Esta relação tem futuro? A sogra... *ATUALIZADO DISCUSSÃO | De Mãe para Mãe

Esta relação tem futuro? A sogra... *ATUALIZADO DISCUSSÃO

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DanielaSM2017 -
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Desde 26 Jun 2017

Olá mamãs e futuras mamãs, sigo-vos há já muito tempo, apesar de ainda não ser mãe este fórum já me tirou muitas dúvidas por isso decidi inscrever-me. Preciso muito da vossa opinião como mulheres e sobretudo de uma opinião imparcial sobre um problema que me tem deixado com a cabeça em água.. então é assim, namoro com um rapaz há praticamente 5 anos, tenho 22 anos e ele 21,ou seja conhecemo-nos no secundário e estamos juntos até hoje. Amo-o e sinto que ele me ama também, tudo perfeito até aqui não fosse... a sogra ? gosto dela, é boa pessoa e muito prestável mas tem um grande defeito... acho-a muito intrometida e controladora.. sou uma pessoa muito independente e não acho normal com 21 anos um homem ter de ser tão submisso e dependente. Ele é muito controlado, do género ta sempre a ligar pro filho, tira-lhe a comida para o prato, repreende-o à frente das outras pessoas, faz-lhe a cama, prepara o lanche para o trabalho, marca-lhe dentistas, depilação a laser, é ela que lhe arranja os empregos, manda na maneira até de ele conduzir, quer saber tudo e pior do que isso, e muito muito mais... Como tenho de resumir pergunto-vos: achamos que está na altura de dar-mos o passo e viver juntos, mas quero que me digam, acham que tem futuro? Não quero dar esse passo e uns tempos depois arrepender-me... porque sei que depois de ele sair de casa ela não vai mudar por magia... aliás tenho medo que piore, imagino-a a querer mandar na minha casa, na minha vida, no filho e até fico doente... Não fosse este (grande) problema eu era a mulher mais feliz do mundo.. Opiniões sinceras?
Acham que serei eu que estou a ser paranóica e isto é normal na relação mãe/filho homem?
Ou é mesmo um problema e vou cometer um erro ao escolher para a minha vida alguém tão dependente?
Obrigado

JNunes -
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Desde 04 Jan 2011

Normalmente sair da saia da mãe e mudar de casa ajuda a quebrar essa dependência, mesmo que no início a sogra vá querer rondar e dominar a situação. Muito sinceramente, essa situação pode ser resolvida pelo seu namorado. A mãe é assim porque ele o permite e não se faz homem. Se ele começar a fazer as coisas por ele, ganha essa independência. O problema é que muitos homens habituam-se a que as mãezinhas lhes façam tudo e depois veem-se aflitos para quebrar esse elo. No seu lugar eu teria mais receio, não da sogra, mas da possibilidade do seu namorado não vir a ser um membro ativo na vossa vida. Ele vai participar nas tarefas? Vai organizar-se para pagar as contas a tempo? Ou vai deixar tudo para si, como deixava para a mãe? Conversem e cheguem a consensos sobre a vossa vida a dois, inclusivamente até que ponto vão deixar a sogra entrar na vossa vida. Nada como conversar!

Sobre JNunes

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Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Mudem se para longe, pelo menos 40 km. Piscar o olho

mariasilva1994 -
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Desde 07 Set 2016

Bem Daniela, posso não ser a pessoa mais indicada,mas, eu passei e passo algo semelhante e já estou com o meu namorado à 7 anos...
Desculpe ser-lhe franca mas a sua sogra não vai melhorar, acredite!!
Se decidir dar um passo em frente, tem que tomar as rédeas, ou tentar, pois na sua casa manda a Daniela e tenho a certeza de que não quererá uma pessoa a "mandar" no seu "território".
Olhe, eu à dois anos foi viver a +/-50km de casa dos meus sogros e bendita a hora....foi a melhor coisinha Espertalhão Espertalhão Espertalhão
À 2 meses, pediram me se eu podia ir tomar conta de uma casa(estava desabitada) que pertence aos avós do meu namorado(já faleceram), e eu aceitei, pois podia poupar o dinheiro da renda e claro, tinha mais espaço para a minha filha, que nasceu pouco tempo depois de me ter mudado para cá. Conclusão??? Bem, a casa tem quintal e os meus sogros como cuidam dele, passam cá a vida toda(se bem que eu já disse que cuidava do quintal, mas eles não aceitam), entram na casa sem pedir autorização, gritam, sujam, enfim...paciência?? Muita...ainda nem sei como aguento isto tudo....
Mas, para setembro já vou novamente para um cantinho, pois isto está a deixar-me doida!!!

