Maridos no estrangeiro

Obrigado pelas respostas.

O meu marido vai integrar um projeto da empresa para ir para outro pais durante uns meses, para já são 3 meses, mas provavelmente depois serão mais.
Tenho muito receio desta situação e das consequências que possam surgir. Alem de que me da uma dor no peito de pensar nas vezes que o meu menino vai chamar pelo pai e ele não vai estar. Ele já percebe muitas coisas, e é muito ligado ao pai, muito mesmo, acho que ele vai sofrer imenso.
Não sei o que pensar, por um lado quero muito apoia-lo, por outro sinto os nossos planos todos a ir por agua a baixo e o meu mundo a ruir, e não estou a saber aceitar a situação. Sei que não é drama nenhum, há inúmeras famílias nesta situação, e noutras piores, mas está-me a custar tanto e ele ainda nem foi, nem quero pensar depois.

Cuquiti escreveu:

Olá mamã
Estou nessa situação desde abril e há dias bons e dias maus... as 3 primeiras semanas custaram muito não vou dizer que não...
Até entrar na rotina os finais do dia eram caóticos. Banhos, jantares, lanches para o dia seguinte, arrumar a cozinha, etc etc era muito mas muito difícil pois com um bebé a dar os primeiros passos e ainda ter de fazer tudo sozinha e dar atenção à mais velha ia dando em louca...
Mas os dias vão passando e vamos nos habituando... vamos descomplicando as coisas e agilizando tarefas! Sempre que posso aproveito e janto na casa dos meus pais, roupa é passada fora de casa e limpeza vou fazendo como posso ao fim de semana.
Claro que depois há dias e fases mais complicadas quando os miúdos estão doentes pois temos de ser nos para tudo... para ir ao médico, para ficar em casa a tratar deles, para dar miminho, etc. mas tudo se faz... pedir ajuda a família mais próxima também ajuda muito e o que me tem valido é a minha querida mãezinha.
Às vezes discuto com o marido por telefone quando acontece algo como por exemplo ele sair e eu ligar e ele não atender mas a confiança é um dos pilares de uma relação e se não confiarmos não vai resultar.
Eu tento mentalizar-me diariamente que é uma fase que vai passar. Que o marido está lá para ganhar dinheiro para nós para a nossa casa de sonho.
As tecnologias ajudam muito e falamos várias vezes por dia e a noite por videochamada. e vê os miúdos e fica contente e matamos saudades assim. Mas não é fácil para quem vai... ele perdeu os primeiros passinhos do bebé e chorou quando o viu andar sozinho...
Como está relativamente perto e há viagens low cost ele tem vindo todos os meses um fim de semana e aí é como outra mamã disse... às vezes parece que temos rotinas diferentes. Eu noto que queremos aproveitar tanto o tempo que em vez de aproveitarmos estamos a pensar já na despedida...
Força mamã! Vai conseguir superar e se tiver possibilidade peça ajuda aos seus pais ou familiares.
Uma coisa descobri ao ficar sozinha... é que os verdadeiros amigos e familiares são poucos. Antes de ele viajar todos diziam para contar com eles a verdade é que tirando os meus pais e os sogros da minha irmã (são meus vizinhos) nunca ninguém nos ofereceu ajuda ou perguntou por nós... enfim!
Vai tudo correr bem

O meu receio é precisamente esse, não posso contar com ajudas, apesar de estar perto tanto dos sogros como dos pais não posso contar com grandes apoios. Mas é nestas alturas que revelamos as super mulheres que somos e damos a volta por cima, e eu sei que vou dar. Mas estou um bocado triste com esta situação e não consigo deixar nos próximos tempos. Mas talvez esteja a sofrer por antecipação. Já é tao complicado agora, pois ele trabalha por turnos e há dias que mal nos vemos,e andamos sempre com os horários completamente trocados, quando mais depois. O menino é completamente louco pelo pai, não sei como vai ser.

Cuquiti escreveu:

Calma mamã... não fácil! Os primeiros dias sentia um vazio tão grande que me faltava o ar... mas o tempo é nosso amigo e cura tudo e torna as coisas mais fáceis.
Falem os 2 e vejam os prós e os contras. Nós aqui em casa foi muito ponderado e foi uma proposta de uma empresa da área de trabalho dele. Era uma proposta irrecusável e assim lá foi ele com o pensamento de ser temporário, 3 anos. Para termos um futuro melhor.
Conversem muito e ponderem tudo mamã.

