Assuntos polémicos! A mulher pode realmente escolher no momento do parto??? | De Mãe para Mãe

Assuntos polémicos! A mulher pode realmente escolher no momento do parto???

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lolapop -
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Desde 17 Abr 2010

Olá a todas! Graças a um grupo no facebook (Associação Doulas de Portigal) tenho lido muitos testemunhos, e questões que eu nunca levantei...aliás acho que muitas mulheres não o fazem. Ora só há coisa de 2 semanas é que li que o famoso "toque maldoso" que tem o intuito do descolamento das membranas e acelerar (ou não) o parto, e que tantas mães disseram ter sido uma experiencia horrivel.... pode ser negado por nós, a mãe pode realmente dizer que não quer e a sua vontade tem de ser respeitada. Já li que muitas mães que se recusaram foram vistas com maus olhos por parte dos OB. Supostamente os médicos deveriam até de pedir permissão à mãe, e muitas vezes fazem pela calada!
Agora também li que a episiotomia (corte feito na zona do perineo, para facilitar a passagem do bebé) é feita muitas vezes sem ser realmente necessário (já o fazem por rotina e a mãe acaba por sofrer mais com a recuperação) e que deveríamos de deixar bem claro antes do parto que episiotomia SÓ mesmo se necessário, para evitar lacerações piores.
Manobra de Kristeller....eu até pensava que isso era já coisa que nem se praticava! E tenho me apercebido aos poucos que as mães no momento do parto já têm tantas dores e estão tão ansiosas que deixam fazer tudo e nem se importam, ou até porque nem sabem que podem dizer que não.
Tenho falado sobre isto com as minhas colegas de trabalho e elas acham que o que eu digo é uma estupidez e que "se vais para lá com essas vontades todas vais te dar mal".
O que vocês acham destas matérias??
Obrigado a todas Sorriso

Sobre lolapop

* Sei que o melhor de mim está por chegar*
* 2016 é um óptimo ano para realizar sonhos*

agomes25 -
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Desde 29 Jul 2015

O meu conselho é que faça um plano de parto e entregue à equipa médica na altura do parto. No plano deve explicar exactamente o que gostaria que fosse feito ou não. Há vários exemplos na internet. Posso lhe dizer pela minha experiência no segundo parto, que devemod perguntar tudo. Eu, sempre que iam observar perguntava o que iam fazer e após o que se passava. Neste parto não me fizeram episiotomia nem a tal manobra de carregar na barriga, mas penso que isso se deveu ao facto de quem me fez o parto ser ob estagiario. Esteve com todos os cuidados até massagem do perineo fez. Por varias vezes ouvi a médica que estava a supervisionar dizer "corta" mas o estagiário disse que não era necessário, assim como a médica estava a preparar se para me fazer a tal manobra de pressão na barriga quando é logo interrompida a dizerem lhe que tal não é permitido. O que com tudo isto quero dizer é que vai depender muito da equipa que a atender, no entanto acho que deve se fazer ouvir e dizer como gostaria que fosse o seu parto pondo em primeiro lugar a sua segurança e a do bebé.

agomes25 -
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Desde 29 Jul 2015

O meu conselho é que faça um plano de parto e entregue à equipa médica na altura do parto. No plano deve explicar exactamente o que gostaria que fosse feito ou não. Há vários exemplos na internet. Posso lhe dizer pela minha experiência no segundo parto, que devemod perguntar tudo. Eu, sempre que iam observar perguntava o que iam fazer e após o que se passava. Neste parto não me fizeram episiotomia nem a tal manobra de carregar na barriga, mas penso que isso se deveu ao facto de quem me fez o parto ser ob estagiario. Esteve com todos os cuidados até massagem do perineo fez. Por varias vezes ouvi a médica que estava a supervisionar dizer "corta" mas o estagiário disse que não era necessário, assim como a médica estava a preparar se para me fazer a tal manobra de pressão na barriga quando é logo interrompida a dizerem lhe que tal não é permitido. O que com tudo isto quero dizer é que vai depender muito da equipa que a atender, no entanto acho que deve se fazer ouvir e dizer como gostaria que fosse o seu parto pondo em primeiro lugar a sua segurança e a do bebé.