Isto tudo, para lhe dizer, que o meu namorado, no início do namoro era muito pelos pais, ou seja, a mãe fazia-lhe tudinho e inclusive chateei-me com ele por causa de algumas manias....
Mas, não desisti e " abri-lhe" a pestana. Hoje em dia, dá-me razão e até foi o próprio a dizer que aqui não estamos bem e por inúmeras vezes, alerta os pais de que estão a invadir o nosso espaço. E achas que eles ligam alguma coisa ao que o filho diz?? Secalhar, durante uma semana portam-se bem, mas depois, volta a descambar!!!!
Enfim Daniela, se queres mesmo ir em frente, acho que devem ter a noção de que depois estão por vossa conta, que já não haverá a mãe para cozinhar e como ele está tão habituado a essas mordomias.....
Desejo as maiores felicidades e não deixes que te "pisem"!!!

Sorriso Piscar o olho

Ana Svensson -
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Desde 23 Abr 2017

Olá Daniela. Pela descrição que faz, não consigo perceber se a mãe do seu namorado é efectivamente controladora ou apenas preocupada. Ligar para o filho, acho perfeitamente normal (claro que não de 5 em 5 minutos). Quanto a fazer "tudo" por ele, acho que se trata de um menino mimado, o que não tem de ser necessariamente mau. Quando viverem juntos, com certeza que a sua sogra não vai a sua casa para fazer a cama ou preparar-lhe o lanche. E, ao contrário do que outras pessoas pensam, não acho que isso queira dizer que ele não vai fazer nada em casa. Isso dependerá muito de ele ser ou não preguiçoso. Eu própria sempre vivi dessa forma em casa dos meus pais, principalmente por ter tido sempre empregada interna, e, no dia em que de lá saí, não tive a menor dificuldade em fazer tudo por mim (só não me peçam para cozinhar). Tenho tantos colegas de faculdade que, enquanto estávamos a tirar o curso, mestrado integrado, portanto 5 anos (acabámos com 22/23, quem nunca reprovou), tinham as mães a fazer tudo por eles em casa e hoje são pessoas perfeitamente desenrascadas e sem mães controladoras. Por isso, não acho que só por isso dê para julgar a pessoa. São apenas hábitos diferentes. Agora, a Daniela conhece melhor o caso particular e pode julgar melhor do que eu. Também acho que se tem dúvidas não há problema nenhum em esperar, visto que são tão novos, mas não me parece que haja algum impedimento para uma boa relação. Sinceramente, acho que existe muita competição desnecessária entre noras e sogras e, se por um lado as sogras são por vezes controladoras, por outro, muitas nossa fazem de tudo para afastar o marido da mãe. Tudo isto leva a um ciclo vicioso em que quanto mais a nota tenta afastar, mais a sogra tenta controlar e vice-versa. Para mim, o segredo é tentar manter uma relação pacífica, mesmo que não gostemos uma da outra.

Kat-Kat -
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Desde 08 Abr 2013

Com 21 anos é um menino...para homem ainda lhe falta um bocado! Pelo menos, para mim, como mãe, pode ter a certeza que os meus filhos me terão beeeem envolvida na vida deles enquanto eles tiverem essa idade, até porque ainda não estará terminada a formação académica nem estarão a trabalhar... e não me considero controladora, e sim atenta e preocupada, porque já tive essa idade.

E desculpe, vou ser bruta, mas se nessa idade eles namorassem com uma garota que se incomodasse assim tanto que já quer ir viver com ele, só para fugir à minha influência, vista como controladora, ia tudo correr muito mal...

Yara Pinto -
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Desde 25 Jun 2012

Pessoalmente acho que o tempo ajuda a moldar alguns comportamentos ... eu e o namorido também estamos juntos desde o último ano do secundário, já lá vão 7 anos. Tive vários "problemas"/incompatibilidades com a família dele (pais e irmãos) , acabamos por emigrar aos 19 e só nos últimos 2 anos é que as coisas começaram a melhorar .
Acho que se realmente gosta do seu namorado vão encontrar forma de contornar a situação e encontrar ferramentas para gerir alguns conflitos.

BagaLaranja -
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Desde 02 Abr 2014

Vai depender do namorado. Tenho uma amiga com mais de 40 anos que tem exactamente o mesmo problema. A sogra telefona várias vezes ao dia, está sempre a controlá-lo, ele nunca fez nada em casa. Já emigraram e mesmo assim ela não desgruda. Claro que faz isso porque ele deixa. E também não faz nada em casa porque a mulher o deixou logo de início. Vai depender se ele pôe um travão à mãe e se você não deixa que a tratem como uma segunda mãe. Essa minha amiga está a dar em doida nessa relação.
Eu tinha outro conhecido também com quase 40 que se casou e a mãe continuava a lavar a roupa dele, mas não a da mulher. Chegava a ser rídiculo.
Eu também nunca fiz nada em casa mas quando sai de casa aprendi a desenrascar-me muito bem. A minha mãe não me fazia lanches nem a cama, mas eu também não fazia grande coisa em casa.

