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ficou com sequelas de episiotomia?

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Rachel_F -
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Desde 15 Jan 2014

Tenho de acrescentar que é extremamente feio o ATAQUE que estão a fazer à Lucie359.
Sinceramente, que feio!

Sobre Rachel_F

MaeRachel

underthewater -
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Desde 14 Mar 2014

Rachel_F escreveu:
Tenho de comentar.
É um facto que Portugal é o pais com mais episiotomias efectuadas, 80% dos partos vaginais têm episiotomia.
O OMS recomenda a restrição do seu uso e uma taxa não superior a 30%.
A episiotomia em muitos casos gera mais lesões do que o rasgo de 1º ou 2º grau e em muitos casos é feito para o benificio do médico, facilita e torna mais rápido o parto. Aepisiotomia justifica-se em casos de emergencia obstétrica tais como o uso de forceps.
É um mito que a episiotomia de rotina "faz bem, é melhor, previne rasgos", muitas mulheres terão rasgos naturais que nem pontos precisam.http://www.medscape.com/viewarticle/721538_2http://www.huffingtonpost.com/2012/08/22/episiotomy-childbirth-guideline...

No pais onde vivo é isso mesmo que explicam às grávidas na preparação do parto!
Se virem videos de partos fora de Pt percebem mesmo isso! A forma como fazem o parto é mesmo para prevenir o rasgar e claro evitar a episiotomia.
A mim também me fez muita confusão inicialmente dizerem -me que não iriam fazer episiotomina...mas acho que consegui perceber porquê!
Ps...acabei por fazer cesariana logo não posso contar -vos como foi!!!
Como em tudo...não há uma forma única de se fazer as coisas! Há realidades diferentes das que conhecemos!!!

Asuos -
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Desde 01 Out 2015

Mostre lá os estudos onde diz os 80% é que sem dúvida que é elevada mas nunca li em lado algum 80%.
E já agora o link que deu não dá para ler.
Em relação aos rasgos eu posso-lhe arranjar centenas de artigos cientificos que dizem precisamente o oposto: a situação tem de ser avaliada pelo profissional e, por norma, segundo quase todos os artigos médicos, rasgar é pior, pois acontece de forma totalmente descontrolada e é muito mais provavel ficar com sequelas para toda a vida.

Em relação às indicações é mais ou menos como as cesarianas, tanto querem terminar e colocam números em pessoas e depois o que acontece é que quando os médicos não podem decidir com base no conhecimento mas sim em números começa-se a voltar às mortes nos partos e em problemas vitalicios em crianças.
Depois falar de "outros países" sem especificar não diz nada, nós não somos dos piores países em termos de saúde pública, bem pelo contrário. Nem sequer dentro dos países da UE somos os piores... portanto, isso de virem falar de PT vs "lá fora" como se todos fossem melhores que Portugal revela o profundo desconhecimento.

Rachel_F -
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Desde 15 Jan 2014

Oh meu deus, nem vale a pena gastar mais tempo nesta "discussão". Espertalhão

Sobre Rachel_F

MaeRachel

Rachel_F -
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Desde 15 Jan 2014
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MaeRachel

Rachel_F -
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Desde 15 Jan 2014
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MaeRachel

Cat Chloé -
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Desde 30 Mar 2011

Rachel tenha o seu bebé e depois venha cá contar como foi. É muito bonito pesquisar-se tudo e mais alguma coisa, mas a hora da verdade é quando estamos de perna aberta na marquesa para parir. Está sujeita aos pareceres médicos e em último caso à sua vontade e não o oposto. Por algum motivo eles fazem N anos de formação. É muito bonito uma mulher dizer que não quer episiotomia, rasgar sabe-se lá para onde e depois ainda culpar o médico! Ah pois é.

dfol -
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Desde 23 Jan 2011

A questão é só uma... por mais que em Portugal até se fizesse a mais (e por acaso a saude da mae e do bebe é das melhores...mas nós somos uma porcaria...).... entao terá de ir ter noutro país! Pk na hora da verdade, quer explicar me como é que a mãe avalia se é ou nao preciso? ?? Tem sempre de ser o medico. Se me dissesse que deveria haver sensibilização para o uso do corte como ultimo recurso... ainda podia perceberm agora achar se que é a mulhet naquela hora que consegue decidir... é simplesmente utopico

Rachel_F -
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Desde 15 Jan 2014

Tão azedas meu deus. Não gastarei nem mais um segundo do meu tempo com esta conversa ridicula. Paz!
Sorriso

Sobre Rachel_F

MaeRachel

Asuos -
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Desde 01 Out 2015

Chamar azedas a quem quer alertar para questões médicas diz mesmo muito da sua capacidade argumentativa.