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Eu acho que devemos estar informadas e falar com os médicos. Não sabendo qual a equipa que nos atenderá, eu levaria um plano e daria as indicações do que eu gostaria quando lá chegasse.
No meu caso fizeram o toque maldoso mas perguntaram primeiro. Como tinha indução marcada para daí a 2 dias (porque a bebé tinha mesmo de nascer sob risco de entrar em sofrimento), aceitei. E assim nasceu no dia seguinte sem recurso à indução, o que achei óptimo. Mas eu já estava de 40 semanas e havia pressa em fazer nascer a minha filha. Não concordo com os toques maldosos às 37 semanas só porque sim.

Não fui cortada mas rasguei um bocadinho (levei 4 pontos), embora neste caso tenha deixado nas mãos da médica a decisão. E também não me carregaram na barriga nem sequer falaram disso. Sorriso

Sinhoca -
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Desde 28 Abr 2014

Não sei de quanto tempo estás, mas aconselho-te a que escolhas bem o sítio onde vais ter o bebé. O acompanhamento da gravidez e o parto em Portugal, de uma maneira geral, ainda são demasiado medicalizados, portanto, a única maneira de "fugir" disso é escolher profissionais e locais que vão ao encontro das tuas expectativas e desejos.
Como não moro em PT há já uns anos, não saberia por onde começar a procurar, mas provavelmente essa associação nacional de doulas pode-te ajudar.
Boa sorte e felicidades

Sobre Sinhoca

Residente na Dinamarca. A tentar engravidar desde Março de 2014 (infertilidade masculina). Positivo espontâneo à espera de FIV! Sorriso

Samandy -
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Desde 09 Abr 2009

olha, a mim fizeram imensos toques. apenas diziam que iam fazer um toque.
Rebentaram as aguas manualmente, não sei se havia ou não necessidade disso, mas a medica disse que tinha mesmo que ser.

Isso de podermos escolher como é o parto, para mim, tornou-se tudo uma grande tanga. levei a inha bola de pilates, que ficou no carro.. quando fuipara a banhoca, a enf apressou-me logo então apenas me lavei. quando cheguei perto da cama, a minha ideia era caminhar a vontade para poder fazer a dilatação e ela disse para me deitar, examinou-me e colocou o ctg e o soro. perguntei "então mas não posso sair daqui?" e ela disse "claro que não, como é que quer sair se tem que estar ligada?" ou seja, nada de caminhadas nem bola de pilates (que supostamente deixam usar naquele hospital). quando mudou de enfermeira, disse que eu ia parir deitada. eu bem queria sentada mas ela simplesmente disse que não gostava dessa posição para parir e deitou-me. no total tive quase 12h deitada. a enfermeira fartou-se de refilar comigo para fazer força da maneira que ela me mandava e não como ensinaram nas aulas. para prender a respiração e não fazer as respirações que ensinaram nas aulas, para agarrar aqui ou ali como ela queria, para não levantar o rabo (chegou a empurra-lo para baixo), para parar de gritar, ai sei lá.. não tive liberdade para nada, chegou a deixar-me sozinha na sala porque eu nao fazia força como ela mandava (ja com 10cm de dilatação) e disse "quando tiver vontade de fazer cocó chame"
aquele momento lindo do pai assistir ao parto (era super importante para nós e ser ele a cortar o cordão, apenas quando o mesmo parasse de pulsar...
Mandaram-no sair um bocado e ele foi ate lá fora e depois mais ninguém lhe abriu a porta (tem q se tocar a campainha para abrirem e entrar com alguma enfermeira), ou seja, não assistiu á expulsão nem cortou o cordão, que foi cortado imediatamente, assim que a bebé saiu. coisa de segundos. Podia enumerar mais umas quantas coisas, mas essas foram as que ficaram mesmo.. Nada no meu parto foi agradável, antes pelo contrario. Com a minha filha nos braços e o pai já ao meu lado (a enf perguntou por ele e eu pedi para me trazer o telemóvel para lhe ligar, ela encostou-me o telemovel a cara, falei com ele e ele disse q ngm abria a porta), não me lembro de dizer nada alem de "esquece o segundo filho". poderia dizer que era o dia mais feliz da minha vida, que tinha sido bonito e bla bla bla, mas so me passava pela cabeça era que não queria repetir aquilo outra vez.. enfim..

