Olá mamãs. Eu tenho alguns ciúmes quando a família do meu marido pega no meu bebé. Até sinto vergonha de dizer isso até porque gosto que o meu bebé se sinta bem com eles mas eu nunca tive muita afinidade com eles e sinto que de certa forma eles querem roubar me a filha e ensinar lhe os ideias deles que são um pouco diferentes dos meus.. por exemplo eu odeio gente que sente preconceito e elez são um pouco preconceituosos.. este é só um exemplo. Não quero que a minha filha não esteja de todo separada deles até porque é a familia do meu marido mas a verdade é que fico cheia de raiva quando pegam nela e falam com ela como se fosse deles.. alguma mamã que sinta o mesmo?
Por vezes há famílias (pais ou sogros) que percebem mal o seu papel como avós e são intrusivos ou inconvenientes, mas se não for esse o caso, tem que superar o que sente e aceitar a família do seu marido na vida da sua filha. Se explicar um pouco melhor talvez dê para perceber a sua repulsa, mas assim sem mais informação não dá para entender muito bem essa raiva (é uma palavra muito forte!) e ciúme. Eles podem ser diferentes de si, mas não é por isso que são menos importantes na vida da neta.
A repulsa prende se com o facto deles terem ideias muiiito diferentes do meu e pai, não fará sentido educar a minha filha de uma forma e logo a seguir os restantes educarem da forma oposta..
Mas quem vai educar são vocês, pais, não? Ou a menina vai ficar a cargo da família do seu marido?
Eu sou a primeira a concordar que há famílias paternas de arrancar cabelos e que passam todos os limites. Mas se isso não aconteceu e a sua repulsa é apenas porque têm ideias muito diferentes vai ter de ultrapassar isso. Isto porque mesmo com ideias diferentes a menina vai seguir a educação que tem em casa. Não são visitas esporádicas que a farão ter as ideias deles. Claro que se há coisas que realmente não quer que eles façam tem de falar com eles e pôr um travão.
Entendo o seu receio quanto à educação mas a não ser que vivam com os seus sogros, não serão umas visitas de vez em quando que deseducarão, sobretudo ao nível dos valores e princípios com que a sua filha será educada. Compreendo bem que vê-la crescer com uma parte da família preconceituosa, por exemplo, nos mexa um pouco com os nervos mas caberá a vocês educarem-na bem, da forma como querem e conversarem com ela em casa sempre que ela tiver ouvido algo que não considerem mais acertado.
Fora isso, não é por a família do marido pegar na bebé que lhes vai passar ideias erradas por contacto. E quanto à maneira de falarem como se fosse deles....é ignorar. A minha sogra às vezes fala da minha filha como se fosse filha dela, mas e entao? No fim, a mãe dela sou eu e ela vem para casa comigo por isso...há guerras mais importantes a travar.
É normal a sua filha ainda é bebé e é o seu instinto maternal a funcionar! Tal como nos animais as mães protegem as suas crias e não deixam ninguém aproximar-se, nos humanos, por mais civilizados que sejamos, o nosso instinto manda-nos proteger o nosso bebé então quando há pessoas que pegam e beijam e e levam para longe de nós e falam como se fosse delas, é normal a mãe sentir ciúmes e querer pegar o bebé de volta e tê-lo só para ela... Com o tempo esses sentimentos vão acalmando...
Sinceramente, nós somos animais, ainda que racionais.
Há mães que não tem qualquer problema com o facto da família toda andar com os bebés de mão em mão, vai família, amigos, toda a gente quer tocar. A mim faz-me confusão ir "pegar a cria" de alguém. Embora haja mães que até não tenham problema com isso, eu acho que muitas devem instintivamente passar por esse sentimento idêntico a ciúme. Aquela ânsia do "não toques no meu bebé!", que é normal em fêmeas que acabam de dar á luz! Nós mulheres somos fêmeas! Somos animais! E acho que mesmo família, por mais que amem o recém nascido, deveriam aguentar um pouco os animos até terem luz verde da mãe quando esta se sentir á vontade para ver alguém pegar-lhe na "cria". Tem mulheres que podem ter esse sentimento enfurecedor até mesmo em relação ao próprio marido (se este agarrar o filho)! E é normal, li sobre isto inclusive em livros de psicologia.
Nada de incomum, nada de racional e será passageiro.
Eu senti sim e acho que é normal , quando as pessoas já de si só são metidas demais ou simplesmente não sabem qual o seu lugar . No meu caso , os meus sogros eram um pouco assim mas depois consegui conversar e melhorou .
Se não fôr o caso , tem de aprender a lidar com isso . Quanto à parte da educação , a função dos avós , tanto maternos como paternos é ^"deseducar " os netos , no sentido bom da palavra . A educação que temos em casa, não vai , em tempos normais , alterar com umas idas aos avós .