Ele já aceitou a proposta. Ele esta super empolgado para ir. Se lhe dissessem que era para ir amanha ele a esta hora já ia a caminho tal é a pressa. E isso magoa-me, porque eu estou para aqui a sofrer e ele esta nas 7 quintas. Eu compreendo que ele esteja entusiasmado com a oportunidade, e sei que o esta a fazer com o objetivo de termos um futuro melhor, mas tenho medo das consequências a longo prazo. Tenho medo que estes 3 meses se prolonguem por muito tempo, e tenho medo que esta aventura não venha ser tão cor de rosa como ele espera que seja. Mas seja o que deus quiser

PaulaANP escreveu:

Eu estou nessa situação há 3 anos...a filhota tem 2 anos...Quando o meu marido foi para o estrangeiro a decisão de ter um filho já estava tomada anteriormente e não foi adiada.
Resume abaixo as principais alterações que a sua saída tem tido ou teve.
Após o nascimento da filha precisei de contratar empregada doméstica...sozinha com ela não dava conta do recado...
A relação desgastou-se um pouco porque eu me habituei a estar sozinha com a filhota e quando o marido vem cá discutimos com mais frequência porque eu não tenho tanta tolerância e não aceito bem as opiniões dele porque me habituei às minhas rotinas e à forma de eu fazer...
A filhota vê o pai todos os dias...mas já sente mais a a falta perguntando pelo pai com mais frequência.

Mama, se me permite gabo-lhe força e a coragem de estar à tanto tempo sozinha, e de ter avançado com a ideia de ter um bebe mesmo sabendo das condições. Este é um assunto que me afeta também, já há alguns meses que começamos a falar em ter outro bebe quando o S tivesse mais ou menos 3 anos. Devido a uns problemas de saúde tenho que tomar medicação que tenho que interromper quando desejar engravidar, e estou desde dezembro do ano passado sem tomar (tenho que para pelo menos 6 meses antes de começar a tentar), porque decidimos que este ano queríamos começar a tentar, e agora que já tínhamos o OK da medica, já tenho o acido fólico para tomar, e tudo pronto para avançar, ele vai para fora. Senti-me completamente sem chão e tudo o que planeamos a ir pelo cano abaixo. Ele diz que por ele avançamos na mesma, mas por mim esta fora de questão, já tenho um, não vou entrar nesta aventura para estar sozinha.

PaulaANP escreveu:

liliquinhas escreveu:

PaulaANP escreveu:Eu estou nessa situação há 3 anos...a filhota tem 2 anos...Quando o meu marido foi para o estrangeiro a decisão de ter um filho já estava tomada anteriormente e não foi adiada.
Resume abaixo as principais alterações que a sua saída tem tido ou teve.
Após o nascimento da filha precisei de contratar empregada doméstica...sozinha com ela não dava conta do recado...
A relação desgastou-se um pouco porque eu me habituei a estar sozinha com a filhota e quando o marido vem cá discutimos com mais frequência porque eu não tenho tanta tolerância e não aceito bem as opiniões dele porque me habituei às minhas rotinas e à forma de eu fazer...
A filhota vê o pai todos os dias...mas já sente mais a a falta perguntando pelo pai com mais frequência.

Mama, se me permite gabo-lhe força e a coragem de estar à tanto tempo sozinha, e de ter avançado com a ideia de ter um bebe mesmo sabendo das condições. Este é um assunto que me afeta também, já há alguns meses que começamos a falar em ter outro bebe quando o S tivesse mais ou menos 3 anos. Devido a uns problemas de saúde tenho que tomar medicação que tenho que interromper quando desejar engravidar, e estou desde dezembro do ano passado sem tomar (tenho que para pelo menos 6 meses antes de começar a tentar), porque decidimos que este ano queríamos começar a tentar, e agora que já tínhamos o OK da medica, já tenho o acido fólico para tomar, e tudo pronto para avançar, ele vai para fora. Senti-me completamente sem chão e tudo o que planeamos a ir pelo cano abaixo. Ele diz que por ele avançamos na mesma, mas por mim esta fora de questão, já tenho um, não vou entrar nesta aventura para estar sozinha.

Na altura eu já tinha 36 e por isso estava a chegar à idade critica para ter um primeiro filho....podia ser fácil ou não....por isso a decisão estava tomada e o facto de ir para o estrangeiro não alterou os nossos planos....
Vou ser muito sincera, o meu marido já falou em ter um segundo filho mas para mim está fora de questão ter um segundo com uma filha ainda pequena e o facto de estar sozinha....Apesar de ter ajuda de empregada doméstica, no final do dia só só eu que existo para tratar de banho, jantar e brincar com a bebé...agora é mais fácil porque já tem 2 anos e já se entretém sozinha uns bocadinhos a brincar mas ainda tenho bem presente os primeiros 4 meses de vida em que lhe dava de mamar de 3 em 3 horas incluindo noite e eu andava uma zombie...não me imagino a fazer novamente o mesmo tendo uma filhota pequena.

