Esta relação tem futuro? A sogra... *ATUALIZADO DISCUSSÃO | Page 2 | De Mãe para Mãe

Esta relação tem futuro? A sogra... *ATUALIZADO DISCUSSÃO

Responda
83 mensagens
Ana Svensson -
Offline
Desde 23 Abr 2017

guialmi escreveu:
Ser autónomo em coisas como marcar consultas, preparar a própria comida ou arranjar emprego vai muito para além das tarefas domésticas. A mãe controlar quando sai, com quem vai e telefonar inúmeras vezes por dia é muito mais profundo do que saber quem cozinha ou limpa em casa. Eu, pelo menos, não estava a referir-me meramente a essas questões, embora, como 99,9% da população portuguesa não pode ou não quer ter empregadas 24h/dia, se as coisas aparecem feitas e o jovem adulto não colabora nelas, algo está errado, sim.

Aí o que me poderia preocupar era a questão do emprego, mas não sabemos as circunstâncias. Por exemplo, se o filho desiste de estudar, ma também não quer trabalhar, acho bem que a mãe se meta. Não é uma questão de ser controladora, mas sim de não querer que o filho dependa dela o resto da vida. Se ele estiver à procura de emprego e algum conhecido da mãe fizer uma oferta, também me parece natural que a mãe fale com o filho para aceitar esse emprego. Isso não faz da mãe controladora. Tudo o que estou a tentar dizer é que não temos informação suficiente para julgar como será ela depois de o filho sair de casa. E o meu marido nao tinha empregada em casa e também não fazia nada, mas quando nos casámos sempre dividimos as tarefas. E, sim, agora temos empregada todos os dias, excepto fins de semana, não 24h. Portanto, as minhas filhas provavelmente não farão muita coisa em casa. Para já arrumam o quarto dos brinquedos quando desarrumam demasiado. O resto logo se verá. Só acho que não é isso que define a pessoa.

Ana Svensson -
Offline
Desde 23 Abr 2017

Tyta.B escreveu:

Ana Svensson escreveu:Em primeiro lugar, nunca me queixei do meu marido (que por acaso não fazia nada em casa dos pais), por isso argumento não se aplica. Agora, não estou aqui a discutir qual o melhor método para educar, até porque acho que em termos de tarefas domésticas faz pouca diferença, já que é o tipo de coisa que qualquer um é capaz de fazer assim que sentir necessidade. Nunca fiz rigorosamente nada em casa, excepto aos fins-de-semana em que fazia a cama, porque sempre tive empregadas 24 horas por dia em casa dos meus pais. E, sim, a minha mãe também fazia muito por mim.No dia em que saí, não tive dificuldade nenhuma em habituar-me. Sempre me dei muito bem na vida. Quanto ao acharem que não podem fazer sacrifícios, depende de tantas outras coisas para além de tarefas domésticas. Acho que há pontos muito mais importantes na educação de uma criança para a tornar capaz de lutar por aquilo que quer.

Nem eu estava a falar de si em particular, não sei porque contou a sua vida toda, estava sim a falar no geral, e no geral acho muito contraditório a quantidade de mulheres que se queixam que ninguém as ajuda, que não têm tempo para si, que andam completamente estoiradas, e depois vamos a ver e acreditam que os filhos tem de ser infantilizados a vida toda, guardando para si mesmas muito trabalho em que podiam ser ajudadas.
Cai alguma coisa aos miúdos por aprenderem a fazer a sua cama? A guardar a sua roupa? A fazer os seus próprios lanches ou lavar a loiça que sujam fora das refeições principais? O amor que uma mãe tem aos filhos não se mede por este tipo de coisas. Estamos a falar de adolescentes e jovens adultos, que podem e devem entrar na dinâmica familiar, onde o companheirismo não parte do pressuposto que alguém tem o trabalho todo como contrapartida de ditar as ordens - que muitas vezes é o que acontece, e este infantilizar nas tarefas é apenas um sintoma, porque geralmente quem mais infantiliza dentro de casa também é quem mais infantiliza fora, e depois vemos aquelas situações em que as sogras acham sempre que as noras não sabem cuidar dos seus meninos, e continuam a tentar mandar e desmandar nos filhos e consequentemente nos netos e na vida familiar desse novo núcleo.