Eu senti isso quando me tiravam a minha filha dos braços. Aí nem à minha mãe permiti. Mas fora isso, sempre fui pessoa de chegar a casa de familiares e passar-lhes logo a minha filha para os braços, deixava que dessem o biberão e mudassem a fralda. Era até um sossego para mim. Mas se ma tentassem tirar...isso é que já não conseguia aceitar, parecia que era mesmo um sentido de protecção animalesco. Mas o meu marido sentiu o mesmo mais tarde. Não logo quando ela nasceu mas umas semanas mais tarde.:)
Eu senti isso quando me tiravam a minha filha dos braços. Aí nem à minha mãe permiti. Mas fora isso, sempre fui pessoa de chegar a casa de familiares e passar-lhes logo a minha filha para os braços, deixava que dessem o biberão e mudassem a fralda. Era até um sossego para mim. Mas se ma tentassem tirar...isso é que já não conseguia aceitar, parecia que era mesmo um sentido de protecção animalesco. Mas o meu marido sentiu o mesmo mais tarde. Não logo quando ela nasceu mas umas semanas mais tarde.:)
Por acaso a minha sogra sempre perguntou se podia pegar porque eu a precavi . Houve vezes que lhe respondi que não , não podia pegar mas sempre por razões obvias, mas tenho uma "amiga" (conhecia) que chegou uma vez e tirou o meu filho do carrinho como se nada fosse , senti muita raiva nesse momento e ainda hoje penso nisso e para esta segunda gravidez já vou concerteza evitar a sua presença. Fez-me mesmo muita confusão.
ClaraMiguel escreveu:Eu senti isso quando me tiravam a minha filha dos braços. Aí nem à minha mãe permiti. Mas fora isso, sempre fui pessoa de chegar a casa de familiares e passar-lhes logo a minha filha para os braços, deixava que dessem o biberão e mudassem a fralda. Era até um sossego para mim. Mas se ma tentassem tirar...isso é que já não conseguia aceitar, parecia que era mesmo um sentido de protecção animalesco. Mas o meu marido sentiu o mesmo mais tarde. Não logo quando ela nasceu mas umas semanas mais tarde.:)Por acaso a minha sogra sempre perguntou se podia pegar porque eu a precavi . Houve vezes que lhe respondi que não , não podia pegar mas sempre por razões obvias, mas tenho uma "amiga" (conhecia) que chegou uma vez e tirou o meu filho do carrinho como se nada fosse , senti muita raiva nesse momento e ainda hoje penso nisso e para esta segunda gravidez já vou concerteza evitar a sua presença. Fez-me mesmo muita confusão.
A mim aconteceu-me algumas vezes (ainda hoje tentam e ela tem praticamente 2 anos ). À minha mãe expliquei que não gostava que ela o fizesse, à minha sogra tive de virar costas sempre que a via vir na minha direcção até ela ter percebido que só tinha a neta quando eu lha passava e não quando ela ma tirava, depois houve um ou outro familiar que nos apanhou desprevenidos e tiraram, mas já não o conseguiam fazer segunda vez. Mas como disse, nem era por não querer que pegassem pois nisso, sempre fui de deixar de ir para o colo dos outros e muitas sestas fez a minha filha ao colo de avós, primos, amigos....Sem qualquer problema. Desde que não ma tirassem e que ma devolvessem quando eu pedia (quando ela chorava por exemplo e ninguém a conseguia acalmar).
Eu sentia e sinto exatamente o que descreves. Na maternidade, uma cunhada pegou no meu filho mais velho e "ofereceu-o" às filhas para que o pegassem também e cenas idênticas se repetiram com vários familiares do meu marido. Senti uma raiva tal que ainda não me passou completamente e é um dos vários motivos pelos quais não admito que fiquem sozinhos com eles uma tarde que seja. São família, veem-se, mas na minha presença. Custou bastante a po-los na ordem, mas a verdade é que com o segundo já não fazem isso e, se fizerem, é só por breves segundos até eu pegar no miúdo e sair
Mamã acontece que às vezes o nosso instinto protetor nos leva a sentirmos desconfortáveis quando pegam nos nossos bebés mas tente deixar passar.
Quanto aos valores, por muito cuidado que temos os nossos bebés vão crescer e entrar em contacto com diferentes ripos de pessoas. Mas isto é bom! É uma oportunidade para a mamã e o papá falarem com a criança e explicar que isto não é bom e o que é melhor. Se alguma vez a sua criança aprender algum preconceito, quer seja da família ou escola, pegue nela e fale abertamente. É assim que eles aprendem. Se os protegermos demasiado da exposição, um dia hão de ver coisas más e precisarão de saber lidar com elas na mesma.
E as crianças hão de desaprender maus valores já ultrapassados, até porque a sociedade está a evoluir e eles perceberão por eles mais tarde o que não é bom.