Mandar postas para o ar e falar somente de direcções gerais sem ter conhecimento médico também.

Vá na paz e antes de falar de outros países quando Portugal é dos melhores em termos de mortalidade infantil entre tantas outras coisas também diz muito sobre os seus conhecimentos. É a típica ideologia que "lá fora é que é bom"? Enfim.

Carimax -
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Desde 17 Out 2008

Tive um filho cá e outro na Holanda.... o que senti é que a abordagem pt é muito unilateral...o médico não se questiona, nem o mesmo quer ver a sua autoridade comprometida com questões, mesmo que a origem seja por necessidade de esclarecimento. Na Holanda apresentaram-me sempre um leque de possibilidades e a decisão é minha. Respeitaram-me enquanto pessoa! Sorriso

Sobre a episiotomia...a parteira holandesa ( os médicos só entram em cena quando há alguma questão) informou-me que é um procedimento raro e aguardado até ao último momento. Cá, quando abordei o que pensavam sobre isso....a médica informou-me que são questões que não são discutidas com pacientes ( mas estava doente? ou grávida?) Triste
Lembro-me de a parteira holandesa, na recta final do parto, realizar manobras e tocar para "alargar" ou avaliar a extensão da pele, mesmo antes da expulsão...Cá...foram muito atenciosas, é verdade...mas não me lembro de realizarem nenhum procedimento antes. Não me cortaram, é também verdade, mas antes conversámos um pouco e abordei essa questão...em princípio, disseram-me, não iriam cortar! Sorriso

Na consulta das 40 semanas informaram-me que é procedimento marcar-se o parto às 40 semanas. Quando chegou a data fui ao hospital informar que queria esperar até às 42 semanas...fui alvo de humilhação e amedrontaram-me....não me deram alternativa em ser vigiada com regularidade( como aconteceu na holanda, a partir das 41 semanas deram-me a decidir: 1. Podiam fazer o toque para tentar acelerar, procedimento que nunca me foi colocado até este momento,2. pode-se marcar o parto, 3. não marcando ia todos os dias para ver se está tudo bem com o bebé ) . Depois, numa conversa mais informal com um médico, fiquei a saber que têm protocolos e todos seguem, independentemente da opinião da parturiente. Na holanda, felizmente cada pessoa é uma, e manda no seu corpo até este estar em risco...aí sim, entra o médico e a sua equipa. Sorriso

A classe médica não é consensual..as decisões médicas são baseadas em valores empíricos, logo temos que olhar para esses valores com algum recuo e distância...dizer e aceitar que médicos são decisores inquestionáveis, é muito arriscado! Por isso se defende tanto segundas opiniões em situações mais específicas e com complexidade! Sorriso

Por alguma razão as cesarianas e a episiotomia reunem % mais elevadas em pt que as recomendadas! E já tive oportunidade de, ao longo de vários anos, ir lendo artigos de opinião de médicos, sobre a necessidade de mudança de certas abordagens médicas... Sorriso

Estou-me a lembrar que a prática de se ficar no hospital uns dias, depois de nascer, é tão impessoal....tive que "abandonar"/excluir o meu outro filho durante 3 dias para ficar com um bebé noutro lado qualquer...o meu filho demonstrou realmente um sentimento de exclusão, não o pude envolver nos primeiros dias do bebé...como dar banho ou o que seja! Na Holanda tive a oportunidade de estar sempre em casa...deslocam-se para nos ver para evitar esta ruptura na família nos primeiros tempos! Isto para concluir que não é só o acto de parir, é todo um processo, desde consultas aos primeiros e difíceis tempos...Pt tem muito a melhorar do ponto de vista humano, mesmo que a mortalidade infantil esteja muito em baixo, felizmente, nomeadamente a relação entre a parturiente e o médico...a decisão de episiotomia! Sorriso