DanielaSM2017 -
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Desde 26 Jun 2017

Kat Kat,Peço desculpa se bruta estou a ser eu mas onde está escrito que eu quero ir viver junta para fugir à influência? Leu isso em algum lado? O ir viver juntos é uma vontade de um casal que namora há 5 anos e pensa no futuro da sua relação, faz planos o que acho que é perfeitamente normal. Só perguntei se achavam que este padrão de comportamento se ia manter visto que já têm mais experiência que eu, mais nada. Em linha alguma escrevi que não gostava da minha sogra e que queria fugir da influência dela... mas pronto.. Respeito a sua opiniao. Ah, e ter 22 anos penso que não lhe dá o direito de me chamar garota, sou menos mulher que vc em algo? Não. Odeio entrar em conflitos e não estou a cria-los mas isto é um fórum para tirar dúvidas e partilhar experiencias, não para fazer julgamentos sobre as pessoas. Obrigada pela opinião, beijinhos

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Eu penso que antes de dar o passo de irem viver juntos, a Daniela tem de conversar muito francamente com o namorado. Explicar que não o quer afastar da mãe, mas que não vai gostar de ter a sogra constantemente em vossa casa, muito menos de ter de dar satisfações sobre cada passo que vão dar. E ele tem de falar com a mãe sobre isso, eu acredito mesmo que este tipo de pedidos só surtem efeito se forem os filhos a fazer, se for a nora a dizer ``a sogra que ela não pode aparecer todos os dias nem ligar a todas as horas, ela vai desconsiderar.
E deixar bem claro que não vai ser uma segunda mãezinha para ele (nada de fazer lanches nem de ter de fazer o trabalho domestico todo), mas sim uma companheira que espera dele um companheirismo igual, onde tratam de tudo de forma igualitária.
Depois de consumado, não pode dar abébias, muitas vezes as mulheres no inicio querem mimar os companheiros, fazendo tudo e mais alguma coisa para que eles se sintam uns reis, e quando começam a ficar cansadas e a querer "ajuda", já eles se habituaram a que fossem elas a fazer tudo enquanto eles estão sentados no sofa.
Nem pode deixar que a sogra apareça lá todos os dias no inicio, porque coitadinha está a habituar-se `a nova situação, quando der por ela, ja se habituou a não sair de vossa casa e depois e´ pior.

Boa sorte.

FSilsa -
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Desde 08 Abr 2014

Olá Espertalhão
Acho que bom senso resolveria o problema de toda a gente Espertalhão
A mãe claro que se preocupa com os filhos. No entanto no seu ponto de vista há coisas que são aceitáveis (exemplo: preparar o lanche e assim) e há coisas que passam um pouco do limite (tipo lavar-lhe os dentes (exemplo)).
Enquanto namorarem, não me preocuparia muito com isso, ela está a fazer o seu papel de mãe.. que ainda tem o filho em casa...
Depois de viverem juntos/casarem esperemos que toda a gente se desligue um pouco de vocês os dois (pais/amigos/etc), para que possam construir e ter tempo para construir a vossa vida em conjunto. Um coisa que acho que é crucial é o diálogo. Antes de darem esse passo era bom conversarem, porque apesar de maiores e vacinados, ainda são novos (como eu na altura que casei) e mesmo depois de viverem juntos, conversem sempre que algo não estiver bem. Mais vale conversarem antes de estarem pelos cabelos que depois numa briga jogarem tudo na cara um do outro.
Entendo a Kat kat que sendo mãe já com um menino de 12 comece a olhar para os filhos de uma outra forma, que estão a crescer e que ache que com 21 anos ainda é muito novo para sair de casa. Mas isso já é uma decisão que dependerá do filho.. Chega a uma altura que eles têm de seguir o seu caminho, claro que ficamos com o coração apertado, mas chega a uma altura que temos de aprender com a vida, por mais que nos custe.
Diga-nos uma coisa, ele também pensa/fala em irem viver juntos? Vai sempre depender da vossa maturidade... Há jovens com 21 anos muito mais capazes de construir uma vida que outros de 30/40...

VanAlicia -
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Desde 09 Abr 2011

Olá Daniela...

Eu entendo perfeitamente o seu tópico, não é infantil de forma nenhuma, e é aliás bastante madura ao questionar esses pontos sem antes ficar "de cabelos em pé" com a situação.

Não referiu se o seu namorado é filho único ou não, mas desde já lhe digo que isso também eleva e muito o controlo de uma mãe.

A minha experiência é em muito parecida á sua e á de muitas mulheres, cujos filhos (a maioria únicos) se deixam "mimar" pela mãe. E acredite que este é um problema deles mas delas também que não sabem lidar com o crescimento dos filhos e não aceitam que eles já estão crescidos, não conseguem cortar o cordão umbilical, o que muito honestamente, a longo prazo é prejudicial no que toca a relações amorosas dos filhos (perfeitamente normais na fase adulta).

A minha sogra era (porque entretanto faleceu) extremamente controladora, eu era alguém na vida do filho, mas simplesmente "alguém". Estou com o meu marido há 13 anos, na altura namorado e tinha uma sogra que fazia todas essas coisas.