editei para dizer que o meu parto foi com ventosas, com os joelhos quase nos ombros, mandaram me agarrar nas pernas, prender a respiração e fazer força (foi assim durante 15 minutos, mas ja estava a fazer força a quase 2h antes das ventosas), tinha uma medica de cada lado a puxar me as pernas para perto dos ombros e outra a empurrar me a barriga com os braços.

Talvez tivesse que ser assim, mas acho que se tivesse começado logo de inicio na posição sentada, talvez nada disso fosse preciso..

Samandy -
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Desde 09 Abr 2009

Sinhoca escreveu:
Não sei de quanto tempo estás, mas aconselho-te a que escolhas bem o sítio onde vais ter o bebé. O acompanhamento da gravidez e o parto em Portugal, de uma maneira geral, ainda são demasiado medicalizados, portanto, a única maneira de "fugir" disso é escolher profissionais e locais que vão ao encontro das tuas expectativas e desejos.
Como não moro em PT há já uns anos, não saberia por onde começar a procurar, mas provavelmente essa associação nacional de doulas pode-te ajudar.
Boa sorte e felicidades

No hospital onde eu tive pode se caminhar, usar bolas de pilates, tomar banho, parir sentada.. nada disso aconteceu,simplesmente porque aquela equipa não trabalhava assim. quando me recusei a fazer força como ela queria, simplesmente me deixou lá sozinha. foi tipo "ou fazes ou fazes".
quantas vezes eu pedi para me darem outra dose de epidural e ela me disse que um parto tinha que ter dor e simplesmente não me deu e ia se embora e eu chamava as enfermeiras e elas diziam para esperar que quem dava era a minha enfermeira. tive sorte que as tantas apareceram lá umas novinhas que me fizeram um toque e eu implorei que me dessem outra dose e elas deram, e no momento da expulsão, foi la uma medica e não me queriam dar mais porque eu tinha levado uma dose não fazia muito tempo e quando me limparam eu disse "ai isso arde!" e ela assim "sentiu? foi quente ou frio?" e eu "frio" e ela "acertou" e eu "não acertei nada, ainda sei o que sinto" e ai já aceitaram dar-me a ultima dose.
Não sei se colocaram mal o cateter ou a anestesia não fez efeito como devia, sei que levei 7 doses no total e sofri horrores com as dores nas costas (onde tinha o cateter), aquilo fazia efeito uns minutos e depois passava. não doeu quando ela saiu ou quando me cozeram mas na zona da epidural parecia que me espetavam facas. e a sacana a recusar-me o raio da anestesia.

AnaIndia -
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Desde 10 Nov 2015

Samandy em que hospital foi? Por acaso foi no HGO?

Sobre AnaIndia

www.omundodaindia.blogspot.com

A minha filha é a minha vida.

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Samandy, que relato. =S Assim, nem eu queria um segundo filho. Preocupado No meu caso, o hospital tinha uma bola de pilates que usei (mas estava tão cheia de dores que não serviu para nada), pude ir para debaixo de água (com o marido na casa de banho comigo) o tempo que quis (mas estava com tantas dores que não serviu de nada também Careta ), e quando finalmente pude levar a epidural tive um anestesista absolutamente maravilhoso que ficou à conversa comigo até ter a certeza que as dores tinham passado. Também me iam fazendo toques para analisar a "situação". Deram-me um cobertor para o frio, eu dormi umas belas sestas (é verdade que depois de ligada não me deixaram levantar mas eu também não queria. Estava cheia de sono porque as águas tinham rebentado a meio da noite e, sem dores, só queria dormir), mas pediam-me para ir mudando de posição e ajudavam, estive lá também cerca de 12h, quando a epidural acabou eu pedi logo um reforço para não sentir novamente as dores e eles vieram logo. Iam-me dando pequenos reforços de qualquer coisa quando eu me sentia mais incomodada. O pai esteve sempre comigo. Depois entraram no quarto para me dizer que estava na hora, uma enfermeira pôs a mão na barriga para me avisar das contrações porque eu não as sentia, explicaram-me onde me agarrar (também me agarrei às pernas e pus os joelhos quase junto à cara), fiz força 5 vezes e a milha filha nasceu. Puseram-na em cima de mim, ela adormeceu e elas deixaram-na estar então já que estava bem. O cordão foi cortado pelo pai e o pai acompanhou a bebé para a vestirem. É verdade que há partos e partos e é preciso ter sorte com as equipas que se apanham. Preocupado

