Pediatras contra amamentação | De Mãe para Mãe

Pediatras contra amamentação

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Leam -
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Desde 17 Jun 2016

Olá,
Gostava de partilhar a minha experiência/luta para conseguir manter LM em exclusivo até aos 6 meses...
A minha filha tem 3 meses, nasceu entre o percentil 15-50 de peso mas no primeiro mês baixou para o 3, tendo-se mantenfo estável no p3 desde então.
Sou mãe de primeira viagem e quando a minha bebe nasceu tive algumas dificuldades em amamentar, dificuldade na pega, mamilos feridos... No entanto com maminha ou tirando leite com a bomba sempre consegui alimenta-la com LM. Nunca perdeu peso, mas no inicio não ganhou muito.
Nas idas ao centro de saúde era sempre um drama com o suposto pouco peso que tinha ganho naquela semana, mesmo quando aumentava 200g, pois todos os outros bebés tomam suplemento e aumentavam bem mais. Todas as semanas me impigiam o LA, sem me dar qualquer apoio para melhorar a amamentação.
Tentei pediatras, mas a conversa foi a mesma... LA! Amamentação em exclusivo é coisa de hippies! Cheguei a ouvir, com 3 meses de LM exclusivo e com uma bebe saudável (mas não gorda) que devia deixar de dar mama e dar LA porque a mama não vale a pena não engorda... Acho criminoso e uma falta de respeito e de informação existirem pediatras com este discurso!

Felizmente consegui encontrar um pedi que apoia a amamentação. Mas tem sido um caminho de resistência a toda a pressão do LA e dos bebés gordinhos.

Agradeço às voluntárias da SOS Amamentação e da Vamos dar de mamar pois sem os seus esclarecimentos não teria conseguido, uma vez que não encontrei nos profissionais de saúde respostas nem aconselhamento adequado.

Sobre Leam

Leam

Desde 10 Jan 2016

Olá mama. Eu sou a favor do LM, também tenho um bebe que cresce muito mas não engorda, tem 7 meses a caminho dos 8 e só agora é que pesa 7kg, enquanto que os outros já estão nos 9kg, e neste momento já almoça, lancha e janta, mas continua na mesma, contudo também não vejo mal em dar LA, eu à noite antes de dormir (dorme a noite toda sem acordar uma única vez), dou primeiro a mama e depois leite adaptado, faço isto desde que sai do hospital.
Mas sim os médicos fazem isso, apesar que a mim nunca me disseram porque viram que eu não ia deixar de dar a mama, mesmo que desse o LA.
Não desanimes, desde que o bebe seja activo e não molengam esta tudo bem Piscar o olho

Mãe Hélia -
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Desde 10 Ago 2014

Não desanimes!!

O meu bebecas tem 21 meses e ainda mama de manhã e a noite! No inicio foi dificil.. também, mas felizmente tive apoio dos profissionais de saude! MEsmo que nao.. seguia em frente! tivesse queria mt amamentar!

Qual é o melhor alimento senao o da propria mae?!!?! Sorriso

Moranguinho29 -
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Desde 20 Ago 2011
I Love DMPM

Olá mamã! Olha eu do primeiro filho ele mamou até aos 11 meses e só parei porque ele não quis mais. Só introduzi a sopa aos 6 meses, quando me diziam que tinha de ser aos 4 meses. O meu menino estava no percentil 95 até quiseram que reduzisse as mamadas, quase dieta a um bebé de 4 meses e houve uma altura que chegaram a pensar que eu dava LA. Tudo disparates...
Eu segui o meu instinto de mãe e fiz o que achei ser melhor para o meu filho...
As crianças não são todos iguais, umas engordam mais que outras, a minha sobrinha sempre mamou bem, e era pequena e magrinha.
Hoje em dia para o meu filho comer é uma castigo e é um magricela, tenho de lhe dar vitaminas.
Por isso mamã, o melhor conselho , é segue o teu instinto...
Boa sorte

Positivo a 13 de Outubro de 2011 DPP: 19 de Junho de 2012
Nasceu o Tomás no dia 19 de Junho, às 13:10 com 3610kg e 50,5cm.
Positivo a 8 de Agosto de 2016 DPP: 13 de Abril de 2017
Nasceu o Afonso no dia 15 de Abril, às 16:10 com 4210kg e 52cm

chiclete -
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Desde 23 Jan 2016

Leam, ainda bem que encontrou algum apoio adequado Sorriso O problema é que alguns profissionais de saúde referem-se ao percentil de peso como se fosse uma avaliação escolar. Eu não tenho do que me queixar com o seguimento do meu filho, mas não estou em Portugal e aqui não é considerado normal andar a pesar bebés frequentemente a partir do momento em que estão a ganhar peso.

