Mãe desiludida | Page 3 | De Mãe para Mãe

Mãe desiludida

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Gigi_porto

Mãe desiludida

bolas_e_bolinhas -
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Desde 31 Mar 2012

Lilith... Tao verdade! Como me identifiquei com o que escreveste...

LSL -
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Desde 28 Out 2010

Lilith, não o diria melhor! Tão bem explicado! Como me identifico!
Palmas! Palmas! Palmas! Palmas! Palmas! Palmas! Palmas!

maria_mãe -
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Desde 27 Jun 2017

Olá Lilith!

Impecável post. Gostei particularmente da parte de "Parece que deste uma cambalhota com a família toda e que agora todos têm um bebé menos tu, porque contigo ninguém se preocupa."

FSilsa -
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Desde 08 Abr 2014

Isso é que foi um relato realista de como as coisas realmente são Lilith!

Gigi_porto -
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Desde 21 Fev 2017

Lillith escreveu:

Gigi_porto escreveu:Eu tinha uma boa relação com a minha sogra, não me podia queixar, daí a minha desilusão ter sido ainda maior. Agora não a consigo ver da mesma forma e penso que isso não voltará a acontecer. Não consigo aceitar todas as cenas que fez e o reclamar tanta atenção para ela própria num momento tão nosso.
Com a minha mãe falei hoje e ela compreendeu.

Não quero ser mazinha, mas preocupa-me que a procissão possa só ir no adro...
Mantém o teu marido do teu lado. Porque se ele, em algum momento, começar a dar ouvidos às queixas da mãe, aí sim, vais ver a tua vida andar para trás. E nunca menosprezes a capacidade que ela poderá ter de dar a volta ao filho, mesmo que aches que não exista, não vá o diabo tecê-las...
Este problema faz parte de um lado cinzento da maternidade que não devia acontecer.
Um dia entras na maternidade para teres o teu filho, e parece que a tua vida acaba. Parece que deste uma cambalhota com a família toda e que agora todos têm um bebé menos tu, porque contigo ninguém se preocupa. Todos sabem mais do que tu, o que deves fazer/dar ao bebé, porque é que ele chora, do que ele precisa. Isto não acabará tão cedo. E não serão só as avós, será meio mundo, os conhecidos e os desconhecidos.
O teu filho terá muitas vezes cólicas, quando na realidade estará farto de andar de colo em colo, de pessoas que não lhe dizem nada, mesmo sendo família. Mas insistirão em mantê-lo no colo, porque são cólicas. E a seguir vão ser dentes ou outra porcaria qualquer. Nunca vai é ser nada do que tu disseres.
Eu tive problemas como quase todos. Com os avós paternos a coisa piora e acho sinceramente que é pelo facto de eles não nos reconhecerem autoridade perante um bebé que na cabeça deles é do filho deles, logo deles e necessariamente sob a influência deles. O que é errado. A essa altura do campeonato, os filhos deles são pais, e não meninos dos papás.
Acho que a ideia de um membro da família deles não ser cuidado/educado segundo os padrões deles baralha-lhes o cérebro de tal forma que se tornam irracionais, muitas vezes ridículos até.
Esquecem-se que ao arranjar problemas na casa dos filhos, estão a mexer com a família do neto, e isso não é amor, é sentimento de posse.
Em alguns casos passa com o tempo, em outros passa com dois berros e noutros nunca passa.
Espero que sejas do primeiro ou do segundo caso.
Mas se tiveres que passar aos dois berros, não esperes demasiado. Mais vale perder a "educação" logo, do que perder primeiro a paciência para acabares por perder a "educação" a seguir.
Educação entre aspas, porque obviamente que ninguém precisa de ser mal educado, mas será sempre desagradável...
Desejo-te sorte, paciência e muito jogo de cintura. Mas não cedas, ou ficas sem vida própria.

Palavras muito sábias e que traduzem na perfeição tudo o que sinto. Foi mesmo essa a sensação que tive: que deixei de existir a partir do momento em que pari. Não importava se estava cheia de dores, de calor, de hormonas descontroladas, cheia de tudo. A minha casa tinha que estar aberta à comunidade, porque lá vivia um bebé que era de todos.
Temo-nos mantido firmes e as coisas estão a acalmar, pelo menos aparentemente. Mas nunca serão iguais. E se houver mais episódios, pelo menos já não me apanharão desprevenida.

Lillith -
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Desde 18 Maio 2010

Gigi_porto escreveu:
A minha casa tinha que estar aberta à comunidade, porque lá vivia um bebé que era de todos.

Foi isto que eu não permiti... E tentaram... Não gostaram de saber que a minha casa não era a casa da sogra... Paciência!
Bem podem achar que eu sou o diabo que é para o lado que eu durmo melhor.
Não cedas agora. É melhor um primeiro ano do bebé com algumas chatices e amuos da família, do que cederes e viverem um inferno para sempre (ou até os miúdos terem vida própria).
Esta informação devia vir no pacote quando engravidamos, mas não vem. Ninguém nos fala disto. As mulheres "desabafam" umas com as outras depois de terem os filhos, mas ninguém nos previne para esta porcaria toda que a maioria tem que aturar.
Estragam uma fase que devia ser das melhores da nossa vida e ainda fazem de nós as más da fita.
Só conheci verdadeiramente a família do meu marido quando o meu filho nasceu. Já tive alguns atritos na gravidez, porque me diziam que ia ser assim e assado, mas depois de ele nascer é que vi com quem estava metida. Lamentável que as pessoas não tenham noção do lugar que ocupam. Irremediável o dano nas relações.
Depois é viver com isto... gerir da melhor forma para não deixar afectar o que realmente importa, a nossa sanidade mental e a relação do casal.

Sobre Lillith

http://www.stuffnperfumes.com/
Testes de gravidez e ovulação, perfumes, cosméticos...

bolas_e_bolinhas -
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Desde 31 Mar 2012

Gigi_porto escreveu:

Lillith escreveu:
Gigi_porto escreveu:Eu tinha uma boa relação com a minha sogra, não me podia queixar, daí a minha desilusão ter sido ainda maior. Agora não a consigo ver da mesma forma e penso que isso não voltará a acontecer. Não consigo aceitar todas as cenas que fez e o reclamar tanta atenção para ela própria num momento tão nosso.
Com a minha mãe falei hoje e ela compreendeu.