Ninean -
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Desde 07 Ago 2014

Olá Samandy, já conhecia o teu parto, porque já temos conversado outras vezes. Até uma vez em que falámos sobre o meu segundo filho (não sabendo eu que estava prestes a acontecer).
O meu primeiro parto foi exactamente igual ao teu, com a diferença que durou 7 horas e foi sem epidural, foi na MAC, no curso de preparação para o parto falaram nos duches e na bola de pilates, mas tudo me foi negado sem sequer explicar razões, nem na cama me deixavam mudar de posição e ralharam comigo varas vezes porque em vez de estar deitada me punha de cocoras.
A expulsão foi o pior de tudo, estive deitada e mais de uma hora a fazer força, foi feita episiotomia (não sei se necessária ou por rotina), foi com recurso a ventosa e a manobra de Kristeller (que depois vim a saber que em alguns países é legalmente proibida) porque o meu filho estava muito subido e a minha força não era suficiente (provavelmente uma posição mais vertical tivesse ajudado).
Mas mesmo assim, sempre quis ter outro filho. Passei os ultimos 2 anos a informar-me de tudo e mais alguma coisa, vou fazer plano de parto, e sei que posso escolher o Hospital que quiser, tenho o contacto de dois enfermeiros, que trabalham em hospitais públicos, que promovem o parto humanizado e tenciono entrar em contacto com eles, vou fazer tudo para que o parto seja o mais humanizado possivel, e não vou ficar calada na hora H.
Estou plenamente consciente que o parto não é algo que se possa planear ao detalhe, e não quero de forma alguma pôr a vida do meu bebé ou a minha em perigo, mas num parto normal que vem de uma gravidez de baixo risco, em que não há qualquer motivo medico para certas intervenções, não as vou permitir, assim como irei pedir (novamente, não havendo motivos de saúde para o contrário) que o bebé seja posto imediatamente no meu colo, e o cordão apenas seja cortado quando deixar de pulsar.
Penso que o grande problema deste país é que nós mães não reclamamos, apenas se tiver havido negligência e sequelas (e mesmo assim "não nos sentimos no direito"). Devemos reclamar sempre que os nossos direitos são pisados, só assim vai haver mudanças reais.
Mas pelo menos espero que com cada vez mais mães a levar planos de parto, a estar informadas dos seus direitos e não ficarem caladas, as coisas comecem a mudar.

Sobre Ninean

Orgulhosa mãe de um anjinho e uma fada!
Madrinha da Catiaribeiro10
http://possoteraminhaopiniao.blogspot.pt/

lolapop -
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Desde 17 Abr 2010

Ninean concordo plenamente! Estive à conversa com uma cliente ainda ontem, que está prestes a ter o segundo filho. Ela falou-me do primeiro parto dela, onde lhe fizeram a manobra de Kristeller, e ela ainda disse "abençoada médica que me fez isso" porque ao que parece ela já não tinha forças para puxar mais e já não estava a ajudar o bebé a sair. Ela diz que sim que dói...mas no fim, assim como todas as mães, remata dizendo "mas depois de teres o teu filho nos braços esqueces te de tudo".
Eu fico um pouco horrorizada porque há mulheres que contam autenticas histórias de terror! Bem sei que não nos podemos guiar por elas, mas se elas acontecem ainda, temos de tentar evitá-las ao máximo.
Cada vez mais leio mães a dizer que não querem que se corte logo o cordão umbilical, mas ainda não percebi quais as vantagens, alguém me informa? Tem a ver com as células do cordão umbilical que muitas pessoas preservam?

