Crianças inferior a 3 anos no infantário - pós vs contras

Eu não tive a possibilidade de ficar com a minha até aos 3 anos.
Fiquei até aos 4 meses!!!
Se tivesse a possibilidade de ficar, ficaria?
Não sei!!! Acho que a creche lhe fez tremendamente bem desde que lá entrou, que foi com um ano e pouco (antes esteve numa ama).
Se me arrependo? Nada mesmo!
Mas se tem essa possibilidade....porque não?
Cada um sabe o melhor para si e para os filhos.
E tenho a certeza que 90% das respostas que lhe vão dar são que deve ficar em casa com a sua filha sim.

Beijinhos e tudo de bom.

Bom dia mamã!
O meu filho está na creche, por necessidade, desde os 11 meses e meio (tem quase 22 meses). No entanto noto que ele ADORA lá estar e noto que se desenvolveu imenso. Constatei avanços notórios desde o início.
Há dias esteve doente e impossibilitado de ir durante uma semana e notava-o à parte de estar doente, bastante triste.
Quando voltou à creche e viu os amiguinhos (os que já se encontravam lá, à hora que entrou), até me emocionei pela felicidade dele, e dos restantes meninos ao vê-lo, todos a correrem na sua direção,a chamarem-no pelo nome e o mais curioso, a oferecerem-lhe os brinquedos que tinham nas mãos, como forma de boas vindas e de saudades. Foi lindo de se ver! Por isso acredito que realmente essa educadora tem razão, embora saiba, que há quem defenda que antes dos 3 anos, não há necessidade.
Eu coloquei por necessidade e ainda bem!
Aprende a dessenrascar-se no colégio, a ter regras, a socializar, a partilhar... até muitos, a comerem sem dar luta (o caso de crianças que são difíceis para comer)!
Então se forem apenas umas horinhas, penso que seja "ouro sobre azul"!
Beijinho e felicidades

Também estou na mesma situação. Estou desempregada mas quando arranjar emprego não sei que faca. Infantario ou avó?? Ela tem um ano e o meu coração fica apertado qd penso no infantário. Penso logo nos cuidados para ela adormecer nas carícias que ela tanto gosta, nas doenças a aparecer!! As vezes sinto que estou a ser demasiadamente protectora.

Flor 1 escreveu:

Bom dia mamã!
O meu filho está na creche, por necessidade, desde os 11 meses e meio (tem quase 22 meses). No entanto noto que ele ADORA lá estar e noto que se desenvolveu imenso. Constatei avanços notórios desde o início.
Há dias esteve doente e impossibilitado de ir durante uma semana e notava-o à parte de estar doente, bastante triste.
Quando voltou à creche e viu os amiguinhos (os que já se encontravam lá, à hora que entrou), até me emocionei pela felicidade dele, e dos restantes meninos ao vê-lo, todos a correrem na sua direção,a chamarem-no pelo nome e o mais curioso, a oferecerem-lhe os brinquedos que tinham nas mãos, como forma de boas vindas e de saudades. Foi lindo de se ver! Por isso acredito que realmente essa educadora tem razão, embora saiba, que há quem defenda que antes dos 3 anos, não há necessidade.
Eu coloquei por necessidade e ainda bem!
Aprende a dessenrascar-se no colégio, a ter regras, a socializar, a partilhar... até muitos, a comerem sem dar luta (o caso de crianças que são difíceis para comer)!
Então se forem apenas umas horinhas, penso que seja "ouro sobre azul"!
Beijinho e felicidades

parece que vi a minha filha

A nossa decisão é ficar com a Francisca até aos 3 anos. Depois irá algumas horas diariamente e sei que irá muito a tempo.
Quanto ao contacto com outras crianças, ela vai tendo contacto, primos, filhos de amigas da mesma idade, quase. Por isso sou irredutível: podendo ficar com ela, ficarei mesmo até aos 3 anos; se não pudesse, iria para a avó.

E tenho a certeza que não é por tomarmos esta decisão que vamos criar um bichinho do mato

Segue o teu coração, mamã.

Beijinhos, tudo de bom!

