomar conta de si próprio. O meu cunhado não quer saber de nada e o meu marido então achou que tinha que saber de tudo... esqueceu-se é que eu não defendo nem uma posição nem outra. Ou seja, não acho nada que o senhor deva ser abandonado à sua sorte, pois isso não se faz nem a um cahchorro, mas também não acho que tenha que assumir, eu mesma e na 1ª pessoa, determinado tipo de tarefas e cuidados de que ele necessita, até porque o senhor nem tem problemas financeiros.
Ele acabou por ir parar a nossa casa, pois legalmente a casa até é dele; eu aceitei porque não tinha outra opção, embora ele nos tivesse dado aquela casa há 20 anos. De qualquer modo, a casa é dele legalmente e, por isso, não pude opor-me à ida dele lá para casa; só que, antes mesmo dele entrar e logo que o meu marido me falou nessa possibilidade, eu respondi claramente e sem margem para negociação: ele entra e nós saímos. Se não saires tu, saio eu e os meninos. e assim será. Durante este tempo procurei e comprei casa, foi feita remodelação e este verão, com ele ou sem ele, eu mudo-me com as minhas duas crianças para a casa nova.
Apresentei várias opções, desde o lar a contratação de uma pessoa para tomar conta dele; não querem nada. Pois bem, eu também não quero continuar a ser quem eles gostaríam que eu fosse. Farto-me de trabalhar, dentro e fora de casa, e há 3 anos que deixei de ter casa. Tenho um sítio onde moro, mas não vivo em lado nenhum. é horrível. Tinha um T3 e agora tenho um T0 mal medido. O Senhor suja demais, não posso receber amigos e a minha filha não pode levar os colegas lá para casa pois nunca sei como encontro tudo ao final do dia. O meu filho com quase 3 anos nem quarto tem porque o senhor ocupa o que seria dele e, por isso, está no meu quarto ainda. Para além da sujeira, ainda há a comida e roupa que é mais do que muita.
brrr! Acreditem, é impensável quando não é o que queremos!
Querida, se não é isso que pretendes para a tua vida, diz ao marido claramente. Depois que o senhor entrar para a tua casa, não vai sair nunca mais. Se há pessoas para quem essa ealidade familiar não é incomodativa, para outras, eu incluída, foi o pior que me podia ter acontecido.
Depois há ainda outra coisa: não sei se o seu sogro tem uma reforma grande ou pequena, mas, seja lá como for, uma vez vivendo com vocês, fará parte do agregado e os rendimentos dele vão entrar para o bolo total. Se recebes abono, por exemplo, é bem possível que o percas. Não sei se a tua menina vai para o infantário mas, se for para um daqueles em que a mensalidade é calculada com base no valor global dos rendimentos, ficarás a pagar mais porque os rendimentos do sogro vão entrar para o bolo. Estas e outras questões devem sempre ser tidas em conta. Isso só já não me aconteceu porque a minha morada fiscal já é a da casa nova. Se não fosse, para os senhores das finanças e da segurança social eu já era rica.
Para quem vive bem e se adapta bem a viver com outras pessoas em casa, tudo bem, todos são felizes; agora, quem não consegue gostar da ideia, é algo a não iniciar sequer. O trabalho aumenta, as despesas também e, acima de tudo, a privacidade perde-se total ou parcialmente.
E pronto, é o meu testemunho; espero que te ajude a refletir...
Beijinhos e tudo de bom

Eu tenho a mesma opinião.

E sinceramente para mim o estranho mesmo é o marido "pôr e dispor" da situação sem sequer pensar na mulher, é como se a Nature83 fosse parte da mobília e não a mulher que divide a vida com ele.

Eu sinceramente acho que quem precisa de um abre-olhos é ele.
Antes de qualquer outra coisa acho que o seu marido lhe faltou ao respeito a si, ao desconsiderar a sua opinião e o vosso bem-estar familiar. Provavelmente não quer a minha opinião honesta acerca dessa maneira de ser de uma pessoa para com o conjugue... é que eu, na situação descrita não sei se também não sairia de casa e lhe apresentava o divórcio. Ele nem sequer pensou em si, em perguntar-lhe nada. É uma falta de respeito enorme.