Não quero ser mazinha, mas preocupa-me que a procissão possa só ir no adro...
Mantém o teu marido do teu lado. Porque se ele, em algum momento, começar a dar ouvidos às queixas da mãe, aí sim, vais ver a tua vida andar para trás. E nunca menosprezes a capacidade que ela poderá ter de dar a volta ao filho, mesmo que aches que não exista, não vá o diabo tecê-las...
Este problema faz parte de um lado cinzento da maternidade que não devia acontecer.
Um dia entras na maternidade para teres o teu filho, e parece que a tua vida acaba. Parece que deste uma cambalhota com a família toda e que agora todos têm um bebé menos tu, porque contigo ninguém se preocupa. Todos sabem mais do que tu, o que deves fazer/dar ao bebé, porque é que ele chora, do que ele precisa. Isto não acabará tão cedo. E não serão só as avós, será meio mundo, os conhecidos e os desconhecidos.
O teu filho terá muitas vezes cólicas, quando na realidade estará farto de andar de colo em colo, de pessoas que não lhe dizem nada, mesmo sendo família. Mas insistirão em mantê-lo no colo, porque são cólicas. E a seguir vão ser dentes ou outra porcaria qualquer. Nunca vai é ser nada do que tu disseres.
Eu tive problemas como quase todos. Com os avós paternos a coisa piora e acho sinceramente que é pelo facto de eles não nos reconhecerem autoridade perante um bebé que na cabeça deles é do filho deles, logo deles e necessariamente sob a influência deles. O que é errado. A essa altura do campeonato, os filhos deles são pais, e não meninos dos papás.
Acho que a ideia de um membro da família deles não ser cuidado/educado segundo os padrões deles baralha-lhes o cérebro de tal forma que se tornam irracionais, muitas vezes ridículos até.
Esquecem-se que ao arranjar problemas na casa dos filhos, estão a mexer com a família do neto, e isso não é amor, é sentimento de posse.
Em alguns casos passa com o tempo, em outros passa com dois berros e noutros nunca passa.
Espero que sejas do primeiro ou do segundo caso.
Mas se tiveres que passar aos dois berros, não esperes demasiado. Mais vale perder a "educação" logo, do que perder primeiro a paciência para acabares por perder a "educação" a seguir.
Educação entre aspas, porque obviamente que ninguém precisa de ser mal educado, mas será sempre desagradável...
Desejo-te sorte, paciência e muito jogo de cintura. Mas não cedas, ou ficas sem vida própria.

Palavras muito sábias e que traduzem na perfeição tudo o que sinto. Foi mesmo essa a sensação que tive: que deixei de existir a partir do momento em que pari. Não importava se estava cheia de dores, de calor, de hormonas descontroladas, cheia de tudo. A minha casa tinha que estar aberta à comunidade, porque lá vivia um bebé que era de todos.
Temo-nos mantido firmes e as coisas estão a acalmar, pelo menos aparentemente. Mas nunca serão iguais. E se houver mais episódios, pelo menos já não me apanharão desprevenida.

Eu basicamente senti-me uma mera parideira para a família do meu marido: sogros e cunhada(s). Agiam como se eu não existisse, ignoravam-me, queriam mandar, decidir até a hora de mamar, e quando podia vir ao colo da mãe...o que geralmente não podia. Nunca percebi porque lhes metia impressão a menina querer a mãe... a menina olhar para a mãe. A bébé da minha cunhada (irmã do meu marido) que tem meses de diferença da minha, já podia estar no colo da mãe à vontade. A minha filha nem dormir podia. Abriam a porta do carro sem pedir, tiravam ovo do carro sem sequer dizer bom dia. Foi insuportável.
E eu também gostava daquelas pessoas antes de ser mãe, e também achava que gostavam de mim... e sinceramente, também fiquei muito desiludida. As coisas nunca mais voltaram ao que era. e se calhar nunca vão voltar. E acredito que para eles eu sou a má da fita, que afasta o irmão / filho e a neta / sobrinha dos pais / avós / tios. A nora esquisitoide.

bolas_e_bolinhas -
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Desde 31 Mar 2012

Lillith escreveu:

Gigi_porto escreveu:A minha casa tinha que estar aberta à comunidade, porque lá vivia um bebé que era de todos.

Foi isto que eu não permiti... E tentaram... Não gostaram de saber que a minha casa não era a casa da sogra... Paciência!
Bem podem achar que eu sou o diabo que é para o lado que eu durmo melhor.
Não cedas agora. É melhor um primeiro ano do bebé com algumas chatices e amuos da família, do que cederes e viverem um inferno para sempre (ou até os miúdos terem vida própria).
Esta informação devia vir no pacote quando engravidamos, mas não vem. Ninguém nos fala disto. As mulheres "desabafam" umas com as outras depois de terem os filhos, mas ninguém nos previne para esta porcaria toda que a maioria tem que aturar.
Estragam uma fase que devia ser das melhores da nossa vida e ainda fazem de nós as más da fita.
Só conheci verdadeiramente a família do meu marido quando o meu filho nasceu. Já tive alguns atritos na gravidez, porque me diziam que ia ser assim e assado, mas depois de ele nascer é que vi com quem estava metida. Lamentável que as pessoas não tenham noção do lugar que ocupam. Irremediável o dano nas relações.
Depois é viver com isto... gerir da melhor forma para não deixar afectar o que realmente importa, a nossa sanidade mental e a relação do casal.

Lilith tal e qual... eu nem na gravidez suspeitei... a seguir ao parto é que foram elas, fizeram me a vida num inferno. A senhora minha sogra, a minha cunhada mais velha e sogro. O pior é que nunca ultrapassei. Guardo muita mágoa e ressentimentos. e hora gosto de estar com eles, ora são pessoas que preferia não ver nunca mais. Não quiseram saber de mim, das minhas necessidades e sentimentos para nada. E sim, para eles eu devo ser a nora / cunhada esquisita e má, e coisas do género. Que a vida lhes dê o devido troco.
Tive muitos problemas com meu marido, que da minha parte não estão totalmente ultrapassados porque a minha mágoa continua cá e ele tb me desiludiu, porque não tomou posição. sinto mágoa também dele.
Há amor, mas há magoa.
Estragaram a melhor fase da minha vida, que a vida lhes retribua a dobrar, é o que desejo.

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Meu Deus! Tanta, mas tanta mágoa que vai por aqui...eu compreendo perfeitamente, notem. Também passei momentos bem difíceis após o nascimento do meu primeiro filho (e pouco antes estive à beira do divórcio por ter recusado que um cunhado fosse viver lá para casa em vésperas de eu dar à luz). Mas acho que muita dessa mágoa advém de coisas que foram ficando entaladas, que não se disseram nem se fizeram no devido tempo. Por exemplo, eu entendo que, se pais/sogros aparecerem para aí uma vez por semana, se tenha até certo ponto de levar com eles. Mas...todos os dias?! Alguém abre a porta de sua casa seja a quem for, todos os dias, contra a sua vontade?! Eu tenho dificuldade em perceber como se chega a este ponto. É dizer que não se quer a pessoa lá em casa tantas vezes e pronto. Ficam chateados? Ótimo. Pode ser que apareçam menos.
Eu tive de por os pontos nos iii várias vezes com a família do meu marido e, se não o tivesse feito, estava desgraçada. Com o segundo filho já ninguém se atreveu a desautorizar-me. Perceberam que quem tinha a perder eram eles...

bolas_e_bolinhas -
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Desde 31 Mar 2012

Tem razao kelly. A culpa maior é do que ficou guardado e nao saiu. Mas sou assim em tudo. Guardo, guardo, nao me sei expressar da melhor forma o que sinto, os cuidados para nao melindrar ninguem e depois quem se lixa sou eu. Por isso... Deitem para fora na altura certa e nao deixem nada ficar podre, nem sentimentos nem relacoes familiares.

