Olá Mamãs,
venho expôr e alertar para uma situação desagradável mas que me parece estar a começar a suceder mais usualmente do que há uns anos. Tive 1 bebé no Jardim de Infância Creche e Aparece em Lisboa de 2012 a 2014. Em 2012 (bebé de 12 meses), tive problemas numa das salas e como a bebé estava constantemente doente, aparentemente com alergias, acabei por a tirar após 2 meses de frequência e mantê-la em casa com 1 ama durante cerca de 9 meses.
Voltou à mesma creche em 2013, já com 24 meses, mais robusta. Tudo correu bem, a educadora era óptima. No entanto, em Março tivemos alguns problemas - a minha filha praticamente não falava na escola. Como em casa era o oposto, dialogámos com a equipa e com a Directora PEdagógica e as coisas melhoraram e nós começámos a seguir a situação com mais cuidado. Em Maio a minha filha que é uma palradora nas brincadeiras de casa disse-me que alguém na escola lhe tinha dado uma palmada no rabo. Sendo uma bebé pequena, tentei perceber se seria verdade e quer comigo quer com o meu marido: não havia margem para dúvida, pela maneira como a bebé usualmente falava.
O adulto em questão não fazia parte da equipa técnica da sala. Na verdade apoiava rotativamente as salas e a cozinha. No entanto, em Março detectámos que esse apoio (possivelmente por falta de pessoal) estava a ser maior.
Assim, não tendo qualquer prova, falámos com a Direcção. A primeira resposta foi nula. Depois de alguma insistência nossa, vieram dizer que haveria confusão, etc. Com mais insistência nossa sobre eventais medidas a tomar, como evitar que qualquer criança ficasse sozinha com a pessoa em questão, conseguimos com algum esforço assegurar que tal iria suceder. Mas começámos a falar com outros pais e apercebemo-nos de que haveria falta de pessoal e portanto, as salas estavam a ser apoiadas por pessoal que tecnicamente tinha o "canudo" (ajudantes) mas não era devidamente qualificado.
Depois de ponderar e tendo já inscrito a nossa filha para 2016 na mesma escola, optámos por a retirar (em Julho) do estabelecimento em questão por não conseguirmos confiar num estabelecimento que não tem medidas para averiguar se um adulto bate ou não nas crianças - imaginem se fosse outro abuso ainda pior! Saliento que já tínhamos inclusivé inscrito a bebé para o px ano - isto foi uma surpresa total.
Assim, tratámos de notificar a escola com o devido tempo (1 Mẽs). No início de Junho, ao ir buscar um dia a minha filha, apercebi-me (até porque a bebé fala) que seria a mesma pessoa que estaria com as crianças na sala. Voltámos a enviar e-mail à Direcção. Para nossa surpresa, um dia ao levar a bebé à escola, ao ver o e-mail depois de questionarmos a Direcção sobre vários aspectos, e estando uma reunião de pais a aproximar-se, a Direcção tinha-nos enviado um e-mail expulsando a criança por "quebra dos laços de confiança". Tendo já deixado a criança na sala tentámos ainda dialogar, impossível.
Assim, fomos obrigados a retirar a bebé da escola às 10h da manhã, sem poder fornecer qualquer explicação à mesma. Apenas lhe tive de dizer que ia de férias e dar um abraço à equipa da sala.
Devido a isto, a criança ficou em casa em Junho e Julho. Eu e o meu marido tivemos de pedir autorização ao nosso empregador para ficar parcialmente em casa, e felizmente o empregador foi bem compreensivo - eu coordeno 1 equipa. Os avós tiveram de vir tomar conta da bebé. E a criança ficou privada da restante pequenada, passando a estar apenas com adultos em casa.
Evidentemente, estamos a fazer as devidas queixas e a tratar das questões legais/administrativas nesta situação.
Quero no entanto alertar para esta situação. Tivemos sempre esta creche em grande consideração. Neste momento e olhando para trás, percebemos (até porque falámos com outros pais) que outras coisas estiveram mal, também da primeira vez. Optámos por fechar os olhos e felizmente, foi "só" uma palmada no rabo -que nós saibamos. Caso queiram outros dados, posso fornecer.
Deixo o alerta: queixem-se *sempre* que se sentirem incomodadas. Verificando a nossa lei e as queixas destes estabelecimentos, infelizmente vemo-los a aumentar (é um negócio lucrativo sem dúvida). Se não nos queixarmos, isto vai continuar a suceder.