Eu pretendo fazer o mesmo. Acho que se ela tiver contacto com outras crianças mesmo que não seja todos os dias e for estimulada pelos pais penso que não há qualquer problema, mas as opiniões vão ser sempre muitas. Cabe a vocês decidirem o que acham melhor

Eu não pude ficar em casa com as minhas filhas, mas estiveram em casa com uma empregada até aos 2 anos e não me arrependo nada. Nunca adoeceram enquanto estiveram em casa e têm hoje uma saúde de ferro (em 10 anos tomaram antibiótico umas 4 ou 5 vezes), não sei o que é uma bronquiolite ou uma gastroenterite, nunca passaram uma noite no hospital. Quando entraram na creche com 2 anos eram das mais desenvolvidas da sala e uma delas era a que melhor falava, apesar de ser das mais novas. Se podem ficar com a mãe, melhor ainda!

Eu tenciono, se possível, fazer como a Guialmi. Sou profissional de educação, embora não seja educadora de infância, já trabalhei na minha área com bebés no infantário e acho que até aos 2- 3 anos eles não precisam do infantário, depois sim, faz falta. Entre os 12-18 meses os bebés são egocêntricos (faz parte do seu desenvolvimento) e é bom que o sejam, eles não são mini adultos desde que nascem... Há também a questão das doenças e dessas coisas todas.
Claro que, não podendo e tendo que pôr no infantário, quem lá está faz o melhor que pode e consegue e não aponto o dedo a ninguém que tenha que por o bebé aos 4 meses no berçário, mas podendo ficar em casa com a mãe está muito melhor! Pode e deve socializar de vez em quando com familiares e amigos da mesma idade, nos parques, etc. isso é suficiente.
Agora acho é importantíssimo não descuidar as regras e rotinas, muitas pessoas falam disso que as crianças no infantário ficam com outras regras, disciplina e desenvolvem mais... pois... é verdade SE em casa não se fizer esse trabalho também, se andarmos sempre com eles ao colo e não os deixarmos evoluir, se não os ensinarmos a terem regras e rotinas desde cedo sim vão ser uns bebezões grandes.
A título de curiosidade, conheço uma senhora que tem uma filha com quase 1 ano (10 ou 11 meses) e dizia-me no fim-de-semana que a miúda mal gatinha ainda porque ela acha o chão muito frio e só a deixa gatinhar em cima da cama (e a miúda está no infantário desde os 4 meses e, se calhar, é por isso que já gatinha qualquer coisa em cima da cama, pois se estivesse em casa com esta mãe provavelmente nem em cima da cama gatinhava, se não a deixam experimentar... tudo bem que a miúda nasceu prematura e as idades aqui são um pouco subjetivas mas... percebem o que quero dizer, certo?)

De qualquer forma, nunca vais encontrar a teoria certa, faz aquilo que o teu coração mandar e não te fies no que uma educadora diz, lê artigos científicos sobre isso se queres ter opiniões profissionais, a educadora está a defender o seu posto de trabalho e, eventualmente, aquilo em que acredita (se bem que eu comecei a ter esta posição acerca da socialização quando dei aulas a bebés e as educadoras diziam, entre nós, profissionais, isto mesmo que nesta fase não é uma questão de socialização...) ficam as dicas!

Muita sorte e tudo a correr pelo melhor

Minha querida, digo da minha experiência como mãe que tomo conta da minha filha a tempo inteiro: há dias muito difíceis e, custosos mesmo - porque custa dizer não, porque são nossos, porque temos de lidar com certas birras... e até dar-lhes ferramentas para se desenvencilharem sozinhos como: comerem sozinhos, deixarem a fralda, vestirem e despirem a roupa quando vão ao wc...
Dá trabalho? Muito. Mas, acho que até aos 3 anos é importante. A minha faz agora 3 anos em Agosto e, em Setembro vai para o infantário. Sei que vai ser difícil? acho que mais para mim do que para ela mas, como vem outro piolhito a caminho, e lá para Janeiro está a sair do forninho, assim também tenho tempo de equilibrar as minhas coisas a minha vida. É que uma criança é um trabalho a tempo inteiro e, tem de dar-se valor a isso ou, não se pagava às pessoas que tomam conta delas nas creches.
No caso de uma criança muito introvertida, até pode ser benéfico ir um pouco mais cedo mas, no caso da minha, nunca achei ter necessidade pois, acho-a muito bem desenvolvida para a idade - aos 9 meses e meio chamou-me de Paula e, se não ouvi-se, não acreditava. Ela é bem desenvolvida por ela e, nós também ajudamos: puxamos por ela, brincamos com ela cokm coisas diferentes, redescobrimos ser criança de novo... E, tem uma saúde de ferro (apesar de um sopro nunca tomou antibiótico mas também foi amamentada até aos 23 meses).
Agora, com o que vem a caminho, pretendo fazer o mesmo, se conseguir e, espero que sejam irmãos amigos
Beijinhos e, escolham o que tiverem/puderem escolher: vocês são os pais e, jamais o infantário vai substituir-vos, seja no amor, seja nas regras pois, a educação começa em casa

