Maldito Desemprego

Querida, que angústia... espero que encontrem trabalho depressa. A vida está complicada. E os estudos infelizmente hoje em dia nem são garantia de nada... eu tenho muitas habilitações e também estou muito precária em part-time, poucas horas, volta e meia desempregada, uma instabilidade terrível... quantas vezes ouço que tenho habilitações a mais para determinado serviço (a menos eu entenderia, mas a mais?! Eu não espero ganhar mais que os outros que façam o mesmo serviço...), também já tenho 34 anos, fica mais complicado ainda fora da minha área, enfim...

Terokas, desde já um beijinho de força . Acredito que não seja nada fácil... Não consegues perguntar na segurança social se existe algum tipo de apoio, agora que o teu marido esta desempregado, para alem do subsidio de desemprego? Pode ser que eles te consigam ajudar... Boa sorte!

Terokas um beijo garande. Este país está uma valente mer**. Eu n m posso queixar neste momento, mas fico revoltada c casos como os teus. Eu trabalho e a solução do meu marido foi ir para fora e e uma angústia, um aperto no peito todos os dias, mas foi a única forma de termos dinheiro, pk a verdade e k não sono nada sem ele..o meu trabalho e uma grande treta cada vez vou mais por ir e porque tem de ser e quando sabem as habilitações que tenho e com carta de condução dizem sempre" e tu tas aqui a trabalhar??!!" Pois mas vou para onde? O meu conselho e procurares a assistente social da tua zona. Acredita que tambem arranjam empregos não é só para RSI.
P.S. - Perdoem-me os erros tou no telemóvel, escrita automática que não escreve nada do que quero

Vou contar-te um pouco da minha história, para veres que temos que nos erguer e ter fé que de um dia para o outro tudo muda para melhor, apenas não podemos desistir.
Sou licenciada (professora) e acabei o curso em 2003. Juntei-me om o meu marido e como não tive colocação arranjei um part-time num hipermercado. Em 2005 tive o meu primeiro filho e já estava a dar aulas, o meu marido estava a trabalhar numa empresa de renome nacional e era efetivo há alguns anos.
Como vivíamos bem financeiramente decidimos comprar casa em 2006 mas em agosto desse ano fiquei no desemprego. Em novembro de 2007 a empresa do meu marido sofre uma grande remodelação e ele fica também no desemprego. Eu fui conseguindo uns trabalhitos temporários, mas nada com garantias. Em 2010 tenho o meu segundo filho e volto para o desemprego, tudo se complicou de tal maneira que tivemos que entregar a casa e ficar insolventes. Já não dormia, não saia de casa passei um grande mal bocado...O meu menino nasceu em agosto, em Março seguinte fico sem casa e em Abril perco o meu pai inesperadamente, morte repentina da pessoa que era o meu porto de abrigo (a relação com a minha mãe é muito má, ou seja nem relação com ela tenho). Felizmente em junho desse ano o meu marido arranjou emprego onde está hoje efetivo. Via-se uma luz ao fundo do túnel, mas eu entrava num estado depressivo e apenas queria desistir de tudo, chegava a ter visões, a passar dias a chorar e sem sair de casa.
Um dia, olhei para os meus filhos e pensei "perdi o meu pai que tanta falta me vai fazer, os meus filhos não me podem perder a mim". Levantei-me, arranjei-me como há uns bons meses não o fazia e fui de "porta em porta" à procura de trabalho. Não só pela necessidade monetária mas também pela minha sanidade mental.
Entrei num Centro de Estudos, supostamente para ficar apenas um mês, a fazer as férias das funcionárias. Fui ficando e ao fim de 3 anos e tal lá estou, não estou a dar aulas, mas adoro os meus meninos e a partir desse momento a minha vida mudou.
Temos que ter esperança, mas nada cai do céu, temos que lutar com todas as forças que temos.