E se de início não me importei, depressa comecei a ver que era extremamente invasora,eu ficava verdadeiramente "doente" quando ia para casa porque a senhora "assim achava que era hora de Ele me levar a casa". Mandava em toda a nossa vida, pior que isso sabia todos os nossos passos e nem o quarto dele era um local privado, pois recordo-me que ela entrava lá sem bater á porta sequer.

O anos foram passando e decidimos "juntar os nossos trapinhos". Bem, a senhora fazia questão de ir lá todos os dias sem aviso, a qualquer hora, depois almoçar lá diariamente... era surreal. O filho já tinha de lhe mentir de vez em quando a dizer que não estava em casa, simplesmente para ela não ir... Eu estava cansada da situação e não queria ser indelicada.

O que mais me chocou na mulher foi que ela chegou ao ponto de, após o meu marido anunciar a minha gravidez "ela ficar triste com a notícia". Onde já se viu isto!? Andei anos a digerir esta atitude vinda de um ser humano, inclusive só consegui ultrapassar com ajuda especializada.

Depois a senhora aceitou á maneira dela a gravidez e a neta. E gostava imenso dela. Após o nascimento veio outra saga de visitas á hora de jantar sem aviso, etc. Daria um relato imenso que prefiro esquecer.

Mas foi difícil e o pai dele deixava-se levar pelas ideias invasoras da esposa e também não colocava um travão.

O segredo: Tentarem nas atitudes afastarem-se desse vínculo, mostrarem independência sem cortarem completamente. Por exemplo irem jantar ou almoçar uma por semana ou o que se sentirem confortáveis.
Mostrarem independência nas vossas rotinas, e o seu namorado vai ter de começar ele a tratar das suas próprias coisas como é óbvio. Ele também tem de ajudar a mãe a perceber o quanto ele próprio cresceu.
Vai dar trabalho, da parte dele e da sua. Tente afastar-se de conflitos, ponha-se á parte desta situação, é um problema deles os 2. Terá é sempre de falar com o seu namorado daquilo que a está a incomodar, fazê-lo perceber o que já não é "aceitável" para a idade dele também.
E se puder, ir viver para um local um pouco afastado, para que possam construir uma vida a "2" e não a 3... Não precisa de ser a 50 km mas também não se deixar ficar vizinha deles.

Espero ter ajudado... vivi essa realidade e por isso falo com conhecimento de causa.

Que corra tudo bem.

DanielaSM2017 -
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Desde 26 Jun 2017

Olá FSilva, sim ele fala, aliás entre nós por acaso é ele que costuma falar mais dos planos que tem para nós. Ele já trabalha, eu também porém quero arranjar uma coisa melhor, e quando falo em ir viver juntos não significa que seja já para o mês que vem entende? Porque quem esperou 5 anos espera mais um pouco obviamente. Quero juntar-me só quando for o momento certo e pelos vistos este não o é, pois não quero levar um bebé, quero um companheiro... Sinto-me cada vez mais desanimada com a situação, porque ninguém quer vestir a pele da nora ingrata, mas enfim..Sei que também tem problemas com a sogra mas que pelos vistos está tudo mais calmo, fico feliz e agradeço-lhe a sua opinião neste meu problema ?

DanielaSM2017 -
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Desde 26 Jun 2017

Olá VanAlicia, confesso que ler a sua resposta me deixou de coração apertado... Como é possível alguém aguentar tudo isso? Tal como você fico "doente" por dentro e também não quero ser indelicada, o que acabo por descontar na minha relação... A impressão que tenho é que no fundo estou numa relação em que não somos 2, porque parece que estamos ambas a fazer o mesmo papel com o mesmo homem, parece que sou a "outra" ou a "invasora", aliás por vezes sinto que o meu papel só é esse. O meu namorado concorda comigo e tem feito por mudar mas também não quero ser a culpada por arranjar problemas entre ele e a mãe até porque sonho um dia sê-lo e não queria passar por isso. Mas acho que há muita mãe que não percebeu que os filhos são do mundo e tal como elas desligaram um pouco da sua familia de origem para criar a própria família, também agora é a vez dos filhos o fazer.. Muito obrigada pelo seu testemunho, beijo ?

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

A minha opinião sincera é que vocês, e em particular o seu namorado, ainda não estão preparados para ir viver juntos. Ele precisa, antes de tomar esse passo, de criar o seu próprio espaço e autonomia. Não me parece boa ideia arrancar um dente a sangue frio...
Entendo a parte de a mãe cuidar do filho de uma forma quase infantil (alimentação, médicos, etc), mas cabe-lhe a ele ir quebrando esses laços de dependência. Se a mãe lhe faz a cama, por ex., é porque ele não a deixa feita antes de sair, certo? Se a mãe lhe telefona 20 vezes por dia é porque ele atende as chamadas...se lhe marca o laser é porque ele comenta com a mãe que o quer/precisa de fazer... Parece-me que antes de mais ele precisa de criar o seu espaço como adulto que é, independente da mãe e, já agora, da namorada. Porque o risco de ele transferir para si essa dependência é real, e nem é por mal, não se aprende a ser autónomo apenas por mudar de casa.