Desde 13 Set 2012

Olá!

Pois eu felizmente não me encontrei com profissionais desse tipo: facilitista em que a solução mais imediata é a melhor por ser a que dá menos trabalho.

Eu não sou fundamentalista da amamentação, mas também não o sou em relação ao leite adaptado. Bebés gordinhos não são mais saudáveis do que os bebés magrinhos; ambos são diferentes e, sim, ambos podem ser igualmente saudáveis.

A minha filha mais velha nasceu pequenina, (36 semanas), ficou ainda mais magrinha nos primeiros dias e quando viémos para casa ela pesava 2,5KG. Tão pequena e encolhida que eu até dava por mim a pensar onde a colocaria a dormir. A pequena comia bem mas pouco. agarrava a mama como se não houvesse amanhã, mas era apenas uma mama em cada refeição. A outra não havia jeito, ela estava satisfeita e adormecia profundamente. Então eu retirava o leite para não encaroçar e congelava para uso futuro. A miúda aumentava de peso mas muito menos do que bebés a leite adaptado. A pediatra, mulher da velha guarda e bem experiente, dizia: se não perder, a amamentação é o caminho. Perder peso é que não pode ser. E a Joanita foi aumentando devagarinho, sempre saudável e comprida. Nunca aquela senhora me falou em leite adaptado, a não ser na hipótese da menina reduzir o peso. Mesmo que o mantivesse na mesma semana, o leite materno era o caminho. Ela manteve-se sempre fiel à sua evolução. Percentis? O que é isso? Nasceu no 25, reduziu para o 15 e muitas fases houve em que nem percentil tinha. Nunca me preocupei com nada disso porque a miúda nunca sequer ficou doente. Hoje, aos 12 anos, mede 1,65M e pesa 47KG.

O menino... bom, realmente não há dois filhos iguais e cada filho traz-nos uma experiência diferente: Ao contrário da mana, o Duarte já cá chegou meio criado, no alto dos seus 3,9KG e 52CM. Pensei eu, bom, este deve ser um pequeno beserro a mamar, pois com este porte vai precisar de muito sustento para se manter. Enganei-me. O piolho parecia achar que dormir era suficiente para se manter cá neste mundo. Durante as 3 primeiras semanas o peso era só reduzir e as minhas mamas a produzir em excesso, enormes e a ficarem dolorosas e com vincos vermelhos. Ele dormia 12 horas seguidas, mesmo que eu me esforçasse bastante para o atrapalhar. começava eu a ficar desesperada, por ele e por mim. Fui ao centro de saúde. A enfermeira, profissional e com bom senso, tentou de tudo para que o pequeno D mamasse o suficiente. Não houve jeito, eu tinha mesmo que retirar o leite com bomba sob pena de chegar a mastite. O pequeno, que nessa altura não se alimentava há mais de 8 horas, tinha mesmo que comer. Então dei-lhe o leite adaptado. Não não, continuou a ser difícil. O problema dele não era a via pela qual recebia comida, o problema é que ele não sentia necessidade alguma de comer e isso é que era complicado de gerir. Entretanto, por qualquer razão emocional que eu não consegui explicar e ainda não consigo entender, retirar o leite com bomba nessa altura constituía para mim verdadeira tortura. eu retirava o leite chorando compulsivamente. Não era dor física, mas era algo avassalador que me envolvia numa onda de sofrimento difícil de suportar. Um dia pensei: se não faço nada vou entrar em depressão. Então fiz. comecei por perceber que o problema do meu filho não era o meu leite nem leite nenhum, mas sim falta de fome. Então, se ele não ia mamar no meu peito e se retirar com bomba me estava a fazer tão mal, resolvi que o caminho seria o leite adaptado; sim, porque em algum momento ele haveria de sentir fome. Então comecei a retirar leite apenas em quantidade suficiente para deixar as mamas confortáveis e, com o tempo, a produção foi reduzindo até que se extinguiu. O pequeno entretanto lá ia despertando e começou a beber então um pouco mais de leite adaptado até que entrou na rotina adequada aos 2 meses de vida. Tornou-se um profissional do sono e do biberom. Tal como a mana, cresceu forte e saudável, mas, ao contrário dela, logo que começou a comer, recuperou os percentis do nascimento: 95 na altura e no peso.

