Mae de 1 viagem e birras ,conselhos precisam se | De Mãe para Mãe

Mae de 1 viagem e birras ,conselhos precisam se

Responda
9 mensagens
danifilipa23 -
Offline
Desde 28 Jan 2015

Olá
Vou contar oque se passa comigo,queria pedir vos conselhos.
Tanho uma menina de 4 anos e anda numa fase muito complicado.
E refilona e muito mimada chega ao ponto de fazer birra se eu não lê der oque ela quer .
Ela tem 4 e pensa que mada ,ela não houve um nao,quando vou aos supermercados não posso levar comigo porque ela faz birras ,chora espernai quando não tem oque quer .
Castigos já não vale a pena ,porque não resolve,passado 5 minutos faz o mesmo .
Alguém pode dar conselhos?
Ando embaixo por já não ter controle nela.

MiriamAlves -
Offline
Desde 18 Mar 2013

Vou me colar porque tou a passar pelo o mesmo.

danifilipa23 -
Offline
Desde 28 Jan 2015

Peço desculpa tar a perguntar,como vosse faz quando ela faz birras?

MiriamAlves -
Offline
Desde 18 Mar 2013

Já tentei Meter de castigo. Falo com ela calmamente olhando nos olhos dela mas passado um bocado já está a fazer tudo de novo .

danifilipa23 -
Offline
Desde 28 Jan 2015

E como eu fasso,vira se para mim e ri se.

Desde 13 Set 2012

Olá mamãs!

A minha filha já é crescida mas o meu filho está quase quase nos 4 anos; ela era birrenta e ele também o foi... deixem-me perguntar-vos se as birras começaram agora ou se, até agora, os pequenos tiveram sempre o que quiseram e só agora é que vocês se deram conta disso?

é que eu acho que as birras não começam de um momento para o outro; as birras, designadas em psicologia como tentativas de negociação, começam precisamente quando os pequenos querem algo que não lhes é dado. Ora, se isso começa aos 4 anos apenas, é aí que se vão iniciar as birras.

os meus filhos eram mesmo do tipo birrento de marca maior. Não faziam birra por tudo, mas faziam por dois ou 3 motivos muito definidos. Não queriam andar a pé quando o podiam perfeitamente fazer, ou não queriam voltar para casa fosse a que horas fosse, ou então queriam algo só porque sim. No supermercado a minha filha fez-me uma única birra; tinha 18 meses. Não fiz o que ela queria e ponto final. Fez a birraria toda, eu enfrentei a crítica das pessoas presentes mas a mim ninguém me ouviu nem comentar nem gritar com a minha filha. Ouviram-me apenas "desancar educadamente" um senhor no momento em que ele se preparava para me desautorizar, dando à minha filha algo que eu tinha decidido não dar. De resto, ela fez a birra, viu que não resultou e que não teve a atenção toda e pronto, fomos embora. Claro que isto não passa de um momento para o outro. Nas vezes seguintes decidi dizer a tudo que sim. Ela queria meter tudo e mais um funil no carrinho e eu disse que sim a tudo. Antes de me dirigir à caixa, disse-lhe que precisávamos de ter uma conversa sobre as coisas que ela tinha posto no carrinho. Depois expliquei de forma simples que não podíamos levar tudo porque a mamã não tinha dinheiro para aquilo tudo, mas que ela podia escolher o que mais gostasse. Olhem, resultou! No meio da tralha toda que decidiu por no carrinho, e que variava entre bolachas, cereais, iogurtes, doces e brinquedos, ela escolheu uns cereais que até eram bem adequados para ela. Baratinhos e tudo!

Mães, não há receitas para esta fase, mas há algo que devem ter em conta: convicção. Antes de dizerem "não" pensem primeiro se realmente o não faz sentido. eu muitas vezes dei por mim a perguntar-me porque raio disse que não a uma determinada solicitação dos miúdos. Acho sinceramente que muitas vezes dizemos "não" sem refletir muito bem no sentido desse não. Depois, uma vez que o "não" é mesmo para ser "não", mantenham a firmeza nem que isso vos custe horrores e nem que chovam elefantes. Podem gritar e espernear, dizer que a mamã é feia e má, mas depois de algumas situações em que o "não" é mesmo "não, eles vão perceber que não vale a pena.

