Filhas adolescentes | De Mãe para Mãe

Filhas adolescentes

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41 mensagens
AninaCoelho -
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Desde 19 Jan 2010

Bom dia,
há alguém por aqui com filhas adolescentes (13/ 14/ 15 anos) com quem possa trocar algumas ideias?

Obrigada

AC

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Tem de ser meninAs? Eu tenho um rapaz de 14.

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Eu tenho duas raparigas de 14.

Desde 13 Set 2012

Bom dia!

Eu tenho uma de 13.

Seja como for, coloque lá as suas dúvidas porque, mesmo quem não tem filhos nessa faixa etária, pode ter irmãos, sobrinhos ou até ser conhecedora dos comportamentos adolescentes.

até já!

SMSantos

AninaCoelho -
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Desde 19 Jan 2010

Gostaria de ouvir a opinião de outras mães:

A minha filha sempre foi uma criança calma e responsável. De há 2 anos para cá começou a querer namorar e/ ou curtir. Mudou de escola o ano passado e apesar dos meus conselhos escolheu as piores companhias o que tem feito com que o comportamento dela se alterasse.
A confiança que tinha nela foi diminuindo pois não soube gerir a liberdade que lhe dei e usou as redes sociais de forma a correr grandes riscos.
Apesar de lhe explicar sempre tudo, de definir regras para a utilização das mesmas, ela optou por esconder cada vez mais pois é algo que ela quer fazer mas que sabe que a mãe não aprova.
Neste momento não tem redes sociais e sei o quão difícil para ela é isso, mas acho que não devo vacilar até me dar provas de ser responsável.
Este campo tem pano para mangas.... mas a questão é:
Apesar de eu achar que ela não tem maturidade para namorar e dela saber que eu não aceito isso, a verdade é que na hora em que é galanteada, namoriscada, acaba sempre por ceder, por insegurança, deixa-se levar pelo momento, não sabe os limites e é disso que tenho receio.
Tenho receio que me esconda se tiver relações, se for mal tratada, ou outra situação que ela saiba que eu não iria gostar.
Forçar? Proibir? Ser conivente com uma situação que sei à partida ser de risco?
A vossa opinião por favor, obrigada.

AC

RoxyGirl -
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Desde 27 Jan 2016

Que idade tem mesmo a sua filha?

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Muito complicado, o meu filho nesse campo é uma criançola, o que lhe interessa é o btt, as artes marciais, e os jogos de pc, e raparigas é um tema ainda pouco comum com ele. Ele já está no 10º ano, e quando o tema aparece nas nossas conversas é por aquilo que ele vê e ouve dos colegas mais velhos...
Seja como for, eu alimento uma relação muito aberta com ele, ele sabe que pode falar comigo sobre esses temas sem tabu nenhum, e ele próprio já me disse que sente mais hesitação quando falha a nível escolar, do que com qualquer outro assunto. Porque se ele se esquece de fazer um trabalho, ou se baixa uma nota, sabe que eu vou dar um puxão de orelhas, em relação aos outros assuntos sabe que não. Eu fui a primeira a deixar bem claro que ele querendo pode ir a um urologista, ou procurar a enfermeira de família do centro de saúde, para tirar duvidas ou falar do assunto. Ele disse que prefere falar comigo. As conversas entre nós acontecem normalmente e fluem sem problemas. Mas isto porque eu acredito que os adolescentes, mesmo que não tenham maturidade para iniciar a vida sexual, vão faze-lo se o quiserem, e eu prefiro saber e orientar, do que enfiar a cabeça na areia.

Portanto eu penso que a chave é não julgar (só os vai afastar), não proibir (não adianta de nada), e falar abertamente e sem vergonhas. Caso uma das duas tenha vergonha, é encaminhar a miúda para uma ginecologista ou enfermeira de família. Isto na minha opinião não é incentivar - como já me acusaram - é sim orientar aconselhar e cuidar. Porque ele não é uma propriedade minha, nem eu estou 24h/dia com ele, logo acredito que o melhor que posso fazer por ele é isto, orientar sem vergonha e sem enfiar a cabeça na areia, de modo que ele sinta que eu sou o seu porto de abrigo.