su1989 -
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Desde 31 Ago 2016

guialmi escreveu:
A minha opinião sincera é que vocês, e em particular o seu namorado, ainda não estão preparados para ir viver juntos. Ele precisa, antes de tomar esse passo, de criar o seu próprio espaço e autonomia. Não me parece boa ideia arrancar um dente a sangue frio...
Entendo a parte de a mãe cuidar do filho de uma forma quase infantil (alimentação, médicos, etc), mas cabe-lhe a ele ir quebrando esses laços de dependência. Se a mãe lhe faz a cama, por ex., é porque ele não a deixa feita antes de sair, certo? Se a mãe lhe telefona 20 vezes por dia é porque ele atende as chamadas...se lhe marca o laser é porque ele comenta com a mãe que o quer/precisa de fazer... Parece-me que antes de mais ele precisa de criar o seu espaço como adulto que é, independente da mãe e, já agora, da namorada. Porque o risco de ele transferir para si essa dependência é real, e nem é por mal, não se aprende a ser autónomo apenas por mudar de casa.

Concordo em pleno com a guialmi.ele que tem de cortar o cordão umbilical.mãe é mãe e para elas os filhos serão sempre "o meu bebé".resta saber se ele se vai adaptar à vida de casal.porque estar numa relação em que a mulher faz tudo e resolve tudo já faz parte da pré história. têm que deixar isso bem claro antes de se juntarem,não vá correr o risco de ser a nova "mamã" dele.

Sobre su1989

a vida neste momento não podia fazer mais sentido

Belarmina.Nunes -
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Desde 30 Set 2014

Conselho de alguém que viu o seu casamento ser destruído pelo marido e pela família do marido: viver longe dos sogros!!!!!!!! A tua sogra nunca vai mudar! E se o teu namorado não colocar o travão, e continuar a ser mimado pela mãe, quem vai sair a perder és tu! Por mais que tenha tentado dialogar com o meu, a família acabou por o convencer de que eu não era mulher para ele, e foi a descida ao inferno, tendo em conta que também temos uma criança e agora anda de casa em casa. Por isso, não arrisques sem pôr os pontos nos i, e sobretudo em ir viver longe! Mulheres dessas por perto é para andares a discutir com ele constantemente. A minha ex-sogra passava o tempo a ligar para o filho, mesmo nós morando em frente a ela. Nunca podíamos tirar férias juntos, porque ela lhe programava tudo. Resultado: conseguiram separar-nos e agora ele tira as férias todas para supostamente estar com a filha!

Ana Svensson -
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Desde 23 Abr 2017

Honestamente, pelas suas respostas, a mim parece-me que a Daniela não veio aqui à procura de opiniões que a pudessem ajudar, mas sim à espera de que todas lhe disséssemos que tem razão. Eu não acho que tenha. A forma como falou com outra pessoa porque lhe chamou garota, quando tem apenas 22 anos, parece-me bem mais infantil do que os comportamentos que descreve do seu namorado, que acabarão no momento em que sair de casa (sim, porque qualquer pessoa quando começa a sentir a necessidade de fazer alguma coisa, faz). Apesar de já ser maior de idade, a Daniela é ainda uma miúda (que me parece ter demasiada pressa para crescer). Tal como a kat kat, a mim não me passa sequer pela cabeça que, com as vossas idades, os meus filhos não estejam a estudar e, como tal, a viver em minha casa (a não ser que optem por estudar fora, como aconteceu comigo, o que aceitaria perfeitamente, embora com alguma pena). E, sim, enquanto viverem em minha casa, eu vou querer saber quando e com quem saem, para não ficar preocupada, tal como os meus pais, mesmo estando noutro país que eu, sempre fizeram. Assumir que o seu namorado é um bebé só por aquilo que descreve também me parece precipitado. Mas, para mim, o pior ainda é dizer que o seu namorado, ou qualquer outra pessoa, tem de se desligar da família de origem para criar a sua própria família. Depois queixam-se que as sogras não gostam das noras e que se metem na sua vida. Claro! Com essa atitude é inevitável que isso aconteça. A família que construímos em conjunto com os nossos maridos, não é uma outra família, mas sim a continuação das famílias de onde viemos. Eu e as minhas filhas (às vezes o meu marido) falamos com os meus pais, irmã e sobrinhas todos os dias, apesar de vivermos em países diferentes. Também vamos todos os domingos a casa da minha sogra (às vezes é ela a vir à nossa) e levaria mais vezes lá as meninas se vivêssemos mais perto. A nossa relação com os nossos pais não tem, de maneira nenhuma, de se tornar mais distante porque saímos de casa. Quando tiver filhos, também não vai gostar que isso aconteça. Por isso, pense bem naquilo que diz ao seu namorado. Não lhe peça que se afaste da mãe, ou que não lhe atenda as chamadas ou que vão viver para longe. Quanto muito diga-lhe que, ao viverem juntos, espera que a distribuição de trabalhos seja uniforme pelos 2. Mas pense bem antes de tomar esse passo. Não por ele ser muito dependente da mãe, mas porque são ambos muito novos e viver com outra pessoa é bem mais difícil do que parece. É ao lidarmos com hábitos diferentes, manias que não conhecíamos,… que surgem os primeiros conflitos. E, se casar com estas idades era comum no tempo das nossas avós/bisavós, em que as pessoas em geral e principalmente as mulheres tinham poucos estudos e em que o único papel da mulher era tratar da casa e dar filhos ao homem, hoje em dia já é raro, precisamente porque há tanto mais para viver antes disso. Eu própria casei e engravidei menos de um ano depois de acabar o mestrado, ou seja casei perto de fazer 24 anos e engravidei já aos 24. E posso dizer-lhe que embora não me arrependa, não teria feito mal nenhum esperarmos mais um pouco.

