Olá sou a Ana tenho 23 anos estou em planos com o meu namorado para termos o nosso primeiro filho.
Vivemos juntos à 5 anos, mudei-me para um pouco longe (40 minutos) da minha família para ir viver com ele...os meus pais estão separados, no momento da minha decisão nem lhes aqueceu nem lhes arrefeceu, como se costuma dizer...
Formei-me e tenho uma licenciatura, por pressão deles, pois como não poderam estudar mais devido ao meu nascimento então desejava mais para mim.
Por duas vezes, que eu engordei um bocadinho mais, visitei a minha mãe e ela para mim: "não me digas que estás grávida!?", magoou-me um pouquinho porque parecia algo que não poderia acontecer...parece que é um medo que ela têm.. Já o meu pai ambiciona que eu estude ainda mais e em universidades longe de casa. A minha mãe já por duas vezes me quis arranjar trabalho fora do país... Por tanto (e já o meu namorado percebeu) parece que não perceberam ainda que eu vivo junta com o meu namorado e queremos fazer uma vida a dois...
Já quando falei em casar a minha mãe riu-se!
Os meus pais não são típicos tradicionais, agora estão separados, mas por exemplo nem casaram quando estavam juntos...
Fico triste por terem estas atitudes comigo, o que acham que estou a fazer mal? Eu não acho cedo para engravidar, simplesmente porque me sinto preparada e é algo que desejo muito, mas será que eles vão achar cedo? E a sociedade em geral acha cedo aos 23 anos (esta é só por curiosidade)?
E agora que estamos a pensar ter um filho, eu nem conto à minha mãe nem ao meu pai, mas por exemplo, com os pais do meu namorado é um assunto que falamos recorrentemente e que me faz muito feliz por falar desse sonho com eles...
Muito francamente, tendo provavelmente a idade dos seus pais e filhas adolescentes, compreendo as expectativas dos seus pais. Um filho muda muita coisa e eu, pessoalmente, preferia que as minhas filhas investissem primeiro em si mesmas, em estudar, ter uma profissão que as realizasse, viajar, namorar...e depois então os filhos. Eu própria fui mãe depois dos 30, é impossível que a minha experiência não influencie as minhas opiniões. Apesar do que penso, um dia as minhas filhas serão adultas e serão responsáveis pelas suas decisões. Irei apoia las em tudo, mas não tenho de concordar com tudo...apenas respeitar.
Olá AnaMafalda,
infelizmente consigo perceber muito bem o que sentes!
Eu tenho 22 anos e sempre tive o sonho de ser mãe!
Acabei a licenciatura no ano passado e a vontade de procurar/arranjar um emprego nessa área era quase inexistente. Acabei por matricular-me num mestrado por pressão familiar e o resultado foi desistir uns meses depois de começar.
Nessa mesma altura arranjei um emprego fora da área porque me queria juntar com o meu namorado. O emprego até hoje continua a fazer comichão a quase toda a minha família, por não ser "digno" o suficiente para mim.
Como te disse, a vontade de ser mãe era tão grande que eu já sabia que se o partilhasse com alguém da minha família iam achar que eu estava doida e ninguém me iria apoiar.
Como podes ver, estou a uma semana de ter o meu filho nos braços e não podia estar mais feliz! Apesar de algumas pessoas pensarem que este bebé foi um acidente, foi tudo menos isso! Foi e é muito desejado e planeado.
Com isto só te quero dizer que por vezes temos que fazer o que achamos ser o melhor para nós e tentar ignorar a opinião da família... Estava a ficar muito infeliz por andar a estudar uma coisa que não me dizia nada só para os fazer a eles felizes! É muito complicado quando idealizam e criam expectativas em relação é nossa vida, especialmente quando estas pouco ou nada têm a ver com o que desejamos para nós próprios!
Só te quero deixar o meu testemunho e força para conseguires encontrar o melhor rumo para o teu futuro 
Eu acho que se és adulta te cabe a ti e ao teu namorado decidir e mais ninguém tem nada a ver com isso.
E também não vejo os filhos como impedimento para nada, aliás muitas vezes servem é para motivação para sermos melhores pessoas e fazermos mais por nós próprios.
Dás quase a entender que fizeste a licenciatura sem grande vontade de a fazer, os teus próprios planos não passam por estudares, então porque adiar uma coisa que ambos querem, desde que bem pensada, porque os outros idealizam outra vida para vocês?
A desculpa que ter filhos não te permite investir em ti mesma ou nos teus estudos, etc para mim é mesmo só uma desculpa.