Lillith -
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Desde 18 Maio 2010

KellyPT escreveu:
Meu Deus! Tanta, mas tanta mágoa que vai por aqui...eu compreendo perfeitamente, notem. Também passei momentos bem difíceis após o nascimento do meu primeiro filho (e pouco antes estive à beira do divórcio por ter recusado que um cunhado fosse viver lá para casa em vésperas de eu dar à luz). Mas acho que muita dessa mágoa advém de coisas que foram ficando entaladas, que não se disseram nem se fizeram no devido tempo. Por exemplo, eu entendo que, se pais/sogros aparecerem para aí uma vez por semana, se tenha até certo ponto de levar com eles. Mas...todos os dias?! Alguém abre a porta de sua casa seja a quem for, todos os dias, contra a sua vontade?! Eu tenho dificuldade em perceber como se chega a este ponto. É dizer que não se quer a pessoa lá em casa tantas vezes e pronto. Ficam chateados? Ótimo. Pode ser que apareçam menos.
Eu tive de por os pontos nos iii várias vezes com a família do meu marido e, se não o tivesse feito, estava desgraçada. Com o segundo filho já ninguém se atreveu a desautorizar-me. Perceberam que quem tinha a perder eram eles...

Da minha parte não há mágoa nenhuma, até porque não permiti os abusos. Tentaram, e isso chega para ver com o que conto.
Apenas percebo que aquelas pessoas que não se conseguem impôr guardem mágoas, porque foram realmente vítimas de enormes faltas de respeito.
Os meus problemas com visitas acabaram no momento que começaram, porque não deixo coisas por dizer. Os meus problemas com intromissões foram raros, porque nunca deixei que se intrometessem. Tenho um feitio complicado, mas como o meu sogro diz, pelo menos não falo nas costas nem mando recados pelo meu marido, eles sabem todos o que eu penso e o que me desagrada.
Só que não fizeram do nascimento do neto a palhaçada que queriam fazer, só isso. Não se enfiaram lá em casa sempre que lhes apeteceu, de surpresa e para comer como estavam habituados, porque eu não permiti. Mas tentaram...
Continuo a ter uma boa relação com eles, eles é que continuam a portar-se como os miúdos, sempre a ver até onde podem esticar a corda. Eles é que estão "torcidos" comigo vá, sempre a ver se arranjam confusão.
Regra geral nem perco muito tempo com explicações, sempre que ignoram alguma coisa que eu digo, eu digo apenas que a mãe já falou e o que a mãe diz é lei. O meu marido não se manifesta e eles acatam, com cara de quem comeu e não gostou, mas paciência!
E tal como tu fui pondo as pintas nos iis sempre que necessário, ainda ponho. Senão também estava desgraçada. Mesmo desgraçada! Desde darem canivetes, isqueiros, saca-rolhas para a mão do miúdo, para brincar, às imposições de que o sumo lhe faz melhor que a água, porque a água cai mal e é muito fria e até a imposição de lhe dar álcool porque faz falta a todos e ele já pode bem começar a provar... Mas dizem sempre que vai ser assim, tenho que repetir a ladaínha do "essa é a sua opinião e nem vou perder tempo a contrariar, apenas não tive um filho consigo para termos que estar de acordo, o que eu digo é lei e ponto final". Outras vezes sorrio e digo "quer ver que você já manda e ninguém me informou?" Espumam, mas acaba ali...
Por isso, em relação a estes assuntos, o que faço sempre é incentivar as pessoas a falarem, a resolverem na hora, a serem curtos e grossos se necessário para não deixarem os problemas escalarem ao ponto de se tornarem numa mágoa irremediável ou mesmo minarem a relação com os maridos. Que não esperem que os maridos tomem a iniciativa de educarem os pais/irmãos. Abençoados os raros que o fazem sem ser a pedido da mulher. E mesmo a pedido da mulher, alguns não têm coragem de se impor/opor aos pais. Respeitem, tomem as rédeas e digam o que têm a dizer.
A visita é inconveniente, digam! Nem que seja num tom de brincadeira, mas digam! Estão a abusar das visitas? Digam! Querem o vosso filho no vosso colo e não vos entregam? Vão buscar! Não gostam? Azar! Reclamam? Respondam que não fizeram um nenuco para os outros brincarem! Evitam dar para o vosso colo? Peguem! Informem que não têm que pedir para pegar no vosso filho! São alguns meses mais tensos, mas as pessoas percebem que não vão a lugar nenhum e acalmam.

Sobre Lillith

http://www.stuffnperfumes.com/
Testes de gravidez e ovulação, perfumes, cosméticos...

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Lillith escreveu:

KellyPT escreveu:Meu Deus! Tanta, mas tanta mágoa que vai por aqui...eu compreendo perfeitamente, notem. Também passei momentos bem difíceis após o nascimento do meu primeiro filho (e pouco antes estive à beira do divórcio por ter recusado que um cunhado fosse viver lá para casa em vésperas de eu dar à luz). Mas acho que muita dessa mágoa advém de coisas que foram ficando entaladas, que não se disseram nem se fizeram no devido tempo. Por exemplo, eu entendo que, se pais/sogros aparecerem para aí uma vez por semana, se tenha até certo ponto de levar com eles. Mas...todos os dias?! Alguém abre a porta de sua casa seja a quem for, todos os dias, contra a sua vontade?! Eu tenho dificuldade em perceber como se chega a este ponto. É dizer que não se quer a pessoa lá em casa tantas vezes e pronto. Ficam chateados? Ótimo. Pode ser que apareçam menos.
Eu tive de por os pontos nos iii várias vezes com a família do meu marido e, se não o tivesse feito, estava desgraçada. Com o segundo filho já ninguém se atreveu a desautorizar-me. Perceberam que quem tinha a perder eram eles...