Editado:
Em relação a aceitar qualquer namorisco de que é alvo, acho que isso é uma questão de auto-estima. Se ela sentir que para que gostem dela tem de aceitar tudo o que lhe queiram oferecer, vai ser difícil dizer não, mesmo que não se sinta confortável com a situação em que está. Portanto ela tem de ser autoconfiante para saber o que quer, o que não quer, e que pode dizer não.

janew -
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Desde 18 Jun 2016

Não sou mãe de adolescentes, mas tive uma boa dose de amigas com comportamentos desses (eu era a "bem comportada") e tenho uma irmã de 17 anos.
Não vale a pena proibir pois, por norma, incentiva a fazer pior. O melhor é falar e atribuir-lhe responsabilidade. Exponha os seus receios sem vergonhas e recorde-lhe que os atos podem ter consequências.
Diga-lhe mesmo que se fizer "merda" o maior problema será dela, embora possa contar com os pais.
A outra solução é fecha-la num armário (já que é a idade do armário) e abri-lo quando ela fizer 25 anos. Tou a brincar!!
Boa sorte e uma boa dose de paciência (bem precisamos nessa fase).

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

..

AninaCoelho -
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Desde 19 Jan 2010

14

AC

AninaCoelho -
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Desde 19 Jan 2010

Obrigada pelo seu depoimento <3

AC

AninaCoelho -
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Desde 19 Jan 2010

Obrigada Janew

AC

FSilsa -
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Desde 08 Abr 2014

Olá Anita, ainda me lembro bem quando tinha a dela mas era a responsável e a boa aluna da escola logo as boas companhias como que se afastavam automaticamente. Tenho agora primas nessa idade complicada. A mãe delas queixa-se muito, mas o trabalho de educar deve ser construtivo. As "más" companhias são sempre um grande problema. E eu diria mesmo, o maior problema porque nessa idade andam todos tipo manada. Para onde vai o mais maluco vai os outros todos e poucos são os que conseguem dizer não. E os que dizem não depois são alvo de piadinhas e de alguma exclusão.

Acho que o melhor a fazer nesta fase é conversarem as duas. Escreva uma lista de todos os assuntos sobre os quais quer falar com ela e acho que o mais importante será explicar-lhe o porque dos "nãos". Os meus pais me proibiam das coisas. Na altura ainda batia pé mas hoje compreendo que foi o melhor. Mas eu aceitava melhor os nãos quando me explicavam as consequências das minhas atitudes (caso se viessem a concretizar). Além disso como o meu pai não me dava dinheiro à fartazana, apenas 20 euros por mês para o tlm, net, e outro qualquer gasto que tivesse, aprendi a poupar o dinheiro apesar de pouco e não me dava aso para grandes aventuras, como cigarros, e por aí fora.
Em contrapartida, outro exemplo, o meu marido, tinha dinheiro quando queria, usou-o para que? Andar aqui e ali com amigos de carro. Noitadas, cigarros, "charros", etc etc etc. Claro que o dinheiro não teve culpa. Mas dinheiro a mais nas mãos de quem não sabe o que fazer com ele, nunca mas nunca dá certo. No caso dele, se o dinheiro fosse menos e mais controlado teria evitado se meter em muita da porcaria que se meteu. E até hj não sabe gerir o dinheiro de uma forma eficiente porque gasta em coisas que não lhe acrescentam nada.

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Ainda não cheguei a essa fase com a minha mas tenho uma familiar de 16 anos que desde cedo se começou a comportar com a sua filha. O meu conselho:

- A internet é um mundo e consegue ser um mundo bastante perigoso. E se nós não abrimos a porta de casa e não soltamos o nossos filhos no mundo quando ainda não achamos que eles estão prontos para isso, então não faz sentido fazer diferente com a internet. Se ela ainda não tem maturidade para ter redes sociais e para compreender o perigo que há nestas, então o acesso a elas ainda não lhe pode ser dado.

- Seria realmente bom que a sua filha pudesse confiar em si e pudessem as duas falar abertamente. Proibí-la de namorar não resulta, pior fará e provavelmente dar-lhe-á ainda mais vontade de avançar, pois mesmo que tenha dúvidas ou receios, não os falará consigo e não terá quem a aconselhe devidamente. Mais vale assumir que algo mais sério pode acontecer mais cedo do que gostaria e nesse campo, o melhor será estar bem informada e consciente do que vai fazer. Tenham uma boa conversa, tire dúvidas, desmistifique mentiras que surgem nestas idades sobre o sexo. Se acha que não o consegue fazer, pergunte se ela quer ir a uma médica, ou arranje livros sobre o assunto (há vários sobre estes temas para adolescentes) ou alguém que possa falar com ela (uma tia, uma madrinha, uma prima mais velha...). É importante que haja alguém a quem ela possa recorrer. Eu tenho esse papel com uma adolescente da família e não faz ideia das dúvidas e conversas que ela já tinha aos 14 anos. Aos 15 perdeu a virgindade num namoro pouco recomendável. Os pais obviamente não sabem e recusam-se a pensar que a filha com esta idade já o possa fazer, mesmo com o meu conselho de que falassem com ela sobre estes assuntos ou a levassem a um médico. Se fosse por eles, ela teria dado este passo muito mal informada.