Tudo isto para lhe revelar que, apesar de me ter deparado com profissionais competentes que nunca me impuseram nenhuma forma alimentar para os meus bebés, acabei por ter que optar por uma ou por outra de acordo com o que foi melhor para mim e para eles.

Beijinhos e tudo de bom

SMSantos

kika_83 -
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Desde 19 Fev 2013

Bom dia mama,
Sou mãe de primeira viagem por isso a minha experiência também não é muita, no entanto o que aconteceu comigo foi o seguinte:
Saí do hospital num sábado e na segunda fui com a minha filha ao centro de saúde para fazer o este do pezinho e pesar. A enfermeira disse para passar lá na quarta feira para pesar. Nesse dia verificou-se que a minha filha tinha mantido o peso.....solução, mama tem de introduzir LA pois a sua filha não aumentou de peso.
Neste momento o meu mundo desabou pois o meu objectivo era amamentar, pelo menos, até 6 meses.
Comprei o LA, dei à minha filha depois de amamentar e o que ela fez foi deixar sair da boca pois estava cheia.
Conclusão, a minha filha tem 18 meses e continua a ser amamentada! Não é gorda mas tem aumentado de peso ao seu ritmo.
Neste momento tenho toda a gente incluindo os profissionais de saúde a dizer-me para deixar o LM pois a partir de 1 ano de idade já não presta (literalmente!!!). Vou-lhe dando leite de pacote mas ainda não consegui deixar de amamentar...contra tudo e contra todos!
Se estarei errada?! Talvez! Não sei......

Leam -
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Desde 17 Jun 2016

Bom dia mamãs,

Nada tenho contra o LA, é solução em muitas situações. Apenas não conseguia perceber porque existe uma pressão para o dar a um bebé que cresce uma média de 20g por dia, nunca perdeu peso desde que saiu da maternidade, está saudável, dorme bem, tem imensa vitalidade, é reativa, curiosa e quando tem fome não há risco se não nos apercebermos pois ela faz-se ouvir!

Quase que me conseguiram convencer que a miuda passava fome e cheguei a tentar suplementar com LM depois de mamar mas bebia uns 20-30ml e no minuto seguinte vinham para fora. Expliquei isto à abtiga pedi que me disse que tinha de a forçar a comer e não podia ser LM tinha de ser LA...
Na consulta da semana seguinte eu disse que tinha suplementado com LA da marca indicada por ela (mentira! Continuei apenas com as mamadas em livre demanda), a bebe ganhou as habituais 20g/dia, e afinal esta semana o peso ganho já era satisfatório e a médica chegou a dizer "na semana passada notava-se que tinha fome agora já não tem". No final da consulta recomendou que desse uma vez mama e outra LA, ainda na dúvida perguntei "mas deixo de dar mama e dou LA?" ao que a pedi responde que SIM pois a mama não presta para engordar e na proxima semana vamos começar com as papas!
Como é que se confia num profissional com esta discurso!! Não voltei lá!