Da minha parte não há mágoa nenhuma, até porque não permiti os abusos. Tentaram, e isso chega para ver com o que conto.
Apenas percebo que aquelas pessoas que não se conseguem impôr guardem mágoas, porque foram realmente vítimas de enormes faltas de respeito.
Os meus problemas com visitas acabaram no momento que começaram, porque não deixo coisas por dizer. Os meus problemas com intromissões foram raros, porque nunca deixei que se intrometessem. Tenho um feitio complicado, mas como o meu sogro diz, pelo menos não falo nas costas nem mando recados pelo meu marido, eles sabem todos o que eu penso e o que me desagrada.
Só que não fizeram do nascimento do neto a palhaçada que queriam fazer, só isso. Não se enfiaram lá em casa sempre que lhes apeteceu, de surpresa e para comer como estavam habituados, porque eu não permiti. Mas tentaram...
Continuo a ter uma boa relação com eles, eles é que continuam a portar-se como os miúdos, sempre a ver até onde podem esticar a corda. Eles é que estão "torcidos" comigo vá, sempre a ver se arranjam confusão.
Regra geral nem perco muito tempo com explicações, sempre que ignoram alguma coisa que eu digo, eu digo apenas que a mãe já falou e o que a mãe diz é lei. O meu marido não se manifesta e eles acatam, com cara de quem comeu e não gostou, mas paciência!
E tal como tu fui pondo as pintas nos iis sempre que necessário, ainda ponho. Senão também estava desgraçada. Mesmo desgraçada! Desde darem canivetes, isqueiros, saca-rolhas para a mão do miúdo, para brincar, às imposições de que o sumo lhe faz melhor que a água, porque a água cai mal e é muito fria e até a imposição de lhe dar álcool porque faz falta a todos e ele já pode bem começar a provar... Mas dizem sempre que vai ser assim, tenho que repetir a ladaínha do "essa é a sua opinião e nem vou perder tempo a contrariar, apenas não tive um filho consigo para termos que estar de acordo, o que eu digo é lei e ponto final". Outras vezes sorrio e digo "quer ver que você já manda e ninguém me informou?" Espumam, mas acaba ali...
Por isso, em relação a estes assuntos, o que faço sempre é incentivar as pessoas a falarem, a resolverem na hora, a serem curtos e grossos se necessário para não deixarem os problemas escalarem ao ponto de se tornarem numa mágoa irremediável ou mesmo minarem a relação com os maridos. Que não esperem que os maridos tomem a iniciativa de educarem os pais/irmãos. Abençoados os raros que o fazem sem ser a pedido da mulher. E mesmo a pedido da mulher, alguns não têm coragem de se impor/opor aos pais. Respeitem, tomem as rédeas e digam o que têm a dizer.
A visita é inconveniente, digam! Nem que seja num tom de brincadeira, mas digam! Estão a abusar das visitas? Digam! Querem o vosso filho no vosso colo e não vos entregam? Vão buscar! Não gostam? Azar! Reclamam? Respondam que não fizeram um nenuco para os outros brincarem! Evitam dar para o vosso colo? Peguem! Informem que não têm que pedir para pegar no vosso filho! São alguns meses mais tensos, mas as pessoas percebem que não vão a lugar nenhum e acalmam.

Concordo absolutamente com tudo o que dizes e o meu ponto é esse mesmo: temos mesmo de nos impor, de não deixar nada por dizer nem de estar à espera que outrem faça alguma coisa. Caso contrário, os ressentimentos acumulam-se e as mágoas também

bolas_e_bolinhas -
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Desde 31 Mar 2012

Oxala eu tivesse a vossa maneira de ser. Nao fiz exatamente assim e eu é k sofri / sofro. Quando comecei a reagir meio ano depois ja foi tarde. E mesmo assim, para eles, devo ser a má...

Lillith -
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Desde 18 Maio 2010

bolas_e_bolinhas escreveu:
Oxala eu tivesse a vossa maneira de ser. Nao fiz exatamente assim e eu é k sofri / sofro. Quando comecei a reagir meio ano depois ja foi tarde. E mesmo assim, para eles, devo ser a má...

Ainda vais a tempo de mudar de atitude...
Queres um exemplo bem recente?
Bebé no colo da avó paterna, a fazer um grande frete... Olhava para mim a ver se eu o socorria.
Avó: Ele não tira os olhos do pai! Ele quer o pai!
Fingi que não ouvia, tal como ela fingiu não perceber o que o neto queria na verdade.
Ao fim de ouvi-la repetir aquilo 3 vezes, levanto-me e ela tem o reflexo de o virar de costas para mim. Educadamente digo "dê cá... anda filhote" e a senhora muito aflita... "eu passo-o ao pai, não tem problema nenhum, se é o pai que ele quer..." e tiro-lhe o bebé do colo, mesmo de costas e entrego ao pai. "pega pai".
O pai até pegou, mas o miúdo armou o berreiro.
Pai: Pois, tu querias era a mãe, não é? O teu miminho é na mãe!
Avó (com cara de enjoada): Mas ele queria o pai, estava sem tirar os olhos do pai...
Eu com o bebé ao colo, já caladinho que nem um rato só disse à senhora "só na sua cabeça é que ele me troca pelo pai, para mal dos meus pecados, ele nunca quer o pai. Não é meu amor? Quem tem esta mãe, tem tudo!"
Bebé (com um grande sorriso): Shiiiii
A senhora nem pode apontar-me o dedo de coisa nenhuma, no entanto o que havia a dizer ficou dito, com toda a educação.
Eu podia ter ficado de trombas com ela, não dizer nada e acabar por pegar no meu filho na mesma quando ela se enchesse. Ficava a rezar-lhe na pele e ela a achar que eu sou ranhosa. Assim, eu fiquei bem, e ela pensa mal de mim se quiser, mas razões não tem!

Sobre Lillith

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KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Lillith escreveu:

bolas_e_bolinhas escreveu:Oxala eu tivesse a vossa maneira de ser. Nao fiz exatamente assim e eu é k sofri / sofro. Quando comecei a reagir meio ano depois ja foi tarde. E mesmo assim, para eles, devo ser a má...

Ainda vais a tempo de mudar de atitude...
Queres um exemplo bem recente?
Bebé no colo da avó paterna, a fazer um grande frete... Olhava para mim a ver se eu o socorria.
Avó: Ele não tira os olhos do pai! Ele quer o pai!
Fingi que não ouvia, tal como ela fingiu não perceber o que o neto queria na verdade.
Ao fim de ouvi-la repetir aquilo 3 vezes, levanto-me e ela tem o reflexo de o virar de costas para mim. Educadamente digo "dê cá... anda filhote" e a senhora muito aflita... "eu passo-o ao pai, não tem problema nenhum, se é o pai que ele quer..." e tiro-lhe o bebé do colo, mesmo de costas e entrego ao pai. "pega pai".
O pai até pegou, mas o miúdo armou o berreiro.
Pai: Pois, tu querias era a mãe, não é? O teu miminho é na mãe!
Avó (com cara de enjoada): Mas ele queria o pai, estava sem tirar os olhos do pai...
Eu com o bebé ao colo, já caladinho que nem um rato só disse à senhora "só na sua cabeça é que ele me troca pelo pai, para mal dos meus pecados, ele nunca quer o pai. Não é meu amor? Quem tem esta mãe, tem tudo!"
Bebé (com um grande sorriso): Shiiiii
A senhora nem pode apontar-me o dedo de coisa nenhuma, no entanto o que havia a dizer ficou dito, com toda a educação.
Eu podia ter ficado de trombas com ela, não dizer nada e acabar por pegar no meu filho na mesma quando ela se enchesse. Ficava a rezar-lhe na pele e ela a achar que eu sou ranhosa. Assim, eu fiquei bem, e ela pensa mal de mim se quiser, mas razões não tem!

Eu cheguei a tirar o meu filho do colo deles só porque o passavam de colo em colo como se eu não existisse. Uma vez um cunhado virou-me as costas para não mo dar, mas eu dei a volta e tirei-lhe o miúdo do colo praticamente à força. Ficaram de trombas, mas o problema foi deles. Deste segundo, raramente é preciso. Ele pede para vir para o meu colo e era o que faltava não mo darem. Aliás, nem ao primeiro aniversário vieram, o que me deu evidentemente uma grande alegria ?