Depois em relação aos sogros:
Em primeiro lugar a sogra ainda não faleceu, certo? Quem garante que venha a falecer?
Segundo, o sogro tem a vida dele, é independente, quem garante que ele queira viver convosco?
O sogro deve ter as rotinas dele, os amigos dele e por aí fora, quem garante que ele vai querer largar isso tudo para sempre se a esposa falecer? Na idade deles será que não lhe fará muito mais falta o convivio com os amigos e a normalidade do que estar perto do filho que trabalha o dia todo e raramente deve estar em casa?

Uma coisa é apoiar, apoiar na doença, apoiar se ele realmente passar pelo luto, durante uma fase (fase essa com datas minimamente marcadas, pode ir passar uma temporada a sua casa, se assim o desejar, mas é bom que seja com data limite, ex: 4 meses no máximo e isso ser acordado entre todos).

Depois é a questão do casal, o seu sogro estará disposto a seguir as vossas rotinas? E vocês na vossa intimidade como ficam? Ele vai-se meter na vossa vida?Como é que vai ser?
Porque é óbvio que é fácil falar quando são os nossos pais, nós já vivemos com eles muitos anos (e ainda assim...) agora falar de pessoas que nos são desconhecidas? Com ritmos e actividades?
E já agora, é o seu sogro ou o seu marido que vão cozinhar, limpar e lavar a própria roupa dele? Porque esse para mim seria um ponto fundamental a discutir. Além disso, a questão dos banhos e higiene pessoal quando e se necessário também teria mais do que discutido (e no meu caso pessoal jamais a faria ao meu sogro - e garanto que para o meu sogro também não haveria nada mais humilhante do que ser eu a vê-lo nú, com incontinência, encoprese, etc). Simplesmente a nossa relação não é, nem nunca será de pais e filhos, é de sogros e eu desejo-lhes muito bem mas seria incapaz de viver com eles ad eternum. E o meu marido tem exatamente a mesma opinião acerca dos meus pais.
Já tivemos experiência suficiente para saber que nenhum dos 2 estaria feliz a viver com os respectivos sogros/pais na nossa casa e portanto está falado e conversado entre nós que nunca irão viver cá de uma forma prolongada (já tive a minha sogra um período de tempo mas sempre foi com a consciência que seria mesmo só um tempo).
E os nossos pais também sabem disso, nenhum está à espera de acabarem a viver em nossa casa.

A mim sinceramente mete-me muita impressão esta ideia que se não tivermos os sogros a viver connosco é sinal que os estamos a abandonar. Pelo amor da santa! Os vossos pais tiveram todos os pais deles a viver ad eternum na casa deles?! E como era a casa/vida deles nessa altura? Porque é muito fácil na teoria mas antigamente as casas de familia eram enormes, além disso, a rotina e a vida das pessoas era muito diferente. Actualmente as pessoas têm de colocar os próprios filhos nos infantários e vão ter vida para cuidar dos pais/sogros? Ou isso não será muito mais abandoná-los à sua sorte durante todo o dia somente para ter na ideia o "conforto" de que não se abandonou os idosos? E eles ficarem todo o dia na nossa casa, serem privados das coisas deles não é um desrespeito muito maior por eles?

Eu não sei quanto às pessoas no geral, por mim não tenho filhos a pensar que eles são obrigados a arcar comigo na casa deles, não tenho filhos a pensar que um dia eles vão ter a obrigação de me sustentar ou de cuidar de mim. A obrigação é minha que os meto no mundo sem eles pedir, não o oposto.

Para mim é impensável viver assim, mas tal como já foi dito depende do tipo de pessoas. Ainda por cima com um bebé tão pequeno onde queremos é as nossas rotinas e sossego... mas acima de tudo, acho que o problema está é na falta de comunicação do marido que decide mandar na vida da autora como se ela fosse obrigada a aceitar tudo.