Cat Chloé -
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Desde 30 Mar 2011

Carimax acredito que seja diferente de país para país, mas nós estamos cá e é cá que nos governamos. Também vivi no Reino Unido e também era diferente. Quando diz na parte que médicos não são seres inquestionáveis e que recorrem a segundos pareceres...sim, recorrem entre eles, seio profissional. Uma coisa são decisões da mulher, outra são da medicina. Eu também fui sujeita a esses pareceres e foi no seio deles que decidiram o que fazer comigo, não me vieram cá perguntar o que achava. Não se devem misturar águas!

dfol -
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Desde 23 Jan 2011

Mama carimax
Os medicos cá podem não lhe ter dito que escolhia mas pelos vistos n fizer a epistomia sem ser necessaria. A sua pele deve ser boa e por isso tanto na holanda como em.portugal n a cortaram. Isso por si so mostra que n cortam como procedimento padrao.
Fala tambem sobre a impessoalidade de ter que ficar no hospital. Eu compreendo é chato, mas por alguma coisa é que temos das melhores taxas de mortalidade infantil! Se calhar nem todos precisavam de ficar mas é uma precaucao. Repare que para o eatado isso fica carissimo. Internamento é um procedimento super caro. Eles n têm interesse monetario em que fiquemos la pelo contrario! Porque n somos nos que pagamos

http://www.deepask.com/goes?page=Veja-ranking-de-paises-pelo-gasto-per-c...

A holanda tb esta bem no ranking mas portugal tem uma taxa melhor que a holanda. Eu prefiro 3 dias do que acontecer alguma coisa.pk mesmo que eles vao a casa se acontecer algo de repente nao adianta muito
Se as vezes n é necessario.... pode ate n ser. Mas na duvida...

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Em relação à questão dos 3 dias, eu estou em França e cá usam uma mistura dos dois sistemas: a recém-mamã mais o bebé ficam 3 dias na maternidade e em casa têm a visita de uma parteira que vai ver os pontos da mãe, pesar o bebé, fazer o teste do pézinho, tirar dúvidas...:)
E admito que quando a minha filha nasceu, por um lado queria muito ir para casa, mas sendo mãe de primeira viagem soube-me bem estar aquele 3 dias num sítio onde se acontecesse alguma coisa, havia logo profissionais para dar conta da situação (como aliás aconteceu: a minha bebé não mamava bem e num dos dias ficou tão fraca que não acordava nem por nada. Quem percebeu o que se passava não fui eu nem o pai, mas sim uma enfermeira. Ainda bem que não estávamos em casa e que elas puderam logo actuar porque eu e o pai achámos que ela estava simplesmente a dormir). Sorriso

dfol -
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Desde 23 Jan 2011

Mama clara esse sistema parece me optimo
Ha uma coisa k eu acho k esta a fazer se confusao neste topico. Uma coisa é achar se que o profissionais em portugal possam estar pouco sensiveis a mulher (eu n senti mas sei k n sao todos iguais), ou acharmos k podiam fazer mais tentativas para n cortar. Outra coisa completamente diferente é achar k a mulher pode decidir. Mesmo a mae que teve um dos filhos na holanda disse k n estava fora de questao fazer o corte. Apenas iam tentar n fazer (como em portugal tb n lhe fizeram e no meu caso tentaram tudo mas n d e u) mas nao lhe deram a escolher se queria ou nao fazer.
Pensem la...estamos de pernas abertas e em dor... n percebemos nada sobre elasticidade da pele...como vamos decidir?o medico vai perguntar: olhe mama o que lhe parece?