Outra coisa que não vale a pena é gritar em simultâneo com eles. Enquanto eles berram descontroladamente, não ouvem nem retêm nada do que lhes está a ser dito. Deixem acalmar a onda. Vão acompanhando e tentando aproximar-se à medida que a manifestação da frustração e da contrariedade vai perdendo força. Nota-se bem porque eles deixam de gritar e espernear e passam para um choro mais sentido e mais contido. Nesse momento aproximem-se deles, perguntem se eles querem fazer as pazes e se acham que fizeram bem. Claro que terão de adaptar à idade correspondente. Muitas vezes o meu pede desculpa e diz que não faz mais. Fazemos as pazes e, pronto, acabou ali e não volto a falar no tema.

O meu menino agora já quase nem faz birras nenhumas. Já ouve, já consegue argumentar, ainda tenta insistir e persistir no que pretende mas não chega à birra. Claro que também devemos evitar situações que já sabemos que os deixam mais exaustos e aborrecidos; o meu filho por exemplo fica mais suscetível a birras se ficar um dia inteiro em casa. Chega à noite e parece que tudo o irrita. mas isto é claro como água. eu até costumo dizer que o miúdo parece ter falta de ar! Olhem, ainda ontem começou logo de manhã a dizer: ó mãe, porque não vamos sair? Hoje estou a ver o Sol na janela. Está bom tempo. eu prometi-lhe que íamos sair logo depois do almoço. E fomos! andou que se fartou, fomos aos carts, depois viu os barcos no Tejo, estivemos em Belém e só chegámos a casa perto das 8 da noite. Ele estava cansado mas não fez birra por nada! Só não quis comer, mas também já tinha lanchado. Paciência. Comeu um iogurte e uma fruta, tomou um banho e apagou. Hoje acordou fresco que nem uma alface após 10 horas de sono seguido!

Tenham calma e paciência, não se culpem porque isto não é tarefa fácil e mantenham sempre a vossa decisão. Acho que é aí que está o segredo do sucesso.

Uma criança de 4 anos é mto pequena para a mãe dizer que não tem mão nela. Tem sim, só que precisa fazer o mais difícil de tudo: dizer "não".

Tudo de bom para todas!

SMSantos

BagaLaranja -
Offline
Desde 02 Abr 2014

Como a mamã anterior, eu também penso se vale mesmo a pena dizer que não. Às vezes também não estou para me chatear, se aquilo que ela quer nem é algo que valha a pena discutir, que faça à maneira dela. Afinal eu também tenho de ceder e de a deixar fazer como quer. Outras vezes tento encontrar uma solução a meio-termo. Por exemplo ela quer levar os bonecos todos para o infantário, e eu digo que pode levar um só e que escolha. Ou no parque infantil vou avisando que daí a 10min vamos embora, depois daí a 5min, e depois vamos mesmo. E quando é não, é mesmo não, e nem vale a pena discutir, e isso ela também sabe. Nem faz grandes birras porque sabe que não adianta.
Aqui a maior parte das birras são quando ela está com sono e não há muito a fazer. Não vale a pena falar, gritar, ou mexer-lhe, se não ainda piora. É deixar gritar durante algum tempo, e depois estender-lhe as mãos e ver se se quer levantar e vir ter comigo.

danifilipa23 -
Offline
Desde 28 Jan 2015

Ela teve uma fasse que tá bem era assim,so que eu falai com ela,e quando ela ia fazer birra eu mostrava cara feia e ela acalma vá se.
Agora volto ao mesmo ,quando ela faz birras eu digo que não é esplica o porquê do não é deixo a chorar,mas custa muito.
As vezes volto e dou lê oque ela quer,detesto vela a chora.

Desde 13 Set 2012

danifilipa23 escreveu:
Ela teve uma fasse que tá bem era assim,so que eu falai com ela,e quando ela ia fazer birra eu mostrava cara feia e ela acalma vá se.
Agora volto ao mesmo ,quando ela faz birras eu digo que não é esplica o porquê do não é deixo a chorar,mas custa muito.
As vezes volto e dou lê oque ela quer,detesto vela a chora.