Deixo algumas coisas que ouvi de vários profissionais de saúde:
- de-lhe LA para insuflar
- a bebé não pode continuar a emagrecer (nunca perdeu peso e está estável no peecentil)
- é só ossos (é magra não é só ossos mas é assim desde que nasceu)
- LM é muito bonito mas não serve para engordar (pensei que o objetivo era faze-los crescer saudáveis e não ganhar apenas gramas de gordura)
- o seu leite é fraco, esta bebé passa fome

É a minha primeira filha e quase me fizeram acreditar que tinha algum problema e que o meu leite não prestava para ela.
É uma pena que tratem desta forma as mães que se disponibilizam ao LM exclusivo, tarefa de 24h/dia 7dias/por semana sem fins de semana feriados ou folgas. Com a vida corrida de hoje em dia há cada vez menos mães que o conseguem fazer e não condeno pois estive prestes a desistir várias vezes.
Como disse no primeiro post hoje tenho uma pedi que apoia na amamentação e me ajuda a fazer funcionar. Além disso com os outros médicos parecia que não analisavam a bebé devidamente pois ficam apenas a "marrar" no peso e não a viam em condições.

Se me pedirem p resumir o que é para mim a amamentação: é um caminho de resistência e teimosia muitas vezes em que é preciso ter muita vontade de o fazer para suportar a desmotivação e um certo tom de gozo que vamos encontrando.

Vou amamentar até a minha bebé querer e eu me sentir feliz com isso.

Sobre Leam

Leam

VioletaImpura -
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Desde 26 Set 2016

A questão é que cada bebé é como é e a natureza do leite nada tem a ver com isso. O meu filho nasceu com 3.000 kgs e até aos 5 meses e meio mamou em exclusivo. A partir dos 4 meses desceu do percentil 50 para o 15, mas agora com 2,5 anos de idade continua no percentil 15, apesar de comer sopa, segundo prato e fruta a todas as refeições e ser um lambuzão de primeiro. É o organismo dele ser assim, independentemente de mamar ou comer comidas sólidas. Eu sou magra, o pai também...ele não tem a quem sair gordo! Então porque é que isto devia ser preocupação? Felizmente a minha pediatra sempre valorizou o LM e sempre disse que se o bebé está bem e a mãe também, é para continuar a leite materno.

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Concordo com muito do que foi dito, mas é bom não esquecer, Leam, que o percentil 3 é de facto um percentil muito baixo. A partir do 5 as crianças ficam na "linha vermelha" para potenciais riscos de saúde, sobretudo se tiverem um percalço de saúde (virose, otite, bronquiolite, etc.) que os faça perder mais peso (e isto é facílimo de acontecer, por mais cuidado que se tenha). Provavelmente, é isso que explica que tantos profissionais de saúde tenham aconselhado LA: é que assim, pelo menos, controlar-se-ia o que o bebé come. É uma questão de segurança e não faz deles "criminosos". É claro que conseguir manter a amamentação em exclusivo é melhor, o problema é que é difícil saber antecipadamente se vai correr bem.

Eu não sou nada fundamentalista no que diz respeito à amamentação dos babys e acho que cada caso é um caso. Amamentei ambos os meus filhos, mas o primeiro sempre com suplemento (até aos 6 meses), porque o meu leite não o saciava. Este segundo, pelo contrário, esteve só com leite materno até aos 5 meses e meio, altura em que tive de introduzir as sopas, porque regresso em breve ao trabalho. Nunca experimentou um biberão. Desta vez, foi possível e ainda bem. Da outra, não foi e também correu tudo bem Sorriso Espero que consigas manter a amamentação todo o tempo que quiseres

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Fico espantada com a sua experiência com pediatras porque nunca ouvi um relato de nada assim...realmente, é mau, sobretudo pela linguagem - acredito que os profissionais de saúde têm de nos apresentar argumentos para as suas indicações e não usar "ditos de café". Dizer que o LA insufla e o LM não serve para engordar não é só estúpido, é falso. As minhas filhas, alimentadas a LA praticamente desde o nascimento, foram sempre pequenas e leves, bem mais pequenas que os filhos das minhas amigas, que estavam a LM exclusivo.

sonia_mendes89 -
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Desde 04 Out 2013

Olá Sorriso A minha menina tem 4 meses e até agora é só LM, tem engordado pouquinho, mantém-se no P15 e o que a minha pediatra me disse é que desde que não baixe o percentil aceita que eu queira amamentar em exclusivo. No centro de saúde insistem muito na amamentação e até já tomei promil para ver se a rapariga aumentava mais o peso, mas continuou tudo na mesma e estão sempre com a conversa que engorda pouco. A minha filha não chora com fome, anda sempre bem disposta e o que eu fiz para não dar em doida é continuar a amamentar e estar atenta só para ver se não baixa o percentil. Enquanto assim se manter vou continuar a amamentar em exclusivo. Já senti o mesmo, os profissionais de saúde não são coerentes neste tema!

