O marido e a amamentação do bebé | De Mãe para Mãe

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O marido e a amamentação do bebé

Bebé a mamar

Para uma mãe a experiência de amamentar o seu bebé é única. Para um pai esta experiência é de mais difícil assimilação, dado que não irá passar pela experiência nem fisicamente nem de uma forma tão emocional como uma mãe. Mas um companheiro pode experienciar e partilhar mais ou menos este momento tão especial, desde que tenha uma parceira que o informe, envolva e guie neste novo mundo.

Um pai pode ter o conhecimento de que amamentar é muito mais saudável para o bebé, que até é mais barato ou até que as fraldas cheiram menos mal quando um bebé é amamentado com leite materno; pode saber que um bebé amamentado com leite materno tem menos propensão em desenvolver alergias, tem menos problemas gastrointestinais, de obesidade, e até pode transmitir a imunidade a certas doenças, ... a verdade é que um pai dificilmente vai viver um momento como aquele proporcionado pelo contacto físico no momento da amamentação. Este momento é único e especial pois o toque físico provoca entre a mãe e o bebé reacções químicas como o libertar da oxitocina, que é responsável pela criação de um laço afectivo entre ambos.

Existe uma opinião unânime e generalizada em como o leite materno proporciona ao bebé uma vida mais saudável do que se for alimentado a fórmula e que para que o bebé sinta verdadeiramente os bons efeitos do leite materno este deve ser amamentado pelo menos durante 12 meses.

Mas se optou ou pensa em amamentar o seu bebé, a verdade é que as consequências não são só para o bebé, mas também para o seu companheiro... por isso envolvê-lo nesta decisão é muito importante, pois quando um pai incentiva a amamentação, a mãe irá amamentar durante mais tempo e a vida conjugal sairá a ganhar.

Amamentar, para além de ser a opção mais saudável para o bebé, é a maneira mais eficaz de criar laços afectivos entre a mãe e o bebé, mas infelizmente o seu companheiro poderá sentir-se da seguinte forma:

  • Uma sensação de medo de a criança se relacionar mais com a mãe do que com ele.
  • Um sentimento de impotência que implica que ele jamais poderá participar num momento como o que a mãe vive quando amamenta.
  • Um pequeno sentimento de que o bebé desvie a sua atenção sendo ele colocado de parte.
  • Uma sensação que não é um pai tão bom quanto uma mãe pode ser, pois a mãe tem algo que ele nunca poderá ter: a capacidade de amamentar.

Por isso, tente compreender estes sentimentos previsíveis da parte do seu parceiro. Para os combater tente sempre incluí-lo na experiência e nunca excluí-lo. No momento em que se encontra a amamentar peça a ajuda do seu companheiro para estar ao seu lado e incentive-o a fazer mimos ao bebé; ele poderá colocar o bebé a arrotar depois de este ter mamado, ou o que achar que ele poderá fazer para participar nesta experiência. Nunca provoque situações que faça o seu companheiro sentir-se excluído destes momentos, ainda que ele não possa amamentar fisicamente poderá sempre manter um contacto físico com o bebé: como fazer massagens, pegar nele ao colo, senti-lo, criando assim os laços afectivos necessários para a harmonia da nova família.