- Falar, falar, falar...Aproveitem filmes, livros, situações familiares para falarem sobre violência no namoro, gravidez na adolescência, etc. E talvez fosse realmente bom arranjar algo que lhe melhorasse a auto-estima, mas nesse ponto, não sei bem o que recomendar. Já pensou inscrevê-la num desporto fora da escola? Basquete, natação, ténis, etc...O desporto faz bem, ocupa a mente e o tempo e sempre conheceria outras pessoas, talvez mais sensatas que as más companhias da escola. Sorriso

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

As minhas filhas também têm 14 anos (recém-feitos), mas não posso dizer que tenha conhecimento de causa porque elas são as "nerds" da escola, muito atinadinhas e responsáveis com redes sociais, amizades e afins. Namoricos nem pensar. Mas comentam...e eu sei que nestas idades há uns descarrilamentos valentes, até por conhecimento próximo de filhas de amigas.
É importante falar muito e manter as portas do diálogo abertas, porque quando começam a esconder coisas, perde-se todo o controlo da situação.
Também é fundamental haver regras claras quanto a saídas, uso da net, etc. Com 14 anos não me passava pela cabeça deixar as minhas filhas sair à noite, por ex. E apesar de serem atinadinhas, as minhas filhas nunca tiveram pc nem tv no quarto. Assim como ninguém tem telemóveis à mesa nem os leva para o quarto na hora de dormir - telemóveis e tablets ficam na sala.
Quanto aos problemas de auto-estima, esse pode ser realmente a raiz das fragilidades da sua filha. Como foi sugerido, inscreva-a em atividades de que ela goste e valorize-a naquilo que faz. Esteja atenta às amizades e tente não a deixar passar demasiado tempo sozinha. Se puder ir buscá-la para almoçar, faça-o. E é importante que o pai se envolva também.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Mas proibir a internet não adianta também, hoje em dia qualquer miúdo tem telemóvel que se conecta a wifi, e qualquer estabelecimento tem wifi gratuito. Até as escolas já vão tendo, a do meu miúdo tem...

Tem possibilidade de a levar a menina a uma psicóloga? Se calhar essa insegurança que a leva a dizer que sim a tudo o que os amigos oferecem pode ser melhor trabalhada numas consultas. O meu filho foi seguido durante uns tempos por uma pedo-psiquiatra quando tinha 10 anos e fez-lhe muito bem.

FSilsa -
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Desde 08 Abr 2014

São umas idades muito complicadas quando não vêm os pais como pessoas com quem podem falar. E as sugestões são boas, mas o problema se calhar será ela demonstrar interesse nisso.. No que tenho visto das minhas primas, elas não se interessam pela escola, nem por nada em especial. Acham que tudo o que fazem e podem vir a fazer dá certo, que o que nós mais velhos dizemos é coisas do século passado e que nunca lhes irá acontecer nada semelhante. E os amigos é que são fixes e que sabem tudo. Mostre-lhe notícias concretas... Coisas que aconteceram de facto e que não foram na "china". Todos os dias saem notícias de coisas que correm menos bem acerca do uso da internet por exemplo.
E mais do que proibir seja o que for era bom tentar ensinar a usar. É o que já faço com a minha pequenina. Quando ela quer mexer em coisas que não quero que ela mexa, ensino-a como usar ou as consequenciais caso mexa. Porque há coisas que não deve mesmo mexer.
A internet tem tanto de bom, como de mau. Pode usa-la a seu favor. Pesquisando coisas que sejam do seu interesse para que ela veja com os seus próprios olhos. As consequências do tabaco também existe montes de informações na net. Sobre drogas, sobre sexualidade, sei lá, tanta coisa que pode usar a internet como meio de se informar.
Sobre as redes sociais, sinceramente, não tenho ainda uma opinião formada sobre isso.. Há quem deixe, mas veja as conversas, veja o histórico. Já há aplicações ou programas que bloqueiam determinados conteúdos. Há reportagens que a sic e a tvi fazem sobre esse assunto. Pode encontra-las na net também