Di✨✨ -
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Desde 08 Set 2016

Olá mamã, realmente teve uma péssima experiência com profissionais de saúde no que toca à amamentação!! E se lhe disseram essas aberrações não são bons profissionais concerteza e fez muito bem em trocar de pediatra! Eu felizmente tenho um optimo pediatra. Uma das primeiras coisas que me disse (e sou mãe de primeira viagem) foi que nunca podia ir lá e queixar-me que o meu leite era fraco. Que poderia não ser suficiente mas que fraco nunca! Pois é a melhor coisa que podemos dar aos nossos bebes. E ele defende o LM exclusivo até aos 6meses desde que continue a aumentar de peso, esteja ativa, reativa, bem disposta e com vitalidade. E ela assim está, continua a aumentar de peso mas não é gorda.
Parabéns mamã pela sua insistência no LM. LA não é crime nenhum e é necessário em muitas situações mas nunca para "insuflar" os bebes. Quem disse uma coisa dessas devia era ter vergonha!

sonia_mendes89 -
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Desde 04 Out 2013

Olá Sorriso A minha menina tem 4 meses e até agora é só LM, tem engordado pouquinho, mantém-se no P15 e o que a minha pediatra me disse é que desde que não baixe o percentil é óptimo que eu queira amamentar em exclusivo até aos 6 meses. No centro de saúde insistem muito na amamentação e até já tomei promil para ver se a rapariga aumentava mais o peso, mas continuou tudo na mesma e estão sempre com a conversa que engorda pouco. A minha filha não chora com fome, anda sempre bem disposta e o que eu fiz para não dar em doida é continuar a amamentar e estar atenta só para ver se não baixa o percentil. Nós como mães às vezes temos que filtrar um pouco o que os profissionais de saúde nos dizem, há sempre extremistas! Faz bem em continuar a amamentar e fez bem em procurar um pediatra que vá de encontro ao que acha melhor.

Lua_csme -
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Desde 10 Fev 2010

KellyPT escreveu:
Concordo com muito do que foi dito, mas é bom não esquecer, Leam, que o percentil 3 é de facto um percentil muito baixo. A partir do 5 as crianças ficam na "linha vermelha" para potenciais riscos de saúde, sobretudo se tiverem um percalço de saúde (virose, otite, bronquiolite, etc.) que os faça perder mais peso (e isto é facílimo de acontecer, por mais cuidado que se tenha). Provavelmente, é isso que explica que tantos profissionais de saúde tenham aconselhado LA: é que assim, pelo menos, controlar-se-ia o que o bebé come. É uma questão de segurança e não faz deles "criminosos". É claro que conseguir manter a amamentação em exclusivo é melhor, o problema é que é difícil saber antecipadamente se vai correr bem.
Eu não sou nada fundamentalista no que diz respeito à amamentação dos babys e acho que cada caso é um caso. Amamentei ambos os meus filhos, mas o primeiro sempre com suplemento (até aos 6 meses), porque o meu leite não o saciava. Este segundo, pelo contrário, esteve só com leite materno até aos 5 meses e meio, altura em que tive de introduzir as sopas, porque regresso em breve ao trabalho. Nunca experimentou um biberão. Desta vez, foi possível e ainda bem. Da outra, não foi e também correu tudo bem Espero que consigas manter a amamentação todo o tempo que quiseres

A minha filha nasceu sem percentil e desde muito bebé subiu para o percentil 3 e sempre se manteve. Sempre foi hiper saudável. Meia dúzia de viroses ao longo destes 3 anos e esteve mais de um ano sem nunca ter tido uma febre que seja.
O que interessa é que se mantenham no mesmo percentil e que não desçam ou subam muito rapidamente entre eles. Os percentis são apenas uma referência à média de todas as crianças. Significa que a minha filha é pequena para a média mas não seria de esperar outra coisa já que a mãe tem 1,50m de altura. Um determinado valor de percentil por si só, desde que se mantenha, não tem nada a ver com o estado de saúde da criança/bebé.