DanielaSM2017 -
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Desde 26 Jun 2017

Ana, penso que de forma alguma ofendi alguém. Não gosto de faltar ao respeito a ninguém mas também não admito que tirem conclusões precipitadas sobre mim. Este assunto é óbvio que dava pano para mangas, e todas temos relações familiares diferentes condicionadas pelos feitios, por isso o que é aceitável para si pode não o ser para mim e vice-versa. Importa referir que em momento algum eu escrevi mal da mãe dele, até pelo contrário gosto dela e problema aqui até pode ser só incompatibilidade de feitios, mas pedi-vos opiniões sinceras, até pus em cima da mesa a hipótese de ser eu que estou a exagerar, acho que acusarem-me de querer crescer depressa demais e de ser infantil só porque leram un tópico meu, sem na realidade me conhecerem, acho bastante injusto. Mas respeito a sua opinião

FSilsa -
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Desde 08 Abr 2014

Eu tenho problemas com a minha sogra que tento resolver da forma mais "adulta" possível, apesar de muitas vezes nem ser eu a pessoa que se comporta como uma criança.
Também não sou pessoa de andar cá no fórum a criar conflitos mas há comentários que me tiram do sério.
Eu realmente disse e volto a dizer que quando vamos viver juntos tem de haver um certo afastamento dos pais. Não digo total, mas quando se vive com outra pessoa não podemos ligar à mãe e ao pai a contar tudo o que se passou no dia. É nesse sentido...
Eu casei e engravidei aos 22. Não me arrependo e já começo a ficar um pouco farta de toda a gente dizer que casei cedo e engravidei cedo e bla bla. Principalmente quando essas próprias pessoas casaram cedo e tiveram filhos cedo. Com todo o respeito, não me vejo com 40 anos a criar um bébé. não me vejo nem quero nessa idade ter bebés. e isso é a minha opinião e o meu projeto com o meu marido. e respeito quem decida só ter filhos aos 45. Parece é que não há respeito por essas senhoras às crianças que têm filhos com menos de 30 porque pelos vistos são umas crianças a terem uma criança.
Quando ao casamento Claro que foi dificil, mas não será dificil em qualquer idade o "juntar os trapinhos"? Lembrem-se se nessa idade pensavam assim. Quando casei, casei porque sentia a necessidade de ter a minha vida e a minha independência. Como há pessoas que com 40 ainda não sentem essa necessidade. E acho falta de bom senso as pessoas generalizarem sempre tudo. Que eu saiba somos todos diferentes não É? Se a rapariga sente essa necessidade e for viver junta e bater com a cabeça? Qual o problema? Não aprendemos todas com os erros? Os meus pais também me davam e dão conselhos, uns ouvi outros não. Os pais não podem tentar amarrar os filhos e os proteger de tudo. è por pensarem assim que há sempre sogras que tiram a paciencia à juventude que quer fazer a sua vida.
E a minha sogra nem é assim, que ela graças a deus ao menos esse defeito não tem. O problema da minha é com a neta e não com o filho, que na opinião dela, casar só lhe tirou um peso das costas e é menos roupa para lavar e menos comer para cozer.
Boa sorte para ti e tudo de bom, com ou sem o teu namorado que sejas feliz e faz o que achares que deves que só tu é que estás na tua situação e a compreendes melhor que ninguém. Se te arrependeres será uma lição e da próxima correrá melhor. A vida vai ter sempre altos e baixos não é? E é isso que nos faz crescer