PequenaGrandeEs... -
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Desde 24 Jul 2014

Irão sempre haver opiniões muito divergentes. Porquê se explicamos a colocação do preservativo ou introduzimos a pilula é porque a queremos a namorar e a ter relações, mas se não o fazemos tanto pode calhar bem como pode aparecer grávida, porquê fomos da idade deles, com ou mais cabeça, e sabemos como as coisas evoluiem.
Eu teria uma conversa com ela, mesmo que dificil que pode ser, e diria que se ela vai ter relações sexuais vamos consultar um médico, e caso esteja a mentir e eu venha a descobrir irão haver graves consequências. Mas se for uma adolescente que ache que não vai de todo contar, eu levava-a a uma consulta para a médica explicar-lhe o que ela deve saber, até dar-lhe preservativos se for preciso. Muitos dirão "ah mas estas a auxilia-la a ter relações" não, a mãe está-se a prevenir de uma filha que pode ou não, contar a verdade e originar problemas mais tarde. Porque relações não originam só filhos. (além do mais tirando a mãe,pai e a adolescente mais ninguém tem de saber se foi a consulta (falo de familia))
Sobre namorar, não é algo que controlamos,mesmo que queiramos. Parece que o nosso ser que criamos está a fugir-nos das mãos cedo demais. É mesmo o ir controlando o tempo de namoro, e tentar que seja algo natural não forçar, nada de agir como se fossem os amores da vida um do outro e fossem ficar sempre para a vida juntos, e até pode aí falar-lhe sobre como as relações terminam e acabam ou as vezes descobrimos que o rapaz que achavamos certo afinal não o é.
Redes sociais, sinceramente, é impossivel controlar. Se for ver o historico de nada vale porquê apagam, depois existem as aplicações no telemovel que até pode verificar ao fim do dia mas na escola instala e deseinstala (sim,dão-se a esse trabalho todo)
Logo,acho que se houver boas notas, boa educação (respeito aos pais etc), cumprir com as regras que a mãe lhe dá, não as deve retirar. Se algo mudar, aí eu retirava o telemovel durante 1 dia, 2,3 o necessário. se precisar de ligar aos pais, não seja por isso que as escolas deixam ligar das portarias etc.
À noite, imagine que dorme as 22, aí guarda o telemovel dela consigo, MUITAS VEZES eu mesma ficava até as tantas as escondidas dos meus pais no telemovel, depois existe um menor aproveitamento escolar etc, mas com essa idade não temos a noção.
Se acho medidas duras demais? acho, eu odiaria viver regrada assim aos 14 anos, mas é algo que a mãe lhe tem de explicar, que tudo se deve ao comportamento dela, fez as más escolhas de amizade, okay, quer-se dar com elas mas que não seja igual, porquê se um vai ao mar e morre mais ninguém tem que ser macaco de imitação e ir. Explicar-lhe que com a maturidade vemos que ter estilo próprio é bom, ser diferente pelo bem.
No geral acho importante fortalecerem a relação de mãe e filha de modo a aumentar a confiança, irem as 2 ao shopping, ou dar uma caminhada no final do dia,e ela vai reclamar e não querer, mas você bate o pé e diz que é mãe e quer, e ela vai e ponto final. Se houver algo regular entre as 2 pode chegar a haver mais confiança. Puxe por ela mas não demasiado, ou sente que isto é um meio de querer saber mais, eles são inteligentes. 1 dia, "então na escola esta tudo bem? as tuas amigas?" se ela disser o básico okay sem stress não puxa mais, se até contar algo demonstre interesse,mas não demasiado. Cada dia vai falando mais, e vendo até onde consegue ir com ela. Se vir que ela um dia até vai mais bem disposta consigo aproveita e diz "vamos comprar-te uma camisola nova"
Sei que pode parecer extremo, mas aos 14 anos achamos que temos a maturidade e somos grandes, sem o ser.

