Filhas nos anos 80, mães nos dias de hoje! | De Mãe para Mãe

Filhas nos anos 80, mães nos dias de hoje!

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z0ra -
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Desde 11 Jul 2011

Partilho este artigo convosco.
É tão a situação da maioria de nós!

http://umcertomaufeitio.blogspot.pt/2015/05/as-filhas-nos-anos-80-maes-n...

Sobre z0ra

Nutricionista
- Especialização em Nutrição e Fertilidade e Saúde da Mulher
- Pós Graduada em Nutrição e Metabolismo em Pediatria

www.tanialopes.com

Sandrinerf -
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Desde 02 Fev 2010

Mto lindo...e revejo-me naquelas palavras, é bem verdade!

Sandrine
http://demaeparamae.pt/forum/26-semanas-laura-pouquinho-nossa-historia
http://demaeparamae.pt/vendo/loja/53834 quem sabe não há algo que vos interessa ;)! http://ribartes.blogspot.pt/ - artigos feitos à mão para si e para o seu bebé com todo o amor! Tudo é personalizável!

catisdi -
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Desde 22 Jan 2013

Verdade... Adorei o texto...

mdps -
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Desde 10 Dez 2009

Acho isto tão verdade, mas tão verdade! Adorei Sorriso

Desde 13 Set 2012

Olá!

O artigo está bom e é, de facto, interessante. É engraçado perceber como as alterações do estilo de vida influenciam a forma como educamos os nossos filhos.

No entanto, há que perceber que nem tudo o que acontecia quando éramos filhas estava correto, da mesma forma que nem tudo o que se faz hoje é repleto de correção.

os pais dos anos 80 (meus incluídos) eram realmente castradores e o aparente respeito que muitos de nós notríamos pelos pais não era mais do que medo das represálias, fossem elas físicas ou emocionais.

os meus pais não foram maus nem bons, foram o que consideraram que era o melhor. eram uma espécie de polícia mau e polícia bom, em que o bom era a mãe e o pai era o mau. Mas digamos que tareias de deixar marcas físicas como uma das minhas irmãs teve como brinde não é, de todo, o que reservo para os meus filhos. E sim, acredito que alguns dos castigos fossem de facto traumatizantes e que expliquem a insegurança e baixa autoestima de muitos adultos na casa dos 40 atualmente.

Enquanto filha nada me faltou do que se considera essencial, mas lembro-me de ter desejado mais tranquilidade do que a que poderia usufruir. O meu pai não permitia argumentação, mesmo que o que estivesse a defender fosse uma verdadeira aberração. No entanto, tenho certeza que os meus pais amaram todos os 5 filhos da melhor forma que souberam.

A parte boa era aquela em que tínhamos a tarde livre e que podíamos ficar na rua com a vizinhança, coisa que hoje é muito difícil.

Enquanto mãe, nunca penso nos traumas que um ralhete possa causar aos meus filhos; não os agrido de forma alguma, mas sou veemente nas decisões que tomo a cada momento. Se o meu filho de 22 meses se irrita e desata à chapada e ao pontapé, obviamente que não permito e faço-o entender que esse é um comportamento com tolerância 0; no entanto não faço o mesmo que ele, ou seja, não lhe bato... meto-o no quarto, com a luz sempre acesa, a berrar até que se acalma e, minutos mais tarde, vou ter com ele. Acredite que já o encontro mais calmo e disposto a dar festinhas em vez de chapadas. Se isto o vai traumatizar ou não no futuro eu não sei nem sequer penso nisso, o que sei é que tenho de o educar agora porque aos 15 anos já não o poderei fechar no quarto para que pondere nas atitudes.

Os filhos não nascem com manual de instruções e os pais não podem adotar cada artigo ou cada livro sobre o tema "educação" como um manual a seguir à risca. eu adoro ler e de facto leio sobre este tema mas claro que nem tudo o que vem nos livros deve ser adotado ao nosso exemplo específico. cada autor desenvolve a sua teoria com base numa amostra na qual o nosso filho não se incluía, pelo que teremos sempre que fazer adaptações. Existem itens consensuais e outros que nem por isso.