Pois eu tenho 28, ainda tenho tempo, não é isso que me assusta, mas de facto sempre dissemos que queríamos filhos com no máximo 3/4 anos de diferença, Mas ter outro nestas condições esta fora de questão, este ainda me da tanto trabalho e os primeiros meses foram tão complicados mesmo tendo o pai presente e a ajudar sempre que podia.

E pronto, ele foi hoje embora e ficou um vazio tão grande... Eu sei que com o tempo vai melhorar, mas, não foi nada disto que eu imaginei para a minha vida Só penso no meu menino que adora o pai, o que é que lhe vou responder amanha daqui a pouco quando chegar a casa e ele correr a casa toda a chamar pelo pai? E amanha quando acordar a chamar pelo pai?
Bem, amanha é outro dia, e será melhor do que hoje... E tenho o meu bebe para me animar e tomar conta da mamã.

Obrigada a todas

Ola mamas.

Obrigada pelas vossas mensagens. Não está a ser nada fácil. Sinto muito a falta dele, sinto a casa vazia. O menino está constantemente a perguntar pelo pai, já não sei o que lhe responder. Tento que ele não me veja triste e em baixo, mas nem sempre é fácil. Também ando muito cansada, é tudo para mim, e ele com estas mudanças mudou muito a atitude, está sempre e chorar e faz birras do fim do mundo por tudo e por nada. Esta sempre do contra, não quer comer, não quer mudar a fralda, não quer vestir, não quer dormir, não quer nada, tem de ser tudo à força porque nada o demove. Tou a acusar bastante o cansaço e ainda nem uma semana passou, deito-me sempre tardíssimo para conseguir fazer alguma coisa em casa e preparar as coisas para o dia seguinte, e de noite ele voltou a acordar 2 a 3 vezes por noite a chorar desalmadamente (já dormia a noite toda à bastante tempo), de manhã é uma guerra para o despachar e conseguir chegar a horas ao trabalho.
Na escola eu alertei para esta situação, para elas perceberem o motivo das mudanças de atitude, e elas já se fazem notar, chora todo o dia, bate nos outros meninos, ontem fez uma birra gigantesca ao almoço, espalhou a comida toda para cima dos outros meninos, entornou a água, e veio de castigo comer para a sala. Ele não era assim, Por favor ajude-me! Sei que tenho que lhe dar "o desconto", mas também não vou deixa-lo fazer tudo o que quer por causa da situação.
No outro dia falou com o pai à noite por videochamada, Fez-lhe confusão ver o pai, e ainda por cima o pai emocionou-se ao vê-lo, chorou desalmadamente por mais de 2 horas, nada o acamava, soluçava e chamava pelo pai. Foi um castigo para o adormecer. Chateada, disse ao pai que não voltava a fazer videochamada com ele, que não estava para ver o menino naquela agonia. O pai ficou chateado, diz que quer ver o menino e que tem o direito de o ver, amuada disse-lhe que se tivesse assim tanto interesse em o ver não nos tinha metido nesta situação.

Desculpem o testamento mas precisava de desabafar e sei que vocês me compreendem. Sei que as coisas vão melhorar, ainda é tudo muito fresco, mas espero que melhore rápido senão vou dar em maluca, pois não posso contar com ninguém para me ajudar.

Obrigada

PaulaANP escreveu:

liliquinhas escreveu:Ola mamas.
Obrigada pelas vossas mensagens. Não está a ser nada fácil. Sinto muito a falta dele, sinto a casa vazia. O menino está constantemente a perguntar pelo pai, já não sei o que lhe responder. Tento que ele não me veja triste e em baixo, mas nem sempre é fácil. Também ando muito cansada, é tudo para mim, e ele com estas mudanças mudou muito a atitude, está sempre e chorar e faz birras do fim do mundo por tudo e por nada. Esta sempre do contra, não quer comer, não quer mudar a fralda, não quer vestir, não quer dormir, não quer nada, tem de ser tudo à força porque nada o demove. Tou a acusar bastante o cansaço e ainda nem uma semana passou, deito-me sempre tardíssimo para conseguir fazer alguma coisa em casa e preparar as coisas para o dia seguinte, e de noite ele voltou a acordar 2 a 3 vezes por noite a chorar desalmadamente (já dormia a noite toda à bastante tempo), de manhã é uma guerra para o despachar e conseguir chegar a horas ao trabalho.
Na escola eu alertei para esta situação, para elas perceberem o motivo das mudanças de atitude, e elas já se fazem notar, chora todo o dia, bate nos outros meninos, ontem fez uma birra gigantesca ao almoço, espalhou a comida toda para cima dos outros meninos, entornou a água, e veio de castigo comer para a sala. Ele não era assim, Por favor ajude-me! Sei que tenho que lhe dar "o desconto", mas também não vou deixa-lo fazer tudo o que quer por causa da situação.
No outro dia falou com o pai à noite por videochamada, Fez-lhe confusão ver o pai, e ainda por cima o pai emocionou-se ao vê-lo, chorou desalmadamente por mais de 2 horas, nada o acamava, soluçava e chamava pelo pai. Foi um castigo para o adormecer. Chateada, disse ao pai que não voltava a fazer videochamada com ele, que não estava para ver o menino naquela agonia. O pai ficou chateado, diz que quer ver o menino e que tem o direito de o ver, amuada disse-lhe que se tivesse assim tanto interesse em o ver não nos tinha metido nesta situação.
Desculpem o testamento mas precisava de desabafar e sei que vocês me compreendem. Sei que as coisas vão melhorar, ainda é tudo muito fresco, mas espero que melhore rápido senão vou dar em maluca, pois não posso contar com ninguém para me ajudar.
Obrigada