Se não tiveres filhos vais tirar um mestrado? Queres tirá-lo? Fazes intenções de emigrar? Estudar em universidades longe de casa ou fora do país? Tirar doutoramento? Não? Então vais adiar porquê?
Têm um emprego os dois, minimamente estável? Têm poupanças e forma de fazer face a todas as despesas? Sim? Então porquê adiar?
Eu tenho um filho, fiz o meu mestrado com um filho e se quiser fazer um doutoramento não vai ser o meu filho que me vai impedir. Da mesma forma que a maioria das mães também trabalham e têm filhos. Os horários entre quem estuda e trabalha são muitas vezes exatamente os mesmos de quem só trabalha: é uma questão de prioridades e de se saber organizar.
Para mim e para o meu marido não fazia sentido adiar o primeiro filho até depois dos meus 30 anos. Por acaso acabei por engravidar numa fase em que não tínhamos programado mas isso não alterou em nada os nossos planos de vida, os nossos objectivos pessoais nem aquilo que fizemos e que pretendíamos fazer.
E eu não me arrependo em nada e se fosse hoje a única coisa que mudava era já ter tido um 2º filho há mais tempo.
Por acaso eu tenho 33 e se eu tivesse feito o que pretendia aos 23 teria me arrependido, hoje sou completamente outra... Mas isso sou eu... Se te sentes preparada e há uma estrutura mínima a volta (casa, dinheiro, etc), não penses nas expectativas da família... há muita gente que tem filhos na faixa dos 20 anos e dificilmente vai achar alguem que diga "arrependi-me" pois depois que os filhos nascem é quase impossivel se imaginar sem ele...
se te sentes preparada para ser mãe e é algo com que sonhas com o teu namorado, força!
Ninguém tem nada que opinar o que TU queres, deve apoiar, isso sim, caso contrário mais vale estarem calados.
Eu tenho 20 anos, sou casada, tenho 2 filhos e ainda quero ter mais. Se as pessoas falam? Claro que sim! Se me importo? Claro que não, ninguém tem nada a ver com isso, é a tua vida e as tuas decisões.
Se queres ser mãe, e se tens condições para isso, então força!
Boa sorte
Olá não pude deixar de comentar o teu tópico, eu fui mãe aos 21, não foi planeado mas acabei por desejar muito e não me arrependo. Agora seria impensável imaginar a minha vida sem o meu filho, é uma alegria e uma benção sem dúvida. E mais a mais um filho não impede de se voltar a estudar, divertir e por aí...traz mais responsabilidades claro, mas é possível conciliar. Se tens vontade, condições e uma relação estável não há motivo para não ter. Quanto aos teus pais agora podem reagir dessa forma mas acredito que quando forem avós vão mudar de certeza absoluta. Beijinhos
Hoje em dia, para quem tem ambições de estudar e tentar uma carreira ou outro projeto, 23 anos é cedo sim. Depois de ser mãe é muito mais complicado e menos cor de rosa do que se fala. Todavia, tu não tens nem nunca tiveste essas ambições ou vontade, portanto, se achas que tens condições financeiras e maturidade emocional, avança.
Hoje em dia, para quem tem ambições de estudar e tentar uma carreira ou outro projeto, 23 anos é cedo sim. Depois de ser mãe é muito mais complicado e menos cor de rosa do que se fala.
Eu discordo muito desta visão. A meu ver, a desculpa de ter filhos e ser impossível chegar longe na carreira ou estudar, dá jeito a muita gente que não se quer esforçar. Aliás vaticinaram-me isso tudo quando engravidei e no final não me parece que tenha sido nada demasiado difícil ou complicado de fazer (eu não tinha 23 mas tinha menos de 30 anos e parece que isso actualmente é o fim do mundo).
Acredito que possa ser mais difícil em alguns aspetos mas não em tudo e certamente que ter filhos nessa idade não é o fim do mundo.
Senão coitadas de todas as mulheres com carreiras de topo, nenhuma poderia ser mãe... e eu até conheço uma mãe que o foi aos 16 anos e, sem a ajuda de ninguém (nem dos pais), trabalhou, pagou os estudos, cuidou da filha apenas com o apoio do namorado, montou uma empresa sozinha e é muito bem sucedida para os padrões da nossa sociedade.
