Alguma (futura) mae, emigrada em França que possa dar umas dicas? | De Mãe para Mãe

Alguma (futura) mae, emigrada em França que possa dar umas dicas?

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Isa4206 -
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Desde 16 Ago 2016

Olá a todas, este post é um desabafo de quem tá perdida...
Vim para França quando descobri a gravidez porque o meu companheiro é frances e a minha família vive aqui há 3 anos.
Estou completamente desapontada: nao aceitam o meu cartao CESD, cada vez que tenho de fazer algum exame é 60 e tal euros ecos, 100 para os sangues, 25 pras consultas e nao posso ter aqui um numero de segurança social. O que me preocupa:se nao arranjar trabalho muito em breve terei de pagar o meu parto? Ninguem nos sabe explicar nada, primeiro pedem-me um formulario com os impostos pagos nos ultimos 6 meses que trabalhei em Inglaterra, mas já vi na internet que isso nada influencia a segurança social se eu nao estiver a trabalhar. Outra coisa, tenho uma gravidez normal, tenho de me submeter todos os meses a um exame ginecologico? Isto está-me a fazer ferver, já n suporto mais a "cordialidade" de me enfiarem a mao todos os meses sem que eu tenha qualquer anomalia, dor, perda de sangue, nada. Eu estou mentalmente preparada para ser escavada no parto, mas até lá sinto-me mesmo invadida ainda por cima nao me explicam nada e o meu companheiro acha normal tudo isto, logo ele também nao diz nada nas consultas. Ninguém me prescreve um anti-hemético. Tou de 16 semanas e continuo a vomitar frequentemente e passo horas com náusea. Já nao posso nem cheirar gengibre de tal foi o consumo para "tratar" as náuseas. programa nacional da vigilancia da gravidez de baixo risco em Portugal diz que se eu testar imune à rubeola com marcadores de memorias e sem marcadores de infeçao que nao preciso repetir. Hoje saí do consultório com mais uma análise ao sangue pra Rubéola. Nao dá. Confrontei a médica - ah nao, temos que ter 2 provas. Mas ela é ignorante ou nao estudou imunologia? (ok desabafo grosso só me apetece escrever aqui palavras feias) Eu nem sequer quero que o bebé seja Frances, estou-me nas tintas pra nacionalidade francesa, sinto-me como se me encarassem como uma parasita ou algo do género. É que nem me sabem dizer o que fazer com as facturas destas despesas todas.... Portugal, volta, estás perdoado... Que falta que eu sinto da simpatia das pessoas e dos bons e simples cuidados na gravidez... Hoje estou mesmo embaixo a sério, ninguém tem ideia das voltas com papelada e tempo perdido que se arranja ao mudar para este país.... (desculpem lá o post longo...)

RibeiroVanessa -
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Desde 13 Dez 2010

Boa Noite, nao entendi bem, tem o cartao europeu??
é normal qe esteja a pagar mas ha uma coisa na frança qe se chama CMU ou entao tem qe se juntar a carta vital do seu marido, se tiver mutuelle tambem se pode juntar a ele ...

Isa4206 -
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Desde 16 Ago 2016

Sim tenho o meu cartao europeu de seguro e de doença. Acabamos de chegar de Inglaterra, nao somos casados. Estamos a pensar em fazer um Pacs aqui para despachar esta parte. Pelo menos tirava-me uma preocupaçao de cima. Imagino que pagar um parto do próprio bolso seja uma coisa para uns bons 5000 euros, e nao tem como fugir à questao, é que nem com reembolso é possivel... Eu continuo a procura de trabalho fora da minha área (a minha profissao exige registo numa ordem profissional entao demora muito mais tempo). O que é a CMU?

RibeiroVanessa -
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Desde 13 Dez 2010

Nao exagere, eu tive a minha filha no privado e nao chegou a 2500€ (sendo reembolsado pla ss+mutuelle), da minha parte tive por ai uns 200€ ;).
Se tem o cartao europeu, aconcelho.a a dirigir.se ao hospital, nao pagara um centimo, nem por consulta, nem por ecografia...
A CMU é uma ajuda para pessoas c dificuldades ou com poucos rendimentos, basta ir a ss se informar ou ver mesmo no site da ameli.fr e ver se abrange as leis para ter direito...
procura trabalho em qe zona?? tem preferencia?