Olá! Cá em casa, por opção, e porque temos a sorte de ter avós perto e que respeitam as nossas vontades, decidimos que os piolhos ficariam com eles até aos 3 anos. O mais velho entrará na pré em Setembro, a pequenita irá ser pela mesma altura, quando chegar à idade. Não pleaneamos tê-los lá a tempo inteiro, precisamente por podermos contar com os avós. Isso seria apenas por necessidade, acho violento para eles, apesar de compreender que tem de ser, eu própria estive sempre a tempo inteiro em infantários e escolas. Apesar de ser verdade que os pais educam e os avós deseducam (pelo menos no nosso caso isso acontece ) eu vejo isso como uma coisa muito positiva. Eles sabem as regras em casa dos avós e o que podem fazer em nossa casa, tal como saberiam fazer a distinção entre infantário/casa. Claro que há situações mais difíceis, mas isso é próprio da idade e não do ambiente. Há coisas que os avós dão que nenhum infantário do mundo poderia subsistituir - o meu filho tem uma cumplicidade com o avô paterno que só visto, são mesmo melhores amigos. Passeiam imenso, todos os dias vão ao parque ou a outro sítio qualquer. A pequenita está com os maus pais e é a mesma coisa, neste caso o avô materno é a menina dos olhos dela. Estão ambos óptimos a nível de desenvolvimento físico e cognitivo, ela diz imensas palavras, todos os dias aprende coisas novas, como diz o meu pai, "é um festival". O mano está óptimo também, aprendeu a contar até dez, depois aprendeu a fazê-lo em inglês, sabes as cores, as formas, expressa-se muito bem, agora está a aprender algumas letras. Tudo de forma natural, epxlorando a curiosidade normal deles - e com a ajuda de alguns desenhos animados Ainda ontem comentava com o meu marido que seria óptimo se o mais velho já conseguisse guardar lembranças deste tempo (eu lembro-me de pouca coisa do infantário) porque ele está a viver coisas tão boas com os avós que é uma pena ficarem perdidas as memórias. Se às vezes me passo com os avós e acho que há coisas que poderiam ser feitas de outra maneira? Sim, claro, mas temos de saber escolher as nossas guerras e há coisas que nem vale a pena. Pelo menos tenho a certeza que eles são sempre bem tratados, que têm toda a atenção do mundoe sei com toda a certeza do mundo que, a seguir a mim e ao meu marido, não há ninguém que ame mais os meus filhos do que eles e isso para mim é uma paz de espírito brutal em todos os aspectos.

Mamã, já disseram tudo e vou reforçar o que acho mais importante, siga o o seu coração!

Eu concordo com a perspetiva de muitas das mamãs. Se me for possível ficarei com o meu bebé em casa até ele ter 3 anos (eu trabalho de casa, logo à partida será possível)...sempre com estimulação e rotinas adequadas à idade acho que é melhor, quando têm essa possibilidade, ficarem em casa. Sou professora de 1º ciclo e,durante a minha formação, fiz estágio tanto em 1º ciclo como em jardins-de-infância. Não acho que as crianças estejam mal entregues nos jardins e nas creches, mas acho que antes dos 3 anos não têm necessidade nenhuma de ir para lá (quando não há necessidade). Eu estou com licença alargada e, portanto, ainda não voltei a trabalhar. Não sei se vai ser fácil trabalhar com o Lucas em casa (embora eu tenha horários muito flexíveis). Se vir que é muito difícil, sou capaz de o por num infantário durante 4 ou 5 horas por dia, mas não mais - no entanto pretendo evitar fazê-lo. E eu sei que muitas mamãs dizem "ah desde que foi para o infantário que se desenvolveu imenso"...mas a verdade é que essas mamãs não têm como saber se os bebés se desenvolveram porque foram para o infantário, ou simplesmente porque era a ordem natural das coisas e o mais natural era mesmo desenvolverem-se...eu aposto mais na segunda

