Olá meninas,
Ando à uns dias a tentar abordar um tema muito delicado, pelo menos para mim que passei por ele, mas acho que deve ser falado!
Então vou passar a contar a minha história de uma forma um bocado corrida pois nem quero estar a raciocinar no que vou escrever.
Eu tinha 15 anos, e o meu primeiro namorado (18 anos na altura), aquele com quem eu perdi a virgindade começou a bater-me no dia em que me disse que não podia ser tudo a maneira dele e eu o "pau mandado".
Num dia em que eu estava de serviço (juntamente com ele pois éramos ambos bombeiros) tivemos uma discussão porque eu queria fazer um serviço extra e ele não me queria deixar ficar lá. Acabei por fazer a minha vontade e fiquei lá, mas como as coisas não ficaram bem, quando sai do quartel fui ter com ele para esclarecer as coisas. Ele começou a exaltar-se e foi ai que me bateu a primeira vez. Um valente murro na nuca mandou me para o centro de saúde da zona onde estava, mas o médico era tão bom ou tão mau, que não me examinou,. guiou-se pela versão dele, que eu não andava nem a comer nem a dormir como deve de ser, e mandou me para casa dormir. Isto passou-se no dia 10 de Dezembro de 2006. Eu acabei com ele!No dia 1 de Janeiro de 2007 senti-me mal quando estava de serviço no quartel, e um amigo, um verdadeiro anjo, ajudou-me, ouvindo me. No dia seguinte, estava eu na escola e na altura o meu ex veio em direcção a mim a ofender-me em frente a toda a gente, agarrou-me pelos ombros e começou me a abanar, em plena hora de intervalo. Eu desmaiei naquele exacto momento. Mais uma vez o meu anjo entra em acção e acaba por ser ele o bombeiro que é chamado a escola para me socorrer. "Obriga-me" a contar no centro de saúde ao médico que me atendeu, realmente o que tinha acontecido, escrevendo este na carta de transferência hospitalar o sucedido. Na altura eu ainda estava na parte de pediatria daquele hospital, podendo entrar um adulto comigo. Na altura meu padrasto quis entrar, e na triagem a enfermeira lê a carta em voz alta ao pé dele. Foi nesse momento que a minha família ficou a saber de toda a verdade. A minha ,mãe queria apresentar queixa dele, mas eu não quis mexer mais no assunto.Queria simplesmente esquecer! Entrei em acordo com a minha mãe, mediante o resultado do TAC e as consequências que podia ter, acabou-se por não se fazer queixa, ficando ele e a família dele avisados que ele não se podia chegar perto de mim.
Esta parte peço desculpa mas não consigo usar os termos específicos, portanto vou tentar ser o mais clara que me é possível.
Dias depois, ele segui-me para casa, depois da escola, entrando a força em minha casa e obrigando-me a ter relações sexuais com ele.
Só consigo descrever o meu estado emocional depois do sucedido como estado de coma. Eu não era capaz de ter um raciocinio lógico, e memorias muito menos.aquele momento...eu parecia q emocionalmente
Passados dois meses, nada de menstruação e eu cada vez mais me sentia estranha. Fui a correr a farmácia quando me dei conta e comprei um teste...e deu me um valente positivo...Perdi o chão naquele momento
NUNCA pensei em abortar, estava a tentar ganhar coragem para contar a minha mãe, pois ela nao sabia o que ele me tinha feito em casa.
No fim de semana a seguir de saber do positivo, ninguem sabia, somente um amigo meu, ele veio me provocar quando eu tava de serviço, começou uma discussao enorme e saiu me da boca para fora que estava gravida dele, ai ele começou me a bater na barriga, com muita força.
Perdi o meu bebe.Com medo que a minha família descobri-se a gravidez, não fui logo ao medico, mas falei com o meu amigo. Ele levou me a uma GO amiga dele, e ela fez me eco e disse que ja tava limpinha que nao precisava de fazer rigorosamente nada.
Nunca ninguem soube de nada!
Contei obviamente ao meu actual namorado, pois ele sofre um bocado comigo, porque sonho muito e falo durante a noite.
Ele diz-me que me agarro muito a barriga, que digo para nao o matarem, pergunto onde ele está e que choro.
Sonho imensas vezes com ser mãe, estar gravida!
Agora perguntam-me o porque de eu vir dizer isto tudo aqui.
Na altura não tive coragem de seguir com uma queixa contra ele. Sinto-me culpada por não ter sido capaz de proteger o meu filho!
Só vos peço por favor e do fundo do coração,
Se são vitimas de violencia, ou conhecem quem seja, POR FAVOR, não fiquem caladas, não se sujeitem!