Nature83 -
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Desde 07 Set 2015

Os sogros viviam longe mas dada a doença da minha sogra vieram para cá por causa do hospital. Logo, todos os amigos dele nao estão cá.
O meu namorado disse-me isto ontem e eu fiquei sem reacção. Disse-me tb que queria estar descansado cmg em relação à opiniao que eu tinha sobre esse assunto mas a verdade é que ele falou primeiro com o pai e eu fiquei tao parva com aquela conversa que nao fiquei capaz de nada.
Neste momento, houve um agravamento do estado de saúde da minha sogra e eu nao posso ter este tipo de conversas nesta altura. Mas certamente que nao vou tolerar viver com o meu sogro. Ele nem sequer tem o mesmo tipo de alimentação que eu. Um dia fiz legumes no forno e disse para ele comer e ele nao quis. Nao tenho vida para andar a fazer 2 tipos de comida.
Quando estes dias passarem vou ter que falar com o meu namorado, até pq a conversa vai voltar a surgir. E infelizmente só vão existir 2 opções, ou o pai dele arranja uma casa perto de nós ou entao eu saio pela porta q ele entrar. É que ainda por cima ele fiador da casa que arrendamos para mal dos meus pecados!

Asuos -
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Desde 01 Out 2015

Eu por acaso acho que devia abordar o assunto já, antes de acontecer alguma coisa à sua sogra. É que depois o seu marido vai entrar num processo de luto e provavelmente a Nature 83 vai ser acusada de não ter sido honesta e de o confrontar com as coisas em cima do joelho.
Eu abordaria o quanto antes e dizia-lhe precisamente o que nos disse, que ontem foi apanhada desprevenida, qeu acha que ele errou ao falar primeiro com o pai e não consigo e dava a seguir a minha opinião honesta em relação à situação.

E, sim, acho que o seu marido errou.
Em relação à comida para mim esse seria o primeiro ponto a ser colocado em causa: foste tu quem convidou logo és tu (marido) quem cozinha, limpa, arruma e arranja forma de cuidar de todas as necessidades do pai. Porque muitos maridos gostam de ser engraçados e dar mais trabalho à mulher mas se lhes calhar a eles já não estão tão disponíveis.

Porque o seu sogro se é independente pode muito bem cozinhar para ele próprio, e se ele não souber o seu marido que cozinhe.
É que é tal e qual o que diz: quem tem vida actualmente para isso?

É que é muito lindo vir dizer que quer que o outro esteja de acordo depois de se ter decido. O seu marido tem uma lata descomunal.

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Eu não posso estar mais de acordo com a Sónia Maria Santos e com a Asuos. Não me imagino, nem por um segundo, a viver com pais, sogros ou, já agora, qualquer outra pessoa que não o meu marido e filhos (e, mesmo assim, já é preciso paciência) e, se fosse comigo a situação relatada, o casamento estaria francamente em maus lençóis, porque acho que colocar o cônjuge perante o facto consumado de ir ter alguém a morar lá em casa ou a interferir diretamente na rotina familiar, sem lhe perguntar nada, para mim é inconciliável com a ideia de uma relação a 2.

Não acho que discutir quem dá banho ou faz o jantar seja sequer a questão neste caso: trata-se aqui de uma questão da intimidade do casal e da própria dinâmica da vida familiar, que fica irremediavelmente afetada com a inclusão de um novo membro, adulto e, já agora, com mais de 60 anos de idade...se ambos os membros do casal estiverem de acordo, ótimo (já algumas participantes disseram que o fizeram ou fariam...nada a dizer) - para "estar de acordo", é naturalmente preciso que lhes perguntem e deem a oportunidade de dizer que não. Agora, se não estão, isso pode ser o fim daquela família e ninguém se pode esquecer disso...