Samandy -
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Desde 09 Abr 2009

ya e apontam um espelho como quando estamos no cabeleireiro, para ver o corte atrás.. "olhe sr doutor, corte mais um pouco de lado" Cair ao chão de tanto rir

underthewater -
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Desde 14 Mar 2014

Mas porque é que a mulher tem de se sujeitar ao que o médico acha sem sequer o questionar? Atenção que não estou a dizer que o médico tem de fazer o que a mulher quer! Estou a dizer que a mulher tem o direito de questionar o médico! Se está provado que a episiotomia é muitas vezes desnecessaria, se, noutros paises desenvolvidos e com boas taxas de sobrevivência se evita a episiotomia, porque não se questionar o médico antes?
O médico faz o que está habituado a fazer e o que sabe fazer, mas há outras formas de fazer as coisas! E neste caso a OMS diz que há outras formas!
Questionar o médico ajuda! Porque ele vai explicar exactamente porque faz o que faz e vai explicar riscos e benefícios! Consentimento informado! Parto humanizado! Desculpem mas parece que só se lembram disto para o que querem! A episiotomeia é uma intervenção invasiva e que pode deixar sequelas sim!
Não acho que noutros países seja melhor ou pior! Acho que, e principalmente no meu caso porque o vivi de perto, se conhecermos outras realidades começamos a questionar se a realidade em que vivemos é a única válida!
Não se zanguem nem me chamem já de burra ou inculta ou coisas até piores! Sou adulta, humana e tenho o direito a uma opinião que é tão válida como as vossas!
E como sempre aconselhei neste forum...o profissional de saúde é a pessoa com quem se deve conversar sob decisões médicas! Mas nada nos tira o nosso direito a fazer um consentimento informado! A não ser claro que estejamos inconscientes...e aí sim os profissionais de saúde actuam de acordocom o superior interesse do doente!

dfol -
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Desde 23 Jan 2011

Mama, ninguém disse que não devemos questionar ou falar sobre o assunto. Os médicos n são deuses inquestionáveis. O que dissemos é que em ultima instancia têm de ser eles a decidir.
Eu até dei o exemplo que falei com p meu médico sobre isso e disse-lhe que tinha medo da episiotomia. Claro que sim! E ele fez os possíveis por não fazer mas no ultimo instante decidiu que o risco era demasiado elevado e cortou. A rapariga que foi antes de mim, com o mesmo médico não foi cortada.
O que estamos a dizer é que pode e deve ser discutido mas em última instancia deve ser o médico a decidir. Ele na hora, como tínhamos falado nisso, disse-me... "pode ser que não seja preciso....deixa ver....".... e depois disse: não dá.
Não me perguntou "olhe, posso?".
Percebe a diferença? Nós podemos falar com o nosso médico, pedir para cortar como ultimo recurso mas na hora tem de ser ele a decidir.
O melhor mesmo, e em qualquer país, é tentar encontrar um médico que se preocupe, que tenha o nosso superior interesse em mente. Porque maus médicos (que cortam sempre ou que não cortam mesmo vendo que vai correr mal) há em todo o lado!

underthewater -
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Desde 14 Mar 2014

Mas o medico deve perguntar se pode cortar sim! Dizer o porque e explicar e a mulher deve dar o seu consentimento! Quando disse noutra mensagem que uma amiga sua médica faz o que acha melhor, sem olhar ao consentimento do doente, isso é fazer sem consentimento! O doente pode queixar se de que lhe foram feitos procedimentos que não consentiu! Isto pode parecer implicância minha mas não é! Em ultima instância o corpo é nosso, o médico não tem o direito de fszer o que lhe apetece sem consentimento! A não ser claro que estejamos inconscientes como já disse! Prende -se com direitos humanos! Mas isto são questões éticas, não vale a pena zangarmo -nos por isso!
Vamos usar um exemplo estupido...lol...se disser na escola de um filho seu que não quer que coma carne de porco e, na escola derem carne de porco ao seu filho porque dão a todos...acha que é uma atitude correcta por parte da escola? Assim como os profissionais de saúde estudaram os seus oficios, as educadoras tambem! Logo, porque são educadoras podem decidir o que dar ao seu filho sem o seu consentimento?
E sim...eu sei que estou a comparar situacoes que não se comparam...mas..no final comparam -se sim! Tem tudo e somente a ver com o direito da pessoa!
Pensa que, sendo eu educada profissionalmente em Pt, não me custou ver o mudo como é visto no país onde vivo? Pensa que não me custou ouvir a enfermeirs dize -me que não faziam episiotomia por rotina, pois a forma como fazem o parto é para evitar esse procedimento?
Custa muito ver que há outras formas de se fazer as coisas!
Mas, quando começamos a ver o que está por trás, percebemos que é possível e até salutar a discussão e a abertura a novas possibilidades!
Agora, é claro que o profissional que está a fazer o parto é o que tem o conecimento! Mas isso não lhe dá o direito de fazer o que quer sem consentimento!
Na saúde é mesmo assim! Preso por ser e por não ser!
Uff...desculpem as minhas filosofias...mas a ética sempre me catiovou!