outra coisa que acho importante falar, a mãe, porquê o papel parental aqui parece o de pessoa fria e má que castiga (aos olhos dos de fora que não saibam da historia e só vejam castigos) mas é importante a si mãe, dizer que não esta errada em tomar estas precauções, em ter medo, em agir por castigos, em ter de impor regras. Um conselho que dou, é nunca ofender, verbalmente. Lembro-me que toda a minha vida a minha mãe chamou-me mal humorada, e arrogante, e atualmente é algo que nunca me deixou de magoar, mesmo parecendo pouco um "és uma arrogante" doeu, e doi. Por isso é que falo do cuidado nessa parte, pode gerar-lhe revolta, e piorar ainda tudo. É provável também que a sua filha chame ou trate de forma mais mal educada os pais, e aí deve agir e dizer "não te trato assim, por isso tratas-me como eu te trato" a si mãe, por dificil que seja tem de se manter forte, mesmo que as palavras dela magoem, lembre-se que é uma adolescente na fase de se afirmar, quer-se marcar de todos-
Não fazemos da nossa casa um campo de concentração, se houver educação, se tudo for natural, sem faltas de respeito é tudo perfeito e os filhos tem acesso a tudo, mas no momento que existe algo a mudar tem de ser imposto algo. Eu sou a favor de ajudarem com tarefas da casa, e por isso nos meus não porquê são pequenos, mas no momento que tenham essa idade e algo for feito que eu ache muito errado, até batatinhas vão descascar sentados a mesa, não lhes faz mal algum.
Sempre houve tv nos quartos,e os meus mesmo que pequenos e a ligue 1 vez por mês tem, até porque de manhã se estivermos no ronhonho na cama todos gostamos de ver todos juntos. Logo, mesmo em adolescência não vejo mal em tv no quarto, tiraria se vissem-a até tarde, ou tivessem uma má nota.
Peço desculpa pelo longo texto e se ofendi alguém com alguma atitude que tenha dito, como sabem todos temos pensamentos diferentes e por isso agimos de formas diferentes.

Um beijinho e força.

Kayapsa -
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Desde 19 Mar 2014

Bem filhos adolescentes ainda não tenho... Mas fui uma adolescente beeeeem problemática! Primeiro pode não haver relação entre o aproveitamento escolar e os desvarios fora da sala de aula... Apesar de muito pro lematica sempre tive boas notas e nunca fui pista fora da sala de aulas nem nunca os meus professores tiveram queixas do meu comportamento dentro da sala... Se fosse so pelo aproveitamento ninguém diria as loucuras que fazia... Posso dizer que me lembro que qto mais me tentavam proibir coisas mais eu as fazia... Nao se pode obrigar a conversar apenas fazer com que a porta fique aberta para caso ela queira falar saber que o pode fazer sem juizos de valor... Sei que é difícil pois so queremos o melhor para os nossos filho se vemos que vao por um caminho pouco recomendavel é difícil ter de morder a língua e nao fazer juizos de valor... Em relação às mas companhias cuidado com o conceito pois para nos os outros são as mas companhias mas para os pais dos outros as mas companhias podem ser os nossos filhos... Eu tinha companhias mas apesar de me dizerem que eram mas companhias eu tinha plena noção que eu era tao ma ou pior do que eles... Acho que puxavamos uns pelos outros... E eu a bem da sinceridade nao precisava de ninguém para fazer porcaria... Em relação à psicologa... A mim obrigaram-me a ir a uma... Fii a umas cinco ou seis consultas... Sabia mais eu da vida dela do que ela da minha... E deixei de ir de comum acordo com ela eu nai queria ir e falei com ela e disse mesmo que a relação terapeutica nao estava a funcionar e que era u.a perda de tempo para ela e para mim... Oa argumentoa foram tao bona que ela aceitou e foi ela que informou os meus pais... Hoje em dia tenho muitos remorços do que fiz os meus pais passar mas acho que eram experiências que tive de viver foi a vida que eu escolhi... E nao houve naxa que pudessem fazer para impedir... Informe e deixe a porta aberta sempre mas não tente obrigar ou proibir nada pois so vai piorar a situação. Acima de tudo é preciso muita calma e paciência eventualmente vai passar...

Sobre Kayapsa

pais de primeira viagem... A viajar pela segunda vez...

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Mas Kayapsa, lá porque a sua experiência com o psicólogo não foi a melhor, não significa que seja assim com todos. Eu acredito que é uma opção que deve sempre ser tentada, nem que seja por descargo de consciência, e depois lá se vê se resulta ou não.
Mas a Anina não voltou a comentar. Espero que não tenha ficado sentida por ninguém lhe dizer para levar as coisas a ferro e fogo. Eu acredito que deve ser muito frustrante ver os nossos filhos a seguir caminhos que não são de todo os mais indicados. Mas cair e levantar, faz parte do processo de crescer. E eu prefiro estar presente, para lhe dar alguma rede de segurança e ajuda-lo a levantar, do que ele cair, "partir as pernas" e eu nem saber...

