Estava eu toda contente, feliz e esperançosa com o regresso ao trabalho, quando hoje me tiraram o tapete do chão...
Tinha ido a uma entrevista para fazer parte dum novo departamento, na minha entidade patronal e durante a tarde de hoje, recebi um e-mail a dizer que não tinha sido seleccionada, sabe-se lá porque motivo...
Expliquei que me candidatava áquele posto devido à necessidade de ter folgas fixas e um horário fixo, tendo em atenção que o Tiago tem um horário complicado (13h/22h) e folgas rotativas mensalmente. Disse tanta coisa aos meus coordenadores, que parece terem feito ouvidos moucos ao que lhes havia pedido...
A minha avó, que ficará com o Henrique, irá precisar de descansar e como tal, gostaria então de ter o horário e as folgas fixas.
Enfim...!
Tenho a sensação que somos exponencialmente descartáveis.
Fiquei também a saber que fui alocada a outro local, onde o vencimento é inferior ao que recebia antes de ficar de baixa. Ser-me-ão retirados €130 por mês referentes ao prémio de assiduidade e produtividade...
Fico então com menos de €500 de ordenado, após serem feitos os descontos para a segurança social...
Já chorei baba e ranho durante a tarde, após a leitura do e-mail... Já isto, já aquilo...
E ponho-me a pensar como será possível que consigamos pagar, sempre atempadamente, todas as contas inerentes à casa e ao crescimento do Henrique com um valente corte no ordenado. €130 dá para comprarmos, por exemplo, comida para um mês inteiro ou para pagar os serviços que estão associados a esta casa (leia-se luz, água, telefone e internet).
Não nos é possível cancelar nenhum dos serviços porque ora são essenciais ora está ainda a correr o período de fidelização aos mesmos.
A minha alegria foi completamente consumida por algo que não é de forma alguma feliz... Estou preocupada com o bem estar do Henrique... Com a sua alimentação, com as fraldas, com isto, com aquilo e ainda com aqueloutro.
Equacionámos a possibilidade de um de nós ter dois trabalhos, mas com o horário que o meu namorado tem é impossível tal feito. Eu, nem sei qual o meu horário, ninguém mo sabe dizer e as folgas sei que são também rotativas, fica assim excluida também a possibilidade de eu ter outro trabalho.
No meio dos meus pensamentos lembrei-me das vendas por catálogo. Alguma de vós é colaboradora de alguma empresa que efectue vendas por catálogo?
Como funcionam as vendas? O valor que se recebe é suficiente para que se consiga pagar alguma despesa? É necessário algum investimento inicial?
Enquanto estive grávida, solicitei informações a uma empresa que disponibilliza os produtos desta forma, mas como estava sempre em casa acabei por não ir para a frente com a ideia, porque o sucesso ia ser nulo...
A minha alegria com o regresso ao trabalho, está desfeita...
Agradeço a vossa ajuda.
Um xi-coração a todas