Carimax -
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Desde 17 Out 2008

Cat Chloé escreveu:
Carimax acredito que seja diferente de país para país, mas nós estamos cá e é cá que nos governamos. Também vivi no Reino Unido e também era diferente. Quando diz na parte que médicos não são seres inquestionáveis e que recorrem a segundos pareceres...sim, recorrem entre eles, seio profissional. Uma coisa são decisões da mulher, outra são da medicina. Eu também fui sujeita a esses pareceres e foi no seio deles que decidiram o que fazer comigo, não me vieram cá perguntar o que achava. Não se devem misturar águas!

Segundos pareceres: não me referia aos médicos...refiro-me aos pacientes...as pessoas buscam segundos pareceres! Os médicos podem ou não procurá-los! Falo enquanto cliente de médicos. Sorriso

Qual a fronteira entre a decisão da mulher e da medicina? acho que aqui reside o problema cá! O médico não fomenta nenhuma flexibilidade...mesmo no provado, pagando, quanto mais no público! Sorriso

Asuos -
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Desde 01 Out 2015

Eu acho muito bem que se questione, o que eu não acho bem é que se chegue lá a dizer " eu não aceito eipsiotomia" e no final se rasgarem completamente e ficarem com sequelas para toda a vida rotulem os médicos de incompetentes ou lhes metam processos em cima.

O medo do desconhecido leva-nos a fazer coisas parvas (é inato nos seres humanos) inventar teorias da conspiração e batermos o pé até mais não é uma delas. Que se questione se é mesmo necessário, se pergunte como se prepara o corpo para o parto, o tipo de massagens no perineo, etc a fazer de forma a minimizar a hipótese não só acho válido como até acho que os médicos deveriam transmitir por iniciativa própria.
Que se tente a todo o custo justificar que a episiotomia é a forma como os sádicos dos médicos gostam de trabalhar, afirmar que é melhor rasgar (quando centenas de artigos médicos afirmam o contrário) a meu ver não tem justificação possível. Mas mais uma vez, o corpo é de cada uma e por mim podem rasgar à vontade se é isso que desejam. Simplesmente não vão depois culpar os médicos porque vos deixaram rasgar e não cortaram a tempo, chamá-los de incompetentes e por aí fora.
E mandar postas de pescada para o ar, com percentagens que nunca são comprovadas...é muito giro, só que não. Porque isto é um fórum onde mulheres cheias de dúvidas e de medos vêm ler e isto é a forma perfeita de ficarem com macaquinhos no sótão em relação a algo que não é válido, nem correcto, nem cientifico.

underthewater -
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Desde 14 Mar 2014

Desculpem os erros..tou no telemóvel!

underthewater -
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Desde 14 Mar 2014

Asuos escreveu:
Eu acho muito bem que se questione, o que eu não acho bem é que se chegue lá a dizer " eu não aceito eipsiotomia" e no final se rasgarem completamente e ficarem com sequelas para toda a vida rotulem os médicos de incompetentes ou lhes metam processos em cima.
O medo do desconhecido leva-nos a fazer coisas parvas (é inato nos seres humanos) inventar teorias da conspiração e batermos o pé até mais não é uma delas. Que se questione se é mesmo necessário, se pergunte como se prepara o corpo para o parto, o tipo de massagens no perineo, etc a fazer de forma a minimizar a hipótese não só acho válido como até acho que os médicos deveriam transmitir por iniciativa própria.
Que se tente a todo o custo justificar que a episiotomia é a forma como os sádicos dos médicos gostam de trabalhar, afirmar que é melhor rasgar (quando centenas de artigos médicos afirmam o contrário) a meu ver não tem justificação possível. Mas mais uma vez, o corpo é de cada uma e por mim podem rasgar à vontade se é isso que desejam. Simplesmente não vão depois culpar os médicos porque vos deixaram rasgar e não cortaram a tempo, chamá-los de incompetentes e por aí fora.
E mandar postas de pescada para o ar, com percentagens que nunca são comprovadas...é muito giro, só que não. Porque isto é um fórum onde mulheres cheias de dúvidas e de medos vêm ler e isto é a forma perfeita de ficarem com macaquinhos no sótão em relação a algo que não é válido, nem correcto, nem cientifico.