Sobre lolapop

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Ninean -
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Desde 07 Ago 2014

lolapop escreveu:

Cada vez mais leio mães a dizer que não querem que se corte logo o cordão umbilical, mas ainda não percebi quais as vantagens, alguém me informa? Tem a ver com as células do cordão umbilical que muitas pessoas preservam?

Não Lolapop, o motivo pelo qual se deve deixar o cordão até parar de pulsar, é porque durante o parto 1/4 do sangue do bebé está na placenta, e depois do parto este volta ao bebé, trazendo benefícios, pois evita que o bebe desenvolva anemia, e tenha mais energia para mamar.

Em relação à manobra de Kristeller, e antes de saber o que sei hoje, também pensava que tinha sido uma grande ajuda, pois eu já estava muito cansada de fazer força. Mas depois de me informar, descobri que é proibida em alguns países porque (dependendo da posição em que o bebé está e do seu tamanho) pode trazer vários perigos tanto para a mãe como para o bebé, sendo eles: descolamento precoce da placenta, ruptura do útero e do períneo e vagina, fractura das costelas e traumatismos ou danos cerebrais irreversíveis para o bebé. Actualmente é considerado violência obstétrica e totalmente desaconselhado pela OMS.
Fiquei chocada, e agradeci que nada de isso aconteceu comigo ou o meu filho.

Sobre Ninean

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Madrinha da Catiaribeiro10
http://possoteraminhaopiniao.blogspot.pt/

silvicd -
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Desde 04 Nov 2013

[quote=Ninean]

lolapop escreveu:
Cada vez mais leio mães a dizer que não querem que se corte logo o cordão umbilical, mas ainda não percebi quais as vantagens, alguém me informa? Tem a ver com as células do cordão umbilical que muitas pessoas preservam?

Não Lolapop, o motivo pelo qual se deve deixar o cordão até parar de pulsar, é porque durante o parto 1/4 do sangue do bebé está na placenta, e depois do parto este volta ao bebé, trazendo benefícios, pois evita que o bebe desenvolva anemia, e tenha mais energia para mamar.

Exatamente!
E além disso, faz com que a adaptação ao meio extra-uterino seja bastante mais suave. Uma vez que é a primeira vez que o bebé está a usar as vias áreas, continua com aporte de oxigénio durante o tempo que está a fazer as primeiras tentativas de respirar autonomamente.
Desculpem a minha intromissão, mas é um assunto que me diz muito, estas questões à volta do parto. Quer relativamente às intervenções feitas à mãe durante o TP, quer relativamente à receção do bebé. Infelizmente, continuam-se a fazer autênticas barbaridades às mães e aos bebés em Portugal! Triste

Samandy -
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Desde 09 Abr 2009

Ninean escreveu:

lolapop escreveu:
Cada vez mais leio mães a dizer que não querem que se corte logo o cordão umbilical, mas ainda não percebi quais as vantagens, alguém me informa? Tem a ver com as células do cordão umbilical que muitas pessoas preservam?

Não Lolapop, o motivo pelo qual se deve deixar o cordão até parar de pulsar, é porque durante o parto 1/4 do sangue do bebé está na placenta, e depois do parto este volta ao bebé, trazendo benefícios, pois evita que o bebe desenvolva anemia, e tenha mais energia para mamar.
Em relação à manobra de Kristeller, e antes de saber o que sei hoje, também pensava que tinha sido uma grande ajuda, pois eu já estava muito cansada de fazer força. Mas depois de me informar, descobri que é proibida em alguns países porque (dependendo da posição em que o bebé está e do seu tamanho) pode trazer vários perigos tanto para a mãe como para o bebé, sendo eles: descolamento precoce da placenta, ruptura do útero e do períneo e vagina, fractura das costelas e traumatismos ou danos cerebrais irreversíveis para o bebé. Actualmente é considerado violência obstétrica e totalmente desaconselhado pela OMS.
Fiquei chocada, e agradeci que nada de isso aconteceu comigo ou o meu filho.