AninaCoelho -
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Desde 19 Jan 2010

Bom dia, tenho lido atentamente todos os comentários. Não fiquei ofendida com nada e só quero agradecer toda a vossa disponibilidade em dar uma opinião.
Já expus o caso à psicóloga do DNSaude.
Muito teria para responder, mas neste momento não consigo. Estou exausta.
Voltarei de certeza em breve.
Obrigada a todas

AC

Laura Matias -
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Desde 21 Jun 2015

Olá Anina, tente falar com a sua filha e estar perto dela.Não que muitas vezes não o tentamos, mas eles nesta fase têm sempre tendência a afastar-se.A refugiarem-se no canto deles, maior parte das vezes as coisas acontecem e nós não sabemos de nada.
Eu lembro me nos meus 16 anos, queria era que ninguém me chateasse,mal falava com a minha mãe sobre estes assuntos, foi a altura em que perdi a virgindade, gostava de sair à noite (não tendo muita liberdade,saia ás vezes só).Mas agora com uma sobrinha nesta idade sei o quanto é difícil,lidar com eles.
Dizem A e nós dizemos B,enfim é preciso ter força. E acho que faz muito bem falar com uma psicóloga, houve uma altura em que andei numa pscóloga e lembro me que me fez muito bem.Tinha muito à vontade com ela e falávamos de tudo.
Beijinho

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Sentindo a sua ansiedade, no seu lugar procuraria já um psicólogo, os dos jornais ou revistas ou sites vão dar uma resposta muito limitada. Se sente que a sua filha está em risco, não hesite e tente limitar o tempo que passa sozinha. Tem 14 anos, não a deixe sair à noite nem por muito tempo seguido. Existe um pai na equação?

AninaCoelho -
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Desde 19 Jan 2010

Nunca a deixei sair à noite, nem faz o meu gênero. Existe um pai ausente e pior, destabilizador, irresponsável e que concorda com ela.
Ela está com o pai de 15 em 15 dias, não a posso proibir de ir.

AC

AninaCoelho -
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Desde 19 Jan 2010

Muito obrigada pelo seu tópico.

AC

Desde 13 Set 2012

boa tarde mamãs...

Tudo já foi dito e até de forma diferente. quero só deixar aqui um exemplo concreto de como a confiança nos pais pode fazer a diferença quando os problemas surgem.

No final do ano letivo anterior, a minha filha disse "não" a algo que o grupo de meninas com quem ela mais se dava queria. Não era nada de especial, apenas porque uma delas perdeu o passe, todas decidiram ir a pé. A minha disse que não ia, até porque ainda são 3KM e ela sabe que eu não quero que ela faça aquele percurso a pé. Pois bem, desde que ela disse "não", as supostas amigas começaram a infernizar-lhe a vida. Eram bocas, a toda a hora, intervalos infernais, sempre no limite do verbal. Confesso que não dei muita importância porque faltavam poucos dias para terminar o ano letivo. Vieram as férias e agora no regresso em setembro percebi que a minha miúda estava em pânico e numa angústia tremenda por ter de voltar às aulas. Pois bem, o ano começou e o inferno também; Eram 3 da turma e uma de outra turma pois reprovou e teve que ficar para trás. Passavam o intervalo a melgar a minha miúda. humilhavam, ofendiam e perseguiam. Para mim não tinha outro nome a não ser Buling. Como a minha filha sempre falou de tudo em casa, aqui não foi exceção. Ora, eu fiz o que me competia. Na reunião de início do ano, pedi para falar no final da reunião com a diretora de turma e os pais respetivos. remédio Santo. No outro dia a DT, que já tem mais de 60 anos e não papa grupos, chamou-as a todas e, segundo me contou depois, nem as quis ouvir. Apenas lhes disse -a todas - que não queria saber daquele tipo de comportamento na direção de turma dela. Se voltasse a ter notícias de tal, chamaria os pais e as autoridades competentes. Até lhes disse (embora n fosse verdade) que no ano anterior teve um caso semelhante e que, em casa, gerou grandes tareias. Bom, Disse que quem não quer ser amigo não seja, mas que todos se devem respeitar. Certo e sabido é que o problema ficou resolvido, houve pedidos de desculpa e tudo, a minha filha voltou a ir contente e tranquila para a escola e sem sofrimento. Não voltou a dar-se com as mesmas pessoas e nem eu queria que voltasse. Agora está tudo normal. Nem quero pensar o que teria acontecido se a minha miúda fosse como outros que conheço que nada contam em casa porque não sentem sintonia para o fazer.