Entao a OMS manda postas de pescada para o ar?
Há outras formas de fazer as coisas sim! E se a OMS recomenda que se pare o uso rotineiro da epidiotomis, fa -lo baseado em estudos e em recomendações cientificas!
Não consigo concordar consigo! Desculpe, mas, conhecimento empirico, medo etc etc, nada se prende com o que a OMS recomenda!
Não é colocar macaquinhos no sótão! É incentivar as pessoas a questionarem o que é decidido por elas! Afinal é um direito de cada um de nós!

Carimax -
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Desde 17 Out 2008

dfol escreveu:
Mama carimax
Os medicos cá podem não lhe ter dito que escolhia mas pelos vistos n fizer a epistomia sem ser necessaria. A sua pele deve ser boa e por isso tanto na holanda como em.portugal n a cortaram. Isso por si so mostra que n cortam como procedimento padrao.
Fala tambem sobre a impessoalidade de ter que ficar no hospital. Eu compreendo é chato, mas por alguma coisa é que temos das melhores taxas de mortalidade infantil! Se calhar nem todos precisavam de ficar mas é uma precaucao. Repare que para o eatado isso fica carissimo. Internamento é um procedimento super caro. Eles n têm interesse monetario em que fiquemos la pelo contrario! Porque n somos nos que pagamos
http://www.deepask.com/goes?page=Veja-ranking-de-paises-pelo-gasto-per-c...
A holanda tb esta bem no ranking mas portugal tem uma taxa melhor que a holanda. Eu prefiro 3 dias do que acontecer alguma coisa.pk mesmo que eles vao a casa se acontecer algo de repente nao adianta muito
Se as vezes n é necessario.... pode ate n ser. Mas na duvida...

Na holanda há muitos partos em casa...e sim, há questões que se prendem com logística, como viver no meio de uma cidade, com rua estreitas e a ambulância não conseguir chegar atempadamente, etc...

Mas ( por acaso tive o meu filho em casa) durante o pós-parto temos uma doula em casa, que é paga pelo sistema de saúde, que nos faz tudo...desde ensinar a tratar do bebé, lavar roupa, cozinhar, cuidar da mãe, etc...não há ruptura familiar! Sorriso

O que me foi dito pela parteira,na holanda, é que é muito raro fazerem esse procedimento( episiotomia)...só em casos muito extremos! Cá, realmente não fizeram ( o meu filho era pequenino), mas não me abriram a porta para nenhum diálogo! Não respeitaram o facto de querer esperar mais uns dias para tentar nascer naturalmente...em vez disso pressionaram-me, dizendo coisas como , e se acontece algo?!?! Bolas...não podiam accionar um plano de observação??? Não! Porque não se individualiza...não se respeita a opinião das pessoas! O médico continua a agir com uma posição de sumidade...onde questionar é colocar em causa!

Só o facto de existir privado e público já é demonstrativo suficiente das desigualdades em tudo, seja no trato, na assistência, comodidade, etc...

Quando tive o meu filho fiquei num quarto com mais 2 raparigas...uma delas foi abordada na sua vida provada sem o mínimo de respeito...era menor...foi questionada à minha frente e da outra mãe, sobre as suas condições particulares para criar a criança...e que o hospital via-se forçado a contactar a comissão de protecção de menores!!! Que humilhação!! E tanto é aqui, enfermeira, como na forma como a classe médica trata as pessoas!

