Amniocentese - Testemunhos

Olá Claudia, eu fui mãe com 38 anos, com base na ecografia e no rastreio bioquímico (feito através de análises) não tive de fazer amniocentese.

Tive uma gravidez santa, não enjoei, tive apenas alguns desconfortos ligeiros..não tive diabetes gestacional nem tensão alta,....correu tudo muito bem apesar da idade. A idade em si não é o único factor de risco e o meu caso diz isso mesmo.

Relaxe e pense que vai correr tudo bem!

Actualmente já não se fazem amniocenteses pela idade mas sim pelo rastreio combinado de eco e analises ao sangue do primeiro trimestre. Contudo em Portugal ainda continuam a fazer imensas porque o rastreio bioquimico dá imensos falsos positivos. Por isso eu não ficaria ansiosa.

Beijinhos

Olá!

Antes de mais, sugiro-lhe que se comece a policiar para não dar ouvidos a tudo o que ouve e muito menos a tudo o que fazem questão de lhe contar, já que as pessoas em geral adoram premiar as grávidas com notícias terríveis, pavorosas, dramáticas, sendo que muitas vezes essas histórias já são contadas em 3ª, 4ª e 5ª mão, e, obviamente, já estão muito longe da verdade, se é que algum dia aconteceram. Se vai começar a dar ouvidos a tudo isso, então prepare-se porque vai haver um momento em que nem sabe para onde se virar, já que uns vão dizer-lhe para amamentar, e, ao mesmo tempo, outros vão dizer-lhe que leite artificial é que é uma maravilha.

A primeira noção que deve ter é que todo e qualquer ato médico só será feito com o seu consentimento. Seja amniosentese, análises, ecografias e afins. Só fará o que entender que é relevante, embora, obviamente, alguns exames sejam menos arriscados do que outros.

A amniosentese não é um exame obrigatório; em geral recomenda-se a mulheres maiores de 35 anos, embora eu particularmente nem entenda muito bem porquê, já que vários casos há de anomalias cromossómicas fetais em mulheres muito mas muito jovens. No entanto, o protocolo em portugal prevê que mulheres acima dos 35 anos possam realizar este exame e todas aquelas em que o rastreio combinado do 1º trimestre der um resultado considerado de risco aumentado. Mesmo assim, nada a forçará a fazer uma amniosentese se assim não o pretender. De qualquer forma, e embora exista risco, são realizadas inúmeras amniosenteses diariamente e tudo corre bem. O risco de algo correr mal devido ao exame é baixo. No caso que lhe relataram você não sabe com certeza se a mãe em causa perdeu o bebé na consequência do exame ou se, efetivamente, o feto tinha algum problema para que a amniosentese fosse recomendada ou sugerida.

O rastreio combinado do 1º trimestre é um exame baseado em probabilidades; pode dar um falso positivo (e dá horrores deles) e pode dar um negativo que depois se venha a revelar um positivo. Existem ainda testes tipo o harmony que, sendo horrivelmente caro, há quem recorra também, embora se baseie igualmente em probabilidades.

Existem mulheres que jamais aceitam realizar uma amniosentese; existem outras que, mesmo com o rastreio positivo afirmem que a amniosentese nada lhes acrescentaria pois não admitem interromper uma gestação ainda que o bebé mostre ter problemas sérios; e existem outras, nas quais eu me incluo, que nem querem ouvir falar em rastreio combinado porque, se é para ficar na dúvida, então preferem não fazer nada. No meu caso, optei logo pela realização da amniosentese excluindo desde logo o rastreio. Fi-la às 16 semanas no hospital da luz. Foi numa 4ª-f. Fiquei 3 dias de baixa em que fiz repouso moderado, o qual prolonguei durante o fim de semana. Na segunda feira voltei ao trabalho e tudo ok. Dias mais tarde recebi os resultados preliminares que indicavam que o meu bebé era um menino perfeitamente saudável ao nível genético. O exame em si foi incrivelmente tranquilo, feito por uma profissional muito competente e, ao mesmo tempo, muito tranquilizadora. Foi sempre conversando e fazendo o exame muito devagar. Não doeu nada.

O que deve mesmo fazer é informar-se o mais possível e decidir de acordo com o que pensa, com o que considera relevante, pesando prós e contras de cada opção. Fale com o marido e decidam juntos a cada passo. Não vale a pena estar já a matutar nesse tipo de questões.

Bons treinos!

Os testes invasivos como a amniocentese têm um risco bastante baixo, o importante é se fizerem esse teste depois recorrerem a um médico de confiança.

No entanto existem testes como a Harmony, Tranquility, etc. que obtêm o DNA fetal que circula no sangue materno e por isso não são invasivos e também têm um grau elevado de fiabilidade.

A amniocentese também não dá 100%, pela razão da existência de casos raros como o mosaicismo genético.

Agora o rastreio combinado (rastreio bioquímico + idade da mulher + eco 1º trimestre às 12 semanas) tem uma sensibilidade de cerca de 80 e tal %, no entanto a parte da bioquímica apresenta muitas vezes falso positivo.
A eco é mais fiável, e geralmente vêm o tamanho da translucência nucal e a presença do osso nasal. Quando ambos esses parâmetros estão ok geralmente não há sinal de alarme.

De qualquer das maneiras mais à frente, na eco morfológica é possível verificar se está tudo ok. Penso que é raro um caso de trisomia não apresentar características notáveis.

eu não acho que o risco seja assim tao baixo (1 em 200 acaba em morte fetal)

Eu fiz amniocentese na 2a gravidez, tinha 29 anos. Fiz pois a TN estava aumentada. No meu caso correu mal. Tive uma ruptura da bolsa, mas felizmente com repouso absoluto,muitos sustos e ter tido um parto prematuro o meu filho nasceu muito saudável.

Eu segui as recomendações do pós amniocentese à risca,a amniocentese foi feita por uma médica com muita experiência mas pronto aconteceu a ruptura... O furinho da água não colou ou colou mal e acabou por rasgar

Bom dia.

O protocolo pela idade em Portugal agora mudou! Segundo informação médica, agora só fazem a amniocentese a partir dos 40/42.

No entanto, e mesmo que o rastreio combinado dê negativo e a mãe ficar com dúvidas, é encaminhada para uma consulta de DPN (diagnóstico pré-natal) onde é esclarecida e ouve outras opiniões médicas e aí decide se deseja ou não fazer a amniocentese. A última decisão é sempre dos pais.

Beijos!