Não falou de mim, mas falou em resposta ao comentário. Se cai alguma coisa aos meninos? Não. Nem nunca critiquei que estes façam as suas coisas. Só acho que não é isso que vai determinar o futuro. E nunca pus em causa que o amor de mãe se meça por aí. Obviamente que não. Quanto a serem essas as mães que mais se metem na vida dos seus filhos, não concordo. As que as que mais se metem são as que têm demasiado tempo livre e talvez falta de companhia. Olhe, a minha sogra que fazia tudo pelo filho, não se mete em nada. Assim como eu não me meto entre ela e o filho. Acho que esses conflitos surgem de atitudes dos 2 lados.

Tyta.B -
Offline
Desde 31 Jul 2015

Eu respondi ao comentário da Ana Svensson porque a Ana tinha respondido ao meu!
Isto não é um ataque a quem tem empregada em casa, é uma crítica às mães hiper-controladoras, que insistem em infantilizar os filhos muito além do que é suposto, para com isso camuflar essa necessidade de controle com uma aparente protecção.

DanielaSM2017 -
Offline
Desde 26 Jun 2017

Olá meninas! Já vi que neste assunto as opiniões divergem, li cada resposta deste tópico e entendi que as dinâmicas familiares são diferentes em cada uma das familias, daí que o que é aceitável para outras utilizadoras do fórum não o é para mim, mas decidi que por enquanto não vou dar muita importância ao assunto... afinal de contas não posso supor como será, na altura verei, ainda nao vivo com ele.. Obrigada a todas ?

deah -
Offline
Desde 12 Jan 2013

Acho que tem que ter uma conversa muito séria com o seu namorado porque enquanto ele deixar essas atitudes da mãe nunca vão mudar!

Sobre deah

♥AMO-VOS MAIS QUE TUDO MEUS FILHOTES♥

deah -
Offline
Desde 12 Jan 2013

Kat-Kat, a minha mãe diria o mesmo sobre mim há uns aninhos atrás, mas a verdade?
A verdade é que me juntei com o meu namorado aos 18 anos e hoje com 22 tenho dois filhos, portanto nunca sabemos o dia de amanhã ☺

Sobre deah

♥AMO-VOS MAIS QUE TUDO MEUS FILHOTES♥

Kat-Kat -
Offline
Desde 08 Abr 2013

deah escreveu:
Kat-Kat, a minha mãe diria o mesmo sobre mim há uns aninhos atrás, mas a verdade?
A verdade é que me juntei com o meu namorado aos 18 anos e hoje com 22 tenho dois filhos, portanto nunca sabemos o dia de amanhã ☺

Há sempre exceções à regra, felizmente...

mamagemelar -
Offline
Desde 29 Ago 2011

Kat-Kat escreveu:
Com 21 anos é um menino...para homem ainda lhe falta um bocado! Pelo menos, para mim, como mãe, pode ter a certeza que os meus filhos me terão beeeem envolvida na vida deles enquanto eles tiverem essa idade, até porque ainda não estará terminada a formação académica nem estarão a trabalhar... e não me considero controladora, e sim atenta e preocupada, porque já tive essa idade.
E desculpe, vou ser bruta, mas se nessa idade eles namorassem com uma garota que se incomodasse assim tanto que já quer ir viver com ele, só para fugir à minha influência, vista como controladora, ia tudo correr muito mal...

Estas verdades absolutas são perigosas mamã! como consegue afirmar que com 21 anos os seus filhos não estarão a trabalhar? Vai obrigá los? Com 21 anos são pessoas adultas com vontades próprias!

Fez se luz no meu coracao a 22\11\2010... Rafaela as 00h10m e Fábio as 00h13m..Minhas vidas!!! Amo vos mto mto Afilhada e Madrinha babada da mnh kerida TWINMUMMY!!!mais uma madrinha e afilhada 5* SUSANA CORVOS mais uma afilhada linda. Sara78_98 . madrinha e afilhada da APIPAS querida!!!