Olá mamã, respire fundo, é tudo muito recente vai melhorar.
Como referi no meu caso a minha desde sempre está habituada à distância, por isso não chora quando vê o pai no tablet....as birras que refere do seu filhote ele não as fazia antes? É que tal como a minha eles estão na idade por excelência das birras....mas de facto como foi uma mudança brusca de comportamento deve estar mesmo relacionado com a ausência...
Sobre ver o pai por videochamada tente novamente agora ao fim de semana com mais tempo...deixo estar a vê-lo e a falar e a brincar com o pai a ver..é o que a minha afz, ponho lá o tablet no chão e a minha filhota anda para lá a far com ele e a mostrar os brinquedos.
Sobre a mamã estar casada e não ter tempo para fazer tudo, entendo perfeitamente e foi essa a razão que me levou a ter empregada doméstica...eu andava estourada e sempre mal humorada, precisava de ajuda em casa...Se o orçamento familiar lhe permitir contrate uma empregada algumas horas/dias por semana, vai ver que é uma ajuda preciosa!
Tudo se resolve!

Sim mama eu sei que é tudo muito ressente, se a nós adultos nos custa, a eles muito maisque não tem maturidade e que não sabem expressar as suas emoções. Ele esta na idade critica dos terrible two, e tem uma personalidade muito forte, e como é obvio já fazia as suas birras, mas facilmente com calma e a conversar o fazíamos voltar a si, e agora isso não acontece. Faz birras do fim do mundo, chora, deita-se no chão, dá pontapés e bate em tudo em todos, cada vez que não pode ser como ele quer. Na creche esta semana todos os dias a educadora me diz que aconteceu isto ou aquilo, que teve que o repreender porque empurrou um amigo, ou bateu no outro, ou que não quis fazer determinada atividade, ou que não quis dormir a sesta . Antes de ontem embirrou que queria dormir na cama onde estava outro menino, ia lá e empurrava o outro porque queria aquela cama e não a dele, quando desde sempre tiveram as camas determinadas e eles sabem muito bem qual é a de quem. Sei que ele está a testar limites, e vai muita confusão naquela cabecinha, mas não posso deixar fazer o que quer, principalmente quando isso o poe em perigo. Tento ter calma, pois sei que quanto mais nervosa eu estiver, pior ele faz, mas não estou a saber lidar com tanta mudança.
Quanto à videochamada, vou esperar mais uns dias, ate ele estar mais calmo, depois logo se ve.
Nós queremos ser super mulheres, mas somos de carne e osso.
Quando à empregada, para já não posso pensar nisso, mas vou ter que mudar de casa (essa é outra que me preocupa, vou ter que sair da casa onde estou ate ao final de agosto, e tenho que tratar de tudo, arranjar casa, fazer mudanças, limpezas etc sozinha) e talvez nessa altura contrate alguém para me ajudar com as limpezas.

Obrigada mais uma vez por me ajudarem

Cuquiti escreveu:

src="http://demaeparamae.pt/sites/all/modules/contrib/smiley/packs/yahoo/sad.gif" alt="Triste" /> custa tanto que até falta o ar. Ainda hoje me custa lembrar das primeiras semanas sem o marido. Foram de facto muito complicadas e depois quando falava com ele ao telefone discutia muito pois irritava-me bastante a passividade dele parecia que para ele estava tudo Ok e a correr sobre rodas e nós (eu) ali aflita cheia de tarefas e com a casa as costas e a educação dos miúdos, além da tristeza que sentia por causa das imensas saudades...
Mas depois passou... porque aprendi a viver de mês a mês à espera do fim de semana em que ele nos vem ver.
Quanto ao teu bebé, eu felizmente não tive esse problema pois o meu tinha 10 meses e embora adorasse o pai não me pareceu que sentisse a sua falta. A minha menina sim ressentiu-se mas é mais crescida e consegue compreender o porquê da situação.
Acho que ainda é tudo muito recente e só mesmo o tempo poderá ajudar-vos tanto a ti como ao pequenino. Parece duro não haver muito a fazer além de paciência e tempo mas é mesmo isso e pensar claro que é temporário e em breve estarão de novo juntos.
Quanto a situação do teu menino chorar a ver o pai no tlf é muito triste... acho que deves fazer o que o teu coração mandar. Se achas melhor ele não ver o pai que assim seja. É uma decisão difícil mas só tu puderas saber. Por aqui a minha menina às vezes quer falar outras não. Às vezes anda tão entretida a brincar que eu chamo e ela diz não me apetece mãe manda beijinho outras ela própria pede para falar para contar coisas dela. Pode ser que daqui a uns dias ele próprio peça para falar com o pai e encare a situação com normalidade. As crianças são muito moldáveis.
Na escolinha dele as educadoras tem de ter mais paciência com ele. Tem de dar um desconto...
És uma excelente mãe e vais conseguir cuidar do teu bebé e dar todo o carinho que ele precisa. Só precisam os dois de tempo para se habituarem a nova realidade.
Quanto a casa e tarefas descomplica o maximo que puderes. A noite deixa a mesa posta para o pequeno almoço, as vossas roupas prontas, os lanches e mochilas preparados para a manhã seguinte.
Aqui em casa os finais do dia são complicados o que me salva é colocar o jantar no forno e dar banho aos putos e por exemplo por a mesa. Descompliquei muito o jantar: junto brócolos, batata e pernas de frango numa travessa e forno com ela. No dia seguinte peixe com legumes por exemplo no forno também. Outro dia um arroz com um bife grelhado e salada, etc. cozinhar coisas simples e práticas.
Acredito que te sintas mais triste hoje pela proximidade do fim de semana. Por aqui eu ficava nas primeiras semanas bastante angustiada com o fim de semana e com a solidão do mesmo... mas o meu conselho é vai passear ao parque com o teu menino, se conseguires vai a praia, não fiquem em casa. Desfrutem do tempo os 2 juntos e criem novas rotinas e hábitos para os 2. Por aqui resultou logo muito bem sairmos aos fim de semana, nem que fosse só para ir ao jardim ou ao parque. Arejava a minha cabeça e os miúdos também e o melhor era chegar a casa e ver que a tarde já tinha passado e nós tínhamos sobrevivido
Desejo do fundo do coração que tudo melhore, que essa tristeza que sentes fique mais atenuada. Se precisares estaremos aqui.
Um abraço

Olá Cuquiti
Sei que estou a stressar com estas primeiras semanas e depois as coisas hão de entrar nos eixos. Em relação ao que falas identifico-me muito, as poucas vezes que falamos ao telefone acabamos sempre a discutir, eu prestes a cortar os pulsos e ele nas 7 quintas como se nada fosse. A nossa relação abalou-se muito com esta história desde o primeiro momento que ouvi falar na ideia de ele ir, e agora ainda esta pior. Ele tomou esta decisão sem me consultar, falou com a chefia que estava interessado e só depois falou comigo, senti-me excluída e como se a minha opnião não contasse. Mesmo assim disse que o apoiava, mas que não concordava. Desde o primeiro minuto achei que ia correr mal, para muitos lados. A proposta que lhe fizeram era pouco vantajosa, e apesar de ser so para três meses há uma forte probabilidade de no fim ter de ficar mais tempo, e se ele não quiser aceitar tenho ca para mim que vai ser posto a anda, pois o lugar dele na empresa em Portugal já esta ocupado. Como não consegui ver nada de positivo nesta historia, não consigo encarar bem as coisas. Mas sei que ele já esta a perceber a alhada onde se meteu, pois tem desabafado com colegas que não esta a ser bem como ele pensou, e que pouca vantagem financeira vai ter ( mas é incapaz de o admitir a mim, pois isso eu já o tinha avisado, e ele não me vai dar razão nunca).

Eu já estava habituada a estar sozinha com ele, ele trabalha por turnos, e trabalha sempre ao fim de semana, mas fomos sempre gerindo isso, ou ele ia levar o menino a escola de manha e eu ia buscar a tarde, íamos repartindo as tarefas, agora é tudo para mim.

É muita coisa ao mesmo tempo, é esta historia, é ter de mudar de casa sozinha e não estar a conseguir arranjar outra para onde ir, é as coisas no trabalho que não estão a correr bem.

Em relação à escola, elas estão avisadas do que se passa e sei que lhe dão o desconto, mas também não podem

Enfim, melhores dias virão. É ir vivendo um dia de cada vez, e um dia ainda me vou rir da situação.