LSL -
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Desde 28 Out 2010

Eu vejo as histórias de todas e vejo a minha própria história e só penso... como é possível está gentinha não se tocar? As coisas que saem destes avós é de bradar aos céus!

Os meus sogros não têm jeito nenhum para crianças. A minha sogra ainda vai desenrascando mas o meu sogro nem pensar. Não dá. Também percebesse, só tiveram um filho à 30 anos atrás e já tinham 40 anos! Eu juro que não sei como o meu marido saiu como saiu! Juro! Não percebo! Mas acho mesmo que o ter saído de casa aos 15 para estudar na cidade e viver sozinho com colegas o ajudou muito a ganhar asas. Coitado dele se não o tivesse feito.

Mas isto para dizer o quê? O meu sogro a única coisa que sabia fazer com a miúda era dar-lhe colo. Mais nada. Desde a hora a que chegávamos lá até à hora de irmos embora (e passamos lá dias por é longe) sempre que estava em casa andava com a miúda pela casa toda ao colo. E eu deixava. Com isso não me chateei. Se bem que às vezes tinha de pôr um stop porque depois quem a aturava era eu. Mas deixava porque era como eu lhe dizia... deixe-a andar que nunca mais a apanha no colo. Foi certinho. Ela começou a andar, nunca mais quis colo e o avô não aproveitou a oportunidade para ir aprendendo aos bocadinhos a brincar com ela a outras coisas. Ainda hoje. Ela adora o avô mas nunca o chama para brincar porque ele não sabe. Cabe-lhes a eles tentar. Mas depois vai e põe um martelo na mão da miúda e a mãe que barafusta com essa decisão é que é a bruxa!!!

Lillith -
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Desde 18 Maio 2010

KellyPT escreveu:
Eu cheguei a tirar o meu filho do colo deles só porque o passavam de colo em colo como se eu não existisse. Uma vez um cunhado virou-me as costas para não mo dar, mas eu dei a volta e tirei-lhe o miúdo do colo praticamente à força. Ficaram de trombas, mas o problema foi deles. Deste segundo, raramente é preciso. Ele pede para vir para o meu colo e era o que faltava não mo darem. Aliás, nem ao primeiro aniversário vieram, o que me deu evidentemente uma grande alegria ?

Aqui passava-se o mesmo. E uma vez, no colo do meu sogro, o miúdo a chorar, vou pegar nele e ele grita comigo, prendendo o miúdo "deixe-o estar que ele acaba por se calar".
No mesmo tom de voz e a olhar-lhe nos olhos e sem tirar as mãos do meu filho, respondi "importa-se que eu pegue no meu filho, ou tenho que lhe voltar a explicar que eu não preciso de pedir a ninguém para pegar nele?"
Achas que gostou? Nem sei como não se incendiou, mas acho que vi o fumo Espertalhão
E também resolveram ir para fora para não estarem cá no aniversário do neto... Queriam que eu lho mandasse para eles passarem o dia com ele... Certo, eu deixei um dia de férias para passar o primeiro aniversário com o meu filho, mas ia mandá-lo para lá (já tendo eu dito que não lho confio pelas razões que também lhes expliquei)... Ah e nem me disseram, picam o filho nas minhas costas, claro...
O meu marido já nem queria fazer a festa ao miúdo por eles não estarem e, cheirando-me que o objectivo era depois comprarem eles o bolo e fazerem a festa em casa deles no domingo seguinte assumindo o papel que eu não os deixo à força, só disse ao meu marido que a festa fazia-se com quem estivesse. Quem não está não faz falta, nem na festa nem em nada.
Foi vê-los entrar portinha a dentro com a violinha no saco... Fizeram uma viagem de mais de 600km só para "sabotarem" a festa e acabaram a regressar passado dois dias com o rabinho entre as pernas Espertalhão
Até preferia que não estivessem, porque só para os "controlar" a quererem dar álcool ao neto é uma trabalheira, mas era imperativo que mais uma vez os colocasse no lugar. E nem piaram! Comigo não fazem farinha. Por bem têm tudo, por mal também.

Sobre Lillith

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KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Lillith escreveu:

KellyPT escreveu:Eu cheguei a tirar o meu filho do colo deles só porque o passavam de colo em colo como se eu não existisse. Uma vez um cunhado virou-me as costas para não mo dar, mas eu dei a volta e tirei-lhe o miúdo do colo praticamente à força. Ficaram de trombas, mas o problema foi deles. Deste segundo, raramente é preciso. Ele pede para vir para o meu colo e era o que faltava não mo darem. Aliás, nem ao primeiro aniversário vieram, o que me deu evidentemente uma grande alegria ?

Aqui passava-se o mesmo. E uma vez, no colo do meu sogro, o miúdo a chorar, vou pegar nele e ele grita comigo, prendendo o miúdo "deixe-o estar que ele acaba por se calar".
No mesmo tom de voz e a olhar-lhe nos olhos e sem tirar as mãos do meu filho, respondi "importa-se que eu pegue no meu filho, ou tenho que lhe voltar a explicar que eu não preciso de pedir a ninguém para pegar nele?"
Achas que gostou? Nem sei como não se incendiou, mas acho que vi o fumo Espertalhão
E também resolveram ir para fora para não estarem cá no aniversário do neto... Queriam que eu lho mandasse para eles passarem o dia com ele... Certo, eu deixei um dia de férias para passar o primeiro aniversário com o meu filho, mas ia mandá-lo para lá (já tendo eu dito que não lho confio pelas razões que também lhes expliquei)... Ah e nem me disseram, picam o filho nas minhas costas, claro...
O meu marido já nem queria fazer a festa ao miúdo por eles não estarem e, cheirando-me que o objectivo era depois comprarem eles o bolo e fazerem a festa em casa deles no domingo seguinte assumindo o papel que eu não os deixo à força, só disse ao meu marido que a festa fazia-se com quem estivesse. Quem não está não faz falta, nem na festa nem em nada.
Foi vê-los entrar portinha a dentro com a violinha no saco... Fizeram uma viagem de mais de 600km só para "sabotarem" a festa e acabaram a regressar passado dois dias com o rabinho entre as pernas Espertalhão
Até preferia que não estivessem, porque só para os "controlar" a quererem dar álcool ao neto é uma trabalheira, mas era imperativo que mais uma vez os colocasse no lugar. E nem piaram! Comigo não fazem farinha. Por bem têm tudo, por mal também.