Só agora há dias com a mudança de casa é que passou a ter tv no quarto. A verdade é que mal a liga porque prefere estar na sala connosco. Tem fb há muito tempo desde uma idade em que nem é possível criar conta a não ser falseando a idade (foi o que fiz). Eu entro lá quando quero, ela entra no meu e usa quase sempre o do pai. Sem stress e sem segredos. Não é preciso!

ela não é propriamente a sabetudo da escola, mas está muito longe de ser má aluna. tem 4 a tudo e é feliz assim. Não me dá dor de cabeça por enquanto, nem fala em querer sair de dia com amigos, quanto mais à noite; namoros então parecem a anos luz de distância. No entanto, tenho certeza que, quando lhe der o clique, ela falará em casa porque sabe que, como outros assuntos, esse é só mais um.

Pegue na sua filha e, em vez de se esforçar para ser amiga dela, esforce-se por ser uma mãe porreira. Uma mãe porreira, na definição de alguns dos amigos da minha filha, é uma mãe que permite que tudo seja à vontade, mas não à vontadinha. Saiam juntas para fazerem coisas divertidas e prazeirosas para ambas. Vão às compras ainda que não comprem nada ou quase nada. Saiam para o cinema ou para a praia. Foi-lhe sugerido uma atividade desportiva; se ambas gostarem da mesma, porque não praticarem-na juntas? Conheço mães e filhas que vão à natação e isso constitui um grande momento de partilha, nem que seja no percurso de ida e volta.

Conselhos há muitos e bons, mas o importante é que não deixe fugir a sua menina. É difícil, eu sei que sim, mas, talvez contornando em vez de confrontar, consiga chegar ao objetivo desejado.

Não diga sempre que "não" e também não diga "sim" só porque sim. diga "sim" e "não" com convicção e explicando mais os "nãos" do que os sins". Elogie muitas vezes sempre que ela merecer. às vezes é mais fácil soltar uma crítica do que proferir um elogio, mas acredite que, para quem tem autoestima baixa, um elogio sincero faz milagres.

Tudo de bom para todas

a praia

pria

SMSantos

janew -
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Desde 18 Jun 2016

Quando eu tinha 15/16 anos havia a moda de ir para o barzito perto da escola, mas eu só ia quando alguém fazia anos, pois não gostava do ambiente. Aí bebiam e fumam exceto uma, eu (eu era tão casmurra!!!). Nos intervalos sentavamo-nos todos no chão num circulo e o cigarro ia passando de mão em mão, até que a "totó" dizia que não. Só ouvi uma boca da primeira vez. Em mais de 30 anos de vida nunca experimentei um cigarro (nem tenho curiosidade).
Nunca quis, nunca me senti inferior ou superior por isso, nem nunca me colocaram de parte. Aquilo cheirava mal, era caro, viciava... Não obrigada.
Fui-me afastando de alguns colegas porque não tínhamos os mesmos interesses. Na faculdade foi a mesma coisa. É a seleção natural da vida.
Acabei por atrair pessoas similares a mim. Sorriso
As minhas melhores amigas, apesar da distância continuam a ser as "totós" do secundário. Bons tempos.
Ai se eu quisesse... poderia ter feito mil e uma coisa como as minhas colegas. Mas não fiz, não me apeteceu.
Já o meu irmão mais novo até à PSP foi parar, mas ele não teve (muita) culpa. Fumava e tinha uns amiguinhos... E a educação foi a mesma, mas ele deixava-se levar.
Resumindo... somos nós que fazemos o nosso percurso, não serão as regras e/ou imposições dos pais. Eles dão-nos os valores pela educação e exemplo, depois tratamos do resto.