Cuquiti escreveu:

liliquinhas escreveu:

Cuquiti escreveu:src="http://demaeparamae.pt/sites/all/modules/contrib/smiley/packs/yahoo/sad.gif" alt="Triste" /> custa tanto que até falta o ar. Ainda hoje me custa lembrar das primeiras semanas sem o marido. Foram de facto muito complicadas e depois quando falava com ele ao telefone discutia muito pois irritava-me bastante a passividade dele parecia que para ele estava tudo Ok e a correr sobre rodas e nós (eu) ali aflita cheia de tarefas e com a casa as costas e a educação dos miúdos, além da tristeza que sentia por causa das imensas saudades...
Mas depois passou... porque aprendi a viver de mês a mês à espera do fim de semana em que ele nos vem ver.
Quanto ao teu bebé, eu felizmente não tive esse problema pois o meu tinha 10 meses e embora adorasse o pai não me pareceu que sentisse a sua falta. A minha menina sim ressentiu-se mas é mais crescida e consegue compreender o porquê da situação.
Acho que ainda é tudo muito recente e só mesmo o tempo poderá ajudar-vos tanto a ti como ao pequenino. Parece duro não haver muito a fazer além de paciência e tempo mas é mesmo isso e pensar claro que é temporário e em breve estarão de novo juntos.
Quanto a situação do teu menino chorar a ver o pai no tlf é muito triste... acho que deves fazer o que o teu coração mandar. Se achas melhor ele não ver o pai que assim seja. É uma decisão difícil mas só tu puderas saber. Por aqui a minha menina às vezes quer falar outras não. Às vezes anda tão entretida a brincar que eu chamo e ela diz não me apetece mãe manda beijinho outras ela própria pede para falar para contar coisas dela. Pode ser que daqui a uns dias ele próprio peça para falar com o pai e encare a situação com normalidade. As crianças são muito moldáveis.
Na escolinha dele as educadoras tem de ter mais paciência com ele. Tem de dar um desconto...
És uma excelente mãe e vais conseguir cuidar do teu bebé e dar todo o carinho que ele precisa. Só precisam os dois de tempo para se habituarem a nova realidade.
Quanto a casa e tarefas descomplica o maximo que puderes. A noite deixa a mesa posta para o pequeno almoço, as vossas roupas prontas, os lanches e mochilas preparados para a manhã seguinte.
Aqui em casa os finais do dia são complicados o que me salva é colocar o jantar no forno e dar banho aos putos e por exemplo por a mesa. Descompliquei muito o jantar: junto brócolos, batata e pernas de frango numa travessa e forno com ela. No dia seguinte peixe com legumes por exemplo no forno também. Outro dia um arroz com um bife grelhado e salada, etc. cozinhar coisas simples e práticas.
Acredito que te sintas mais triste hoje pela proximidade do fim de semana. Por aqui eu ficava nas primeiras semanas bastante angustiada com o fim de semana e com a solidão do mesmo... mas o meu conselho é vai passear ao parque com o teu menino, se conseguires vai a praia, não fiquem em casa. Desfrutem do tempo os 2 juntos e criem novas rotinas e hábitos para os 2. Por aqui resultou logo muito bem sairmos aos fim de semana, nem que fosse só para ir ao jardim ou ao parque. Arejava a minha cabeça e os miúdos também e o melhor era chegar a casa e ver que a tarde já tinha passado e nós tínhamos sobrevivido
Desejo do fundo do coração que tudo melhore, que essa tristeza que sentes fique mais atenuada. Se precisares estaremos aqui.
Um abraço

Olá Cuquiti
Sei que estou a stressar com estas primeiras semanas e depois as coisas hão de entrar nos eixos. Em relação ao que falas identifico-me muito, as poucas vezes que falamos ao telefone acabamos sempre a discutir, eu prestes a cortar os pulsos e ele nas 7 quintas como se nada fosse. A nossa relação abalou-se muito com esta história desde o primeiro momento que ouvi falar na ideia de ele ir, e agora ainda esta pior. Ele tomou esta decisão sem me consultar, falou com a chefia que estava interessado e só depois falou comigo, senti-me excluída e como se a minha opnião não contasse. Mesmo assim disse que o apoiava, mas que não concordava. Desde o primeiro minuto achei que ia correr mal, para muitos lados. A proposta que lhe fizeram era pouco vantajosa, e apesar de ser so para três meses há uma forte probabilidade de no fim ter de ficar mais tempo, e se ele não quiser aceitar tenho ca para mim que vai ser posto a anda, pois o lugar dele na empresa em Portugal já esta ocupado. Como não consegui ver nada de positivo nesta historia, não consigo encarar bem as coisas. Mas sei que ele já esta a perceber a alhada onde se meteu, pois tem desabafado com colegas que não esta a ser bem como ele pensou, e que pouca vantagem financeira vai ter ( mas é incapaz de o admitir a mim, pois isso eu já o tinha avisado, e ele não me vai dar razão nunca).
Eu já estava habituada a estar sozinha com ele, ele trabalha por turnos, e trabalha sempre ao fim de semana, mas fomos sempre gerindo isso, ou ele ia levar o menino a escola de manha e eu ia buscar a tarde, íamos repartindo as tarefas, agora é tudo para mim.
É muita coisa ao mesmo tempo, é esta historia, é ter de mudar de casa sozinha e não estar a conseguir arranjar outra para onde ir, é as coisas no trabalho que não estão a correr bem.
Em relação à escola, elas estão avisadas do que se passa e sei que lhe dão o desconto, mas também não podem
Enfim, melhores dias virão. É ir vivendo um dia de cada vez, e um dia ainda me vou rir da situação.