Um beijinho à Sónia por estar também a passar uma fase difícil...sei do que estou a falar. A pior crise do meu casamento aconteceu quando estava grávida do meu filho mais velho e o meu marido se lembrou de me "dizer" que um dos irmãos viria "dormir" a nossa casa "2 ou 3 vezes por semana" porque mora longe e iria ser transferido para um local de trabalho perto de nossa casa...só por uns meses, claro (se tivesse dito que sim, ainda hoje cá estava...). Disse-lhe precisamente o mesmo: se assim fosse, saía eu e o meu filho e estava acabado o casamento. Felizmente, ele reconsiderou. Se não o tivesse feito, tinha-se mesmo acabado tudo, porque eu não estava a brincar

Nature83 -
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Desde 07 Set 2015

A minha sogra está por um fio, as proximas horas sao decisivas. O meu namorado nem sequer veio para casa, ficou na casa do pai para o apoiar.
Nao tenho forma de abordar o assunto sem ficar com o rótulo de insensível. Isto desenrolou-se tão depressa que não deu tempo para nada. Com que cara é que lhe vou dizer isto? Talvez com a cara que ele me disse o que tinha decidido por todos. Sim pq ele "pediu" opinião depois de ter falado com o pai e isso, como ja disseram, é uma falta de respeito enorme. É como se eu nao existisse!

Nao sei como vai ser mas que a nossa relação está por um fio, ai isso está.

AnaIndia -
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Desde 10 Nov 2015

Eu sou da opinião que não deve abordar o assunto agora enquanto a senhora está viva. Não acho mesmo nada correcto.
Caso aconteça alguma coisa,então senta-se com o meu marido e fala. E depois sentam se os 3 e falam. Sorriso
Tudo se resolve.
O facto de a relação estar por um fio é por causa desta situação?? É a mãe dele. E o pai dele. Quer queiramos quer não, quando casamos os nossos maridos continuam a ter mae e pai. É normal ele sentir se assim.

Sobre AnaIndia

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A minha filha é a minha vida.

Asuos -
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Desde 01 Out 2015

Desculpe AnaIndia mas eu até concordo consigo, os nossos pais são os nossos pais mas nós casamos com 1 pessoa, a qual escolhemos. Escolhemos essa pessoa para fazer vida e construir familia, essa pessoa não casou com os nossos pais e ou bem que somos adultos e saímos do ninho para o ser ou se formos sempre dependentes deles, a meu ver, mais vale nem sequer envolver uma 3ª pessoa. Não me parece que as decisões que dizem respeito à vida da Nature sejam feitas pelo pai do marido e pelo marido sem que ela seja tida em consideração - ele não partilha a vida e as responsabilidades com o pai, partilha a vida com ela. E neste caso não quis saber da opinião dela para nada e para agir assim agora, tenho sérias dúvidas que seja a primeira vez que o fez.

Para mim a relação também ficaria por 1 fio, não por ele querer ajudar os pais mas por me tratar como se eu fosse "nada" e andasse a decidir as coisas na nossa vida por mim. Estamos a falar de mudar toda a nossa vida sem termos parte na decisão. Eu não aceitava uma situação dessas, isso é certo. O que ele fez foi reles, muito reles, basicamente decidiu tudo e depois ainda veio chantagea-la basicamente a dizer que tinha falado com o pai e que queria que ela estivesse de acordo, é como se lhe dissesse "eu já decidi e tu baixas a bola, aceitas e calaste".

E já agora os pais deixam de ser pais só porque não os enfiamos na nossa casa? Deixamos de os ajudar ou de estar presente só por isso? O que tem uma coisa a ver com a outra?
Eu não pretendo abandonar os meus pais nem sogros mas certamente que nenhum deles irá viver para minha casa e felizmente o meu marido concorda, porque se não concordasse ele poderia ir viver com os pais dele sozinho.
As pessoas precisam ser parte activa em todas as decisões importantes na sua vida. É que não é propriamente o dar apoio moral a alguém, é mudar toda a vida, perder intimidade, ter mais trabalho, ter um elemento estranho em casa constantemente, ela nunca mais estará completamente à vontade na casa dela, etc.... claro que há aqueles que sentem isso tudo, eu já tive a experiência e sei bem como me sentia.
Aliás eu tive a minha avó em casa dos meus pais alguns tempos e ela teve de sair porque apesar de eu adorar, por exemplo, ela quase conseguia acabar com o relacionamento dos meus pais. Para mim isso é e seria impensável. Também tive a minha sogra uns tempos cá em casa e durante todo esse tempo era como se eu não estivesse em minha casa, não podia estar à vontade, não podia fazer o que queria. Eu nem sequer conseguia sair do banho com a toalha para me vestir no meu quarto como sempre fiz pois ela fazia-me sentir desconfortável ao fazê-lo... portanto, se o meu marido tivesse decidido sem mim que a mãe dele vinha viver para nossa casa eu garanto que seria o preciso momento em que eu faria as malas e saía de casa.
Foi um enorme sacrificio para mim na altura mas fi-lo de livre vontade, se mo tivessem imposto não o teria feito. Para mim é aí que reside a diferença. E para sempre, para mim, está completamente fora de questão aceitar.