Além disso, depende muito da área, da carreira pretendida. Se quiserem uma carreira internacional ou escolherem uma profissão que obrigue a correr “meio mund”o constantemente para chegarem longe certamente que é cedo para ter filhos (e antes de serem mães, se quiserem estar presentes na vida dos filhos terão na mesma de abdicar dela). Se a carreira pretendida for algo mais local, que não exige deslocações frequentes, que dá estabilidade, então ser mãe cedo certamente não trás desvantagens. E se a carreira permitir um misto de ambas, onde a principal actividade laboral for local e estável mas se tiver uma outra vertente de investigação que "exija" ou leve preferencialmente a algumas apresentações em congressos internacionais esporádicos derivados de alguma investigação local, certamente que também não é um filho que a impede de o fazer.
Impossível ser mãe nova e ter carreira não me parece que seja, já ser mãe nova e presente, estudar e fazer uma boa carreira enquanto ao mesmo tempo tem a típica vida/noitadas de quem tem essa idade? Isso eu considero impossível mas se calhar até há quem o consiga fazer e gerir tudo muito bem. Outros nem sequer sentem a falta de noitadas porque nunca os cativou, não interessa o que a pessoa A ou B lhes diga sobre o que seria suposto sentirem ou deixarem de sentir.
A maternidade trás responsabilidades que muitos jovens adultos não estão habituados a ter, enquanto outros estão, uns adaptam-se melhor e outros pior e tudo isso influencia.
Claro que é impossível ter tudo e por isso mesmo é uma questão de prioridades e saber gerir bem tudo. Mas se a prioridade estiver em ter filhos e uma boa carreira eu não considero que se tenha de esperar pelos 35 ou 40 anos para ser mãe para conseguir isso.
Os pais ou familiares podem meter pressão mas a vida é sua e apenas a própria pessoa irá viver com a vida que optou no final do dia. "Optei por x porque os meus pais me pressionaram para tal", se justificar as suas opções com isso apenas ficará prisioneira e vítima e infeliz, culpando os seus pais pelas opções que escolheu. Se já tem idade para ser livre e adulta, opte por "EU optei por x porque EU quis", e aprenda a dizer não e a lidar com conflitos mesmo que nem sempre será fácil. Responsabilizar pelas nossas próprias escolhas em vez de se deixar levar pelas pressões alheias é a única forma de conseguir ser feliz.
E se é uma criança que quer e que se sente preparada para a ter, não receie tomar essa decisão. Os seus pais precisam de confrontar com as suas próprias projeções que coloca na sua filha pois como pais deviam apoiar a sua filha no seu caminho de felicidade.
Olá, hoje em dia, engravidar aos 20 e poucos é considerado cedo, e é visto a maior parte das vezes como acidental, olham-nos como crianças que andaram a brincar aos papás e mamãs e pronto.
Eu casei, engravidei um mês depois, acidentalmente, e nunca ninguém falou comigo como se fosse normal para a minha idade. Até notava uma certa pena na voz das pessoas.
Eu realmente esperava engravidar quando tivesse uns 25, aconteceu aos 22, mas também não era uma criança... Claro que se engravidasse aos 30 ia ter outra maturidade, e se engravidasse aos 60 ainda mais maturidade ia ter (se fosse possível). Mas não é por ser uma pessoa super responsável e optar por ter filhos só depois de ter tudo o resto organizado que serei melhor ou pior mãe. Que é isso que toda a gente pensa. Que quem tem filhos cedo é irresponsável e inconsequente.
Por isso, sim, hoje em dia, ter filhos aos 20 e poucos é considerado cedo. Eu considero que tive a minha filha no tempo certo. Apesar de não ter sido planeado.
No que toca à vertente profissional, Já sou licenciada à 3 anos, numa área com supostamente muitas saídas. Não trabalho na minha área. Espero tirar um mestrado. A minha filha nunca me impediu de fazer o que quer que seja, até porque sou eu que faço tudo em casa e no que toca a ela. Ainda não morri. Não é um bicho de 7 cabeças, temos é de nos adaptar às novas circunstâncias. E também detesto que olhem para mim com pena, por ter sido boa aluna e agora com licenciatura e etc, todos (alguns apenas) os meus colegas com "emprego" e eu uma "dona de casa" que supostamente tem a vida estragada porque engravidou.
Estou a fazer um Estágio profissional de momento, e quando acabar, pretendo seguir com o meu próprio negócio. E trabalhar a partir de casa. Aí sim serei uma pessoa realizada profissionalmente e não a trabalhar como estou de momento, que mais parece um ninho de cobras.
Posto isto. Se quer ter um filho, se se sente preparada para esse desafio, vai esperar para que? Porque é o que "toda" a gente espera? Não tente agradar a toda a gente, porque é uma frustração. Porque nunca se consegue agradar a gregos e troianos..
Ana,
Se tens uma vida estável e querem ambos esse filho, porque esperas?