Aqui fica uma explicação bastante clara de um pediatra:
https://www.maemequer.pt/desenvolvimento-infantil/saude-infantil/exames-...

Sobre Lua_csme

Início dos treinos: Maio de 2010 - SOP (Vários ciclos de Parlodel, Dufine e/ou ovusitol); Positivo: 24 Dez 2011; Gravidez anembrionária
De volta aos treinos: Abril de 2012; POSITIVO: 16-05-2013 DN - 18-1-2014 <3
Novos treinos: Agosto 2015; Dufine em Abril e Maio de 2016; POSITIVO: 2-7-2016

Lua_csme -
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Desde 10 Fev 2010

Leam: Compreendo-te. Também tive muitas dificuldades na amamentação ao início e a minha filha demorou a aumentar de peso (apesar de nunca perder). Pega difícil, muitas cólicas, nasceu com baixo peso, cansava-se muito... A minha sorte é que a nossa médica é defensora da amamentação e antes sequer de me sugerir LA corrigiu-me a pega, aconselhou-me a dar de mamar no máximo de 2 em 2 horas e a suplementar com o meu leite (porque ela cansava-se a mamar). Isto tudo acompanhando bem de perto o aumento de peso. Felizmente tive o apoio que precisava e consegui superar essa fase. Amamentei até aos 27 meses dela. Sorriso Agora espero que com o mano seja mais fácil.
Existem muitas forma que, juntamente com o peso, servem para ver se o bebé se está a alimentar bem: se molha muitas fraldas e faz cocó (hidratação), se está activo e bem disposto. Se é a tua vontade continuar a amamentar espero que corra tudo como desejas! E ter uma pediatra que te apoia já é meio caminho andado para conseguires.
Felicidades!

Sobre Lua_csme

Início dos treinos: Maio de 2010 - SOP (Vários ciclos de Parlodel, Dufine e/ou ovusitol); Positivo: 24 Dez 2011; Gravidez anembrionária
De volta aos treinos: Abril de 2012; POSITIVO: 16-05-2013 DN - 18-1-2014 <3
Novos treinos: Agosto 2015; Dufine em Abril e Maio de 2016; POSITIVO: 2-7-2016

Samandy -
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Desde 09 Abr 2009

Por que você quer ter mais leite? Pensando em abrir uma fábrica de laticínios?

A preocupação que as mães apresentam sobre produção suficiente de leite é antiga: séculos atrás, quando todas amamentavam, preces eram direcionadas aos santos e às virgens “especialistas” em leite bom e abundante e as mães usavam ervas e poções com reputação sólida.

Talvez o medo venha da ignorância. As pessoas acreditavam que a quantidade de leite dependia da mãe – havia mães que produziam muito leite e outras que tinham pouco; mães que secretavam leite bom e outras que faziam leite fraco.

Na maioria dos casos, a quantidade de leite não depende da mãe, mas do bebê. Há bebês que mamam muito e outros que mamam pouco e a quantidade de leite será sempre exatamente o que o bebê retira.

Exatamente? Sim. A produção de leite é regulada minuto a minuto pela quantidade de leite que seu bebê tomou na mamada anterior. Se o bebê estava faminto e rapidamente esvaziou o seio, o leite será produzido com grande velocidade. Se, contudo, o bebe não estava muito interessado e deixou o seio meio cheio, a produção de leite será de forma mais lenta. Isso já foi demonstrado através de cuidadosos cálculos medindo o aumento no volume disponível no seio entre mamadas.

Para a mãe que tem leite insuficiente, ou seja, menos que o bebê dela necessita, uma das seguintes condições TEM que estar presente:
1. Um bebê que não mama o suficiente (por exemplo, se o bebê está doente, cheio de água com açúcar ou chazinho ou tomou mamadeira);
2. Um bebê que mama, mas incorretamente (por exemplo, se o bebê posiciona a língua incorretamente porque acostumou-se com chupetas ou mamadeiras, ou está fraco porque tem perdido muito peso ou devido a um problema neurológico).
3. Um bebê que não é permitido mamar em livre demanda , porque as pessoas querem alimentá-lo em horários rígidos ou entretê-lo com uma chupeta quando ele mostra sinais de fome.