ALES88 -
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Desde 14 Nov 2016

Não acho que os namoricos sejam o pior. Acho natural para a idade, eu mesma comecei a namorar (com o meu marido ?) aos 13/14, sempre fomos ajuizados e nunca o meu comportamento mudou do que era. Sempre tive boas notas e continuei a ter. Verdade seja dita nunca contei à minha mãe e ela só descobriu passados 2 anos, e não dava muita importância porque achava que era namoro de canalha. Agora se ela mudou de comportamento, e as companhias são más, aí sim o caso é mais complicado, e aí concordo que restrinja as redes sociais, a internet e as saídas com amigos.
Tenho o caso de um familiar próximo em que as más companhias foram terríveis, dos 15 aos 21 andou "perdido". Depois teve coragem e admitiu o problema, os pais conseguiram ajudar para o tratar e hoje é um homem bem sucedido. E não foi por falta de educação em casa, pois o irmão era pouco mais novo e nunca teve problemas desses, foi simplesmente o facto de ele ser influenciável e ter más companhias. Resumindo, os pais tentam sempre dar a melhor educação, mas em último caso, só se consegue ir até onde se consegue, porque o resto das decisões cabe a elas tomarem. Claro que os pais estão lá para encaminhar e ajudar, mas se já o faz, se fala com ela abertamente, se controla minimamente, não há mais nenhum conselho que lhe possa dar. Por vezes são coisas da idade que depois passam, outras não, mas só o tempo dirá.

AninaCoelho -
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Desde 19 Jan 2010

O caso parece-me mais grave não pelo querer namorar em si mas sim pela necessidade de todo o enredo de mentiras consecutivas e pela falta de auto estima ao ponto de se mutilar. Apesar de terem sido apenas 2 episódios isolados, segundo ela conta, o preocupante é o facto dela o ter guardado para si e não querer sequer que a mãe soubesse. Se fosse uma birrinha para chamar a atenção seria típico dessa idade (não menos mau, mas mais "aceitável") e faria questão que eu visse.
Mas não. Escondeu e ao lhe falar sobre isso acabou por confessar que isso a aliviava.
É difícil como mãe manter a cabeça fria e ser o mais racional possivel e implacável. Estas situações mexem com os sentimentos e quer queiramos quer não, acabamos sempre por achar que a culpa pode ser nossa. E será, concerteza de alguma forma... mas não completamente.
Tem sido extremamente difícil para mim encontrar um equilíbrio entre tudo isso que têm comentado e com muita validade.
Não é fácil passar por cima dum sentimento de decepção, de mentira e ainda assim ter espírito para fazer coisas divertidas. Mas tento.
Ser mãe/ pai é a missão mais difícil e de maior responsabilidade que pode existir. E por muito que nos preocupemos e dermos o melhor, haverá sempre muito mais que deveria ter sido feito... ou de outra forma.
Obrigada pelos vossos relatos.
O meu caminho é longo.

AC

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Pois Anina, eu acredito mesmo que um acompanhamento psicológico é muito urgente. Um adolescente com esse nível de fragilidade, que sente alivio na dor, que não sabe dizer "não" aos amigos, pode acabar em situações mesmo muito perigosas. Porque, na minha opinião, iniciar a vida sexual não é o pior que pode acontecer a um adolescente, mas sim começar a entrar em mundos de álcool drogas etc.

Já há Centros de Saúde com psicólogos disponíveis, e há Clínicas Privadas com acordos com a Segurança Social. Caso não tenha disponibilidade de pagar um, procure estas opções.

E vá tentando que a sua menina a veja como uma mãe confidente, já lhe foram dadas muitos conselhos para conseguir melhorar a vossa relação.

Boa sorte. Grande abraço

FSilsa -
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Desde 08 Abr 2014

Se ela chega ao ponto de se mutilar então sinceramente precisa intervir.. Não é ir deixando a coisa andar a ver no que dá. Por acaso tive uma colega que achou por bem se cortar. Mas no caso dela era porque na altura saiu um filme qualquer e ela achou aquilo tipo "moda" não ligamos muito e ela deixou-se disso. No caso da sua filha a coisa já é um pouco mais grave, e no seu caso com certeza que tomaria as rédeas da situação. Nós não nascemos ensinados, e a sua filha ainda está em desenvolvimento e precisa de orientação. Quando quer tomar esse rumo, cabe aos pais intervir. E não deixava passar mais tempo. Ela até pode protestar, mas daqui a uns tempos vai lhe agradecer. Na minha humilde opinião, mais vale passar por "má mãe" agora e mais tarde, até ela lhe agradecer do que ser negligente e mais tarde ela a culpar das asneiras que não a impediu de fazer...