E, sim, vivo cá, é cá que tenho que levar com estas atitudes...mas isto não é razão para não me indignar e aceitar tudo com resignação! Sorriso

Samandy -
Offline
Desde 09 Abr 2009

underthewater escreveu:
Mas o medico deve perguntar se pode cortar sim! Dizer o porque e explicar e a mulher deve dar o seu consentimento! Quando disse noutra mensagem que uma amiga sua médica faz o que acha melhor, sem olhar ao consentimento do doente, isso é fazer sem consentimento! O doente pode queixar se de que lhe foram feitos procedimentos que não consentiu! Isto pode parecer implicância minha mas não é! Em ultima instância o corpo é nosso, o médico não tem o direito de fszer o que lhe apetece sem consentimento! A não ser claro que estejamos inconscientes como já disse! Prende -se com direitos humanos! Mas isto são questões éticas, não vale a pena zangarmo -nos por isso!
Vamos usar um exemplo estupido...lol...se disser na escola de um filho seu que não quer que coma carne de porco e, na escola derem carne de porco ao seu filho porque dão a todos...acha que é uma atitude correcta por parte da escola? Assim como os profissionais de saúde estudaram os seus oficios, as educadoras tambem! Logo, porque são educadoras podem decidir o que dar ao seu filho sem o seu consentimento?
E sim...eu sei que estou a comparar situacoes que não se comparam...mas..no final comparam -se sim! Tem tudo e somente a ver com o direito da pessoa!
Pensa que, sendo eu educada profissionalmente em Pt, não me custou ver o mudo como é visto no país onde vivo? Pensa que não me custou ouvir a enfermeirs dize -me que não faziam episiotomia por rotina, pois a forma como fazem o parto é para evitar esse procedimento?
Custa muito ver que há outras formas de se fazer as coisas!
Mas, quando começamos a ver o que está por trás, percebemos que é possível e até salutar a discussão e a abertura a novas possibilidades!
Agora, é claro que o profissional que está a fazer o parto é o que tem o conecimento! Mas isso não lhe dá o direito de fazer o que quer sem consentimento!
Na saúde é mesmo assim! Preso por ser e por não ser!
Uff...desculpem as minhas filosofias...mas a ética sempre me catiovou!

euposso tar com um problema qualquer, corro riscos, os medicos precisam de me operar e eu digo "nãaao calma lá, não quero cá cicatrizes, não autorizo" e o medico diz "com certeza minha senhora, vá para casa e faça repouso" claro que sim... desde quando é que os medicos pedem autorização aos pacientes para tratar situações de risco? eles tratam e pronto, são obrigados a isso, se não o fizerem arriscam se a levar um processo.

No caso em especifico, a mulher não autorizava e depois rasgava tudo até ao anus, ate podia ter uma hemorragia ou complicações severas e depois, a culpa era que quem?? da paciente, que disse que não podia? ou do médico que não fez o seu trabalho?

Samandy -
Offline
Desde 09 Abr 2009

E mais, o medico está ali a fazer o parto, pensa que não vai rasgar, mas de repente dá-se conta que provavelmente vai rasgar, aquilo pode demorar poucos segundos e ele vai dizer "olhe minha senhora, eu acho que corre o risco de.." e pimba ja nasceu o bebé e rasgou-a toda. ou pensam que o médico é adivinho? que consegue avaliar com precisão se vai rasgar e se o rasgo vai ser grande ou pequeno? e tem tempo de estar ali com conversas a explicar tudo?
sim, pode conseguir avaliar e sim pode ter tempo, mas tambem pode não conseguir e não ter tempo nenhum. Tem ali meia duzia de segundos para avaliar e agir

dfol -
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Desde 23 Jan 2011

Vou tentar ir por partes:

- Quanto a na hora o médico poder perguntar, acho quase impossível. Quando ele me disse que n dava mesmo a minha filha estava a nascer no segundo a seguir
- Quanto à organização mundial de saúde dizer que se fazem cortes demais, ninguém está a por em causa. Mas n dizem lá que a mulher pode decidir. A mulher deve estar informada de procedimentos antes do parto que ajudem a evitar o corte, deve estar ciente dos riscos, deve escolher aquilo que n implique a sua saúde. O caso da carne na escola é um perfeito exemplo. A criança se n comer isso não corre propriamente riscos. É uma opinião pessoal! Podemos dizer que em Portugal os médicos deviam abordar melhor as questões, deviam ter mais sensibilidade, poderia haver um acompanhamento mais individualizado.....tudo certo! Mas n podemos achar que a mulher pode decidir uma questão destas! Se o médico disser: olhe acho que vai rasgar até ao anus e a mulher diz que n pode...o que é que ele vai fazer? respeitar? E aquelas religiões que n deixam fazer transfusões aos filhos e preferem que morram?
- Quanto a partos em casa, para mim é a mesma situação! A dificuldade n é dar banho, nem nada disso! Mas o problema é se a criança nasce com alguma dificuldade. A mim graças a deus que n aconteceu, mas uma amiga chegada teve o filho e graças a deus estava no hospital! Se n tivessem lá umas certas maquinas (que nem há em todo o lado) e puto n se safava! Quando corre bem, em casa pode ser maravilhoso! Mas quando corre mal, bem se pode correr que em questões de respiração por exemplo, é difícil chegar ao hospital a tempo

underthewater -
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Desde 14 Mar 2014

O doente tem direitos e deveres! Estes estão consagrados na lei! O consetimento ou recusa de tratamento faz parte dos direitos de um doente! Podem ler! Não os criei ou inventei!
Somos todos diferentes, o que eu considero importante para mim e para a minha saúde pode não ser importante para vocês e vise versa!
E, ao contrário do que muita gente pensa, o doente tem o direito a não consentir um tratamento! E não é assim tão incomum!
Temos de aprender a respeitar o que cada um quer para si!
A importancia das coisas da vida é somente a importancia que lhe damos! O médico ou outro profissional de saúde aconselha, informa orienta...mas não manda no nosso corpo!
Infelizmente ainda vivemos muito no "o sr doutor mandou fazer"! Questionar, exigir que o papel que assinamos (para que o médico possa fazer o que lhe apetecer com a nossa saúde) seja assinado de forma verdadeiramente informada deveria ser algo que, enquanto pessoas com direitos, todos devessemos procurar...
E sim, continuo a bater na mesma tecla! Simplesmente porque sou uma pessoa, racional e tenho o direito de decidir o que quero eo que não quero para mim, indepedendentemente do que os outros acham que é melhor para mim! E a esses outros cabe somente o direito e o dever de me informar, esclarecer e orientar para que eu decisa em consciência!!
E antes que venham mais exemplos...estou a falar de pessoas em plenas capacidades para fazerem decisoes por si proprios! Pois sei bem que há casos em que a pessoa não consegue decidir por si!

Cat Chloé -
Offline
Desde 30 Mar 2011

E aquelas religiões que n deixam fazer transfusões aos filhos e preferem que morram?

Um amiga minha teve o azar de ficar com restos do parto e teve de ir a raspagem. Estava lá uma senhora, nem era para ter bebé, era outro problema de saúde, a indicar que se recusava a levar transfusões de sangue devido à religião. A enfermeira deu-lhe de resposta que estudou para salvar vidas, não para as verem ir-se à pála de lavagens cerebrais! E agora, ficamos em que? Na medicina ou na vontade do paciente?? Isto é tudo muito bonito, mas não sei como foi convosco mas eu quando entrei para a sala de dilatação fui questionada pela enfermeira quais os procedimentos que autorizava. E lá fui respondendo. Uma coisa é eu não querer epidural, seim senhora, vou curtir as dorzitas todas. Outra é recusar um procedimento que até pode ser necessário e quem se lixar no futuro ser eu!!! E eu até fiquei com incontinência devido ao parto, mas com os exercícios das aulas pós-parto voltou tudo ao sítio. Se foi devido à episiotomia? Não sei, se calhar sim, se calhar não! Mas uma coisa é certa, custou-me aquilo mas ao menos podia defecar à vontade!! Nem imagino uma ferida destas para o anus.

underthewater -
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Desde 14 Mar 2014

Cat Chloel, esta situacao da crença religiosa levanta outros dilemas éticos! No entanto o profissional de saude nao tem o direito de decidir pela pessoa, muito menos tem direito de julgar aquela pessoa pelos seus próprios valores!
Se fosse facil, não era necessaria4 a etica a e a deontologia na saude! Os profissionais decidiam e nós acarretavamos com as consequências! Felizmente não é assim!
A religião católica também tem muitos dogmas, assim como qualquer outra religião!