Kat-Kat -
Offline
Desde 08 Abr 2013

mamagemelar escreveu:

Kat-Kat escreveu:Com 21 anos é um menino...para homem ainda lhe falta um bocado! Pelo menos, para mim, como mãe, pode ter a certeza que os meus filhos me terão beeeem envolvida na vida deles enquanto eles tiverem essa idade, até porque ainda não estará terminada a formação académica nem estarão a trabalhar... e não me considero controladora, e sim atenta e preocupada, porque já tive essa idade.
E desculpe, vou ser bruta, mas se nessa idade eles namorassem com uma garota que se incomodasse assim tanto que já quer ir viver com ele, só para fugir à minha influência, vista como controladora, ia tudo correr muito mal...

Estas verdades absolutas são perigosas mamã! como consegue afirmar que com 21 anos os seus filhos não estarão a trabalhar? Vai obrigá los? Com 21 anos são pessoas adultas com vontades próprias!

Perigoso é deixarmos de estar a dar opiniões à pessoa que as pediu, para começarmos a criticar as opiniões umas das outras... não me parece produtivo.

Gigi_porto -
Offline
Desde 21 Fev 2017

guialmi escreveu:
Bem, apenas pelo que é contado a minha opinião é que a relação mãe-filho é demasiado controladora e protetora, sim. Não faz sentido nenhum um homem de 21 anos que até já trabalha (mas se estudasse era igual) depender da mãe para coisas como aquelas que são contadas, ou a mãe telefonar-lhe várias vezes por dia, ou ser ela a arranjar-lhe os empregos, etc. Sei que este é o padrão de muitas relações pais-filhos jovens adultos, mas parece-me totalmente disfuncional e não é, de forma nenhuma, nem a forma como fui criada nem a forma como quero criar as minhas filhas.
Eu tenho filhas adolescentes (quase 14 anos) e nunca lhes telefono durante o dia, por ex. Para quê? Telefonar a saber como correu um teste ou se a comida da cantina era boa, como tantas mães fazem? Nunca. Se houver necessidade de dar um recado urgente muito bem, caso contrário fala-se ao fim do dia, quando estivermos juntos. E um dia que vão estudar fora (já não falta assim tanto) não terei necessidade de telefonar todos os santos dias, muito menos várias vezes ao dia. Tenho alunos cujas mães lhes telefonam para os acordar de manhã! Para mim isso é o sinal de uma infantilização com efeitos dramáticos em muitos dos jovens de hoje: eles sentem que têm todos os direitos e nenhuns deveres. Que tudo aparece feito como que por magia. E que é impensável fazerem sacrifícios.
Tento preparar as minhas filhas para um dia serem autónomas e lutarem por si próprias. Foi assim que fui educada e não me dei nada mal.

Tirou-me as palavras dos dedos. Espero ter a presença de espírito para educar o meu filho para ser um Homem e não uma eterna criança adulta. Deus me livre de com 22 anos andar a fazer-lhe a cama, a pôr-lhe comida no prato e a marcar-lhe consultas. Vou amá-lo com todas as minhas forças, tenha ele 1 mês, 10, 20 ou 50 anos. Será sempre o meu menino, os meus braços estarão sempre abertos, mas saberei dar-lhe asas porque isso é um acto de amor. O contrário é, para mim, um acto de egoísmo.
Felizmente casei com um homem que foi também educado desta forma (muito obrigada à minha sogra!).
Muitas mulheres que tratam os filhos adultos como crianças são aquelas que se queixam dos atados dos maridos. Um dia, alguém se irá queixar dos filhos delas.

Quanto à questão da autora do tópico, não sei se a vossa vida em conjunto será ou não fácil - mas quem pode jurar isso, tenha 20, 30 ou 40 anos? Partilhar uma vida a 2 é uma aventura; por muito que se olhe para o mapa, surgem sempre caminhos inesperados. Uns levam-nos a sítios melhores, de outros só queremos sair. Penso que deverá falar com o seu namorado e expor-lhe os seus receios. É provável que para o seu namorado a transição seja um pouco complicada, mas ele terá que compreender que ser-lhe-ão requeridas novas responsabilidades (de adulto).
Felicidades!