A mama Anitas.Paula e a mamã Amfr disseram exactamente o eu eu penso sobre este assunto.
Tenho apenas um exemplo próximo. A minha Sofia está com os avós (sozinha) e o meu afilhado (1 ano mais velho) está no infantário.
A Sofia partilha tudo, sabe brincar, comer à mesa, ir sozinha ao pote, limpar-se, ajuda a por a mesa, limpar o pó e arruma sempre os brinquedos dela para além disto sabe contar e reconhece os números 0 a 20, sabe e reconhece as letras de A a Z e sabe as cores (não todas).
O meu afilhado passa a vida a correr e a gritar, come bem à mesa, vai sozinho ao pote mas não se limpa (deve ser por ser menino), nunca quer arrumar nada (é sempre um castigo), a nível cognitivo sabe as cores, e conta até 10.
Pelo exemplo que tenho não acho que o desenvolvimento de uma criança na escola seja assim tão significativo em relação às que ficam em casa (neste caso até acho o contrário), mas claro cada criança é uma criança e obviamente que cada cabeça sua sentença.

Chega perfeitamente!E se a tua filha falasse diria-te exatamente a mesma coisa. Alem disso como fez a humanidade durante milenios sem creches? Os nossos avós e todos antes deles não precisavam de creches. Conviviam no dia a dia.
Para uma criança sociabilizar não precisa faze-lo entre 4paredes. És uma sortuda se podes ficar com o teu bebe;aproveita!

Mamã Videl86: Eu fui uma das mamãs que disse "desde que foi para o infantário que se desenvolveu imenso" e evoluiu imenso sim!!! E não foi por não saber, por já não estar com ele e poder fazer parte dos seus progressos normais para a idade, pois em muitíssimo pouco tempo de creche vi progressos imensos a nível motor, por exemplo, e eu, que cheguei a andar com o meu filho em consulta de neuropediatria, fisiatria e desenvolvimento, por isso sei bem do que falo!
O facto de ver outras crianças a deslocarem-se e a serem autónomas, fez com que o meu filho evoluísse a esse e a outros níveis. Cada caso será um caso, certamente, mas no do meu filho foi ÓPTIMO!
Para mais, quando não temos outras crianças na família e aos pessoas que ficavam com ele até a essa data (avós), serem pessoas com uma certa idade, limitadas pela idade avançada e tudo o que isso encerra (disponibilidade física, mental...).

Mamã, eu estou a trabalhar e a minha menina fica com os avós e se for possível ficará com eles até aos 3 anos e depois irá par a pré-primária. Nem toda a gente tem essa possibilidade. A minha menina não é anti-social por não estar na creche e é super risonha e bem disposta com toda a gente. Não sou "anti-creche" mas sinceramente "no meu caso" não acho que haja creche que trate melhor dela e que e deixe mais descansada do que estar com os avós. A partir dos 3 anos sim, acho que é importante o contacto com outras crianças, aprender certas normas - como estar sentado numa sala (preparação para a primária) criar rotinas, etc. Até lá se puder ficar com os avós fica. E não a acho mais "atrasada" em termos de desenvolvimento em relação a crianças da idade dela que estão em creches ou infantários. Até tens aqui um bom artigo da revista pais&filhos http://www.paisefilhos.pt/index.php/criancas/dos-0-aos-2-anos/7499-e-se-...

No seu lugar continuava com ela em casa até aos 3 anos mãmã.
Fiquei com a minha filha até aos 15 meses, depois tive que voltar ao trabalho e ela tem ficado com a minha mãe e assim vai ser até aos 24 meses. Nessa altura vai para a creche porque tem mesmo que ser, não é opção nossa porque se eu pudesse ficava com ela em casa e ela só ia para a escolinha aos 3 anos quando o sistema imunitário deles está muito mais maduro e adoecem menos vezes.

A minha filha aos19 meses e estando em casa com a avó eé muito mais desenvolvida que a maior parte das crianças da idade dela e até mesmo mais velhas com quem nos cruzamos no parque e que andam na creche. O comentário dos outros pais é sempre o mesmo "Ela é tão despachada", "É tão espertalhona", "Fala tão bem" " A minha não faz nada disto"... Por isso, não vejo necessidade nenhuma de a colocar na creche, que na minha opinião, antes dos 3 anos, só serve para os miúdos passarem a vida doentes e os pais terem que faltar ao trabalho =( enfim...