Liquinhas, tens toda a legitimidade para estares assim. Não estas a stressar nada! És humana e como tal estas a agir como tens de agir.
Quero dizer-te que apesar de eu achar que ele estava na boa e eu triste isso não é verdade... ele também estava e está a sofrer apenas não demonstra tanto. Por isso, acredita que o teu marido também está a sentir a vossa falta embora não pareça ou admita. Os homens são mesmo assim. Com o tempo fui também assimilando que para ele era 1000 vezes pior pois eu estava na minha casa e com os meus filhos e ele estava lá fora sem ninguém. A partir daí nunca mais ou raramente discutimos ao telefone.
Quando ele foi o Valentim ainda não andava mas umas semanas depois começou a andar e aí sim ele fartou-se de chorar ao ver o menino a caminhar. Foi muito triste... mas pronto a vida é assim!
Mantém a esperança que serão apenas 3 meses e que a vossa relação sairá mais forte! Acredita nisso.
Por aqui o marido já tinha recebido várias propostas para ir para fora mas nunca o deixei aceitar e ele também nunca quis até receber esta que era irrecusável a nível monetário para as nossas vidas e como é para um país da UE ponderamos e decidimos experimentar por um ano maximo 2. O meu marido está a trabalhar mesmo no centro de Londres e estes atentados também me deixam muito apreensiva, mesmo para a minha menina que já sabe ler bem ver notícias sobre isso é bastante assustador para ela mas vamos levando.
Essa mudança de casa nesta fase não vem nada a calhar... mas vais conseguir vais ver. Aos poucos vai organizando tudo para depois não ser tão difícil. Pede ajuda a amigos ou familiares.

Sim para ele também imagino que não esteja a ser fácil, ainda por cima, está na sérvia, um pais que apesar de ser na Europa, não é na UE, e as diferenças culturais, a língua, a comida, é tudo muito diferente. E como é longe (não é do outro lado do mundo), não dá para estar a vir frequentemente, nem dá para ir la eu. Ele levou um dia inteiro para la chegar, com escalas pelo meio.

Eu na minha opinião ele não devia ter aceite, mas é so isso, a minha opinião, que para ele valeu 0, e também não era eu que o ia prender. Mas ele sabe, porque tivemos essa conversa antes de ele ir, que para mim são só 3 meses, mais do que isso, vai, mas não espere encontrar-me quando voltar, se é para estar sozinha, estou sozinha de todo. Na minha cabeça não entra uma vida a dois onde esta um aqui e o outro na outra parte do mundo, por longos períodos, acho que dificilmente uma relação sobrevive assim.

Mas tento não pensar nisso, e o que tiver de ser será. Ele há de perceber (aliás já está) que fez asneira, e que tem mais a perder do que os benefícios que ira ter com esta historia.

Andreissse escreveu:

Ola Venho também te deixar o meu testemunho... Tenho uma bebe de 11 meses e meu marido foi para o estrangeiro desde que ela tinha 3,5 meses. Ele tenta estar ca 5 em 5 semanas uma semana ou mais... O início è dificil mas acredita que depois habituaste. O que custa mais é quando bebé está doente ou só quer colo e eu tenho de fazer tudo sozinha... Nesse caso sinto a falta dele... Mas o ser humano tem uma capacidade de adaptação muito boa e hoje a falta que ele te faz amanhã já não fará tanta porque vais aprender a gerir a tua vida sem ele. O importante é teres uma ou mais amigas que possas sair/passear iu familia... Isso é fundamental para conseguires levar os dias pacificamente. A mim não me custa quase nada porque o tempo que ele nao está aproveito para fazer programas com as minhas amigas ou sair com meus pais ou familia. Acabo por nem sentir falta dele e quando dou por ela já cá está. Espero dar-te uma visão mais positiva porque há sempre um lado bom e concentra-te nele e não foques em demasia na falta que te faz, nos casais felizes a passear na rua (muitos, aparentemente felizes). Foca-te é em ti e no bebé e distrai-te muito, passeia muito... Quando deres por ela já cá está. Eu sinceramente até gosto de estar assim Temos uma vida económica estável que me permite pensar que se ficar sem trabalho não é o fim do mundo. Ele nao está muito tempo seguido fora. Tenho tempo para manter as minhas saídas (nem que seja ir ao shop jantar) com minhas amigas/mãe e menos roupa para passar a ferro loool Espero ter-te animado e força tu consegues!