Além dessas três circunstâncias (ou algumas poucas outras que podem ocorrer muito raramente), praticamente todas as mães terão exatamente a quantidade de leite de que o bebê delas necessita.

Então, quando me perguntam “como posso aumentar o volume do meu leite?”, a primeira coisa a ser estabelecida é se realmente existe um problema (se o bebê está perdendo peso ou engordando muito lentamente). Se este for o caso, será um problema de descobrir qual das três circunstâncias acima está envolvida (ou talvez todas as três) e corrigir isso. Se o bebê está doente, precisamos descobrir o problema e tratá-lo. Se ele está tão fraquinho que não consegue mamar, então tire o leite e alimente-o usando outro método. Se ele está chupando chupeta ou tomando água, pare de dar os dois. Se ele estava tomando mamadeiras, pare com elas também (isso deverá ser feito gradualmente, se ele estava tomando várias). Se a posição for o problema, corrija-a para ele aprender. Um grupo de apoio à amamentação pode ser útil (veja www.lalecheleague.org)

Contudo, há muitas, muitas situações em que a mãe acredita (erroneamente), por uma ou outra razão, que ela não tem leite suficiente.

Alguns dos “sintomas” de pouco leite são:
• O bebê chora
• O bebê não chora
• O bebê quer mamar com freqüência inferior a 3 horas
• Já se passaram 3 horas e o bebê não está pedindo pra mamar
• O bebê leva mais de 10 minutos para mamar
• O bebê mama e em 5 minutos não quer mais
• O bebê mama de noite
• O bebê não mama de noite
• Minha mãe também não teve leite
• Minha mãe tinha muito mais leite que eu
• Meus seios estão cheios demais
• Meus seios estão vazios e murchos
• Meus seios são imensos
• Meus seios são pequenos demais
• Eu não tenho bico

Quando preocupada com estes sintomas, a mãe decide fazer alguma coisa para aumentar sua produção de leite. Se ela decide fazer algumas coisa inútil, mas inofensiva, como comer amêndoas ou
acender uma vila para Santo Antônio, provavelmente nada deruim acontecerá e é possível que sua fé faça com que ela credite que seu leite aumentou e todos ficam felizes. Mas algumas vezes a mãe tenta alguma coisa que funciona, ou pelo menos tem o potencial para funcionar. Nestes casos, os conselhos das pessoas que sabem alguma coisa sobre lactação humana pode fazer mais mal que bem, especialmente nos casos em que a mãe não tinha problemas de produção suficiente de leite.

O caso desta mãe retrata a profundidade da angústia que pode ser provocada quando se juntam a regra dos 10 minutos, o ganho de peso e alguns conselhos que parecem razoáveis, ainda que irrelevantes, já que não havia problema a ser solucionado:
Meu filho tem 3 meses e 10 dias. Ele pesa somente 4,640g. Nasceu com 3,120g e perdeu peso nos primeiros dias, chegando a 2,760g. O maior problema é que ele nunca quer mamar. Primeiro, eu o amamentava a cada 3 horas, mas ele sempre mamou só um pouquinho. O pediatra sugeriu que eu amamentasse a cada 2 horas, mas as coisas não melhoraram e me sugeriram que eu o colocasse no peito o tempo todo. As coisas pioraram. O bebê só mama bem à noite e durante o dia quando ele está sonolento. Eu já tentei tudo o que me aconselharam: tirei leite com a bomba antes de dar o peito, assim ele pode mamar o leite mais calórico e até eliminei tudo de laticínio da minha dieta. Nada adiantou e ele está me deixando louca. Já tentei dar mamadeira e ele não quer. O pediatra disse que ele é saudável (fez vários exames de laboratório) e normal, mas estou muito estressada. Vivo em constante desespero, preocupada se ele vai mamar direito na próxima mamada ou não, sempre observando para colocá-lo no peito quando ele vai dormir e ver se ele engole. Eu não posso sair de casa, porque ele pode querer mamar. Estou preocupada porque o peso dele está abaixo da média.