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Não é preciso serem casados para ser associada à carte vitalle do seu companheiro e passar a ter a sua carte vitale que apresentará sempre que for ao médico. A mesma coisa para a mutuelle.
Quanto ao exame mensal, eu pelo menos, tive de o fazer, sim, e tive uma gravidez normalíssima, sem qualquer susto. Mas a cada consulta mensal a médica avaliava o estado do colo do útero. Não é agradável mas assumi que era esse o procedimento.
Aconselho-a a pedir imediatamente uma carte vitalle para si de forma a reduzir essas despesas que tem. A ideia é que quando não apresenta a carte vitale no médico (eu já me esqueci dela em casa, por exemplo), este passa uma folha que deve ser enviada para a segurança social e eles reembolsem aquilo que não teria pago se tivesse apresentado a carte.
Envie também as desclarações de gravidez que lhe devem ter sido dadas às 12 semanas para que tenha direito à prime de naissance e ao abono. Sorriso Sempre é uma ajuda nas despesas. Sorriso

Yara Pinto -
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Desde 25 Jun 2012

Desculpe lá ... Mas o seu marido é francês e não sabe que é só ir à segurança social declarando-a e mais tarde ao futuro bebê? Que depois de preencher o formulário são necessárias 3 a 4 semanas para receber o seu número ? Só depois pode fazer o seguro de saúde? E nem precisam de ser casados ?
Depois , sim todos os meses fazem um exame ginecológico para avaliar o colo do útero por muito Santa que seja a gravidez . O mesmo se aplica aos exames de sangue.
Quando foi a consulta das 12 semanas recebeu a declaração de gravidez que deve ser enviada uma cópia para a CAF e outra para a assurance maladie, ao 7 mês passa a ser isenta.
O cartão europeu serve para as férias e não para residentes !
Portugueses com o seu estado de espírito é que nos dificultam a vida .
Que os franceses nos perdoem pq afinal somos nós que estamos no país deles !!!

Isa4206 -
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Desde 16 Ago 2016

Obrigada por todos os comentários, incluindo comentários pouco sensíveis. Sabe ele nunca precisou de usar serviço nenhum, e de cada vez que fomos pedir informaçoes disseram-nos coisas diferentes nos vários sítios, nao conseguindo nós encontrar a informaçao que se adequa a nós. Acabamos de chegar de Inglaterra, nao tive consulta das 12 semanas aqui. Tá-me a senhora a dar mais informaçao que qualquer outro organismo público até agora, para ter a noçao de como ta a ser facil entender as voltas a dar aqui. Por isso eu agradeço-lhe mas acho o seu comentário pouco sensível. E nao deixa de te razao nós é que estamos noutro país, mas isso nao da o direito de sermos empatados, mal informados pelos serviços ou mesmo de certa forma negligenciados na nossa situaçao.

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

No meu caso, penso que nem paguei nada pelo parto. E através da mutuelle (seguro de saúde) tive direito a um quarto privado. Se o quisesse e não tivesse mutuelle (ou esta não o incluísse), teria de pagar por ele.

É verdade que aqui fazemos muitas análises ao sangue (bem mais que as minhas amigas que estavam grávidas ao mesmo tempo em Portugal), mas não me posso queixar disso. Acho que há essa atenção para com as grávidas, esse cuidado extra....

E verá que há coisas boas. Por exemplo, depois do parto não precisei de ir a lado nenhum com o bebé para o pesar ou fazer o teste do pézinho. Veio uma sage-femme cá a casa, gratuitamente, ver os meus pontos, tirar dúvidas, pesar o bebé vários dias, fazer o teste do pézinho...Com o tempo frio que fazia lá fora, adorei esta atenção.

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Mas o seu médico cá já lhe deu a declaração de gravidez?