Nao fazia ideia disso! A mim nao foi por nao ter força. Força eu tinha, apesar de muito cansada e achar sempre que ja não aguentava mais, cada vez que ouvia "é agora" subia-me uma força sei la de onde. O que me impedia inicialmente de fzr força era pq parecia msm q me espetavam facas nas costas cada vez q fazia força e eu so dizia q n conseguia. Nos últimos 15min com as ventosas eu n sei como n desmaiei. Nem onde fui buscar forças. Elas mandavam prender a respiração e fazer o máximo de força e era inspirar, fzr bue força, expirar, inspirar, fzr força, expirar, inspirar... Qd me meteram ela nos braços eu nem tava bem da minha cabecinha, devia tar bue tonta sei la eu n consigo visualizar o momento todo na ninha cabeça. Lembro me da sensação de alivio, do peso quente dela no meu peito que me soube tao bem, mas nem me lembro de olhar bem pra ela. So ao fim de um bocado.. Isto foi o mais perto de um sorriso que dei :x
Pronto e a enf empurrou a barriga pq ela nao saia, mesmo cmg a fzr força e a medica a puxar com a ventosa. Doeu sim, mas eu naquela altura ja me podiam fazer qql coisa, desde q a tirassem de lá. Nasceu com praticamente 4kg
Era para fazer reclamação do meu parto, mas o tempo foi passando e olha acabei por nem fazer.

Ninean -
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Desde 07 Ago 2014

Samandy escreveu:

Nao fazia ideia disso! A mim nao foi por nao ter força. Força eu tinha, apesar de muito cansada e achar sempre que ja não aguentava mais, cada vez que ouvia "é agora" subia-me uma força sei la de onde. O que me impedia inicialmente de fzr força era pq parecia msm q me espetavam facas nas costas cada vez q fazia força e eu so dizia q n conseguia. Nos últimos 15min com as ventosas eu n sei como n desmaiei. Nem onde fui buscar forças. Elas mandavam prender a respiração e fazer o máximo de força e era inspirar, fzr bue força, expirar, inspirar, fzr força, expirar, inspirar... Qd me meteram ela nos braços eu nem tava bem da minha cabecinha, devia tar bue tonta sei la eu n consigo visualizar o momento todo na ninha cabeça. Lembro me da sensação de alivio, do peso quente dela no meu peito que me soube tao bem, mas nem me lembro de olhar bem pra ela. So ao fim de um bocado.. Isto foi o mais perto de um sorriso que dei :x
Pronto e a enf empurrou a barriga pq ela nao saia, mesmo cmg a fzr força e a medica a puxar com a ventosa. Doeu sim, mas eu naquela altura ja me podiam fazer qql coisa, desde q a tirassem de lá. Nasceu com praticamente 4kg
Era para fazer reclamação do meu parto, mas o tempo foi passando e olha acabei por nem fazer.

Se o parto não fosse tão medicalizado (soros, oxitocinas, epidurais, etc) se pudessemos andar durante a dilatação e ter uma expulsão mais vertical, tenho a certeza que não seriam necessarios forceps, ventosas, ou manobras agressivas (pelo menos nas percentagens em que são utilizados).
Mas claro, nós, mulheres que vamos parir, somos umas ignorantes e não sabemos nada sobre o que é melhor (não sei se para eles(médicos) ou para nós)!

Sobre Ninean

Orgulhosa mãe de um anjinho e uma fada!
Madrinha da Catiaribeiro10
http://possoteraminhaopiniao.blogspot.pt/

Skillerific -
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Desde 20 Out 2015

Olá,

Gostaria de acrescentar informação quanto ao corte tardio do cordão umbilical:

- Este procedimento não é aconselhável quando se trata de bebés fruto de pais com factor Rh diferente (por exemplo, mãe com grupo sanguíneo O- e pai com O+);

- Geralmente quando se faz a recolha das células do sangue do cordão umbilical também não se faz o corte tardio (é quase uma escolha: ou se usa esse sangue no momento do parto para o bebé ou faz-se a colheita).

Beijinhos a todas