Boas tardes, colegas mães.
Na falta de abordagem a este tema neste forum, venho assim iniciar este tópico, pois após ter tido duas filhas senti necessidade de praticar e necessidade de questionar outras mulheres se também praticam ou se nao praticam dar-lhes a conhecer.
Pompoarismo é uma técnica asiática, creio que indiana ou tailandesa que consiste em exercitar os músculos do interior da vagina.
Há muitos séculos que essas mulheres ensinam essa técnicas à suas filhas e netas, mas como na sociedade ocidental tudo o que se relaciona com o nosso sexo é tabu e motivo de ruborescimento, esses exercícios só cá chegaram há pouco tempo e muito timidamente.
Quando estava grávida da minha primeira filha, questionei-me acerca da elasticidade futura e tonus dos músculos da minha vagina e até da largura que ela iria atingir depois de por lá passar uma criança ainda por cima com o uso da episiotomia.
Depois da minha pesquisa, encontrei na internet informação preciosa sobre este tema.
Encontrei inclusivé um site, de seu nome, EU, MULHER, que forma as mulheres no sentido de elas em casa poderem praticar pompoarismo.
Segue um texto que retirei do site acima mencionado, que refere o tema que quero abordar de maneira mais completa.
Ei-lo:
"Factores que debilitam e agravam o deterioramento da musculatura pélvica
Existem variadas razões para o enfraquecimento da musculatura do pavimento pélvico (MPP), sendo algumas delas listadas de seguida:
Herdabilidade (genética)
Quase duas em cada 10 mulheres têm uma debilidade inata da MPP. Por isso é importante avaliar o seu estado ainda que não existam outras causas de enfraquecimento.
Gravidez e Parto
A gravidez e o parto são as principais causas e factores de risco de enfraquecimento da MPP. Na gravidez, o maior peso intra-abdominal pressiona significativamente a MPP distendendo-a e debilitando-a, chegando ao máximo no momento do parto natural, quando o bébé passa através dela. O enfraquecimento agrava-se ainda mais após uma episiotomia (incisão efectuada na região do períneo - área muscular entre a vagina e o ânus) para ampliar o canal de parto e prevenir que ocorra um rasgamento irregular durante a passagem do bébé. Outros factores, são o peso do bébé, o perímetro craniano do bébé, o aumento de peso da grávida e se já fez mais que um parto.
Por vezes, os efeitos de enfraquecimento da MPP aparecem muitos anos depois do parto. Não se deve realizar exercícios abdominais prematuros a fim de recuperar a silhueta, até que a MPP esteja recuperada.
Práticas Desportivas
Os desportos com alto impacto (aeróbica, ténis, corrida, saltos, entre outros) aumentam a pressão intra-abdominal e debilitam o tono da MPP. Entre jovens (inclusive sem filhos) que praticam estes desportos, 6 em cada 10 sofrem de incontinência urinária de esforço.
Menopausa
As mudanças hormonais da Menopausa (especialmente o decréscimo de estrogénio) pode produzir uma perda da flexibilidade da MPP e a presença dos efeitos do seu enfraquecimento como a incontinência urinária de esforço. Com a idade, a MPP enfraquece naturalmente, ainda que se mantenha uma excelente forma física a nível dos outros grandes grupos musculares. O exercício que visa o condicionamento físico bem como a prática desportiva não reforça a MPP. Torna-se necessária uma terapia específica com a ajuda de acessórios ou cones vaginais.
Hábitos quotidianos e outros factores
Alguns hábitos e outros factores que danificam a MPP são: reter muito tempo a urina, consumir em excesso alguns alimentos e bebidas, vestir roupas muito apertadas, a obesidade, a obstipação, tocar instrumentos de sopro, ou cantar, entre muitas outras actividades.
Uma MPP enfraquecida leva a curto, médio ou longo prazo a:
Incontinência Urinária de Esforço
A perda de uma quantidade variável de urina depois de um aumento repentino da pressão intra-abdominal que sucede quando se realiza um esforço como tossir, espirrar, rir, ou simplesmente saltar, dançar ou andar. Prejudica em muito a vida social da mulher reduzindo as suas actividades e afectando a sua auto-confiança e a sua auto-estima.
Prolapsos, transtornos graves que requerem a intervenção cirúrgica
Prolapso uterino, da bexiga (cistocele) e do recto (rectocele).
Redução da sensibilidade sexual e perda de qualidade nas relações sexuais
Provocadas pela flacidez vaginal e debilidade da MPP."