É verdade que por aqui nem sempre ajudam os estrangeiros, mas também depende muito das pessoas com quem nos cruzamos. A minha médica fazia questão de me explicar para onde devia enviar este e aquele papel, o que foi uma ajuda. Se me perguntarem onde senti que menos me ajudaram, onde me deram informações contraditórias sempre que os contactava, onde me irritaram a valer, foi no Consulado de Portugal, onde precisei de ter uma declaração com a lei portuguesa para poder registar a minha filha com os apelidos que queríamos. Como vê, é preciso ter sorte. Sorriso
Respire fundo e não se enerve que isso não lhe faz bem. Sorriso Faça aqui as perguntas que quiser que a orientaremos o melhor possível. Sorriso Mas sem partir já do princípio que vai tudo correr mal e que tudo é complicado e pior aqui. Piscar o olho

Isa4206 -
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Desde 16 Ago 2016

Nós já estivemos na segurança social... Eles disseram que nao interessava nada a carta vitale dele, que eu tenho que esperar que chegue de inglaterra o formulário U1, que é algo que demonstra o quanto paguei de impostos naquele país. Das duas uma, ou a nossa situaçao é imensamente especial, ou nao é tao simples como dito. Nao sei o que fazer as folhas de cuidados, imagino que devo envia-las para portugal? É que nem sei se mando a Portugal porque sou portuguesa ou se é Inglaterra que assume isto. Ou se calhar ninguém (nao sei mesmo). Tenho de ir ver como o faço e a quem as envio. É que nem isso me conseguiram dizer. Eu tive 1 consulta com uma médica quando cheguei. Foi ok até ela deu-me um papel para a CAF. Na CAF deixei o papel, troquei umas palavras, nao houve qualquer problema com a carta vitale, nem sei muito bem o que vem com a CAF, eu sinceramente nao tou muito preocupada com o após a criança nascer, é a situaçao agora e o próprio dilema entre países sobre quem paga o que, em termos de cobertura social. Depois 2nda consulta, é outra médica, ninguém me avisa, a mulher quer fazer-me um monte de análises outra vez, nem um mes se passou sequer... enfim. Agora só penso bem tenho de procurar outra segurança social. Já tive 2x na mesma: da 1ª vez pediram-me um extrato de nascimento, 2nda vez fui lá com o extrato e dizem-me isso do tal formulário. já contactei consulados: sem resposta, o meu companheiro também nao tem melhores respostas. Já lemos que para eu ter cobertura da carte vitale dele temos que fazer o Pacs por exemplo, nao chega dizer que estamos juntos...

Yara Pinto -
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Desde 25 Jun 2012

Está aqui o formulário a preencher e entregar na assurance maladie.
Junte cópia da sua certidão de nascimento traduzida em francês, C.C , comprovativo de morada e um RIB.

Yara Pinto -
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Desde 25 Jun 2012

Aquilo que até agora pagou do seu bolso , deve guardar ate lhe ser atribuído um número de segurança social e só depois deve entregar na assurance maladie que será quem lhe vai reembolsar uma x que o seguro de saúde só começa a pagar desde a assinatura do contrato , mas como por norma quem rembolsa a maior parte é a A.M não ficará a perder o dinheiro todo.
Como não são casados , devem ir a Marie da sua área e fazer um pré registo de criança , se quiser que o seu filho leve os seus apelidos tem de pedir um certificado de costumes ao consulado .
Fique descansada que o seu filho será português. Não é por nascer cá que tem nacionalidade francesa atribuida.
Qualquer coisa disponha .

Diana Isabel Silva -
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Desde 28 Set 2014

Olá mamã!