O peso deste bebê está no percentil 7 da curva, ou seja, 7 de cada 100 bebês saudáveis desta idade pesam menos que ele. Isso dá 280.000 dos 4 milhões de bebês nascidos todo ano nos Estados Unidos. Como será que as mães dos outros 280.000 bebês estão sobrevivendo? Esse peso é absolutamente normal.

Contudo, o problema não era o peso, mas o fato que o “bebê mama muito pouco”. O que isso significa aqui é que (uma vez que o bebê é amamentado e a gente não tem como saber o quanto ele mama) o bebê mama muito rápido. Quanta dor teria sido evitada se esta mãe soubesse que alguns bebês mamam super rápido e outros bem lentamente e que não é necessário olhar o relógio. Teria sido tão melhor se da primeira vez que a mãe dissesse “meu bebê mama pouco”, alguém tivesse dito “claro! Ele é tão esperto que já descobriu como mamar com eficiência e rápido”. Ao invés disso, ela foi informada de que havia um problema, o bebê não estava mamando o suficiente... e receber conselho para amamentar mais vezes. Conselho destinado ao fracasso, já que o bebê não precisava mamar mais e não conseguia.

Em 4 meses, a situação deteriorou ao ponto de que o bebê só mama dormindo. Um psicólogo poderia ter falado sobre o assunto, mas não precisamos procurar razões psicólogicas abstratas para perceber que, se o bebê mamou dormindo já tomou tudo o que precisava (o que é evidente já que ele cresce normalmente) e é impossível adicionar mais mamadas depois que ele acorda. Ele comeria o dobro do que precisa.

O bebê não será capaz de mamar acordado se a mãe continua a amamentá-lo enquanto ele está dormindo. Ele só tem 4 meses, ainda vai experimentar sólidos e passar pela perda normal de apetite com 1 ano de idade. Se algo não mudar, a situação familiar ficará desesperadora.

Como o bebê vê esta situação? Claro, ele não entende o que está acontecendo. Ele não sabe que precisa mamar 10 minutos, nem que seu peso está no percentil 7. Ele estava bem, mamando quando queria, quando de repente coisas estranhas começaram a acontecer. Ele estava sendo acordado para mamar com muita freqüência e o melhor que ele podia fazer era ser flexível, fazendo as mamadas mais curtas, claro. Algumas vezes alguém tirava o leite desnatado do início da mamada e já no primeiro gole ele recebia creme de leite, cheio de gordura e caloria. Como era de se esperar, fazia as mamadas ainda mais curtas. Naturalmente, ele não aceitava a mamadeira (“mas eu já mamei 8 vezes hoje!” ). A cada mudança, ele respondia de maneira lógica, incapaz de compreender a sua mãe e os conselhos que ela recebia. Algumas semanas atrás ele começou a ter “pesadelos” estranhos. Ele sonha que um peito é introduzido na sua boca e que seu estômago enche-se de leite. A coisa mais estranha de todas é que o sonho é tão real, que ele até acorda com a barriga cheia e incapaz de mamar durante o dia.

Sua mãe parece mais preocupada a cada dia que passa; ele a vê chorando e isso o assusta. Se ele pudesse falar, diria a mesma coisa que sua mãe diz à gente “ela está me deixando louco”. E se ele fosse capaz de entender o que se passa, ele certamente faria um esforço para mamar bem lentamente e ficar 10 minutos no seio (mamando a mesma quantidade, claro, não há motivo para procurar uma indigestão). E isso faria todos felizes. Mas ele não entende o que acontece e não pode fazer um gesto de boa vontade. Somente sua mãe pode mudar; senão o problema permanecerá por muitos meses ou anos.”

Do livro My Child Won’t Eat, do pediatra Carlos González.
Tradução de Flávia O. Mandic

FilipaPBC -
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Queria só adicionar ao post muito elucidativo da Samandy que a directiva da OMS é dar LM até ao 6 meses em excusivo e, pelo menos, até aos 24 meses como complemento à alimentação sólida. Qualquer médico que diga o contrário, sem uma justificação pausível, não está a actuar no sentido do que os estudos demonstram e do que a OMS indica.

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