Eu sou uma das "sortudas" que estou em casa com o meu bebé. Vou ficar até aos 3 anos, depois vai para a pré só de manha para se habituar. Depois irá as horas normais. Não trocava por nada dar lhe a ele e a mim este tempo. O único senão é que não temos mais crianças pequenas na família e por aqui não há encontros com mamas (zona Gondomar) acho eu. O meu filho adora crianças, vai logo dizer lhe olá, dar miminhos, beijinhos etc, o meu filho tá bem desenvolvido, diz tudo na língua dele lol sabe explicar o que quer e entende perfeitamente tudo o que lhe dizemos. Antes de 1 ano começou a dar os 1os passos sozinho, depois ganhou medo, nunca entendi porque, não caiu, e não dá um passo sozinho sem estar distraído, por exemplo sei que se tivesse num infantário isto provavelmente não Acontecia pois via os outros e tinha mais confiança, mas eu tenho tempo e ele também então andamos sempre de mãos dadas e quando ele achar a altura certa vai correr sozinho lol adiro mais que tudo estar com ele. E não trocava por nada. Por isso acho que sou uma privilegiada por ver o meu filho a crescer e acompanhar as suas conquistas.

Vou dar a minha opinião por experiência em diversos aspectos.

Eu estava desempregada quando decidimos ter o nosso primeiro filho. Então eu e o meu marido decidimos juntos que o menino ficaria em casa comigo. Acho que esta decisão deve ser tomada a dois (no caso de o casal estar junto) pois pode haver homens que não achem muita graça a andarem a trabalhar e a mulher ficar em casa entre outras coisas. O meu marido nunca teve cá dessas coisas até porque ele sabe bem o trabalho que dá e quando chega a casa tem as coisas limpas e um bom prato de comer na mesa. Continuando... Decidimos isso primeiramente com base numa coisa, eu já trabalhei e fiz voluntariado em muitas creches e sei que há muita coisa que não é bem o que parece nem o que dizem que acontece. Por essa razão eu só me sinto segura com o meu filho em casa, ao meu cuidado e a fazer as coisas como eu quero que sejam feitas.
Fiquei com ele durante 21 meses. Isto porque chegou uma altura em que eu vi que a creche e o convívio com outras pessoas já lhe estava a fazer falta. Eu sempre passeei muito com ele, fazíamos imensas actividades e quando íamos a parques ele brincava com outras crianças. Mas eu notava que isso já não chegava, o menino estava a ficar frustrado.

E assim foi, quase com 22 meses entrou para a creche e fez lhe bem. Adorou desde o primeiro dia e gosta de lá estar. Tem dias que está mais mimoso e não quer ir ou lá ficar mas passa lhe rápido.

Não concordo nem um pouco com quem diz que até X idade não lhes faz falta. Cada criança é uma criança e a mãe tem de conhecer o seu filho e perceber quando é que está na hora de dar esse passo. Pelo menos até aos 12 meses não lhes faz falta absolutamente nenhuma, isso é certo.

Eu por exemplo só fui para o jardim infantil com 4 anos.

Não acho que isso afecte em termos de aprendizagem, porque eu fui tarde, sempre fui muito inteligente e na escola era sempre das melhores da turma. A minha opinião é que é mesmo uma questão de a criança começar a ficar saturada ou frustrada.

Aconselho a ficarem com os vossos filhos se tiverem possibilidades disso. Acho um crime e até um acto negligente aquelas mães que metem os filhos pequenos na creche para depois ficarem em casa sem fazer nestun ou a andar na passeata. Se não têm paciência para os aturarem não os deviam sequer ter.

Olá mamãs
Eu decidi ficar com as pilhas até aos 3 anos.
Mas agora senti que a mais velha já lhe faria bem ir para a creche. Fui matrícula lá, mas não pude, porque ela só faz os 3 anos em Janeiro. Como fizeram? Alguém nesta situação? No privado não queria por, neste caso tenho de esperar e só inscreve la quando estiver a fazer os 4 anos?

Acho que enquanto pudermos ficar com eles, faz todo o sentido. Aliás a escola até aos 6 anos, provavelmente não lhes faz grande diferença e só existiu porque os pais têm de trabalhar.
Beijinhos.

Desculpem mas isso do o meu filho está em casa e é muito mais isto muito mais aquilo do que o menino num sei das quantas que está na creche é.....enfim....nem digo.
A questão aqui não é se ir ou não ir os torna mais inteligentes,,,,a inteligência vê se ao longo dos anos e em imensas coisas que nem sempre têm haver com escola.
Como disse uma mama, é muito bem, cada criança é singular...cabe aos pais perceberem o que para eles é melhor e em que idade.
A minha foi com um ano e pouco, antes estáva numa ama, pois não tive outra hipótese.
Quando foi para o colégio andava, falava, era super inteligente....como vocês dizem.
Mas que lhe fez bem ...fez!!! Ganhou rotinas, ganhou amigos que ainda hoje são os mesmos, aprendeu músicas , dancas. ...enfim uma imensidão de coisas.
E se existem avós, ou país que em casa tem a capacidade de fazer tudo isto. ,.louvo.vos!!!!
Quanto a mama do topico...só você e o seu marido saberão o que é melhor para a criança.