Quando cheguei a França para fazer o meu doutoramento vinha sozinha, grávida de 5 meses e sem saber falar a língua. Como pode imaginar, também para mim foi tudo muito confuso. Valeu-me a ajuda do pessoal com quem trabalho.
Com isto, quero dizer-lhe que compreendo que esteja bastante atrapalhada, e portanto, vou tentar ajudá-la com base na minha experiência.
Em primeiro lugar, deve dirigir-se à CPAM com urgência e solicitar a carte vitale (como não trabalha, deve ficar associada ao seu companheiro). Com isto, obterá um reembolso (que varia entre 65 a 70%) nas despesas de consultas, exames, medicamentos, hospitalizações, etc. Se pretender um reembolso da restante parte, deverá fazer uma mutuelle. A partir do 6 mês de gravidez e até ao 12º dia após o parto não pagará nada. Se conseguir resolver a questão da carte vitale, vai ver que ficará muito mais aliviada, e depois, nem precisa preocupar-se se faz uma ou várias análises ao sangue pois não pagará quase nada.
Em segundo lugar, deve solicitar ao médico que a está a acompanhar um atestado de gravidez. Depois terá que entregar o atestado rosa na CPAM e os 2 azuis na CAF, com isto, obterá uma série de benefícios, nomeadamente o prémio de nascença (cerca de 980 euros).
Em relação ao CESD, pela minha experiência, não serve para nada. Nem precisa apresenta-lo em lado nenhum, pois só originará mais confusão.
Relativamente aos anti-heméticos, a "cultura" francesa evita ao máximo prescrever medicamentos, sobretudo a grávidas e bebés, mas pode sempre tentar pedir um homeopático. No meu caso, que tive enjoos até aos 7 meses, o que me valeu foi ter trazido umas quantas caixas de nausefe de Portugal. Não tem nenhum familiar/amigo que consiga obter e enviar-lhe por correio?
No que diz respeito aos exames ginecológicos, se está desconfortável com a situação, pode sempre recusar, é um direito seu! Contudo, devo dizer-lhe que em Portugal é exactamente igual, pois passei os 5 primeiros meses de gravidez lá, e todos os meses fazia esta avaliação ginecológica mesmo tendo uma gravidez dita normal. Claro que não é a melhor coisa do mundo, mas vi sempre a coisa pelo lado positivo, todos os meses ficava mais descansada ao saber que estava a evoluir tudo normalmente.
Quanto a declarações de rendimentos dos últimos 6 meses, no seu caso como não estava em França, não interessa para nada. Para eles só lhes interessa a situação a partir do momento em que cá chegou. De referir que o primeiro ano em França é sempre não tributável, mesmo que tinha um emprego.
Para terminar, não precisa estar casada ou ter um PACS com o seu companheiro para ter estes apoios. Eu e o meu companheiro também não somos, e ele tem a catre vitale dele, associada a mim, que lhe permite ter acesso ao reembolso de todas as despesas de saúde e apoios sociais.
Pela minha experiência, já tive informações diferentes na mesma CPAM por administrativos distintos, por isso, não se fique só por uma opinião. Se continuar com dificuldades, não hesite em pedir auxílio a uma assistente social da CPAM.
França é sem dúvida o país da burocracia. Ainda hoje, tenho todos os meses papelada para "tratar", mas no final vale a pena. Para quem tem filhos, os apoios sociais do sistema francês continuam a ser muito bons, com o tempo verá Piscar o olho Quando cá cheguei também só me apetecia fugir, e passava o tempo todo a dizer maravilhas de Portugal, depois deixei-me disso pois só estava a dificultar a minha integração. Hoje reconheço que França tem muitas coisas boas, mas também tem muitas coisas más, que ainda precisam evoluir, comparativamente a Portugal. É uma questão de procurar o que é melhor para si e para a sua família, mas tenha a certeza que nunca nenhum país será perfeito.
Se tiver mais questões, estarei aqui para responder, ou tentar vá Piscar o olho

Beijinho

Yara Pinto -
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Desde 25 Jun 2012

Filiation de l'enfant d'un couple non marié :

https://www.service-public.fr/particuliers/vosdroits/F887

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Yara

Mas neste caso em que o pai é francês, o bebé não será francês também?
O meu caso é diferente: somos ambos portugueses mas o meu marido nasceu cá (mas não tem nacionalidade francesa), pelo que qualquer filho que ele tenha pode ter a nacionalidade francesa. Temos é de pedir, provando que o pai mesmo sendo português nasceu cá. Por isso, para já, a nossa filha é apenas portuguesa.