mamagemelar -
Offline
Desde 29 Ago 2011

Kat-Kat escreveu:

mamagemelar escreveu:
Kat-Kat escreveu:Com 21 anos é um menino...para homem ainda lhe falta um bocado! Pelo menos, para mim, como mãe, pode ter a certeza que os meus filhos me terão beeeem envolvida na vida deles enquanto eles tiverem essa idade, até porque ainda não estará terminada a formação académica nem estarão a trabalhar... e não me considero controladora, e sim atenta e preocupada, porque já tive essa idade.
E desculpe, vou ser bruta, mas se nessa idade eles namorassem com uma garota que se incomodasse assim tanto que já quer ir viver com ele, só para fugir à minha influência, vista como controladora, ia tudo correr muito mal...

Estas verdades absolutas são perigosas mamã! como consegue afirmar que com 21 anos os seus filhos não estarão a trabalhar? Vai obrigá los? Com 21 anos são pessoas adultas com vontades próprias!

Perigoso é deixarmos de estar a dar opiniões à pessoa que as pediu, para começarmos a criticar as opiniões umas das outras... não me parece produtivo.

Mas eu estou a criticá la de alguma forma??? simplesmente tentei debater algo que não me pareceu normal! Acho que a troca de opiniões é importante num debate de um fórum, mas ok... ja entendi o seu registo! o resto que foi dito a menina, eu concordo em absoluto, nao iria acrescentar nada! Peço desculpa se feri algum tipo de susceptibilidade....

Fez se luz no meu coracao a 22\11\2010... Rafaela as 00h10m e Fábio as 00h13m..Minhas vidas!!! Amo vos mto mto Afilhada e Madrinha babada da mnh kerida TWINMUMMY!!!mais uma madrinha e afilhada 5* SUSANA CORVOS mais uma afilhada linda. Sara78_98 . madrinha e afilhada da APIPAS querida!!!

carlaper -
Offline
Desde 11 Out 2011

Este tipo de controlo parental não me parece nada saudável. Por isso mesmo é que hoje em dia em vez de termos homens com 21 anos, temos crianças. Sim, com 21 anos achamos que são apenas crianças e infelizmente, salvo raras execepções, são mesmo.
Em resposta à autora do tópico, eu acho que o seu namorado até terá vontade de se soltar das amarras da mãe, visto que tem vontade de viver consigo. A questão é se está preparado para deixar de ter a papinha toda feita. Procavelmente até não, mas sem experimentar nunca o saberá! O facto de esperar mais uns anos não lhe vai dar garantias de nada. Por isso eu arriscava, nada melhor do que experimentar, mesmo que as coisas não corram como o esperado, acredito que algo positivo sairá disto tudo, ainda que o caminho não seja facilitado. Reforço o que disse, não fique à espera que amanhã seja melhor!
Boa sorte

deah -
Offline
Desde 12 Jan 2013

Kat-Kat, claro que há! Mas a não ser que seja vidente ou qualquer coisa do género, não pode ter essa certeza que parece ter uma vez que fez essa afirmação.
Deus queira que sim, que com essa idade estejam a estudar, mas podem não estar como eu não estava/estou e olhe que apesar de desejar muito voltar aos estudos, não faria nada diferente, nadinha mesmo! ☺

Sobre deah

♥AMO-VOS MAIS QUE TUDO MEUS FILHOTES♥

Ana Svensson -
Offline
Desde 23 Abr 2017

deah escreveu:
Kat-Kat, claro que há! Mas a não ser que seja vidente ou qualquer coisa do género, não pode ter essa certeza que parece ter uma vez que fez essa afirmação.
Deus queira que sim, que com essa idade estejam a estudar, mas podem não estar como eu não estava/estou e olhe que apesar de desejar muito voltar aos estudos, não faria nada diferente, nadinha mesmo! ☺

Eu percebo as "certezas" da kat-kat. Acho que são naturais em famílias em que sempre toda a gente estudou. Todos os meus avós, tios e primos têm no mínimo licenciaturas, tal como a minha mãe e o meu pai que tem o doutoramento. Para mim esse sempre foi um passo natural da vida. E foi para mim como foi para todos os meus colegas do secundário... não houve nenhum que não fosse para a faculdade. Por isso, parece-me normalíssimo que em determinados contextos ninguém ponha sequer a hipótese de os seus filhos não o fazerem. Claro que os planos podem sair furados, mas não é nisso que uma pessoa pensa. E pode ter a certeza que se um filho meu me dissesse que queria deixar de estudar, eu faria de tudo para que isso não acontecesse. E isso não é ser controladora, mas sim tentar assegurar o melhor futuro possível para os nossos filhos. Nunca ouvi ninguém dizer que se arrepende de ter estudado, já o contrário...