Enquanto educo a minha filha de 10 anos e o meu bebé de 22 meses, não posso pensar que, faça o que fizer, o vou traumatizar porque isso não irá correr bem com toda a certeza. Vou cometer erros com certeza, mas a boa educação resulta muitas vezes do facto de se cometerem alguns erros. Quando cometo erros não tenho qualquer problema em pedir desculpa à minha filha; isso só vai aumentar o verdadeiro respeito que ela sente por mim e não acho que reduza em nada a minha autoridade enquanto mãe.

Beijinhos e tudo de bom

SMSantos

z0ra -
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Desde 11 Jul 2011

Sónia Maria Santos escreveu:
Olá!
O artigo está bom e é, de facto, interessante. É engraçado perceber como as alterações do estilo de vida influenciam a forma como educamos os nossos filhos.
No entanto, há que perceber que nem tudo o que acontecia quando éramos filhas estava correto, da mesma forma que nem tudo o que se faz hoje é repleto de correção.
os pais dos anos 80 (meus incluídos) eram realmente castradores e o aparente respeito que muitos de nós notríamos pelos pais não era mais do que medo das represálias, fossem elas físicas ou emocionais.
os meus pais não foram maus nem bons, foram o que consideraram que era o melhor. eram uma espécie de polícia mau e polícia bom, em que o bom era a mãe e o pai era o mau. Mas digamos que tareias de deixar marcas físicas como uma das minhas irmãs teve como brinde não é, de todo, o que reservo para os meus filhos. E sim, acredito que alguns dos castigos fossem de facto traumatizantes e que expliquem a insegurança e baixa autoestima de muitos adultos na casa dos 40 atualmente.
Enquanto filha nada me faltou do que se considera essencial, mas lembro-me de ter desejado mais tranquilidade do que a que poderia usufruir. O meu pai não permitia argumentação, mesmo que o que estivesse a defender fosse uma verdadeira aberração. No entanto, tenho certeza que os meus pais amaram todos os 5 filhos da melhor forma que souberam.
A parte boa era aquela em que tínhamos a tarde livre e que podíamos ficar na rua com a vizinhança, coisa que hoje é muito difícil.
Enquanto mãe, nunca penso nos traumas que um ralhete possa causar aos meus filhos; não os agrido de forma alguma, mas sou veemente nas decisões que tomo a cada momento. Se o meu filho de 22 meses se irrita e desata à chapada e ao pontapé, obviamente que não permito e faço-o entender que esse é um comportamento com tolerância 0; no entanto não faço o mesmo que ele, ou seja, não lhe bato... meto-o no quarto, com a luz sempre acesa, a berrar até que se acalma e, minutos mais tarde, vou ter com ele. Acredite que já o encontro mais calmo e disposto a dar festinhas em vez de chapadas. Se isto o vai traumatizar ou não no futuro eu não sei nem sequer penso nisso, o que sei é que tenho de o educar agora porque aos 15 anos já não o poderei fechar no quarto para que pondere nas atitudes.
Os filhos não nascem com manual de instruções e os pais não podem adotar cada artigo ou cada livro sobre o tema "educação" como um manual a seguir à risca. eu adoro ler e de facto leio sobre este tema mas claro que nem tudo o que vem nos livros deve ser adotado ao nosso exemplo específico. cada autor desenvolve a sua teoria com base numa amostra na qual o nosso filho não se incluía, pelo que teremos sempre que fazer adaptações. Existem itens consensuais e outros que nem por isso.
Enquanto educo a minha filha de 10 anos e o meu bebé de 22 meses, não posso pensar que, faça o que fizer, o vou traumatizar porque isso não irá correr bem com toda a certeza. Vou cometer erros com certeza, mas a boa educação resulta muitas vezes do facto de se cometerem alguns erros. Quando cometo erros não tenho qualquer problema em pedir desculpa à minha filha; isso só vai aumentar o verdadeiro respeito que ela sente por mim e não acho que reduza em nada a minha autoridade enquanto mãe.
Beijinhos e tudo de bom

Concordo com o que escreveu e interesso-me imenso sobre a educação que dou à Inês! Fico sempre com medo de estar a agir da melhor forma! Mas é como diz, quando vejo que pus a pata na poça vou ter com ela e peço desculpa e que não devia ter feito isto ou aquilo.

