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A importância da água no leite adaptado do seu bebé

Rita Moreira, Nutricionista

Quando nasce um filho há muitas questões que invadem a cabeça das mamãs e, uma delas é ... como preparar o leite dos seus bebés, se isso for necessário?

É importante que se lembre que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno em exclusivo até aos 6 meses, sendo este o alimento ideal para o bebé, trazendo inúmeras vantagens quer para a mãe quer para o filho. Mas a partir daí, o leite materno torna-se insuficiente e deve iniciar-se a introdução de alimentos sólidos na alimentação do bebé, ou seja, a diversificação alimentar, não esquecendo a manutenção da preparação do leite adaptado, quando necessário. 

O seu pediatra ou o profissional de saúde que a acompanha irá aconselhar aquela que considera ser a melhor fórmula. E, ao contrário do leite materno que está sempre pronto a ser oferecido a qualquer hora e em qualquer lugar, o leite adaptado implica a preparação do mesmo; o que pode inicialmente parecer muito simples, mas que implica várias questões tão simples, mas tão importantes, quanto por exemplo: que tipo de água deve utilizar? Engarrafada ou da torneira? E a verdade é que muitos são os pais que se sentem inseguros e pouco informados sobre os cuidados que devem ser tomados na preparação do leite adaptado.

Que água deve então escolher?

Uma das questões fundamentais é a origem da água: esta deve ser de uma origem segura. Ou seja, não deve ser de poços ou de qualquer outra fonte que corra o risco de estar contaminada por micro-organismos ou tóxicos.

Poderá então utilizar água da torneira (se for segura) ou, se não confia na qualidade da água e/ou nas tubagens, pode escolher água engarrafada desde que esta seja apropriada para bebés.

A água da torneira deve ser fervida no momento da adição do leite em pó e arrefecer até aos 37º C (não deixar à temperatura ambiente!).
De acordo com a Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente (APIAM), a água mineral engarrafada não necessita de ser fervida.

Relativamente às características da água, a Academia Americana de Pediatria (AAP) e a Academia Espanhola de Pediatria (AEP) recomendam:
Deve ser hipossalina, ou seja deve ter baixo teor de minerais e níveis de mineralização total inferior a 100 mg/L e/ou o resíduo seco deve ser inferior a 50 mg/L, níveis de sódio, nitratos e sulfatos baixos.

Ao reunir as características mencionadas, a água é adequada para que a ofereça de forma segura ao bebé. À partida, do ponto de vista químico, a água da torneira será adequada, mas não arrisque se duvida da segurança a nível de micro-organismos. Em alternativa escolha uma água adequada para bebés, como é o caso da Água Luso, onde pode encontrar “convém para a preparação dos alimentos para lactentes”.
Para crianças mais velhas, as características das águas devem manter-se as mesmas, aumentando um pouco a tolerância relativamente à quantidade de sódio e nitratos recomendados.

Conservar corretamente é essencial

Além de escolher a água a utilizar, deve ter atenção às condições de armazenamento da água, minimizando o risco da passagem de tóxicos da garrafa (quando é de plástico) para a água. Armazene a garrafa sempre protegida do sol, num local fresco e seco.

Depois de abrir a água esta não deve ser guardada durante mais de 24 horas e deve estar reservada apenas para a preparação do leite do bebé (não permita que ninguém beba dessa garrafa!).

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