20/06/11,03:51, Estudo publicado no publicado no “British Medical Journal”
Posição da grávida no sono pode aumentar risco de morte do feto
Trata-se do primeiro estudo a investigar o efeito da posição na qual as mães dormem na saúde do feto, em casos de bebés nados-mortos.Na verdade, as mulheres que participaram no estudo, que não dormiram para o seu lado esquerdo (dormindo de costas ou para o lado direito), apresentaram quase o dobro do risco de dar à luz um nado-morto, aponta o estudo liderado por Tomasina Stacey, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, publicado no British Medical Journal.
Os investigadores advertem, contudo, que o aumento absoluto do risco de morte fetal permanece pequeno. Os partos com nados-mortos ocorreram em 1,96 por mil casos nas mulheres que dormiam do lado esquerdo, em comparação com 3,93 por mil casos entre aquelas que dormiam noutras posições.
Segundo os investigadores, uma das possibilidades para esta ocorrência está relacionada com o facto de, quando a grávida dorme de costas ou sobre o seu lado direito, o feto poder comprimir a veia cava inferior, que leva o sangue para o coração, o que conduziria a uma diminuição da quantidade de sangue oxigenado que volta do coração para os órgãos da mãe e, em consequência, para o bebé.
Para o estudo, os investigadores entrevistaram 155 mulheres que tinham dado à luz um bebé morto após, pelo menos, 28 semanas de gestação. Estes dados foram comparados com 310 grávidas cuja gravidez evoluiu normalmente. As mães foram submetidas a um questionário sobre a posição em que dormiam, a duração do sono e se acordavam frequentemente antes da gravidez ou durante o último mês, na última semana da gravidez e na noite anterior ao parto.
Além disso, as mulheres também foram questionadas sobre distúrbios do sono, como apneia,se ressonavam e quantas vezes se levantavam da cama à noite para ir à casa de banho. Os dados foram actualizados regularmente durante o último mês da gravidez. No entanto, a análise dos casos mostrou que a posição em que as mães dormiam era o factor mais determinante das mortes prematuras.