FSilsa -
Offline
Desde 08 Abr 2014

Repetido

Ana Svensson -
Offline
Desde 23 Abr 2017

Eu também não estou a dizer a ninguém para esperar pelos 40 anos para ter filhos. Eu própria sempre quis antes dos 30, mas acho que entre os 22 e os 26 faz uma diferença enorme. Claro que é uma escolha de cada um, mas é precisamente por ter feito tudo isso cedo que me sinto no direito de aconselhar a não querer crescer a correr. Apenas acho que a Daniela tem de ter noção que com sogra ou sem sogra, é um passo difícil. Nao, os pais não podem amarrar os filhos, mas é natural que se preocupem e queiram manter a sua relação. E não vejo problema nenhum em que se conte tudo (que obviamente nunca é tudo, tal como não era antes) aos pais. A minha relação com os meus pais não mudou absolutamente nada com o casamento, nem eu deixaria que mudasse e também não interfiro na relação do meu marido com os pais dele. Acho que é ao entrarmos por aí que criamos conflitos.
Daniela, não quero criar uma guerra, mas é precisamente por ter perguntado se estaria a exagerar que não percebo porque é que não aceita essas opiniões. Agora, é consigo. E principalmente por até gostar da sua sogra, acho que não deve tentar afastá-la do filho. Veja como as coisas correm. Se se mostrar, de facto, controladora, aí sim tem de se impôr. Mas não vale a pena criar conflitos à partida. Pelo menos pelo que escreveu, não tenho motivos para achar que seja controladora.

FSilsa -
Offline
Desde 08 Abr 2014

Conheço uma rapariga que vive ao lado dos sogros. E o marido conta tudo à mãe, inclusivé que horas a mulher chega/sai, a roupa dela também é algo a "opinar" etc. É esse o sentido de contar tudo. TUDO
O que vale é que ela consegue dar conta do recado e responde ao que tem de responder. Mas eu no lugar dela, não aguentaria até porque provavelmente não ia responder.
E ela arrepende-se e muito de viver ao lado dos sogros e só se casou com 30 e os filhos também os teve por essa idade. Por isso as coisas podem correr mal, mas pelos testemunhos cá do fórum, viver perto (tipo porta com porta) é a pior decisão que alguém pode tomar a não ser que sejam mesmo pessoas que super se dão bem e respeitam o espaço uns dos outros e etc. Acontece, mas é raro.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Vocês falam de um homem de 21 anos, como se fosse um puto de 12! Ter de dar satisfações à mãe do género para onde vai e com quem?
Com essa idade fazer-lhe a cama! Servir-lhe a comida! Preparar-lhe o lanche! Eu não faço nada disto ao meu filho e ele tem 14 anos!!

Ana Svensson -
Offline
Desde 23 Abr 2017

FSilsa escreveu:
Conheço uma rapariga que vive ao lado dos sogros. E o marido conta tudo à mãe, inclusivé que horas a mulher chega/sai, a roupa dela também é algo a "opinar" etc. É esse o sentido de contar tudo. TUDO
O que vale é que ela consegue dar conta do recado e responde ao que tem de responder. Mas eu no lugar dela, não aguentaria até porque provavelmente não ia responder.
E ela arrepende-se e muito de viver ao lado dos sogros e só se casou com 30 e os filhos também os teve por essa idade. Por isso as coisas podem correr mal, mas pelos testemunhos cá do fórum, viver perto (tipo porta com porta) é a pior decisão que alguém pode tomar a não ser que sejam mesmo pessoas que super se dão bem e respeitam o espaço uns dos outros e etc. Acontece, mas é raro.

Pronto, mas isso são situações extremas. E, para já, não há motivos para achar que a sogra da Daniela será assim. E também não acho óptimo viver porta com porta. Nem demasiado perto, nem demasiado longe, para mim é o ideal, mas também depende muito do feitio das pessoas.

Ana Svensson -
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Desde 23 Abr 2017

Tyta.B escreveu:
Vocês falam de um homem de 21 anos, como se fosse um puto de 12! Ter de dar satisfações à mãe do género para onde vai e com quem?
Com essa idade fazer-lhe a cama! Servir-lhe a comida! Preparar-lhe o lanche! Eu não faço nada disto ao meu filho e ele tem 14 anos!!

Lá porque teve uma educação diferente, não significa que uma seja melhor do que a outra ou que este rapaz não vá ser tão ou mais desenrascado do que a Tyta.B. Pode ser ou não. Não podemos fazer julgamentos com base nisso.

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Bem, apenas pelo que é contado a minha opinião é que a relação mãe-filho é demasiado controladora e protetora, sim. Não faz sentido nenhum um homem de 21 anos que até já trabalha (mas se estudasse era igual) depender da mãe para coisas como aquelas que são contadas, ou a mãe telefonar-lhe várias vezes por dia, ou ser ela a arranjar-lhe os empregos, etc. Sei que este é o padrão de muitas relações pais-filhos jovens adultos, mas parece-me totalmente disfuncional e não é, de forma nenhuma, nem a forma como fui criada nem a forma como quero criar as minhas filhas.
Eu tenho filhas adolescentes (quase 14 anos) e nunca lhes telefono durante o dia, por ex. Para quê? Telefonar a saber como correu um teste ou se a comida da cantina era boa, como tantas mães fazem? Nunca. Se houver necessidade de dar um recado urgente muito bem, caso contrário fala-se ao fim do dia, quando estivermos juntos. E um dia que vão estudar fora (já não falta assim tanto) não terei necessidade de telefonar todos os santos dias, muito menos várias vezes ao dia. Tenho alunos cujas mães lhes telefonam para os acordar de manhã! Para mim isso é o sinal de uma infantilização com efeitos dramáticos em muitos dos jovens de hoje: eles sentem que têm todos os direitos e nenhuns deveres. Que tudo aparece feito como que por magia. E que é impensável fazerem sacrifícios.
Tento preparar as minhas filhas para um dia serem autónomas e lutarem por si próprias. Foi assim que fui educada e não me dei nada mal.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Ana Svensson escreveu:

Tyta.B escreveu:Vocês falam de um homem de 21 anos, como se fosse um puto de 12! Ter de dar satisfações à mãe do género para onde vai e com quem?
Com essa idade fazer-lhe a cama! Servir-lhe a comida! Preparar-lhe o lanche! Eu não faço nada disto ao meu filho e ele tem 14 anos!!