E em primeiro lugar, já na posição do sogro, o que eu mais queria é que me deixassem estar à vontade e não me chateassem neste momento, iria querer ter as minhas coisas perto de mim e estar na minha própria casa. Se o meu marido falecesse a última coisa que eu ia querer era ainda ser retirada de minha casa.

Ps: Não me tinha apercebido que a situação estava assim tanto por 1 fio e realmente na sua situação creio que já não abordaria agora. No entanto, acho que depois de ela falecer eles não vão ter disponibilidade nenhuma para falar nem para ouvir. Ou seja, quando depois quiser dizer não provavelmente já terá o seu sogro instalado em sua casa, irá ser vista como a insensível e a má da fita.
Quando na realidade quem fez a porcaria foi o seu marido que decidiu tudo sem a sua opinião.

Nature83 -
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Desde 07 Set 2015

Longe de mim querer que ele abandone os pais. Eu seria a ultima pessoa a afasta-los. No dia da mãe foi com a mãe dele que almoçamos e nao com a minha. Acham que nao me custou? Custou muito mas achei que era muito mais importante estarmos com ela. Felizmente a minha mãe está bem de saúde e como se diz, os dias da mãe sao todos os dias. Mas sei que para a minha sogra ia ser muito triste nao ver o filho apesar de ele almoçar lá em casa quase todos os dias.
Nao me nego a apoia-lo e a fazer alguma coisa que ele precise mas mais do que isso ja põe em jogo a nossa felicidade e eu nao posso abdicar disso pq o bem estar do meu filho é uma prioridade. Se eu nao estiver bem, o meu filho tb nao vai estar.
E a relação está por um fio por causa da falta de respeito dele para comigo e de outras coisas que ja vinham de trás e das quais nao quero falar aqui.
Sei que o meu sogro é uma pessoa com bom senso, por isso espero que tb nao queira ir viver connosco mas sim ficar a viver por perto.

Danb -
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Desde 11 Nov 2015

Bem, de qualquer das maneiras acho que a Nature vai ficar com o o rótulo de "insensível", mas pior se tiver essa conversa depois da sua sogra falecer..
Eu diria ao meu marido que tinha de falar urgentemente com ele antes disso acontecer.. e antes de começar a conversa logo sobre o assunto, diria-lhe o que ele significa para mim, diria que sei que está numa situação complicada e que enquanto ele assim o quiser, que ali estaria para o apoiar e ajudar.. e só depois explicava-lhe que não quero de maneira nenhuma que venha outra pessoa viver connosco.. explicava-lhe as razões todas, tentando sempre manter a calma (pq ele se está preocupado com a mãe é normal que se possa exaltar ou interpretar mal, e a Nature é que tem de conseguir manter-se calma para o poder acalmar e não acabar em discussão).. explicava-lhe que estava disposta a ajudar o sogro em tudo o que fosse possível, que o ajudava mas que não aceitava que essa ajuda significasse ficar sem a minha privacidade enquanto mulher e enquanto casal.. seja honesta com ele, se diz que a vossa relação tem outros problemas, faça o ver que se o pai dele for viver com vocês que os problemas só vão aumentar e que, muito dificilmente vocês como casal, vão conseguir ultrapassar e resolver os restantes problemas da vossa vida a dois.. Não tenha medo de o colocar no lugar dele, se ele levar a vontade dele avante e convidar o pai para ir lá viver, e se o pai aceitar, diga-lhe que será nesse dia que vai fazer as suas malas e deixá-lo...

