Olá mamãs!
Sigo os diversos fóruns com assiduidade desde setembro de 2011, altura em k decidi engravidar e aqui encontrei respostas as minhas dúvidas, 1.º como treinante, depois como grávida e agora como mãe. Nunca participei pois não tinha grande experiencia e agora aos poucos sinto k posso dar o meu pequenino contributo. E por isso aqui venho relatar a experiencia do meu parto. Decidi fazê-lo agora, porque já consegui ultrapassar um pouco o trauma com que fiquei
Engravidei sem problemas, apesar de ter na altura 34 anos, tive uma santa gravidez. Na época não tinha seguro de saúde e por isso, já me prevenindo no parto que ia ser no Hospital Garcia de Orta em Almada, escolhi um obstetra k desse consultas no particular mas que fosse lá médico e isto porquê? PK a minha cunhada foi paciente do Dr. Alcides no particular e teve o bebe no HGO, onde esse médico estava. Quando chegou lá era só mais uma, mas quando viram que era paciente do Dr. Alcides, passaram a ser mto atenciosos.
Assim, fui seguida pelo Dr. Vítor Gonçalves k era o diretor do serviço de obstetrícia do HGO e fiz as ecos com a Dra. Antónia Santos, tb de lá. Bem, a minha filha estava prevista para 26 de junho, mas cheguei as 40 semanas e nada. No dia 2 de julho, nas vésperas de fazer 41 semanas, o médico fez-me um toque e mandou-me andar pelo menos uma hora depois do jantar e marcou a indução do parto para o dia 3 de julho. Fiz o que ele disse e fui andar, no regresso para casa comecei com contrações, fraquinhas e depois a aumentarem espaçadas de 15 em 15 minutos. Assim passei a noite toda, já sem dormir. No dia seguinte apresentei-me às 8h00 no hospital e fiquei internada. Os primeiros 10 minutos, fiquei num quarto com imensas camas e de repente aparece lá o enf. Miguel, que olha para a minha ficha e diz “ah! Você é do Dr. Vítor e da Dra. Antónia” de repente vem com o aparelho do CTG e arranja uma desculpa k as tomadas por cima daquela cama estavam estragadas e leva-me para um quarto pintado de verde água e lilás com um malmequer na parede! E isto quando no outro quarto haviam pelo menos mais 4 camas vagas! Já estão a ver porquê, não é? Liga-me o rádio, pergunta-me qual a minha estação preferida, etc. Só pensei, benditos 80€ que paguei nas consultas e os 100 por cada eco!!!
Puseram-me a soro e o ligaram-me ao CTG. O Enf. Miguel pegou-me na mão e perguntou. Você sabe o que a espera? O que é o parto induzido? E eu disse sim, mais ou menos. E ele respondeu: “então é assim, você agora esta com contrações leves e consegue controlar. Quando vierem as outras nem vai ter tempo para respirar porque vão ser muito fortes e repetidas. Tente não ligar, inspire fundo e expire e conte até 10. Vai tudo correr bem!
O meu marido chegou com o jornaleco e eu a ouvir música e a ansiosa pela indução k era para ter a minha filha rápido. Chega uma médica com um papel e pergunta a enf. “Então esta mãe é para uma indução? Mas ela já está cheia de contrações! “ e a enf. disse, “ela é do Dr. Vítor e foi ele que marcou… “AH!! Disse a medica, “se ele marcou… o Chefe é que manda. Ok. “ de seguida vem o enf. Miguel pôr-me o gel vaginal. Isto eram umas 10h30. A partir daí é que foi!
Estive desde as 14h até as 16h30 cheia de contrações fortes, quase sem dilatação nenhuma. Entretanto deram-me mais uma dose de indução. Comecei a fazer a dilatação e rebentaram-me as águas espontaneamente. Deviam de ser mais ou menos umas 18h quando a enfermeira me foi ver e viu k eu já estava a fazer os 4 dedos de dilatação. As contrações já eram tão fortes que ela nem me perguntou se eu queria a epidural. Passou-me a mão pela cabeça e disse-me “ vá minha querida, eu vou chamar a anestesista para lhe dar a epidural para você descansar um bocadinho”. Levei a epidural e relaxei mais ou menos 1h. Passado esse tempo voltei a ter dores fortíssimas e já com 6 dedos de dilatação, a enf. foi observar-me e disse “ah, Vamos lá fazer nascer este bebe! Faça força. E eu fiz. Nada. Vá força que eu já sinto aqui.
Chamou o meu médico e disse: a bebe está em posição transversa. Mas já esta cá em baixo. Talvez dando um jeitinho...