Mas neste caso em que o pai é francês, a nacionalidade francesa não é logo adquirida?

Isa

Acho muito estranho que lhe estejam a pedir seja o que for de Inglaterra. Eu também trabalhava até ter vindo para França mas uma vez que não trabalhava aqui nem descontava aqui, isso não interessava. Não havia folhas de salários nem de impostos a apresentar. E mesmo não sendo casada na altura, não tive qualquer problema em ter a carte vitale a partir do meu marido. Peça ao seu marido para ir ao site da CAF e da Assurance Maladie. Eles explicam lá as coisas e têm lá os formulários a preencher e ele não terá dificuldade com a língua.

Diana Isabel Silva -
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Desde 28 Set 2014

Sim, a ClaraMiguel tem razão, o bebé será francês.
Também acho muito estranho que estejam a pedir esse formulário U1, nem a mim nem ao meu companheiro nos foi solicitado aquando da obtenção da carte vitale. Devia falar com uma assistente social da CPAM ou dirigir-se a outra CPAM.

Isa4206 -
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Desde 16 Ago 2016

Obrigada!

Eu pesquisei e pesquisei e pesquisei sobre os documentos que me pediram, e nao entendi a relaçao entre os 2 assuntos. Além disso na CPAM pedem-me que esse documento (o tal U1) passe também pelo pole d'emploi. Bom adiante, nao interessa esse por agora fica em lista de espera, mas também já o pedi a inglaterra e nao me custa nada ir lá depois deixar uma cópia) irei imprimir os formulários que a Yara me deixou, pelo menos posso tentar isso e mostrar isso. E sempre dá credibilidade às nossas questoes e com isso eles nao tem muito por onde fugir às respostas penso eu. Ele também estava presente comigo quando nos disseram isto tudo, nem disseram que eu podia ficar ficar associada a carta vitale dele, por exemplo. Ele também nao fazia ideia. Portanto estamos os dois no mesmo. (Estava ele aqui à frente a dizer que passa por burro xD mas é verdade, quem nao sabe e procura e nao encontra 1 única resposta sólida nos proprios organismos panica com isto.) Só fiquei a saber isso aqui no forum. O que é meio chato.... Mas estou imensamente agradecida com os 3 contributos porque os 3 em conjunto já deu para ter outra perspectiva. Vamos ver se é desta que a coisa começa a funcionar.

Diana Isabel Silva -
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Desde 28 Set 2014

Espero que consiga resolver o problema. Só para lhe dizer que ainda hoje fui à CPAM com uma colega de trabalho que chegou agora da India e não lhe foi pedido o tal formulário U1. De quaquer maneira, se vai conseguir arranja-lo em breve, não perde nada em entrega-lo na CPAM.

Boa sorte!

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

eu nasci e cresci em França, e tenho a experiência ao contrário, eu acho que em Portugal é que é tudo complicado!
Por exemplo quando vim para cá, tivemos de fazer matriculas na escola, tratar dos livros, do passe......era tudo uma confusão, não percebíamos nada! Em frança as escolas é que inscrevem os alunos automaticamente, não é preciso ir lá todos os anos, e a escola é que empresta os livros...os pais não têm de fazer nada.

Isto tudo para dizer que isso é tudo relativo, já vários amigos meus emigraram para França e acharam tudo fácil a nível das crianças, foi só ir à Mairie e foi logo atribuida escola às crianças ...enquanto que cá é uma complicação

Coragem, vais ver que isso vai ao sítio, só não percebo é como o teu marido sendo Francês, ele naõ consegue tratar de tudo

Yara Pinto -
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Desde 25 Jun 2012

Eu penso exactamente o mesmo. Quer dizer o companheiro é francês e não se sabe "desenrascar" ?
Então o que diríamos nós que chegamos cá sem falar a língua, sem perceber patavina do dia-a-dia e que precisamos de tratar das coisas para ficar com tudo em ordem ?
Eu quando não sei ou tenho dúvidas, vou ao Google e faço a pesquisa até encontrar uma resposta ...