Bom dia,

Obrigado pela força. Admiro-a muito, pois ficar sozinha com uma bebe tão pequenina, não deve ter sido nada fácil.
Faz hoje uma semana que ele foi. Praticamente não temos falado, eu muitas das vezes não me apetece responder às mensagens nem atender as chamadas. Tou magoada, cada dia que passa sinto-me mais magoada. Se falar acabamos a discutir, por isso falamos o essencial, ponho-o a par do que se passa com o menino e pouco mais.
Ontem fui passear com o pequeno, andamos todo o dia fora. De facto custa muito ver os outros meninos a brincar com os papas e o meu sozinho. Andou sempre agarrado ao meu cunhado, não largava o tio, só queria o colo dele e brincar com ele. Percebi que o tio era a figura mais parecida ao pai, por isso o procurava. É muito triste perceber que ele, no auge dos seus dois anos já nota tanto a falta do pai. É muito triste vê-lo a chorar a chamar com o pai.

Sinto-me muito cansada, não consigo descansar de noite, durmo mas não descanso de manha sinto um peso e um cansaço como se tivesse feito direta.

Obrigado por me ouvirem, e por virem contar a vossa experiencia. Não imaginam como tem sido importante para mim perceber que não sou a única, e que tudo passa e melhora

Andreissse escreveu:

Ola Venho também te deixar o meu testemunho... Tenho uma bebe de 11 meses e meu marido foi para o estrangeiro desde que ela tinha 3,5 meses. Ele tenta estar ca 5 em 5 semanas uma semana ou mais... O início è dificil mas acredita que depois habituaste. O que custa mais é quando bebé está doente ou só quer colo e eu tenho de fazer tudo sozinha... Nesse caso sinto a falta dele... Mas o ser humano tem uma capacidade de adaptação muito boa e hoje a falta que ele te faz amanhã já não fará tanta porque vais aprender a gerir a tua vida sem ele. O importante é teres uma ou mais amigas que possas sair/passear iu familia... Isso é fundamental para conseguires levar os dias pacificamente. A mim não me custa quase nada porque o tempo que ele nao está aproveito para fazer programas com as minhas amigas ou sair com meus pais ou familia. Acabo por nem sentir falta dele e quando dou por ela já cá está. Espero dar-te uma visão mais positiva porque há sempre um lado bom e concentra-te nele e não foques em demasia na falta que te faz, nos casais felizes a passear na rua (muitos, aparentemente felizes). Foca-te é em ti e no bebé e distrai-te muito, passeia muito... Quando deres por ela já cá está. Eu sinceramente até gosto de estar assim Temos uma vida económica estável que me permite pensar que se ficar sem trabalho não é o fim do mundo. Ele nao está muito tempo seguido fora. Tenho tempo para manter as minhas saídas (nem que seja ir ao shop jantar) com minhas amigas/mãe e menos roupa para passar a ferro loool Espero ter-te animado e força tu consegues!

Como já expliquei acima, não há nenhum lado positivo (so se for a parte da roupa para passar), pois amigas infelizmente tenho poucas, e com vidas completamente diferentes da minha (sem filhos, sem namorados, vivem em casa dos pais, sem responsabilidades), so querem sair e andar na noite, e eu já não me identifico (alem de que não tenho com quem deixar o muido). A família também nem sempre conseguimos estar juntos, e há sempre algum atrito quando estamos todos juntos, por isso não tenho muito quem me apoie ou com quem possa desabafar.
A questão monetária também não me ajuda a ver a parte boa. Ele está finalmente a acordar do seu sonho cor de rosa, e a perceber aquilo que eu já o tinha avisado. Ele no fim desta historia ainda vai é perder dinheiro, quantas e quantas vezes eu o avisei para ele negociar e esclarecer por escrito as condições, para se informar, para questionar, estava tao cego que não deu ouvidos a ninguém, e agora está a perceber a alhada onde se meteu. Mas nunca vai admitir que eu tinha razão, ele desabafa com os amigos e eu venho a saber, mas a mim diz que esta tudo a correr bem. É bem feita, tentei abrir-lhe os olhos antes, ignorou-me, agora temos pena. É triste porque alem dele sofrer, estou também eu e o filho a sofrer, e não vamos ter nenhuma vantagem financeira desta historia.
Ao menos que ele aprenda a lição e não se meta noutra.