A vida é tua, ninguém a pode viver por ti. Não cedas a pressões familiares, claro que podes ouvir conselhos agora tu é que sabes se queres segui-los ou não.
É tudo muito bonito, governar a a vida dos outros é fácil mas tu é que vais passar más noites e pagar as contas, mais ninguém. Como tal ninguém tem de se meter na tua vida.
Ser mãe é uma das maiores benções que uma mulher pode ter.
Felicidades!
Blonde
************************************
Madrinha e afilhada orgulhosa da Nelia02
Hoje em dia, para quem tem ambições de estudar e tentar uma carreira ou outro projeto, 23 anos é cedo sim. Depois de ser mãe é muito mais complicado e menos cor de rosa do que se fala. Todavia, tu não tens nem nunca tiveste essas ambições ou vontade, portanto, se achas que tens condições financeiras e maturidade emocional, avança.
Fiz uma licenciatura aos 35 quando a minha filha tinha 9 anos. Quando se quer, tudo se consegue! A única coisa que em arrependo foi de não ter tido a minha filha mais cedo!
Blonde
************************************
Madrinha e afilhada orgulhosa da Nelia02
Pelo que eu percebi do post, a questão não é tanto saber se deve engravidar ou não (parece-me já bastante decidida), mas o desagrado por não ver os seus pais entusiasmados com a ideia, ao contrário dos sogros. Também alguém dizia que se não é apoiar, as pessoas devem ficar caladas. E aqui, desculpem-me, mas não concordo. Os pais não têm de concordar com todas as decisões dos filhos adultos, devem respeitar, apoiar, mas tb têm direito a manifestar a sua opinião e essa opinião pode não ir ao encontro do que os filhos querem ouvir.
Falo, aliás, por experiência própria, de uma decisão tomada pelo filho adulto do meu marido que se estava mesmo a ver que era um erro (e que envolvia sacrificar a carreira por um casamento), a opinião foi dada com toda a franqueza, o filho quis ir avante na mesma e a partir daí nºao ouviu mais uma palavra de dissuasão, foi apoiado em tudo. Infelizmente, era o pai que tinha razão e a decisão teve resultados devastadores. Podemos (e, como disse, tinha idade para ter filhos de 23 anos) parecer que estamos a ser insensíveis, mas quando se tem mais idade tb se tem outra perspetiva da vida. E sim, temos direito a ter opinião, só naõ temos direiro a fazer chantagem emocional, pressão, etc.
Olá!
Não referiu....trabalham? Você e o seu namorado?
Têm uma vida estável? Preparada para a chegada de um filho. Estão bem financeiramente?
É que isto é tão, mas tão importante!
O tudo se cria...não é bem assim!!!
Se tem tudo isto organizado...e tendo em conta que a sua decisão está tomada, julgo que não ha muito mais a dizer.
Falando dos seus pais, e tendo em conta a sua jovem idade, entendo-os perfeitamente!
Acho honestamente que tem uma vida pela frente....tanto para namorar, viajar, conhecer....
Mais ainda se não tiveram oportunidade, eles, de estudarem e fazerem tudo isto...compreendo.
Beijinhos
As decisões serão sempre nossas, e as consequências também. Temos o direito de viver a nossa vida e minguém a viverá por nós...mas muitas vezes os conselhos que nos dão são sábios. Os pais que nos querem bem não nos aconselham por acaso, é porque têm experiência, já viveram, já passaram e sabem o que dizem. Hoje consigo ver muita verdade no que no passado me aconselharam, sei ver a sabedoria com que fui aconselhada. Sempre segui o trilho que quis, e hoje vivo a vida que escolhi, e lembro-me tanta vez do meu pai...
E mais não digo;)
Boa Noite.
Primeiramente, penso que é importante pensares em ti, nos teus objetivos, nas tuas ambições. Se um filho faz, atualmente, parte dos planos não é, de todo, um absurdo nem um tema a colocar de lado!
Se ambos estão de acordo e se sentem preparados, então, porque não? Se estão bem a nível financeiro, amoroso, etc. então acho que deviam mesmo pensar melhor e avançar!
Um filho é sempre algo maravilhoso! É certo que implica muitas mudanças, muitos adiamentos, muitas decisões (por vezes, menos fáceis), mas nada é melhor do que passar pela experiência da maternidade! E consequências existem sempre, não vale a pena pensar assim!
E tenho a certeza que os avós, depois de verem e pegarem no/a neto/a, perder-se-ão de amores e tudo o resto passará a ter menos importância...
Beijinhos.