Comparar desenvolvimento e inteligência e habilidades entre bebés é, como diz o meu marido, e perdoem-me a expressão, "medir pilas"

Tal e qual Panda!!!

Nos primeiros 3 anos o vínculo é muito importante, muito mais importante que o contacto com as crianças da sua idade.
Isto é algo em que a comunidade cientifica mundial concorda. Posto isto, acho muito estranho que uma pessoa com suposta formação na área diga uma coisa dessas. Mas lá está, haverá profissionais de todo o tipo...

Havendo essa possibilidade não há nada melhor que estar com pais, avós ou outras pessoas significativas (retirando daqui aqueles casos em que os pais ou avós são negligentes ou incompetentes em diversos sentidos).
Os primeiros 3 anos são os anos em que se fundamenta a personalidade, em que se estreitam laços com as figuras de vinculação primárias e secundárias (mãe/pai e familiares). Estes são os anos mais fundamentais para a formação de quem a criança vai ser, como vai ser, como vai evoluir em termos emocionais e psicológicos.

Não quer dizer que não beneficie de contacto com outras crianças, simplesmente pode fazê-lo com uma ida ao parque, à piscina ou outro local qualquer onde existam outras crianças e possa brincar. Não precisa (nem é o ideal) deixá-la horas seguidas numa instituição, com outras pessoas desconhecidas ou outras crianças.
Nos primeiros 3 anos as crianças vão aprender a ter amigos/agir socialmente com o próprio exemplo dos pais: se a mãe sai e passeia com a criança e com uma amiga a criança já está a aprender. Por outro lado, deixando a criança numa creche, por muito bom que seja quem lá trabalha, a vinculação é inexistente, o conforto psicológico também.

A partir dos 3 anos é a idade em que os outros (meninos da mesma idade) começam a ser mais importantes, é a idade ideal para aprenderem as regras escolares formais e informais, as regras sociais informais, as regras de socialização. É a partir dos 3 anos que é fundamental o contacto com crianças da sua idade pois é só a partir dessa idade que estão realmente preparados (em termos desenvolvimentais) para lidarem com os outros, aprenderem regras de socialização informal entre pares. É também a partir daqui que têm competência para fazer "amigos" (e mesmo assim ainda serão necessários mais uns aninhos antes que estas amizades sejam mais do que "ele deu-me isto é meu amigo" ou "ele não me emprestou, já não é meu amigo").

Ou seja, não é que o contacto com crianças precocemente lhes faça mal. Até porque claro que os obriga a desenvolverem-se (só se têm uns aos outros, a necessidade obriga a um maior desenvolvimento). No entanto, ficar com os pais até aos 3 anos é o ideal em termos de desenvolvimento emocional e da inteligência emocional. Existindo a possibilidade de escolha, sem dúvida que a criança beneficia muito podendo ficar sempre com a mãe/pai nos primeiros anos de vida.
Existem vários estudos que comparam as crianças que vão antes e depois dos 3 anos, por algum motivo a comunidade cientifica mundial concorda com os 3 anos de entrada para a pré (aliás se há coisa rara é que os especialistas concordem todos com alguma coisa). Existem até países que dão licença de maternidade durante os 3 anos precisamente derivado a estes conhecimentos cientificos.

Ir muito cedo, simplesmente não é o ideal. De todo.
No entanto, é óbvio que muitas pessoas não podem estar tanto tempo em casa, simplesmente não têm condições para tal e fazem o melhor que podem com as condições que têm. Por outro lado, entre irem para a creche cedo ou ficarem a cargo de quem não tem competências ou não fomenta o desenvolvimento, quem não passeia com as crianças, etc também não é bom. Por vezes não é escolher o ideal mas o "mal menor".

Ps: existem situações muito específicas com crianças com NEE onde uma parte da terapia pode levar a que seja recomendado que entre para a creche aos 2 anos mas será sempre aconselhado em part-time.

Por acaso quando comentei nem pensei ao desnvolvimento cognitivo.... Pensei mesmo foi no emocional, no apego. Que é algo que muita gente esquece!

Se a mamã pode ficar com a filha acho que é o melhor, aproveite aliás, aproveitem as duas a vida passa rápido, ela terá uma vida bem preenchida inevitavelmente.
Felicidades