Olá mamãs!
Finalmente venho contar a experiencia do meu parto no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia. Na altura andei por aqui à procura de tópicos recentes sobre partos no Hospital de Gaia e não encontrei nada, sendo que venho deixar o meu testemunho.
Eu estava aterrorizada pelo parto ser no Hospital de Gaia, tinha ouvido histórias assustadoras de lá, felizmente os meus medos foram infundados e tive uma experiencia de parto maravilhosa, não podia ter corrido melhor.
Então, a minha princesa deu-se à preguiça e dia 29 de outubro, às 8h, cheguei à urgência do hospital para a indução, às 41 semanas. Depois de ter ido à enfermeira e fazer os traçados, levaram-me para a enfermaria, que estava cheia, e, enquanto esperava pela alta de alguma mamã, levaram-me para a sala das expectantes.
A verdade é que, em termos fisicos, as condições não são as melhores do mundo. Falha em relação ao espaço e infraestruturas envelhecidas. Mas com o que tem, compensa com a atenção das enfermeiras, médicas e auxiliares ( pelo menos, quanto à equipa que me acompanhou). Fiquei então nesse quarto sozinha, perto das salas de parto, pelo que o papa não pode ficar comigo o tempo todo.
Comecei a indução através de comprimidos às 10h, de 2 em 2 horas. Foram, ao todo, 4 comprimidos. Às 15h as enfermeiras chamaram o papa e deixaram-nos ficar juntos no corredor anterior às salas de parto, enquanto eu caminhava. Às 16h a enfermeira perguntou se me importava que rompesse a bolsa, eu disse logo que não, queria a minha menina nos braços logo logo.
Depois disso, disseram-me para ir tomar um banho, para demorar o tempo que quisesse, o objectivo seria relaxar o máximo. E assim lá fui, apesar que não me sentia nada nervosa, estive mesmo muito calma sempre.
Às 17h30 perguntaram-me se queria epidural, ao que eu respondi que ainda não tinha dores. A enfermeira riu-se e disse que eu estava cheia de contrações, assim nem ia precisar de epidural. Lógico que eu disse que queria e às 18h30 já estava na sala de partos, com a anestesista a administrar a epidural. Quando a anestesista terminou, chamaram o papa que ficou comigo. Quando me observaram disseram que estava a correr tudo muito bem e que lá para as 22h a princesa nascia. Estava quase quase.
O homem, que estava desde de manhã no hospital, perguntou se podia ir jantar, não fosse dar-lhe uma fraqueza com a emoção!
Ele lá foi, as enfermeiras puseram-me confortável e disseram para eu descansar um pouquinho. Antes das 20h comecei a sentir uma dor na perna esquerda que passava durante um minuto quando me mexia, mas voltava sempre. Quando a enfermeira voltou eu falei-lhe disso, disse que podia ser da posição, ajudou-me a mudar de posição e quando chegou outra enfermeira (que me acompanhou desde manhã) examinou-me e disse: "está na hora de chamar o papá!"
Pois bem, o papá decidiu levar o meu telemóvel, pedir à telefonista do hospital para lhe ligar estava fora de questão, porque demoram imenso tempo, ele não chegaria a tempo. Por instantes fiquei um pouco aflita por não conseguir avisa-lo. Quando um anjo, a enfermeira que me acompanhou desde o inicio ( eu sei, infelizmente não reparei nos nomes, tenho muita pena) pegou no telemóvel e deixou-me fazer a chamada. Eram 20 horas. 5 minutos depois, o papa mais babado do mundo estava a segurar-me a mão, às 20h33 minutos nasceu o maior tesouro que a vida nos podia ter dado. Perfeita, linda, chorou a plenos pulmões e só posso dizer que foi o choro mais lindo que alguma vez ouvi. Que eu nunca, mesmo daqui a muitos anos, nunca me esqueça de a sentir sair de dentro de mim, do momento que a pousaram no meu peito, daquele primeiro olhar, daquele beijo.
Na enfermaria, nada a apontar. As enfermeiras sempre foram excepcionais comigo e com a bebe, que tinha dificuldades em pegar na mama. Fiquei mais um dia, porque a princesa perdeu um pouco mais dos 10% de peso.
O pós-parto foi um pouco mais difícil. Durante o trabalho de parto não senti praticamente dores nenhumas, já depois a história é outra. Mas passou, passados 10 dias já estava óptima.
Desculpem o testamento! Mas queria mesmo deixar a minha experiência para outras mamãs, que tal como eu, procuravam experiências boas para acalmar um pouco o coração, no meio do turbilhão de sentimentos.
Penso que a nossa postura perante as situações é crucial. A maior felicidade para todas. Beijinhos