Boa Noite,
Infelizmente ao contrário do que podemos supôr, a nova legislação (Lei n.º 143/2015) só trouxe maior complexidade aos processos de adoção e basicamente existe 1 criança disponível para 5 candidatos, mesmo contando com aquelas crianças que pelo seu historial de vida e/ou problemas físicos/idade, nenhum candidato se mostra disponível. Resumindo, existe um número elevado de candidatos e os tempos de espera só tendem a aumentar especialmente para crianças até 6/7 anos.
A segurança social tenta "incentivar" os candidatos, nas reavaliações obrigatórias de 3 em 3 ano (no novo decreto o certificado caduca após 3 anos e se aptos é emitido novo), a alargar os seus critérios inicialmente pretendidos, (crianças com problemas de saúde, idade, ou mesmo fratrias), como forma de reduzir o tempo de espera, que pode situar-se muito acima dos 5 anos.
No caso de casais inférteis, poderá existir nalgumas situações uma certa "pressão" para saberem se já desistiram desse projecto (o chamado "luto do filho biológico").
A nova legislação não veio agilizar os processos e os tempos de espera irão concerteza aumentar, uma vez que tudo se gere centralmente, pelo que infelizmente nos resta uma longa e penosa espera!
A nossa reavaliação deixou-nos desconfortáveis, tristes e descrentes neste processo, apesar de termos consciência da morosidade deste processo desde o início, pois não trouxe qualquer esperança, só mais espera!
O tempo é demasiado desgastante para os candidatos e aquilo que era o seu projeto de vida no início da candidatura, poderá deixar de ter sentido com o avolumar dos anos, quando não há qualquer perspectiva do tempo de concretização. A nossa espera já se aproxima dos 4 anos e sem fim à vista! E na cabeça surge a pergunta: Há candidatos que nunca chegam a receber uma criança... Seremos nós? Se for assim até quando continuar pendente neste sonho? Um desabafo de esperançosos/ ansiosos pais do coração.