Concordo que quando uma pessoa se junta com outra, não significa que "casa" ou que esteja numa relação com o resto da família, e TODOS devem de respeitar isso..

Nature83 -
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Desde 07 Set 2015

Nao sei quando vou voltar a ve-lo, ele dormiu na casa dos pais. E eu como até tinha vindo durante o dia de ontem aos meus pais, acabei por ficar cá durante a noite com o menino mas ja dissr ao meu namorado que vou voltar para a nossa casa daqui a 2dias pq quero estar no meu canto. Ele disse-me que sabia disso mas nem sequer me disse que ia voltar para casa também.
Nao acho correcto abordar o assunto neste momento mas tb sei que é capaz de ser bem pior depois. O problema será não ter maneira de falar com ele pessoalmente sequer.
Uma coisa é certa, eu nao abdico da minha privacidade. E se isso implicar que a nossa relação acabe, pois que acabe. O meu filho precisa de uma mãe com sanidade mental suficiente para o criar.

AnaIndia -
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Desde 10 Nov 2015

Bem, talvez eu veja as coisas de forma diferente, não sei. Somos todos diferentes e há que respeitar, claro.

Eu tambem já vivi com a minha sogra e não gostei, na casa dela. Mas no meu caso eu não gostei não pela falta de privacidade, mas pelo facto de a casa nao ser minha e por isso não me sentir à vontade... Tem também muito a ver com o feitio do sogro/sogra, com o tamanho da casa, etc. Sei que há muitos factores condicionantes que devem ser bem avaliados.

Se não quer de forma alguma que o sogro viva convosco (e acho que tem toda a legitimidade para o fazer), acho que a solução é pensar mesmo em conversar e tentar que o sogro more perto de vocês (perto nao quer dizer ao lado) e que está disponível para ajudar naquilo que lhe for possível.

Em relação ao marido estar na casa dos pais porque a mãe está muito doente e estão à espera do pior, acho que tem que ter calma neste momento. Não deve pensar já que o casamento está por um fio. Se quer realmente que o casamento funcione, deve exprimir as suas opiniões mas também deve dar espaço ás pessoas para que elas se sintam tristes e com vontade de estar unidas (neste caso refiro-me ao marido e ao sogro). Vai ver que é uma fase e que daqui a pouco a sua vida irá voltar ao normal. Ele provavelmente precisa deste tempo.

Relativamente ao abordar já o assunto ou não, bem eu acho que se fosse eu abordava depois. Não ia já falar como se a senhora já tivesse falecido. Mas isso tambem depende do ponto de vista de cada um Sorriso

Sobre AnaIndia

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AnaIndia -
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Desde 10 Nov 2015

Ah, saliento que tambem nao concordo de forma alguma que o marido tome decisões que envolvam a vossa casa, vida e família sem a consultar. Isso não concordo mesmo! Não me tinha apercebido dessa parte.
Piscar o olho

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Asuos -
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Desde 01 Out 2015

Eu concordo com a Danb que se abordar depois vai ser pior para resolver as questões, o problema é que a senhora piorou e agora ele não está sequer com ela por estar somente com os pais. Claro que é compreensível que ele não tenha cabeça para nada agora e só esteja focado na mãe, o problema é que ao mesmo tempo está com a ideia que a seguir o pai vai para lá.
E se a senhora falecer agora mesmo, a menos que o sogro recuse, será que ele não aparece já em casa com o pai atrás? E depois será muito pior para decidir.

Ps: Alguém falou para depois se sentarem os 3 e decidirem. Lamento mas eu não posso discordar mais. Porque é que haveria de trazer uma 3ª pessoa para uma conversa pessoal e íntima com o meu marido?! O marido que explique e se justifique ao pai posteriormente pois também foi ele quem optou por decidir passar por cima dela.
Se está numa situação vulneravel? Está mas daí a passar por cima das pessoas e a decidir pela vida delas, quando ainda por cima já sabe que saíram de casa dos sogros porque já não dava mais?! Enfim...dá para ter menos consideração pela pessoa com a qual casou??