Yara Pinto -
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Desde 25 Jun 2012

Mamã Clara , retirado do service-público.fr :

" Un enfant né en France est français de naissance seulement s'il se trouve dans l'un des cas suivants :

au moins l'un de ses parents (quelle que soit sa nationalité) est né en France ;
( que é o caso do seu marido pelo que percebi )

au moins l'un de ses parents est français au moment de sa naissance ;

au moins l'un de ses parents est né en Algérie avant le 3 juillet 1962.

Si ses deux parents sont étrangers, l'enfant né en France pourra devenir Français à partir de 13 ans sous certaines conditions "

Ou seja não basta nascer em França para ser francês.
No caso da autora do tópico diz que o marido é francês ... Mas em que condições? Filho de pais portugueses nascido em França (como o seu marido) ? Filho de pais franceses ? Fez um pedido de nacionalidade estrangeira ?

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Yara Pinto escreveu:
Mamã Clara , retirado do service-público.fr :
" Un enfant né en France est français de naissance seulement s'il se trouve dans l'un des cas suivants :
au moins l'un de ses parents (quelle que soit sa nationalité) est né en France ;
( que é o caso do seu marido pelo que percebi )
au moins l'un de ses parents est français au moment de sa naissance ;
au moins l'un de ses parents est né en Algérie avant le 3 juillet 1962.
Si ses deux parents sont étrangers, l'enfant né en France pourra devenir Français à partir de 13 ans sous certaines conditions "
Ou seja não basta nascer em França para ser francês.
No caso da autora do tópico diz que o marido é francês ... Mas em que condições? Filho de pais portugueses nascido em França (como o seu marido) ? Filho de pais franceses ? Fez um pedido de nacionalidade estrangeira ?

Eu conheço esta página e este casos. Sorriso E sim, o primeiro caso é o do meu marido. Eu assumi que se a autora diz que o marido é francês é porque tem a nacionalidade francesa (que não é o mesmo que ter nascido cá, como o meu marido). E nesse caso, o bebé enquadra-se no segundo ponto: "au moins l'un de ses parents est français au moment de sa naissance ". Como a adquiriu penso que não interessa desde que a tenha na altura do nascimento do bebé.

Não conhecendo o marido da autora, temos de pôr a possibilidade de poder ser alguém que não se desenrasca com computadores, internet ou que não entende facilmente a informação disposta nos diversos sites disponíveis. Conheço uns quantos portugueses de 30 anos que podem ser muito bons em muita coisa (que são) mas a nível informático, pesquisa e interpretação não se desembaraçam. Pode ser esse o caso.

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

mas aqui não interessa a nacionalidade do bebé pois não? interessam são os cuidados médicos.

E se a autora do tópico pedir ao marido para ele pedir ajuda aos colegas de trabalho ? de certeza que alguns são pais,

Isa4206 -
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Desde 16 Ago 2016

Bom dia. Só para esclarecer. Nós nao somos casados faz-me alguma confusao ler o meu marido xD mas bom isso é um detalhe mínimo. A verdade é que ele também nao tem experiencia em dar estas voltas. e os sites as x tem informaçoes tipo preto-branco. Quando começamos a ir aos serviço fazer perguntas afinal a nossa situaçao nao se enquadrava em lado nenhum. Mas,. o que importa agora: já fiz o dowload e vamos agora lá com os papeis e pelo menos vamos saber directamente se é assim ou nao. E se calhar é, ou se calhar nao é (seja porque razao for) Mas olhem, eu já gastei horas e horas nisto... Honestamente aquele dia foi o pior. Agora tou a pensar bom olha paciencia, vamos ver o que se resolve primeiro - ter trabalho ou permitirem-me ficar na carta vitale dele. De qualquer das formas eu nao quero ficar em casa e fechar-me. Eu em Inglaterra por mais novo que fosse tudo quando mudei, falo a língua a nível bilingue. Entao sentia-me mais segura e sentia que conseguia perguntar as minhas dúvidas. e ve-las respondidas, nem que tivesse que ligar 50 vezes pro mesmo sítio. Aqui ainda nao. Aqui devo ser um B2 e com alguns erros... E às vezes nao entendo nada ao telefone... enfim eu rio-me um bocado pra relaxar, mas é stressante. Sobretudo porque me pediram papeis e mais papeis quando aparentemente é só estes documentos e pronto. Pro reconhecimento da criança, segundo o site é como a Yara disse e bem, mas foi-nos dito inicialmente que isso nao se aplicava à concubinagem, que é o viver juntos. Pra isso tínhamos que fazer o Pacs pelo menos xD portanto, bom, hoje é sexta, vamos lá ver! Piscar o olho obrigada a todas