milene gomes -
Offline
Desde 12 Jun 2014

Uma coisa é desejarmos o melhor para os nossos filhos e termos sonhos para eles, outra coisa é querermos comandar a vida deles e decidir por eles. Com 21 anos já tem idade para "cair", "magoar" e voltar a "levantar".
As vezes que ele "cair" serão o resultado da educação e o tal "acompanhento" que teve.

Na minha opinião, as mães que não os deixam "voar sozinhos" são as tais controladoras que fazem a cama, procuram o trabalho, telefonam vezes sem conta... enfim. Só somos mães!

Espero continuar com esta opinião... ?

Ana Svensson -
Offline
Desde 23 Abr 2017

Idade para "cair", "magoar" e voltar a "levantar" têm muito antes dos 21 anos. Mas há erros e erros. E há erros que influenciam demasiado o nosso futuro. É o papel de uma mãe orientar o seu filho, tenha ele 5, 30 ou 50 anos. Obviamente, não poderia arrastar os meus filhos para a universidade, mas poderia tentar fazê-los ver o erro que iam cometer. Para mim, ver um filho ambandonar os estudos e não dizer nada é tão criminoso como vê-lo doente e não o tentar convencer a ir ao médico. Tive um professor na faculdade que ao ouvir-nos em tom de desabafo, depois de um teste que tinha corrido mal, dizer que íamos desistir da faculdade, nos disse: "sempre que ouço um aluno dizer que vai desistir, aconselho-o a ouvir com atenção o som de mil portas a fecharem-se, no momento em sai por esta porta". Eu darei o mesmo conselho aos meus filhos. Abandonar os estudos fecha efectivamente muitas portas e, por muito que nunca seja tarde para voltar a estudar, voltarem aos estudos quando se arrependerem não vai voltar a abrir todas as portas que se fecharam porque quando os empregadores procuram recém-graduados, querem-nos com menos de 25 anos e, quando os querem mais velhos, querem-nos com não sei quantos anos de experiência na área.

carlaper -
Offline
Desde 11 Out 2011

O facto de com 21 anos se poder estar ainda a estudar não significa que se tenha ainda de estar debaixo das asas dos papás. Ainda que possam estar financeiramente dependentes dos mesmos não significa que não se possa ter independência individual, que nesta idade já deveria estar mais do que cultivada. E isto tem de partir dos pais, porque se com esta idade ainda os tratamos como meninos pequeninos e nos achamos no direito de opinar em tudo só porque ainda os sustentamos, então lá para a terceira idade temos homenzinhos.

guialmi -
Offline
Desde 13 Jul 2013

carlaper escreveu:
O facto de com 21 anos se poder estar ainda a estudar não significa que se tenha ainda de estar debaixo das asas dos papás. Ainda que possam estar financeiramente dependentes dos mesmos não significa que não se possa ter independência individual, que nesta idade já deveria estar mais do que cultivada. E isto tem de partir dos pais, porque se com esta idade ainda os tratamos como meninos pequeninos e nos achamos no direito de opinar em tudo só porque ainda os sustentamos, então lá para a terceira idade temos homenzinhos.

Concordo totalmente. Nem imaginam os comportamentos infantilóides que eu observo em jovens entre os 18 e os 20e alguns. Incluindo mentir descaradamente sobre o sucesso escolar. Se um dia as minhas filhas aos 21 dependerem de mim para tomarem decisões, cumprirem horários ou cuidarem de si mesmas, é porque falhei redondamente como mãe.

Marina4 -
Offline
Desde 15 Maio 2016

vocês sabiam que hoje em dia , há problemas de comportamento na UNIVERSIDADE?? a sério, porque os putos que chegam às universidades, são autênticos adolescentes, conversam nas aulas, atendem o telemóvel , de loucos.
(sei que é um pouco off topic, desculpem).