Eu acho que se tentassem dar álcool aos meus filhos chamava a polícia. E era certo que me passa a completamente da cabeça. Isso, para mim, era motivo para cortar relações

bolas_e_bolinhas -
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Desde 31 Mar 2012

O que eu nao entendo - juro que nao - é qual a razao para estas coisas acontecerem. So me ocorre serem ciumes. Infundados na minha opiniao. É que reparem, apesar de serem pessoas antigas e conservadoras, os unicos motivos de queixa que tive (e grandes) foram apos o parto. Antes disso nunca senti qualquer intereferencia na nossa vida. Se calhar andava distraída. Lol sao pessoas mt honestas e trabalhadoras, nesse aspeto nao tenho nada a falar mal. Sao muito unidos entre eles enquanto familia. Os meus sogros sao bons pais e bons avós que gostam dr todos os filhos e todos os netos. Posso dizer que quando me conheceram me receberam muito bem. Eu ainda era só namorada do filho e no natal e nos anos recebia na mesma medida que ele. Nao quero com isto dizer que as pessoas recebem bem ou mal na medida das prendas que dao. Quero apenas dar um exemplo. Muitas vezes a minha sogra mandava me sopa feita para casa. Coisas assim. Ou seja, se fosse má nao o fazia.
O problema surgiu com o nascimento da neta. Ela, meu sogro e uma cunhada parece que ficaram doidos. Parecia que queriam apoderar se da menina, competir com a minha fanilia, uma ciumeira doida. Daí a invadirem o neu espaco, a ignorarem me e a terem as atitudes que tiveram foi um ápice. E correu mt mal pq eu nao lhes consigo perdoar nem conpreender.

FSilsa -
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Desde 08 Abr 2014

Sinto-me tão mas tão aliviada por ler estes últimos comentários! Isto porque eu pensava que era a única alma deste mundo que até ficava contente quando eles ficavam chateados comigo/connosco que era da forma que não os aturava. Juro que me sentia culpada por ficar contente e tentava tirar esse pensamento maléfico da minha cabeça. Opah, mas uns dias sem os aturar é quase como estar no paraíso. Não ter de levar com a cara deles é terapêutico. Ao menos aqui posso dize-lo.

Lillith -
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Desde 18 Maio 2010

KellyPT escreveu:
Eu acho que se tentassem dar álcool aos meus filhos chamava a polícia. E era certo que me passa a completamente da cabeça. Isso, para mim, era motivo para cortar relações

Por isso só batem na tecla, tentar nunca tentaram. LOL
Eles sabem bem com quem lidam. E já os avisei que se tentarem, só o voltam a ver quando ele tiver 18 anos, se ele lá quiser ir...

Sobre Lillith

http://www.stuffnperfumes.com/
Testes de gravidez e ovulação, perfumes, cosméticos...

Lillith -
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Desde 18 Maio 2010

bolas_e_bolinhas escreveu:
Antes disso nunca senti qualquer intereferencia na nossa vida. Se calhar andava distraída.

Ou eles desinteressados... Esta parvalheira surge quando chega um membro novo à família e eles não conseguem fazer o que querem.
Além do choque de mentalidades pela diferença de gerações, vêm questões de hábitos.
Eu ouvia a minha sogra dizer muitas vezes "eles não são como nós", referindo-se a outras famílias. Depois aparece alguém que para os avós devia estar no "nós", mas que vai ser educado por alguém que não é.
Os meus avariaram daquela cabeça. Disseram disparates, tentaram pôr o filho contra mim. Disse-lho sempre. Aliás, disse na cara da minha sogra, a propósito de uma boquinha que ela mandou, que tinha ainda que me explicar como é que alguém que tão mal falou da sogra por envenenar o filho contra ela e não os deixar ser uma família, agora achava que o correcto era ter o filho debaixo da saia, mandar no neto e calcar a nora. E disse-lho na frente do marido. Disse-lhe que o problema das sogras é esquecerem-se facilmente do que lhes causou problemas em casa quando é a vez delas de quererem mandar na casa dos outros. Só se esquecem é que mulher nenhuma gosta, e se antigamente se sofria e aguentava, agora é com bastante mais leviandade que se põe uns patins ao marido, à sogra e à cambada toda que veio atrelada.
Não me explicou nada mas também não mandou mais bocas nem piadinhas...
Eu nem perdoo nem deixo de perdoar. Não me são absolutamente nada. São família do marido e do meu filho. Respeito-os na medida em que me respeitarem. Foi a educação que tive.

Sobre Lillith

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Testes de gravidez e ovulação, perfumes, cosméticos...

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Lillith escreveu:

KellyPT escreveu:Eu acho que se tentassem dar álcool aos meus filhos chamava a polícia. E era certo que me passa a completamente da cabeça. Isso, para mim, era motivo para cortar relações

Por isso só batem na tecla, tentar nunca tentaram. LOL
Eles sabem bem com quem lidam. E já os avisei que se tentarem, só o voltam a ver quando ele tiver 18 anos, se ele lá quiser ir...

Um tio do meu ex também dizia que o ia fazer, chamava-lhe matar o "bichoco"! Quando esse tio andava por perto nem mostrava os dentes que era para ele perceber que eu não sou pêra doce. Nunca passou das palavras.

Houve um ex-cunhado que tentou ensinar o meu filho a dizer p*t*, tão giro ser a primeira palavra dos filhos dos outros... respondi-lhe que quando o meu filho chamasse de p*t* a filha dele, que se lembrasse de quem o ensinou e nem pensasse em fazer algo ao meu filho por isso. Desistiu rapidamente
Gargalhadas

Mas eu até nem tenho queixa da família paterna do meu miúdo, foram só assim umas coisas mais parvas que eles faziam de vez em quando.

FSilsa -
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Desde 08 Abr 2014

E mergulhar os bebés no mostro? (vinho acabado de fazer, ou seja aquele líquido que sai do lagar enquanto eles ainda estão a pisar as uvas) Aqui era tradiçao antigamente. Felizmente já entrou em desuso! E dar vinho aos bebés na chucha, etc etc etc

LSL -
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Desde 28 Out 2010

Lillith escreveu:

bolas_e_bolinhas escreveu:Antes disso nunca senti qualquer intereferencia na nossa vida. Se calhar andava distraída.

Ou eles desinteressados... Esta parvalheira surge quando chega um membro novo à família e eles não conseguem fazer o que querem.
Além do choque de mentalidades pela diferença de gerações, vêm questões de hábitos.
Eu ouvia a minha sogra dizer muitas vezes "eles não são como nós", referindo-se a outras famílias. Depois aparece alguém que para os avós devia estar no "nós", mas que vai ser educado por alguém que não é.
Os meus avariaram daquela cabeça. Disseram disparates, tentaram pôr o filho contra mim. Disse-lho sempre. Aliás, disse na cara da minha sogra, a propósito de uma boquinha que ela mandou, que tinha ainda que me explicar como é que alguém que tão mal falou da sogra por envenenar o filho contra ela e não os deixar ser uma família, agora achava que o correcto era ter o filho debaixo da saia, mandar no neto e calcar a nora. E disse-lho na frente do marido. Disse-lhe que o problema das sogras é esquecerem-se facilmente do que lhes causou problemas em casa quando é a vez delas de quererem mandar na casa dos outros. Só se esquecem é que mulher nenhuma gosta, e se antigamente se sofria e aguentava, agora é com bastante mais leviandade que se põe uns patins ao marido, à sogra e à cambada toda que veio atrelada.
Não me explicou nada mas também não mandou mais bocas nem piadinhas...
Eu nem perdoo nem deixo de perdoar. Não me são absolutamente nada. São família do marido e do meu filho. Respeito-os na medida em que me respeitarem. Foi a educação que tive.