Sigo uma página muito interessante sobre parentalidade consciente:
https://www.facebook.com/mamamiaparentalidade?fref=ts

e há uns tempos atrás ela falou sobre metermos os nossos filhos no quarto para eles se acalmarem. ( eu fazia isto muitas vezes quando ela destava numa birra daquelas de fugir! Sentava-a na cama e dizia : quando acabares o berreiro a mamã vem falar contigo).
Ela dizia que este comportamento faz com que quando forem mais velhos, o que eles vão fazer é fecharem-se no quarto quando tiverem um problema! Fiquei petrificada e nunca mais o fiz. Ela diz que devemos ficar ao pé dos filhos ( sem nunca os deixar sozinhos) até se acalmarem e podermos conversar sobre o que aconteceu.

Isto da arte da educação tem que se lhe diga! Uffff

Sobre z0ra

Nutricionista
- Especialização em Nutrição e Fertilidade e Saúde da Mulher
- Pós Graduada em Nutrição e Metabolismo em Pediatria

www.tanialopes.com

Desde 13 Set 2012

Pois, isso é muito verdade... mas se for ler noutro lado encontrará opiniões diferentes... e se as ler, como vai fazer? Vai seguir o que leu nesse grupo ou o que leu depois? O melhor mesmo é seguir o seu coração e o bom senso. eu faço e vou continuar a fazer porque considero muito eficaz com o meu filho. se calhar com a sua inês não funcionava tão bem. o meu filho percebe (há maneira dele é claro) que quando o coloco no quarto significa que ele fez algo que eu não gostei e, para já, é isso que me interessa.

Daqui a 30 anos ele não se vai fechar no quarto porque já terá ferramentas bem adequadas para saber lidar com a contrariedade (espero eu). então, de acordo com essa teoria, o ideal é eu permanecer junto do meu filho a levar chapadas e pontapés até que ele se cance e eu fique cheia de hematomas.... eu ou a mana de 10 anos. será essa a solução para resolver a birra? hum, não me parece. Se eu fizer isso, posso especular que o que vou criar é um filho sem limites. Como vê, teorias há muitas e qualquer pessoa mesmo sem muita formação é capaz de especular quanto às repercuções futuras das repreenções de hoje. O melhor é agir com o coração e com a informação que for retendo, mas nunca nos devemos colar demasiado a teorias publicadas. as adaptações são mesmo necessárias.

eu coloco de facto o meu bebé no quarto, sempre cheio de luz e nunca o deixo lá sozinho por mais de 5 minutos. A verdade é que quando regresso, ele já está mais calmo e a substituir a violência por ternura. Começou com estas reações violentas há umas semanas e noto que estão a reduzir os ataques. Se é pela estratégia que resolvi adotar ou se é por outra razão qualquer eu não sei, o que sei é que se não lhe impusesse limites isto nunca mais passava.

A mana mais velha não tem que ser uma vítima do pequeno só porque ele se irrita com um lego que n consegue montar; era só o que faltava. ele faz aquilo porque, no alto dos seus 22 mesitos, não sabe lidar com a frustração. Nada de grave nesta idade, pois é mesmo normal e é o que é suposto ele ir aprendendo. Se tiver 10 anos e continuar a não saber lidar com o fracasso, aí sim, é preocupante e mt mais difícil de resolver.

Eu já eduquei uma até aos 10 anos e até agora não me parece que os limites que lhe impus a tivessem traumatizado ou a fizessem isolar no quarto de cada vez que não consegue resolver um conflito. Pelo contrário. é uma miúda bem resolvida para a sua idade. Só posso falar do que já passou, pois o futuro a Deus pertence.

Exceto as birras em que parece um diabinho incorporado num bebé lindo, o meu filhote é um amor.... meiguinho e divertido. Adora brincar e puxa-nos para as brincadeiras dele.... Só que, pronto, não é perfeito! LOL Não é, mas, acredito eu, vai ser! LOL

Beijinhos

SMSantos