AnaIndia -
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Desde 10 Nov 2015

Asuos o que eu disse é para a autora do tópico sentar-se com o marido e conversar. Depois disso, é que estariam os 3! Para transmitir a mensagem ao sogro não vejo mal em estarem os 3 e conversarem.
Caso apareça com o pai em casa sem dizer ai nem ui, aí sim tem muitos motivos para uma grande discussão. Tambem nao acho bem que a decisão seja feita apenas pelo marido e pelo sogro.

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Nature83 -
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Desde 07 Set 2015

Seria difícil aparecer com o pai em casa pq nos mudamo-nos ha cerca de 3 semanas e o sofa ainda nao chegou. So temos a nossa cama e a cama do menino. Ele tambem me disse que o pai iria para a terra tratar das coisas nos primeiros tempos. Fiquei tao perplexa com a conversa que so lhe disse que aquela conversa nem devia ter existido pq a mãe ainda estava (e está) viva.
Tambem nao acho que eu deva algum tipo de explicação ao meu sogro. Isso é algo que eles têm de falar entre eles.

Asuos -
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Desde 01 Out 2015

Parece que vai ter então algum tempo. A questão é que se o seu sogro vai para a terra preparar as coisas para depois ir para sua casa isso pode dar mesmo problemas sérios.

Eu honestamente não sei como resolveria a sua situação. Creio que no seu lugar não teria deixado a conversa ficar por ali quando foi confrontada mas compreendo que tenha ficado perplexa. Simplesmente agora, faça o que fizer e seja quando for, creio que vai sempre trazer problemas e será sempre vista como a má da fita. E quanto mais tempo passar pior será mas por outro lado, ele agora também deve estar muito preocupado com a mãe...

AnaIndia, seja como for não me parece que o sogro tenha de ser incluido na conversa. Ela pode estar presente quando o marido se justificar e assumir as culpas pela porcaria que fez, a ver se ela também não acaba a ser a culpada por tudo e mais alguma coisa, mas conversar com o sogro? No sentido de dialogar sobre a decisão não concordo, o marido terá de transmitir a mensagem e ponto final não tem de haver nenhum tipo de conversa sobre as motivações ou sobre o que for, ninguém tem nada a ver com os motivos ou as razões e ninguém pode colocar em causa a decisão final. O sogro não é tido nem achado neste tipo de decisões e nem devia ter sido com ele a conversa inicial pois não é entre eles que tem de ser decidido.
Isto foi um enorme erro do marido pois nunca a ideia deveria sequer ter saído da intimidade do casal sem ambos terem conversado sobre isso, agora faça ela o que fizer, nunca sairá bem desta situação: ou se prejudica a ela própria ao deixá-lo ir ou será sempre aquela que será mal vista.
Daí discordar totalmente, seja na conversa inicial, seja posteriormente. O que o sogro terá é basicamente um comunicado a dizer-lhe que fica sem efeito, não uma conversa onde se vai ouvir os argumentos de parte a parte tendo depois uma decisão final. A decisão já estará tomada antes da conversa incluir o sogro, agora é óbvio que terão de lhe dizer não é? Simplesmente ele não tem, a meu ver, nada a ver com a conversa em que será decidido seja o que for que tenha a ver com o casal.

Nature83 -
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Desde 07 Set 2015

A conversa ficou por ali pq foi feita no carro qd iamos ver os meus pais e qd fomos para casa eram horas de deitar o pequenino. Na segunda feira, a minha sogra foi ao hospital e acabou por ficar lá. Nao tive hipotese nenhuma de retomar a conversa Triste

Editei para dizer que o meu sogro nao se quer desfazer da casa na terra pq gostava de ir la passar uns dias uma vez por outra.

Asuos -
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Desde 01 Out 2015

Está numa situação muito ingrata mesmo. Desejo-lhe muita sorte e que consiga resolver isso da melhor forma possível.