Eu penso diferente, não acho que a educação superior seja algo que eu queira pressionar os meus filhos a frequentar, porque depende da profissão que eles queiram ter. imagine que um deles quer ser cabeleireiro, electricista, eu vou apoiar e não vou querer que vão à universidade só porque sim, porque são profissões em que não haverá tanta dificuldade em arranjar emprego como a maioria dos licenciados, e se forem bons poderão um dia ter o seu próprio negócio (e assim eu poupo Piscar o olho ).
Tenho uma vizinha que insistiu anos e anos e anos (tentarem tudo , privadas , cursos de preparação xpto, explicações) que os filhos entrassem na universidade, para quê se eles nem tinham vontade nem notas nem queda para o estudo?

milene gomes -
Offline
Desde 12 Jun 2014

Concordo com as mamãs anteriores, em especial com a Marina. Os meus filhos terão a profissão que bem entenderem...

Qd tinha 24 anos, 6 meses depois de acabar a faculdade, disse em casa "estou pensar comprar um apartamento, o que acham?". O meu pai respondeu logo: "acho que fazes bem mas a decisão é tua, não te esqueças da responsabilidade da mensalidade todos os meses..."
Respirei fundo e avancei.
No mês em que fiz escritura os meus pais deram-me uma quantia considerável do valor da compra.
Concordo plenamente com decisão deles. Espero um dia, conseguir ensinar os meus filhos a ter o "peso da responsabilidade". Não sei se conseguirei, caso eles queiram, ter poder financeiro para lhes pagar um curso superior. Mas mais importante que isso, é ensiná-los lutar pelos objetivos.

Uma coisa é certa: não pagarei para eles "coleccionarem" matrículas!

Ana Svensson -
Offline
Desde 23 Abr 2017

Hoje em dia há problemas de comportamento na universidade, como há na escola, porque os pais não educam os filhos. Essa é que é a realidade. Nunca na vida se viu tantas crianças mal educadas como nos últimos 20 anos e, como tal, isso reflete-se nos jovens e nos adultos que crescem assim. Não tem a ver com o excesso de controlo parental, mas com a falta de vontade para educar.
Sim, há profissões que não necessitam de curso superior, mas por muito que tenham tanto valor como outra qualquer, não são as que sonho para os meus filhos. De qualquer forma, a escolha profissional será sempre deles. O que não invalida que tirem o curso... não custa ter essa rede de segurança, ainda que não pretendam trabalhar na área. Isso da vontade e da queda para os estudos é algo que vem de pequenino. Têm de ser ensinados cedo e não apenas quando tentam entrar para a universidade. Não há ninguém, com capacidades intelectuais normais, que não consiga entrar na faculdade desde que se esforce.

Casei-me e tive a primeira filha com 24 anos e os meus pais apoiaram. É cedo, sim, mas como disse e muito bem, a faculdade já estava acabada. E posso até ter possibilidades financeiras para isso, mas também não pagarei para coleccionarem matrículas. Pago para fazerem tudo bem feito e no tempo certo. E é isso que espero deles.

Marina4 -
Offline
Desde 15 Maio 2016

Mas Ana, não faz sentido por exemplo uma pessoa que quer ser eletricista, esperar 4/5 anos para trabalhar enquanto tirar um curso que até nem lhe interessa. E temos de aceitar os filhos como eles são.