Ao ler o teu post Lilith vi que vai mesmo de encontro ao que penso. Muitas das opiniões que aqui no fórum ouvimos de pessoas que se dão bem com os sogros dizem... aí e tal não se esqueçam que também vai ser sogras! Eu acho que o problema está mesmo aí mas ao contrário... as sogras esqueceram-se do que passaram com as sogras delas. Tanto se queixaram e agora que é a vê delas fazem o mesmo! Tantas vezes a minha me disse que eu era uma filha que nunca teve, que nunca me iria fazer o que a sogra lhe fez, que isto é que aquilo.... e bem se vê! Mete-se cá em casa, faz queixa ao filho que eu não falo, ou que não ligo, manda bocas de que eu mando no filho... É certo que não é tão má como a sogra dela (sinceramente seria muito difícil que essa é uma víbora daqueles que põe os filhos uns contra os outros) mas tem os seus quês de parecido.

Não são as noras que se esquecem que vai ser sogras porque as noras ainda estão a aprender o que é isto de ser mãe para pensar num futuro tão distante. Elas é que se esqueceram do que foi ser noras com sogras metediças e impertinentes e em vez de ajudarem a nora nesta nova fase só dificultam.

E é minha opinião que é uma coisa territorial. Querem que nos recordemos que o filho, nosso marido, é delas primeiramente e que elas têm uma palavra a dizer em nossa casa. E como o filho é delas o neto também. E depois vem a ciumeira doentia da família materna. Esquecem-se é que muitas vezes com as atitudes que têm fazem com que nos aproximemos mais do outro lado. Por exemplo, eu nunca fui muito agarrada às saias da minha mãe, sempre fui muito independente apesar de ser das pesssoas mais importantes para mim. Desde as reações estupidas que os meus sogros têm nunca dei tanto valor aos meus pais como agora. Nunca! Até lhes tenho a agradece por isso. Fizeram com que eu visse as diferenças e desse graças a Deus pelos pais que tenho e pela relação saudável, de respeito e brincadeira que têm com o meu marido. E a sogra até de mim eu noto a ciumeira. Porque quando eles estão cá em casa e calha dos meus pais virem cá fazer uma visita eu abraço a minha mãe como se fosse ar (e naquele momento é mesmo!) e a sogra deita uns olhos!!! Meninas! Parece que queria que a abraçasse a ela ou tivesse com ela a mesma relação que com a minha mãe! Isso é impossível! Não vai acontecer nunca. E quanto mais merdinhas fazem pior... só me afastam. E sei que têm ciúmes da relação do meu marido com os meus pais. Ele é muito brincalhão e os meus pais também é estão sempre na galhofa e os sogros ficam ruídos. Azareto! Cada um tem o que merece! Só colhes o que semeias!

Gigi_porto -
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Desde 21 Fev 2017

Bem, depois de ler os vossos relatos, tenho a certeza de que agi bem. Tolerei abusos durante duas semanas. Achei que fosse suficiente para que a loucura colectiva com o nascimento do bebé passasse. Como não aconteceu, tive que me impor. Já não tenho visitas diárias; neste momento os meus sogros vêm cá umas duas vezes por semana e vamos reduzir para uma. E continuamos a definir uma hora para a visita, a que nos é mais conveniente, não a que lhes dá jeito. Claro que a minha sogra faz questão de frisar ao meu marido que não acha correcto, ou seja, queria aparecer quando bem lhe apetecesse. Neste momento já lhe passaram os amuos e já voltou a comer. ? Mas continua a ligar muito mais ao filho a lamuriar-se que está sozinha e ele não lhe liga, o que não é verdade e é muito injusto. Ciumeira.
A mim não me diz nada porque percebeu que também sei pôr as garras de fora. Devia achar que eu era mais uma a fazer-lhe as vontades todas; para isso já tem o coitado do marido.
E espero mesmo que fique por aqui. E já não é pouco!

FSilsa -
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Desde 08 Abr 2014

Gigi_porto escreveu:
Bem, depois de ler os vossos relatos, tenho a certeza de que agi bem. Tolerei abusos durante duas semanas. Achei que fosse suficiente para que a loucura colectiva com o nascimento do bebé passasse. Como não aconteceu, tive que me impor. Já não tenho visitas diárias; neste momento os meus sogros vêm cá umas duas vezes por semana e vamos reduzir para uma. E continuamos a definir uma hora para a visita, a que nos é mais conveniente, não a que lhes dá jeito. Claro que a minha sogra faz questão de frisar ao meu marido que não acha correcto, ou seja, queria aparecer quando bem lhe apetecesse. Neste momento já lhe passaram os amuos e já voltou a comer. ? Mas continua a ligar muito mais ao filho a lamuriar-se que está sozinha e ele não lhe liga, o que não é verdade e é muito injusto. Ciumeira.
A mim não me diz nada porque percebeu que também sei pôr as garras de fora. Devia achar que eu era mais uma a fazer-lhe as vontades todas; para isso já tem o coitado do marido.
E espero mesmo que fique por aqui. E já não é pouco!

Olá Gigi, ainda bem que conseguiram controlar as coisas os dois Sorriso Espero que fique mesmo por aí Sorriso Mas não custa nada estar sempre de pé atrás Sorriso Tudo de bom para a sua família e vaia dando notícias Espertalhão

bolas_e_bolinhas -
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Desde 31 Mar 2012

