Olá a todas,
Sou nova aqui,tenho 37 anos e já acompanho este forum há mais de um ano.
Tenho um filho maravilhoso ,já com 11 anos,mas em Agosto de 2015 engravidei,gravidez desejada e planeada,mas não correu bem,em Outubro ,na primeira ecografia tive a pior noticia,ao pé do meu marido e do meu filho.
Perdi às 8 semanas,mas só descobri já com 11 semanas finais.Aborto Retido.
Sentia,não sei como,que alguma coisa podia não estar bem,e disse isso à médica.Naquele momento só me lembrei do meu filho ,não queria que ele sofresse ,não chorei,não podia chorar ali,por ele.
Ele chorou,quando me perguntou.
O que se passou a seguir ,foi mau,fui à minha GO ,colocar os comprimidos e mandou-me para casa.Um erro,para mim.
Não tive dores fisicas mas psicologicamente foi horrivel,para mim ,mas também para o meu marido foi traumático,pois desmaiei ao pé dele em casa,por causa da hemorragia.Agradeço a Deus o meu filho não ter assistido aquele terror,estava a dormir.Não aconselho ninguém a vir para casa abortar.É nos hospitais que estas coisas devem ser tratadas,e não em casa.Não sabemos como o nosso corpo vai reagir,nem os médicos,por isso é para lá que nos devem encaminhar.
Ninguém merece passar por isto,nunca se está preparada.É duro demais,a coisa mais bela do mundo ,pode-se transformar num maior pesadelo.O tempo ajuda,mas custa sempre.
O meu filho é o meu orgulho e por ele tenho que ultrapassar,mas marca-nos.
Obrigada,desculpem o testamento e força para todas.
Olá Ana Rita,
Não,ainda não voltei a engravidar,
porque acho que secalhar ainda não ultrapassei ou não sei se aceitei bem o que me aconteceu.
Fez-me pensar o quão a vida é frágil,como nós somos frágeis...
Dá-me pãnico só de imaginar algo de mau.
E consigo,conseguiu ultrapassar ?Procurou ajuda?
Se quer muito ser mãe,não desista,
É o amor mais forte do mundo,pra mim, é incondicional,por mais que nos possam vir a magoar , vamos amá-los sempre.Este cordão que nos une,ninguém o consegue cortar,é para SEMPRE.Não desista,É ÚNICO.
Acho que precisava de falar com algum psicólogo ,especializado neste assunto,que me tentasse dar algumas respostas,que me ajudasse a entender melhor.Tratam-nos das feridas fisicas ,mas a parte também essencial,a psicológica,não é tratada,nem devidamente valorizada,viemos para casa meio incrédulas,atordoadas,com o que aconteceu.
No hospital,eu disse ao meu marido,que já tinha sido abençoada,pelo menos uma vez,e fui,e tenho de ser grata por isso,porque às vezes os nossos problemas perante os dos outros,faz-nos sentir q somos um pouco egoístas.Mas a dor do outro,não tira a nossa não é?
Confesso que já tenho medo por causa da idade.
E você,ainda é nova?Soube a causa dos abortos?
Bjs,obg.Vá dando notícias.FORÇA
Olá,
Estou plenamente de acordo consigo quando diz que estas situações deveriam ser tratadas nos hospitais. Eu também tive uma situação semelhante à sua, aborto retido com indicação para uso dos comprimidos em casa e também eu e o meu companheiro ficamos traumatizados. Tive uma hemorragia brutal, era sangue por todo o lado, não sei como não desmaiei e acabei por ir parar ao hospital e ser aspirada... Até hoje não me esqueço desse dia... Outra coisa que me choca é que só depois de duas ou três perdas é que decidem investigar a causa dos abortos, quando se na primeira vez fosse investigado provavelmente evitaria um segundo. Às vezes são problemas com solução e que evitavam esta violência para a mulher.
Força a todas e um grande abraço.
Zuca, coragem e muita força para esse processo, é dificil, mas olha eu já passei por dois abortos retidos.. Dificil de perceber porque não ficamos no hospital para ser seguidas caso não corra assim tão bem, mas vai ver que vai correr bem. Desejo te as maiores forças para Ti
A mim revolta-me a forma como se tratam estas situações, não só a parte física mas a psicológica. Lembro-me por exemplo que me custou imenso estar no recobro à espera de ir para o bloco fazer a aspiração e ter um berço de bebé vazio ao meu lado...
Zuca, desejo muita coragem e muita força, não tenha medo vai ver que vai correr tudo bem.
Um grande abraço