Isa4206 -
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Desde 16 Ago 2016

Ah e o companheiro é daqueles muito politicamente correctos. Aceita as respostas com um sorriso sem pestanejar. Ele tem andado comigo nestas voltas porque eu às vezes nao entendo algumas coisas e achava eu que era mais seguro te-lo por perto mas ele é demasiado calmo, digamos, aceita e nao faz novas perguntas, mas ele também já está a atingir o ponto de caramelo. ele nao é perfeito, mas é o que tenho Piscar o olho (tenho a sensaçao que quem vai de novo pra outro país sente mais a necessidade de esgravatar) De qualquer forma mal eu tenha mais alguma coisa venho cá dizer, porque se isto for assim, bom é graças às pessoas deste forum que me vou orientar, portanto um imenso obrigada a todas.

Isa4206 -
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Desde 16 Ago 2016

Bom dia a todas,
Bom aparentemente a lei mudou em Janeiro este ano e já ninguém se pode juntar as cartas vitais dos respectivos. Mas lá insistimos que queríamos saber entao que opçoes temos etc para acelerar o processo. A senhora disse-me ah se tivesse o cartao europeu.... Pronto vao-se rir um bocadinho, pegou nas despesas todas com o cartao europeu porque eu ainda nao vivo aqui como "residente". E aceitou tudo. Entretanto as unicas 2 opçoes que existem aparentemente sao: trabalhar com um contrato ou receber o RSA mas essa situaçao tem de estar toda ela bem documentada passando pelos organismos todos e só depois passa por eles. Quer uma quer outra querem dizer que eu e o meu companheiro temos numeros de carta vitale diferente. nao há junçao. De qualquer das formas ao fim de 3 meses de residencia aqui, desde que por exemplo demonstre que procuro trabalho ou que por exemplo estou com o meu companheiro aqui ou que prove de alguma forma o laço (familiar trabalho, habitaçao etc) que tenho aqui que o justifique passarei a ter um numero. De resto só nao aceitaram o pedido de atribuiçao de numero nem a declaraçao da gravidez nesta fase por ainda ser "visitante". E foi isso que me disseram ontem, ontem o meu namorado já estava tao farto que disse à senhora nao vamos sair daqui sem as respostas que precisamos. Acho que ela entendeu Piscar o olho Para minha felicidade ontem fui a uma entrevista de emprego e em principio vou começar esta semana que vem e o resto logo se verá. Obrigada a todas! Esses documentos em pdf levei-os comigo, acho que intimidou um pouco mas resultou! Piscar o olho Obrigadíssima por tudo e um abraço

Diana Isabel Silva -
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Desde 28 Set 2014

Olá!

Não tinha percebido que tinha chegado a França há tão pouco tempo e ainda não tinha nenhum documento que confirmasse a sua estadia permanente no país com o seu companheiro. Nesse caso, eles têm razão em considera-la visitante, e portanto, as despesas terão que ser suportadas pelo seu país através do CESD.
Não percebi bem o que mudou em relação à catre vitale! O meu companheiro tem a sua catre vitale com um número de beneficiário próprio, diferente do meu, apesar de estar associado à minha carte vitale.
De qualquer maneira, vejo que as coisas já se estão a resolver, e isso é o mais importante Piscar o olho