Bom dia, Mamãs!
O meu Danielinho nasceu na passada sexta feira, dia 29 de Janeiro, no HSM,em plena greve dos enfermeiros, com 39 semanas, 3.150 Kg, às 16.58.
Passo a relatar como foi o meu parto pois, tal como muitas pré-mamãs, sobretudo de primeira viagem, eu tinha muita curiosidade de ouvir relatos de como tinham corrido as várias experiências em Santa Maria.
Acordei de madrugada, pelas 5 da manhã de sexta, com umas dores incómodas na barriga. Quando vou à casa de banho, apanho um grande susto: começo a escorrer muito sangue,nada de águas e não sentia o bébé... Ora, eu sempre tinha lido que se , em vez de água, a mãe expelisse sangue, seria uma situação de extrema urgência e de ida imediata para o hospital... Assim foi: em choque, acordei o meu marido, e fomos de imediato para Santa Maria.
Quando lá chegámos, puseram-me no CTG (finalmente ouvi o batimento cardíaco do meu filho, o que me descansou um pouco), e após ter perguntado, disseram-me que o facto de sangrar não significava algo de errado. Analisaram-me, fizeram-me o toque, e felizmente estava tudo bem; entretanto, rebentaram as águas, e nada ainda de contracções.
Fui levada para o bloco de partos (fiquei lá apenas porque não havia vaga nos quartos), sempre vigiada. Pelas 15:30 da tarde, muda o turno e sou vista por um médico e uma médica, ambos (sobretudo a médica, que julgo ser a directora de obstetricia)muito competentes e disponíveis: a doutora fez-me o toque, acalmou-me e disse-me que teria que fazer uma cesariana, porque não tinha ancas para fazer passar o bébé. Fiquei um pouco receosa, mas a médica foi impecável e mandou logo preparar o bloco operatório.
Devo dizer que, em plena greve de enfermeiros, e estando o pessoal a trabalhar por obrigação de assegurar os serviços mínimos, não poderia ter sido melhor tratada: desde as médicas, até às enfermeiras que me fizeram a cesariana e me acompanharam nos três dias que lá estive, senti-me muito grata e confortável (dentro do possível, claro).
Para quem terá que ser submetida a cesariana, devo dizer que realmente não é dolorosa a intervenção: ficamos com os membros adormecidos, mas acordadas, e é uma emoção quando sentimos o bébé a sair e a chorar; as enfermeiras encostaram-mo à cara, ainda sujinho, para lhe dar um beijinho... foi comovente, e depois levaram-no para os testes iniciais.
Entretanto, ainda lá fiquei,para fazerem a sutura: não dói, repito, sente-se uma certa pressão no ventre, mas não dói.
Tudo isto demorou cerca de 1 hora: ao fim de uma hora e pouca, já tinha o meu pimpolho nos braços, e fui levada para a sala de observação, onde estão outras mães que foram submetidas a cesarianas.
Ora, durante dois dias, fica-se nesse quarto, a soro, com morfina para atenuar as dores , e aí sofre-se um pouquinho, como toda a gente sabe , o pós-operatório de uma cesariana é um pouco doloroso, mas aguenta-se bem. O bébé fica sempre connosco, as enfermeiras são muito atenciosas e ajudam-nos no que nós precisamos: no meu caso, por exemplo, ajudaram-me a que ele "aprendesse" a mamar, pois ele teve algumas dificuldades em pegar, e como teve cólicas desde o primeiro dia, aliviaram-no com massagens sempre que necessário.
Tive logo imenso leite (uma das minhas ideias erradas era que a cesariana impedia o fluxo de leito materno), o que foi muito bom, pois não tive que usar quaisquer suplementos.
Entrei sexta e saí segunda ao início da tarde, após a alta da médica, e se tiver mais filhos quero certamente repetir lá a experiência.
Espero que tenha ajudado as futuras mães, e que vos corra tudo pelo menos tão bem quanto a mim
Apresento-vos o meu picoletinho
Beijinho