Pois é Danifilipa. Eu percebo. Mas educar não é fácil e por vezes dizer "não" é a pior parte do processo. Primeiro precisa decidir o que detesta mais, se é vê-la a chorar por alguns minutos, ou se é fazer valer o que está certo para que ela se torne uma criança equilibrada e uma adolescente feliz e que sabe lidar com a frustração. Sim, porque, como sabe, a vida é mais povoada de contrariedades do que das coisas à nossa maneira. É importante que os seres humanos aprendam desde cedo que no geral, não podem ter nem fazer o que bem lhes apetece. Crianças são tendencialmente manipuladoras; sê-lo-ão mais ainda se perceberem que, com estratégia, conseguem sempre levar a água ao moinho delas. Quando percebem que o seu cuidador principal - a mãe ou qualquer outra pessoa - é muito suscetível e não gosta de ver a menina a chorar, acredite que é mesmo isso que ela vai fazer. Só que agora ela tem 4 anos e o que pretende é ao nível da idade que tem; imagine quando ela tiver 10 anos e depois 15? Ela vai fazer exatamente o mesmo, até porque, a essa altura, já interiorizou a ideia de que o mundo gira em torno dela e todos os seus desejos serão atendidos. Não é, acredite, a melhor opção.

Às vezes até podemos comprar as 2 ou 3 coisas que eles insistem que querem num supermercado. Podemos comprar do ponto de vista económico. Nessa circunstância dizer que "não" dá mais trabalho do que dizer que "sim". mas e quais serão as consequências de dizermos que "sim" a tudo? É que ela hoje tem 4 anos e o que pede está à medida das nossas possibilidades, mas isso não a vai ensinar a fazer opções, não a vai ensinar a sensação de abdicar de algo em benefício de outra coisa. Cedo é importante que eles decidam entre a boneca de vestido azul ou o blister de mascotes porque, aos 15 anos, também terão que optar entre as calças de ganga com tarjas e os tenis de marca x ou y porque não vai dar para comprar as duas coisas no mesmo dia nem no mesmo mês. Se aprenderem cedo, depois tudo fica fácil. A minha filha, que tem 12 anos, já faz escolhas espontaneamente. No outro dia havia a visita de uma escritora na aula de português, uma visita de estudo a um sítio qualquer e outra visita já marcada há muito tempo. Ora era tudo na mesma semana. como ela queria ir aos dois passeios, disse que então preferia não comprar o livro da escritora porque os passeios eram únicos e livros ela tinha muitos, podia comprar noutra altura ou ir requisitar à biblioteca. Acreditem ou não, eu não fiz comentário algum a dizer que ela teria de optar... foi iniciativa dela que, obviamente, aprovei muito orgulhosamente. Felizmente podia suportar o custo dos passeios e do livro, mas aceitei a escolha dela.

Isto de educar é uma luta e um desafio constante... e depois ainda aparecem baleias azuis para nos aumentar a dificuldade e estarmos sempre vigilantes!

Todos os pais que consigam fazer um bom trabalho de educação dos filhos mereciam uma condecoração como aquelas com que o nosso Presidente da República costuma agraciar as personalidades que se destacam de alguma forma, isso sim!

Bagalaranja, o meu pequeno Duarte também quer levar a tralha toda para a cama na hora de dormir... eu digo: Duarte escolhe um carrinho mas dos pequeninos. Ele tenta... pode ser o carro da polícia? Eu digo: não, esse é grande. E o do lixo, e o cameão? eu entretanto mostro menos tolerância e digo: olha, vais para a cama e não levas nada, como é, vais escolher ou não? E pronto, ele escolhe o carrinho que sabe muito bem que eu vou aprovar. Depois chega à cama e, 30 segundos depois, diz para eu guardar o carrinho na gaveta. Pede uma música e uns miminhos e adormece até ao dia seguinte

Tudo de bom para todas!

SMSantos