zo -
Offline
Desde 20 Fev 2010

Este tema é muito controverso. Eu tenho dois rapazes e não quereria que formassem família tão cedo... E sim, quero que estudem. Eu infelizmente não passei do secundário porque tive de ajudar a família com dinheiro. Hoje com 30 anos tenho possibilidades financeiras para prosseguir os estudos, mas simplesmente não tenho tenpo ( e não, não se arranja sempre, tenho dois filhos e estou sozinha com o marido emigrado).
Isto para dizer, portanto, que quero mais para eles. Se aos 21 chegassem junto de mim e dissessem que queriam se juntar com a namorada eu apoiaria, porque sou MÃE, mas dar-me-ia um treco...
Os meus filhos já puxam as orelhas às camas e preparam lanches simples, há sempre um meio termo para equilibrar. Mas eu nunca deixarei de telefonar, de me importar, de aconselhar ( alguém falou sobre ser dependente dos pais para tonar decisão, eu tenho 30 anos e dependo da minha mãe para tomar uma decisão SEMPRE, porque ela é a minha melhor amiga e ninguém mais que ela me deseja o bem incondicional). Eu às vezes penso que as mães dos homens principalmente são mal interpretadas pelas mulheres destes, olho para os meus rapazes e, apesar de desejar que sejam imensamente felizes e sejam capazes de amar muito uma mulher, mentiria se dissesse que mais do que a mim, e pode parecer egoísmo, mas o amor pela mãe deve ser algo único. E o amor da mãe, bem, esse já quase todas sabemos que não tem explicação:)

Sobre zo

Os meus filhos dão-me cabo da mona...
Xandre - 17/05/2009 8h35 34s+5 2.370kg 44cm
Diego - 19/07/2011 03h45 39s+2 2.650kg 45cm
Tenho uma madrinha que é a Thinkerbell
E sou madrinha da Tânia Filipa Caldeira que é uma lutadora!

Ana Svensson -
Offline
Desde 23 Abr 2017

Sinceramente, não acredito que essa questão se venha a colocar, mas caso aconteça algo do género o assunto será pensado e discutido entre mim, o meu marido e o filho em questão. Por mim, estudam pelo menos até ao final da licenciatura. Não vejo mal nenhum em esperarem 3 ou 5 anos para começar a trabalhar, anos estes que vão ser felizes porque a faculdade não são só aulas e estudo (e eu nem era de sair muito ou participar em praxes e afins). A não ser obviamente que não existam condições económicas para esperar esses anos. E sim, temos de aceitar os nossos filhos como são, mas isso não significa fingir que achamos bem tudo o que eles querem fazer... também damos opiniões e conselhos aos nossos amigos, porque não haveríamos de dar aos filhos?

carlaper -
Offline
Desde 11 Out 2011

guialmi escreveu:
Nem imaginam os comportamentos infantilóides que eu observo em jovens entre os 18 e os 20e alguns.

Eu vivencio esses mesmos comportamentos de uma outra perpectiva. Vivo numa cidade universitária e calha-me como vizinhos muitos estudantes. Conheço o lado negro por assim dizer. Convivo diariamente com algo que nem sei bem definir. Já fui estudante e já vivi e vi muita coisa, mas nada como actualmente. Algo se passa realmente nesta geração que tinha tudo para dar certo. Tem tudo de mão beijada, literalmente, tem oportunidades que não se tinha há cerca de 15 anos atrás. Vemos adultos na casa dos 20 que são autênticas crianças. Cabecinhas ocas que até podem ter um curso superior mas que não sabem pensar.
Acreditem que muitos paizinhos soubessem o teor do comportamento dos seus filhos, preferiam mil vezes que aos 21 tivessem vontade de constituir familia ou se juntar com uma namorada.

Ana Svensson -
Offline
Desde 23 Abr 2017

É verdade que se passa muita coisa que não se devia passar. Mas passa-se entre quem é irresponsável ou altamente influenciável e felizmente ainda há muitos jovens a viver a faculdade da melhor forma, sem cair em excessos ou comportamentos absurdos. Infelizmente, por uns pagam todos. Não se pode confundir o que é a faculdade em termos de estudo e até mesmo de local de convívio e o que é a vida de quem se envolve em tudo isso de que fala.
E o mais triste é que acho que os pais de quem está envolvido nesse tipo de situações têm consciência dos filhos que têm, até porque eles não se esforçam muito por esconder.