Lá porque teve uma educação diferente, não significa que uma seja melhor do que a outra ou que este rapaz não vá ser tão ou mais desenrascado do que a Tyta.B. Pode ser ou não. Não podemos fazer julgamentos com base nisso.

Eu não quero dizer que não possa ser desenrascado, mas não acho muito normal... Quer dizer, vemos tantas mulheres neste fórum a queixarem-se de que os maridos não fazem nadinha em casa, e depois habituam os vossos filhos ao mesmo?!

Ana Svensson -
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Desde 23 Abr 2017

Em primeiro lugar, nunca me queixei do meu marido (que por acaso não fazia nada em casa dos pais), por isso argumento não se aplica. Agora, não estou aqui a discutir qual o melhor método para educar, até porque acho que em termos de tarefas domésticas faz pouca diferença, já que é o tipo de coisa que qualquer um é capaz de fazer assim que sentir necessidade. Nunca fiz rigorosamente nada em casa, excepto aos fins-de-semana em que fazia a cama, porque sempre tive empregadas 24 horas por dia em casa dos meus pais. E, sim, a minha mãe também fazia muito por mim.No dia em que saí, não tive dificuldade nenhuma em habituar-me. Sempre me dei muito bem na vida. Quanto ao acharem que não podem fazer sacrifícios, depende de tantas outras coisas para além de tarefas domésticas. Acho que há pontos muito mais importantes na educação de uma criança para a tornar capaz de lutar por aquilo que quer.

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Ser autónomo em coisas como marcar consultas, preparar a própria comida ou arranjar emprego vai muito para além das tarefas domésticas. A mãe controlar quando sai, com quem vai e telefonar inúmeras vezes por dia é muito mais profundo do que saber quem cozinha ou limpa em casa. Eu, pelo menos, não estava a referir-me meramente a essas questões, embora, como 99,9% da população portuguesa não pode ou não quer ter empregadas 24h/dia, se as coisas aparecem feitas e o jovem adulto não colabora nelas, algo está errado, sim.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Ana Svensson escreveu:
Em primeiro lugar, nunca me queixei do meu marido (que por acaso não fazia nada em casa dos pais), por isso argumento não se aplica. Agora, não estou aqui a discutir qual o melhor método para educar, até porque acho que em termos de tarefas domésticas faz pouca diferença, já que é o tipo de coisa que qualquer um é capaz de fazer assim que sentir necessidade. Nunca fiz rigorosamente nada em casa, excepto aos fins-de-semana em que fazia a cama, porque sempre tive empregadas 24 horas por dia em casa dos meus pais. E, sim, a minha mãe também fazia muito por mim.No dia em que saí, não tive dificuldade nenhuma em habituar-me. Sempre me dei muito bem na vida. Quanto ao acharem que não podem fazer sacrifícios, depende de tantas outras coisas para além de tarefas domésticas. Acho que há pontos muito mais importantes na educação de uma criança para a tornar capaz de lutar por aquilo que quer.

Nem eu estava a falar de si em particular, não sei porque contou a sua vida toda, estava sim a falar no geral, e no geral acho muito contraditório a quantidade de mulheres que se queixam que ninguém as ajuda, que não têm tempo para si, que andam completamente estoiradas, e depois vamos a ver e acreditam que os filhos tem de ser infantilizados a vida toda, guardando para si mesmas muito trabalho em que podiam ser ajudadas.

Cai alguma coisa aos miúdos por aprenderem a fazer a sua cama? A guardar a sua roupa? A fazer os seus próprios lanches ou lavar a loiça que sujam fora das refeições principais? O amor que uma mãe tem aos filhos não se mede por este tipo de coisas. Estamos a falar de adolescentes e jovens adultos, que podem e devem entrar na dinâmica familiar, onde o companheirismo não parte do pressuposto que alguém tem o trabalho todo como contrapartida de ditar as ordens - que muitas vezes é o que acontece, e este infantilizar nas tarefas é apenas um sintoma, porque geralmente quem mais infantiliza dentro de casa também é quem mais infantiliza fora, e depois vemos aquelas situações em que as sogras acham sempre que as noras não sabem cuidar dos seus meninos, e continuam a tentar mandar e desmandar nos filhos e consequentemente nos netos e na vida familiar desse novo núcleo.