Olá a todas! Tenho andado um pouco ausente devido ao nascimento da minha menina... E, ontem já fez 15 semanas
Bem, já há algum tempo que queria desabafar mas, hoje atingi o "limite". Pode não parecer nada demais mas, para mim é difícil, daí desabafar convosco.
Bom, eu já namoro há muitos anos com o meu marido mas, só agora estamos a fazer 4 anos de casados e, não vivemos juntos antes de casar.
Entretanto, eu nunca tive muita família, pelo menos família com quem me dava - tirando os pais e a irmã, nunca conheci nem o meu avô materno (a minha mãe tinha 5 anos quando faleceu), nem o paterno (faleceu 2 anos antes de eu nascer). A minha avó paterna faleceu tinha eu 3 anos e, a minha avó materna faleceu quando em tinha 17 anos mas, desde os meus 9/10 anos que quase não tinha ligação com ela.
Sendo assim, sempre tentei dar-me bem com a família do meu marido, especialmente a mais próxima. Nunca os tratei como "sogros" na conotação negativa da palavra mas, como uns segundos pais, muito diferentes dos meus mas, como felizmente também tenho os meus, sempre quis que o meu marido se desse bem com os dele também e, também eles são avós.
Especialmente desde que nós casamos ou estávamos para casar, os meus sogros foram-me fazendo algumas coisas que acho que eu não merecia mas, fui deixando passar, de uma forma ou de outra para não criar conflitos.
Aliás, nós moramos ao lado dos meus pais mas, antes da menina nascer, ao sábado ou ao domingo íamos lá jantar ou almoçar pois, não queria que sentissem que não estávamos com eles. Apesar disso, passávamos mais tempo com eles do que com os meus pais.
Só que, no dia antes da menina nascer, nós manifestamos vontade de só irem ao hospital os nossos pais e os nossos irmãos (e família) e, as outras pessoas tinham muito tempo de ir a nossa casa depois. No dia a seguir à menina nascer (já nasceu depois das 21 horas) enquanto eles não levaram ao hospital outras pessoas - pessoas com quem me custa conviver pois, em vez de se meterem na vida delas querem meter-se na dos outros e, como eu não faço assim, não gosto que tentem fazer assim comigo - não ficaram descansados. A culpa de eles terem ido foi deles porque, apesar de saberem da nossa vontade foram deixar o carro ao pé de casa deles de propósito para eles irem ao hospital com eles também e, do meu marido pois, tinha-lhe pedido para se impor e, ele disse que sim mas, quando chegou à hora da verdade, pedi-lhe que o fizesse já que estava debilitada demais para isso e, ele não o fez.
Desde esse dia que fiquei muito triste, tanto com o meu marido (mas com ele resolvi as coisas, embora ainda esteja à espera que ele fale com eles), como com eles pois, eles faltaram-me ao respeito - parece que estavam numa feira, ainda foram para lá mais pessoas do que podiam e, do meu lado só foram os meus pais (os nossos irmãos nem apareceram pois, sabiam que depois tinham mais tempo e era melhor).
Como se não bastasse, ao princípio ligavam para vir a nossa casa e depois apareciam; depois começaram a aparecer sem sequer avisar - não gosto nada disso, até porque podemos ter muita gente em casa e, a menina fica muito agitada com muita gente lá; e, agora, até temos de ligar nós para eles aparecerem lá.
Nós só fomos lá uma vez depois da menina nascer pois, não tenho muita hipótese de ir dar uma volta com a menina durante a semana e, ao fim de semana não posso estar a sair de uma casa para ir para a outra.
Claro que há outras coisas como ir a minha casa e "desautorizar-me" em relação à minha filha mas, aí atribuo as culpas ao meu marido pois, sabe que se ele falar é uma coisa e, se for eu a falar eles de certo que levam a mal.
No meio de tudo isto, ainda na véspera da menina fazer 3 meses liguei com eles para eles virem tomar café e, acho que eles não mereciam por causa das atitudes que tomam.
E, ainda quando ela fez anos, eu mandei-lhe uma mensagem e, o meu marido foi lá levar-lhe uma prenda - ela não estava em casa durante o dia e, eu não tinha hipótese de lá ir nesse dia à noite com a menina.
No meio de tudo isto, gostava que entendem-se que estou triste com eles por gostar deles e, não por os odiar. Para além disso, não quero que a minha menina não esteja com eles porque eles também são seus avós, já me chegou a mim eu ter pouca família. Gosto deles e, estou a tentar resolver os problemas mas, sinto-me triste.
Agora não sei o que fazer, até porque o baptismo da menina está aí à porta mas, nem sei como os encarar, entendem? Porque doí tanto queremos conviver com a nossa família? Viver é com o meu marido e com a minha filha mas, preciso de conviver com esta família mais próxima...
O que faço? Chego ao ponto de dizer-lhes alguma coisa e passar por ser a má da fita? Ou espero (deitada mas pronto) que o filho lhes diga algo e eles entendam que não estamos contra eles mas, que queremos viver a nossa vida?
Amo os meus pais de coração; gosto muito dos meus sogros; espero que o meu cunhado e a esposa venham cá no seu 1º Natal como marido e esposa; e, apesar de haver "divergências" entre o marido da minha irmã e os meus pais este ano vamos convidá-los para virem ao 1º Natal da Mariana... Isto porque estamos a fazer tudo em prol da convivência da família.
Só não sei é se é o mais correcto... Estou num dilema pois, apesar de tudo, fiquei muito magoada com estas e outras coisas que me fizeram.
Num mundo em que as famílias estão cada vez a ser mais destruídas, em que pais estão contra filhos, filhos contra pais, irmãos contra irmãos... Acho mesmo que só fazendo um esforço conseguimos a união familiar mas, estou num dilema mental.
Beijinhos e tudo de muito bom para todos
Ah, agradeço a quem leu este testamento e, a quem fizer o favor de me acalentar a alma. Obrigada.