Poe te fina a tempo. Eu impus me mas ja foi tarde. Impedi alguns abusos mas nunca vou esquecer os que permiti. Sao coisas que vao ficar para sempre. E sei que para eles eu sou a má. A nora esquisita da "capital" como a minha sogra chama à cidade onde vivo, por ser capital de distrito. Diz isso a mandar a piadinha, por eu nao ser da aldeia deles nem do concelho deles. Sei que a mói e muito nao morarmos la. Meu marido tem la terreno. Em tempos eu mesma tive vontade de construir la. Mas com estas situacoes tenho pesadelos so de imaginar. Nao me iam deixar ser feliz.
Alem disso apeguei me ainda mais à minha familia e nao me imagino a ir para longe deles.
Gostava muito de ter um segundo filho. Mas assim nao posso arriscar. Iam dar cabo do meu casamento. A minha sogra ia fazer me a vida num inferno. Só para nos puxar para la. E eu nao conseguia passar por tudo o que passei.
E os vossos maridos defendem vos. O meu nao me defendeu. Para ele era tudo normal.sem maldade. Mesmo o que era de proposito ele finge que nunca viu. Esconde a cabeca na areia como se costuma dizer. Acha normal quando fingiam que nao percebiam que a menina queria o colo da mae e chorava. Perguntou me uma vez, como se fosse mt normal e isso me fosse tranquilizar: "ja pensaste que eles fazem isso para a menina nao ir ao teu colo?!" whattttt? E porque raio a menina quando estamos la nao pode ir ao colo da mae? Quem se julgaram eles para poder decidir quando é que a menina poder vir ao colo da mae?!
Durante a minha licenca - numa tentativa de lhes agradar - eu voluntariei me a ir la passar dias inteirinhos de manha à noite. Ia tipo uma vez por semana por vezes. Fiz tao mal! A partir daí passaram a achar k era minha obrigacao ir la e combinavam com o filho - meu marido - quando é k lhes dava jeito eu ir la passar o dia. Ou perguntavam me ao domingo "em que dia é que a menina vem ca?!" e reparem, nao é em que dia vens ca, era a menina. E quando eu ia passavam o dia a achar k a menina so podia vir ao meu colo para mamar. Se a minha sogra estivesse na cozimha com ela ao colo e precisasse de fazer alguma coisa ia à rua chamar meu sogro para ficar na cozinha com a menina ao colo. Nao a passava a mim. Numa das vezes a menina estava a choramingar no colo do meu sogro a pedir meu colo, e a minha sogra comecou a dizer "tem saudades da avó, tem saudades da avó!" e agarrou a e a menina continuou a choramingar a dar me os bracos. Ela nao me deu a menina e disse para a menina: "nao podes estar sempre ao colo" e foi senta la no sofa. Eu levantei me e fui agarrar a minha filha. O meu sogro dizia "dizia deixa que ela fica bem assim" eu agarrei a. Ele agarrou e tirou .e a minha filha do colo. E eu nao tive coragem de reagir. Fizeram me isto mais que uma vez. Fizeram me tao mal. Eu sinto muita raica. Quando comecei a reagir ja tinha passado meio ano disto. Ja fui tarde. Nunca me vou esquecer. Acho k foi muita maldade junta. Meu marido acha k nada foi pot mal. Justifica tudo com "eles so queriam que ela tambem gostasse deles" ou "eles sao de outra idade tens de dar um desconto". E algumas coisas nao foram à frente dele e ele chega a duvidar do que digo.
O que me provocou?! Muita magoa. Muita raiva. Mesmo agora que estao mais normais e ate gosto de la estar...vem me aquelas imagens à cabeca e sinto só raiva daquelas pessoas. E comecei com crises de ansiedade. E às tantas, estou com uma depressao. Tenho consulta marcada para esta semana. Arruinaram a melhor fase da minha vida. Arruinaram a nossa relacao familiar. E quase arruinaran o meu casamento. E estragaram os meus sonhos de ter mais que um filho porque agora nao tenho coragem de passar por tudo de novo.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Bolas e Bolinhas, eu já li tantos comentários seus, todos com tanta mágoa, com tanta raiva reprimida, que finalmente lhe vinha dizer o que a mim me parece óbvio, sozinha não vai conseguir lidar com isso. Mas visto que falou que tem uma consulta marcada, penso ser com um psicólogo certo? Faz bem. Tem mesmo de ultrapassar isso, até porque se deseja um segundo filho, não o ter por causa dos sogros... Isso é dar-lhes o poder de decisão sobre a sua vida! Não faça isso, só vai gerar mais raiva, e essa raiva acumulada geralmente transforma-se em raiva mal dirigida. Vai acabar por descontar em toda a gente à sua volta.
Procure ajuda, liberte-se desses sentimentos tão negativos, e faça com que o seu marido entenda que por muito que ele ache normal, as acções dos seus sogros magoam-na a si, e tem todo o direito de se sentir magoada. Duas pessoas não têm a mesma sensibilidade, e ele só tem de a respeitar, mesmo que não a entenda.
Boa sorte nessa jornada.

LSL -
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Desde 28 Out 2010

Ai Bolas e Bolinhas... mais uma vez.... como a percebo!

Também eu fiquei com crises de ansiedade e ataques de pânico. É certo que foram depois do parto da minha filha e derivados da ligeira depressao pós-parto que tive mas ainda assim aquilo que me dá mais ansiedade hoje em dia são os sogros. Só de pensar que se vão forçar a ficar cá quando este nascer dá-me logo uma crise. Estou à espera que este bebé nasça e depois vou marcar consulta num psicólogo. O meu médico de família já sugeriu mandar-me ser seguida no hospital e eu é que fui adiando. Mas acho que chegou a hora. Não consigo esquecer e avançar sozinha. Não consigo dar um sorriso quando cá estão. Ando ansiosa durante dias seguidos sempre que sei que eles vêm no fim de semana. São pessoas que eu penso que se nunca mais visse na vida ficaria feliz. Mas sei que o meu marido não e só por ele (e pela miúda que nunca a afastei dos avós) vou engolindo certos sapos.

Eu antes nunca dizia ao meu marido o que não gostava deles. Não queria parecer que eram queridinhas ou que o quero pôr contra os pais (porque não quero) mas agora com a gravidez as coisas têm saído. Já lhe disse que as coisas quando ele está e quando não está são diferentes. Já lhe disse algumas coisas que me caíram mal. Não para ele tomar partidos mas para que não pense que eu é que sou a ranhosa. Para perceber que há dois lados.

Esta semana tive outro ataque de ansiedade porque penso que no stress que vai ser depois do parto porque acho mesmo que eles vão querer meter-se cá e eu só quero privacidade. Já falei com o meu marido que não quero ninguém a tempo inteiro aqui no primeiro mês. Ele não adorou a ideia mas disse Ok. Na última vê que eles cá estiveram eu estava na cozinha e ouvi eles a dizerem qualquer coisa como "quando o menino nascer vimos uns dias!" ? Deixou-me doente. E o meu marido não aproveitou a oportunidade para lhes dizer o que tínhamos combinado. E eu quando o apanhei disse-lhe "diz-lhes agora que é melhor". Nada! Não disse nada porque ele não suporta dizer-lhes que não (sentimento de culpa de filho único que mora longe e os visita pouco por causa do trabalho). Mas eu estava tão mal da ansiedade e a achar que ele não se vai impor quando chegar a hora que ontem tive de voltar a falar com ele. Perguntei-lhe se já tinha falado com eles disso. E ele disse que não. E eu disse que estava mal. Que já o devia ter feito porque não altura as pessoas podem ficar melindradas e que eu quero a minha privacidade mas quero que toda a gente se dê bem e esteja bem. Ele perguntou-me "o que precisas? Diz-me o que queres o que precisas e eu faço!" Fiquei mais sossegada que ele vai lidar com a situação na altura. Vamos ver. Se não vou ter de ser eu a impor-me só que acho que isso vai trazer problemas maiores e eu queria realmente que todos nos déssemos bem como antes. A ver vamos.

Mas sim, depois do parto vou para um psicólogo. Preciso de falar destas coisas com alguém imparcial e independente e que me dê ferramentas para ultrapassar isto. Eu não sei lidar com esta situação porque nunca tive grandes atritos com ninguém.

Desculpem escrever tanto mas enquanto não vou ao psicólogo aproveito para desabafar aqui. ?