Às 21h00 estava praticamente com 10 dedos de dilatação. Vinha ter comigo e pediam-me para fazer força, e lá voltava a conversa “ela está aqui. Até à meia-noite fizeram-me tantos toque e tantas tentativas.
Estive desde a meia-noite até as 5h da manha assim, a fazer força e nada. Enquanto o médico lá esteve de banco, iam ver-me de hora a hora. Depois do médico sair para ir dormir. Nunca mais lá foram! Eu já não aguentava mais e pedi ao meu marido para chamar alguém que tinham de resolver o assunto ou com uma cesariana ou doutra maneira porque a menina não ia nascer sozinha. Ele abriu a cortina do quarto e passou-se! Os enfermeiros estavam na galhofa às gargalhadas e nem ligavam aos meus pedidos. Ele só disse: “Eu quero o Dr. Vítor aqui já ! A minha mulher é paciente dele e é por ele que nós estamos aqui, podíamos ter ido para outro hospital! (para o do Barreiro, já que o meu marido é amigo do diretor que se dispôs a ajudar em tudo). Vieram logo ter comigo a correr, depois chegou o médico (que os meus pais viram dirigir-se ao bloco a correr) e mandou o meu marido sair, levaram-me para a sala de partos e ele só dizia para as enfermeiras, “chamem a anestesista. Rápido! E ela que não demore.
A minha filha nasceu às 5h25 com ajuda de forceps mas perfeita.
no serviço de puérperas é que começou outra odisseia. Porque são umas brutas, horríveis. Não ajudam nada. Eu não conseguia estar levantada. Tinha dores nas costas na zona onde levei a epidural, talvez por sofrer da coluna. Tinha tonturas. Resultado, não consegui dar banho a minha filha nem assistir a explicação, porque ia quase desmaiando. Pedi a enfermeira para ajudar a dar banho e ela recusou-se. O meu marido tinha medo e a minha filha nos 2 primeiros dias, era limpa com soro e compressas. A muito custo e a chorar com dores consegui dar-lhe o 1.º banho.
Quando chamava as enfermeiras para me darem o gelo, demoravam mais de meia hora. E eu nem era muito chata porque sou mto independente. A menina mamava ao peito mais de 1h e eu falei com a enfermeira que me disse para arranjar uma chucha pk a bebe tinha necessidade de sucção! Como tinha sido fórceps, tinha que ficar lá 3 dias internada. Eu estava exausta pk n dormia desde o dia 2. Perdi o apetite e não comia nada, tinha dores fraqueza e só na véspera de ter alta é k levo uma transfusão de ferro, porque estava anémica.
Futuras mamas, pff não se assustem com o meu parto, até porque há aqui relatos maravilhosos e cada caso é um caso. O meu foi assim, infelizmente. E por culpa de quem? Do médico em que eu confiava e que me deixou aquelas horas todas sabendo que a bebe estava torta? Ou a equipa de enfermagem que não quis ir acordar o médico e deixou andar? Vale apena arriscar novamente e ir para o público, ser seguida pelo mesmo medico que já me conhece, mas que me podia ter feito a cesariana antes da meia-noite e eu escusava de ter estado a sofrer 5h e ficar toda cortada, desnecessariamente? De quem foi a culpa? Dele ou dos enfermeiros? É que ele sempre foi impecável e foi-me ver umas 2 vezes.
Ou vou para o privado, já k tenho seguro e sujeitar-me a uma cesariana desnecessária, sim por nos privados, H. Luz por ex., nem sequer esperam, é logo cesariana para despachar e para ganharem dinheiro. Pois eu apesar de tudo o que passei, o momento mais bonito foi quando senti a minha filha a sair. Foi mágico e não queria ser privada desse momento. Eu não reclamo das dores, isso já eu sabia que ia ter, poucas ou nenhumas, estava preparada. O k eu lamento é não terem resolvido a situação logo que viram que a menina não ia nascer sem ajuda!
Além disso, o internamento nos privados é um luxo! Ajudam imenso as mães e até dão o primeiro banho, se for necessário. Quero começar os treinos e preparar-me já este mês, mas estou num dilema.
Marco consulta para o mesmo médico que é um especialista com mais de 30 anos de experiencia, 1.º na Mac.Sei que há boas médicas, na luz mas essas já estão tão ocupadas que nem aceitam mais grávidas. As outras não as conheço. Ando aquilo pelos fóruns a recolher informações.
Mamãs, ajudem-me, o que é que eu faço?
Peço desculpas pelo testamento