Os piores conselhos que uma mãe pode receber | De Mãe para Mãe

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Os piores conselhos que uma mãe pode receber

As mães estão expostas a uma infinidade de conselhos e dicas vindas de todos os lados. Alguns destes conselhos são de facto úteis, mas outros são simplesmente para ignorar. Conheça os piores conselhos que uma mãe pode receber e reprove-os de uma vez por todas!

“Deixe-o chorar que não lhe faz mal nenhum”

Não há nada mais aflitivo para uma mãe do que não saber como acalmar o choro do seu bebé. É nessas horas de aflição, enquanto o bebé chora desalmadamente e a mãe já tentou de tudo um pouco para o acalmar, que chovem os conselhos de quem está por perto: “Tem fome. Tem sede. Tem calor. Tem frio. Deite-o. Levante-o. Mude a fralda. Pegue ao colo”, etc.
De entre todos estes conselhos o pior que se pode dar é o de deixar chorar a criança. Não se deixa chorar uma criança sem antes tentar de todas as maneiras possíveis apurar a razão do seu choro.
É importante que a mãe saiba que muitas vezes o bebé chora como quem fala, e de facto pode até não haver motivo para o seu choro, mas é preciso averiguar antes de chegar a essa conclusão. Deixar simplesmente chorar a criança crente que isso não lhe fará mal algum é muito errado, e não deve ser jamais posto em prática.

“Leve-o para a sua cama para ele dormir bem toda a noite”

Outro procedimento muito errado é aconselhar uma mãe a levar a criança pequena para a sua própria cama, na tentativa de que ela durma assim toda a noite.
Está mais do que comprovado que crianças pequenas que dormem na mesma cama do que os pais demoram mais tempo até serem autónomas, e manifestam dificuldades em permanecer depois no seu próprio espaço. Nenhuma mãe deve seguir este conselho uma vez que os benefícios que possa trazer a curto prazo resultam em malefícios futuros.

“Não o leve às vacinas”

Algumas pessoas são totalmente contra as vacinas ministradas a crianças de tenra idade e aconselham vivamente as mães a não vacinarem os seus filhos. Contudo esse é um preconceito totalmente descabido e não deve ser tomado em consideração.
As vacinas são uma forma garantidamente segura para proteger a saúde e até a vida da criança, e não vacinar os filhos, para além de ser contra a lei, é expô-los a inúmeras ameaças à sua integridade física. O sentimento anti-vacina apresentado sob a forma de conselho deve ser ignorado por todas as mães.

“Já é crescidinho, pode ficar sozinho em casa!”

Noutros tempos e por força das circunstâncias muitas crianças de tenra idade eram deixadas sozinhas em casa para as mães e pais poderem ir trabalhar. Totalmente entregues ao cuidado de outros irmãos pouco mais velhos do que elas próprias, essas crianças ficavam por longos períodos de tempo totalmente desprotegidas.
Deixar os filhos sozinhos em casa só deve ser uma opção quando eles tiverem idade para se cuidarem sozinhos. E isso não acontece antes da adolescência, e mesmo assim depende em muito da maturidade da criança. Alguns adolescentes de 14, 15 anos não atingiram ainda a sensatez necessária para permanecerem sozinhos dentro de casa. Trata-se portanto de um conselho que deve ser desprezado, e é um dos piores conselhos que se pode dar uma mãe.

“Tem que obrigar a criança a comer”

Este é um conselho recorrente e dado muitas vezes por pessoas de mais idade. Obrigar as crianças a comer fazia parte da educação considerada normal há alguns anos atrás. As crianças pequenas só tinham birras e tinham de comer o que se lhes colocava à frente, depressa e sem protestar. E se não comessem a bem, comiam a mal.
Dito assim pode parecer uma crueldade, e é-o de facto quando interpretado à luz dos nossos dias. Naquela altura era uma forma de alguns adultos garantirem que a criança se alimentava corretamente, e que não existiam desperdícios de alimentos, mais escassos então do que agora.
Quando uma mãe escuta um conselho destes deve desprezar completamente. Não se obrigam crianças a comer. Se por acaso a criança manifesta dificuldade em se alimentar o ideal é levá-la ao pediatra, nunca forçá-la a ingerir alimentos contra a sua vontade, muito menos ainda debaixo de qualquer forma de coação ou violência.

“Quando ele se portar mal, deite-o sem lhe dar jantar.”

Da mesma forma que não se obriga a criança a comer, também não a pode privar de alimentos. Deitar uma criança sem lhe dar o jantar como represália por algum comportamento indesejado que tenha tido é absolutamente errado. É outro dos piores conselhos que uma mãe pode receber.
Educar corretamente os filhos não é exercer o poder que se detém sobre eles para lhes provocar dano ou privação de espécie alguma, muito menos de forma voluntária. Claro que as crianças devem ter regras que as limitem e precisam de ser ensinadas a arcar com as consequências dos seus atos, mas deixá-las com fome é algo absolutamente inadmissível.

“Não precisa de lhe dar banho todos os dias”

Este é outro conselho totalmente errado. Todas as pessoas, adultos ou crianças, devem tomar um banho diário. As crianças, principalmente as mais pequenas, sujam-se com muita frequência e um banho por dia pode até não ser suficiente.
Não dê importância aos conselhos que apelam à poupança de água com os banhos. Poupe água sim, porque é um liquido precioso e escasso, e também porque lhe sairá do bolso pagar o consumo ao fim do mês, mas não através dos banhos das suas crianças.
Não é por serem pequeninas que as crianças se sujam menos do que os adultos, antes pelo contrário. Mesmo no tempo frio é necessário que tomem banho, ainda que não pareçam estar sujas.

Os conselhos errados que as mães recebem são quase sempre dados por pessoas bem-intencionadas, mas que não estão por dentro da realidade da vida de cada mãe. Cada caso é um caso, e no caso dos próprios filhos a mãe é quem sabe melhor, até prova em contrário.
Por isso é fundamental não obedecer a todos os conselhos que se ouvem, e não fazer lei de tudo aquilo que é dito Primeiro escuta-se, depois avalia-se e só no fim se faz, ou se ignora.

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