DanielaSM2017 -
Offline
Desde 26 Jun 2017

Meninas, o problema aqui não é o facto de ele não estudar. Vocês tão focadas nisso, mas preocupante era se ele não estudasse nem trabalhasse. Ele tirou um curso profissional, acabou e foi trabalhar. É alguma coisa do outro mundo? Eu acho que não... Nem toda a gente quer seguir para um curso superior e é mesmo assim a vida, não podemos ser todos doutores não é? Já sei que muitas de vocês vão cair-me em cima, mas é a minha opinião. Quanto ao resto, ele é muito controlado/dominado sim. Não me parece normal que com 21 anos vá tomar um café e ter a mãe sempre a mandar mensagens, ou que à frente de familiares lhe queira tirar (e tire!) a comida para o prato, não acho normal que lhe marque depilacoes onde ela quer, no dia que quer e chegue a casa com o cartão da marcação, e imensas coisas mais que se fosse a escrever... até ao domingo temos de sair com eles se não já ficam chateados, ah e também uma vez já me acusou que fui eu que lhe fiz a cabeça para ele não querer que ela vá com ele ao médico, se não ainda hoje ela podia ir.. pois claro. E ainda diz que acha normal, porque segundo ela há filhos casados que ainda vão ao medico com os pais! Eu cá não conheço ninguém. Sinto-me sem vontade de continuar esta relação...

Tyta.B -
Offline
Desde 31 Jul 2015

Eu também acho que fugiram completamente ao tema. Um jovem adulto, quer estude ou trabalhe, tem de ser tratado como aquilo que é, um adulto. Não é por estar na universidade que é normal infantiliza-lo.

Daniela, esse corte tem de ser dado por ele, tem de ser ele a por travão na mãe. O que ele pensa dessas atitudes? Concorda com elas, ou também se mostra farto? Porque se ele concordar ou não achar estranho, vai ser difícil mudar.

Marina4 -
Offline
Desde 15 Maio 2016

carlaper escreveu:

guialmi escreveu:Nem imaginam os comportamentos infantilóides que eu observo em jovens entre os 18 e os 20e alguns.

Eu vivencio esses mesmos comportamentos de uma outra perpectiva. Vivo numa cidade universitária e calha-me como vizinhos muitos estudantes. Conheço o lado negro por assim dizer. Convivo diariamente com algo que nem sei bem definir. Já fui estudante e já vivi e vi muita coisa, mas nada como actualmente. Algo se passa realmente nesta geração que tinha tudo para dar certo. Tem tudo de mão beijada, literalmente, tem oportunidades que não se tinha há cerca de 15 anos atrás. Vemos adultos na casa dos 20 que são autênticas crianças. Cabecinhas ocas que até podem ter um curso superior mas que não sabem pensar.
Acreditem que muitos paizinhos soubessem o teor do comportamento dos seus filhos, preferiam mil vezes que aos 21 tivessem vontade de constituir familia ou se juntar com uma namorada.


Entendo! Eu dou aulas ao secundário e nem tenho palavras. Há lá homens e mulheres feitas, que não estão lá a fazer nada, só pertubar, mas eles não querem estudar e os pais não querem que eles trabalhem...

Daí a minha desconfiança em insistir para que os filhos estudem, não dá bom resultado

Marina4 -
Offline
Desde 15 Maio 2016

DanielaSM2017 escreveu:
Meninas, o problema aqui não é o facto de ele não estudar. Vocês tão focadas nisso, mas preocupante era se ele não estudasse nem trabalhasse. Ele tirou um curso profissional, acabou e foi trabalhar. É alguma coisa do outro mundo? Eu acho que não... Nem toda a gente quer seguir para um curso superior e é mesmo assim a vida, não podemos ser todos doutores não é? Já sei que muitas de vocês vão cair-me em cima, mas é a minha opinião. Quanto ao resto, ele é muito controlado/dominado sim. Não me parece normal que com 21 anos vá tomar um café e ter a mãe sempre a mandar mensagens, ou que à frente de familiares lhe queira tirar (e tire!) a comida para o prato, não acho normal que lhe marque depilacoes onde ela quer, no dia que quer e chegue a casa com o cartão da marcação, e imensas coisas mais que se fosse a escrever... até ao domingo temos de sair com eles se não já ficam chateados, ah e também uma vez já me acusou que fui eu que lhe fiz a cabeça para ele não querer que ela vá com ele ao médico, se não ainda hoje ela podia ir.. pois claro. E ainda diz que acha normal, porque segundo ela há filhos casados que ainda vão ao medico com os pais! Eu cá não conheço ninguém. Sinto-me sem vontade de continuar esta relação...

Também não acho normal, levava um bilhete só de ida